segunda-feira, 21 de março de 2011

A neurose sexual do cristianismo



A sexualidade no cristianismo é um problema mal resolvido, mal explicando, e fundado sobre preconceitos sexuais antigos, que por medo herdado e imposto, não se permite ser revisado. O que foi estabelecido na infância da fé crista como medo de pecar, medo da conseqüência do pecado, ficou como trauma caracterizado no cristianismo adulto que não sabe lidar com isso, que não sabe refletir racionalmente sobre isso.

Desde cedo não só o cristianismo no geral, mas também o cristão particular já é impelido a ver a sexualidade de um ponto de vista religioso de tentação e não de instinto humano. Desde a infância o fiel aprende a temer o pecado sexual mais do que todos os outros. A tabua rasa e virgem de sua memória infantil e raciocínio simples já são profundamente marcados por isso. Que norteiam todo seu crescimento sobre este apoio.

O desejo sexual para o cristão já é pecado por sim, que por isso precisa ser rigorosamente delimitado a sua ação inevitável. Tal desejo visto como pecado, por vim de uma natureza pecaminosa é desde o começo rastreado e condensado com rigor desmedido, com olhos incansáveis de homens perturbados pela atração poderosa e perigosa que o instinto sexual reprimido causa no organismo e psicológico insatisfeito do homem.

Com uma formação religiosa de medo, preconceito, insatisfação e perturbação desde o começo da fé, é inevitável que no estado adulto da história da doutrina e da vida devocional do fiel, não se tenha formado uma visão doentia da sexualidade, que não é vista pelas suas exigência naturais. Que só são pecados ou errados pela sua satisfação egoísta que lesa o próximo, como é errado satisfazer qualquer extinto básico humano com prejuízo do outro, e não errado por seu impulso nato, como são crido.

Esdras Gregório

Escrito em 21/03/11

Texto cinco de cerca de quase trinta da serie sexualidade a-religiosa.

sábado, 12 de março de 2011

Sexo visto na antiguidade como puro prazer.


O grande erro de interpretação dos antigos foi em ver o sexo como prazer momentâneo de auto-satisfação imediata. Foi daí que surgiu toda a questão dos estóicos contra os epicuristas da luta da nobre razão contra os desejos baixos do corpo, readaptada ao cristianismo na luta da carne pecaminosa contra o Espírito Santo. Foi com uma visão tão limitada dos prazeres sexuais que se formou a moralidade secular e filosófica antiga e a doutrina crista sobre tal influencia.

Muito alem do prazer imediato e da função de reprodução sexual, o sexo tratasse se algo essencial ao equilíbrio total do endivido humano, tratasse do seu bem estar geral e não de um simples momento de prazer. Sexo é vital como todo instinto que visa o funcionamento sadio do homem. Que promove o seu bem estar emocional e psicológico. Cujo prazer do ato é o mínimo do resultado positivo que ele proporciona ao ser dotado de sexualidade funcional e inerente.

Foi vendo erroneamente o sexo de um ângulo pejorativo de puro prazer momentâneo que se criou todo este tabu sobre o sexo como algo impuro que deveria ser rigorosamente racionado e policiado. Pois ao tratar de algo tão nocivo por si, de prazeres efêmeros, o homem deveria evitar o máximo possível a sua satisfação sexual que era apenas um mal necessário. E assim o cristão deveria buscar deleites duradores do céu e não prazeres passageiros da carne.

Mas sexo é apenas a ponta de uma estrutura complexo de instinto de funcionamento e reprodução humana. Seu prazer imediato é apenas uma forma inconsciente do mecanismo do instinto de garantir a sua continuidade necessária. O corpo humano funciona para necessitar de sexo como de água, de sono e de alimento. Pois tais instintos alem de vitais para a vida saudável do indivíduo, também garante a perpetuação contínua da espécie humana na terra.

Portanto se sexo por si mesmo fosse visto como garantia de bem estar humano geral e não simples prazer de momento, nossa moralidade ia partir de um outro ponto e não de uma interpretação equivocada de filosofias antigas. Cada época teve sua moralidade, e a moral de um tempo remoto, mesmo que em nome de Deus, não pode ser absoluta para todos os tempos e povos humanos. A não ser como instinto funcional que visa o bem do homem. Só o bem é absoluto.

Esdras Gregório

Escrito em 12/03/11

como texto da serie sistemática sobre sexualidade a-religiosa.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A inferioridade da moralidade cristã.


Pelo contexto de cada uma a moral sexual dos judeus é muito superior aos do cristão primeiro por não ser construída com retalhos de influencias de uma sociedade complexa e pronta como a que os cristãos estavam inseridos. A moral dos judeus é legislativa, e foi construída como lei social de uma sociedade basilar e federativa, e não como filosofia de vida de uma crença privada de um povo situado no meio de uma sociedade homogenia.

Os legisladores judeus ao formarem as leis morais de sua nação emergente, não receberam influências ideológicas de grupos de filósofos ou de crenças religiosas de seitas partidárias, mas fundaram sua moral com profundas bases legais como faziam as grandes nações poderosas e prosperas de sua época. Toda a sua influencia vem do modo federativo de governar

Não existe em nem uma passagem dos escritos judaicos referencias aos instintos sexuais como sendo algo impuro, pervertido, mau ou inferior como se encontra nos escritos cristãos e filosóficos dos tempos do helenismo. Eles não receberam tal influência, mas formaram suas leis com solidez legislativas e praticas com o intento de promover uma sociedade saudável.

Religião e governo se fundem num só estado, e o que era pecado para o judeu também era um crime. E crime sempre se pune com o fito de curar a sociedade. E todas as leis sociais existem e existiram até hoje para promover o bem geral. O que era pecado ou crime era por obstruir o andamento normal da sociedade, e não tinha nada a ver com questões espirituais de natureza pecaminosa.

Os legisladores judeus entenderam pecado como algo que pertubava a paz, como ação egoísta de cidadãos que prejudicavam o próximo e não a satisfação de desejos impuros. Não ha referencia alguma a sexualidade como algo inferior ou pecaminoso em si, mas somente como possíveis atos que lesavam o próximo e pervertia a sociedade. Por isso tais pecados eram punidos como crimes e impostos a força de sanção divina.

Esdras Gregório

Escrito em 02/03/11 como parte basilar dos textos coordenados que visam desnudar a moralidade cristã e evangélica em sua fragilidade.

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