domingo, 30 de janeiro de 2011

Autismo religioso



O que faz com que um crente e cristão acredite que ele vai ser salvo e os outros perdidos, que ele vai ser protegido e abençoado por Deus e os outros não, é a profunda alienação com os homens e seu autismo psicológico refletivo a qual faz com que ele se feche em seu mundo de pensamento e sentimentos exclusivos e indiferentes ao outros.

Toda vez que a mente se concentra em um ponto definido e fixo constantemente, ela naturalmente negligencia outras áreas e faculdades de atuação do seu próprio potencial de ampliação de conhecimento e habilidades humanas. Refletindo e sentindo tudo sobre um mesmo e único ponto de vista que ofusca todo um outro mundo de perspectivas.

O crente não vê o próximo como uma pessoa exatamente normal e igual a ele com sentimentos significativos e historias pessoais valiosas. Mas sim como mais uma alma a ser salva para o seu modo de ver e sentir as coisas. O crente ignora os valores e essência particular do outro. O cristão não escuta o próximo antes só quer conquistá-lo.

Se cada cristão saísse do seu mundo, e ouvisse atentos a historia particular de vida segunda a perspectiva e sofrimento de cada um, se cada cristão sentisse a honestidade da fé diferente do seu próximo, se cada crente parasse para ouvir os pensamentos do outro sem interromper com a sua inserção, ele não acreditaria nas coisas que acredita.

Mas não! O cristão é um autista no mundo! Não vê a vida do próximo, não enxerga as mil possibilidades humanas, os milhões de fatores determinantes, e as inúmeras experiências inevitáveis de vida. Só assim direcionados a ver segundo uma única ótica, se pode acreditar que pessoas tão humanas e comuns como nós em tudo, irão se Perder!

Esdras Gregório

Escrito em 30/01/11

sábado, 22 de janeiro de 2011

O jardim do Éden


A vida é infinitamente significativa por si só, e não precisa de justificativa para isso, ela se alto justifica sozinha. Seu valor intrínseco é absoluto por força imperiosa de constatação. Por isso tanta grandeza se impõe como divino e sagrado tanto em essência como em origem. E o seu começo não poderia ser diferente de como é: milagrosamente místico e misterioso. A sua genesis esta tão distante como é desmesurado a sua concepção.

Toda e qualquer interpretação dada para o começo e propósito da vida que não esteja altura de sua grandeza a priori, deve ser rejeitando com incompatível com o valor que a vida tem e dá a si mesma. Um mundo tão incrível e tão vasto, não poderia ter um fim tão mesquinho como se sendo um palco e brinquedo dos deuses, como também não poderia ter um começo tão sem sentido, sem mistério e sem magia num acaso acidental.

Tanto a teoria da Criação como da evolução ainda são pequenas diante da grandeza da vida. Na verdade não passam de presunções impostas como respostas que foram dadas para perguntas urgentes e necessárias para se poder viver produtivamente sem se perder no vazio das questões primarias e existenciais. Mas antes viver deslumbrado diante do Assombro da grande origem inexplicada da vida, do que dar e criar respostas tão limitadas.

Estamos aqui, e parece que o universo inteiro em sua grandeza incomensurável foi feito pra ser visto, para ser descoberto. E no meio deste espaço infinito, somos um oásis num deserto árido e sem vida. A terra é o Jardim do Éden da alegoria bíblica. Mas não creio que fomos criados em seis dias e também não creio que chegamos a este ponto de evolução por milhares de anos. Mas sinto que fomos colocados cuidadosamente aqui.


Esdras Gregório

Escrito em 21/01/11

domingo, 16 de janeiro de 2011

A inculpabilidade humana.


Na historia da catalogação e qualificação da moral nas legislações e tratados de moralidade pelos estadistas, filósofos e profetas, os mais injustiçados fora exatamente os injustos. Não necessariamente os maus, mas os não justos: os pecadores, os malfeitores os desobedientes os marginais, os viciados os antinaturais e todos os desastrados e azarados desta nossa existência.

Pois foram tratados como se eles realmente tivessem em última instância culpa do seu estado de ser e proceder. Como se o poder mudar ou evitar tais condutas procedentes de seus estados de espírito, estivessem em seus plenos poderes. Assim sem o conhecimento real de centenas de fatores determinantes de conduta e temperamento, tais pessoas foram avaliadas e tachadas injustamente como culpadas do seu estado miserável de existência.

Estas tais pessoas não tiveram isso de livre escolha. Não no sentido ultimo. Pois elas foram livres somente para escolher fazer isso ou aquilo, mas não para ser outra pessoa além do que eram. E o que elas eram determinava inexoravelmente o que escolhiam. É a vida, e suas tragédias e encruzilhadas que os moldaram, foram suas tendências herdadas que os impulsionaram, e nem uma escolha esteve além do âmbito de suas possibilidades de ser.

Não existe exceções somos determinados por infinidades de tendências, motivos, impulsos, desejos, medos, receios, expectativas, perspectivas, ansiedades e sensações de todos os tipos. Mais volições, propensões e miríades de mal estar físicos e psicológicos, tanto como ambientes sugestivos temperamentos ressaltados e um monte de coisas que nos fazem quem somos e o que fazemos em milhares de situações determinantes.

O homem é fruto inevitável do meio em que vive. O individuo: produto da sociedade. E o ser humano já herda ao nascer tendências nata de temperamento que nortearão suas escolhas para o resto da vida. Sua aparência, seu porte, sua mentalidade e seus impulsos inerentes definirão que futuro poderá ter conforme suas experiências fatais. De forma que no quebra cabeça complexo da sociedade e existência alguns são aleatoriamente jogados a margem da moral, se tornando os piores pecadores por incidirem neles as piores condições determinantes de conduta e personalidade.

Esdras Gregório

Escrito em 14/01/11

domingo, 9 de janeiro de 2011

A alma piedosa


O santo não é um homem feliz, mas mesmo assim a sua vida é carregada de sentido e significado como nem uma outra em todo o mundo. A alma piedosa é uma singularidade paradoxal da existência, aonde gozo indizível e angustias intensas dilaceram o mesmo corpo e o mesmo ser.

Por uma lei inexorável de causa e efeito da natureza é impossível que o seja feliz. O homem verdadeiramente piedoso é um ser podado, e limitado em sua potencialidade de vida. É um homem cujas vontades geradoras de satisfação e bem estar estão sobre o domínio de outro ser que não é ele, que o restringe, e que o priva de ser quem ele desejaria ser.

A felicidade esta física e psicologicamente ligada às desenvolturas de possibilidades das nossas potencialidades naturais. Felicidade é poder, é a fruição sem nem um bloqueio de todos os impulsos de vida. Feliz é aquele que é o que pode ser; aquele que vive as suas possibilidades, que desenvolve a sua naturalidade consciente de sua potencialidade.

O santo não somente nega os seus sentidos e impulsos naturais como também não desenvolve suas faculdades de vontade e razão. Ele não faz, não age como quer, mas espera, vive da esperança, sua vontade é podada. E ele nega os questionemos da racionalização. Ele não vê a razão como verdade, mas como tentação contra sua crença, a alma piedosa é fiel a fé, mas não é honesta com a razão e realidade.

O homem piedoso é infeliz em sua vida diária simplesmente por uma lei natural aonde o corpo e razão e todas as suas potencialidades mandam um recado para o celebro de insatisfação. Mas por outra lei estrema de sobrevivência a alma piedosa acaba encontrado em sua abstinência um sentido tão grande, e um gozo tão intenso em seu momento de repouso. E o piedoso não faz nada de graça, ele é legalista, espera a recompensa.

A intensidade de suas dores, de suas privações, eleva a percepção de prazer quando a sua tentação passa, quando a sua alma desanuviada vislumbra o valor de suas recusas, quando o seu coração cansado descansa satisfeito de sua luta significativa. O santo é um antinatural no mondo, um infeliz, mas ainda alguém cheio de sentido de vida, paradoxalmente e, exatamente por negar as potencialidades de vida.


Esdras Gregório (Gresder Sil)

Escrito em oito de janeiro de dois mil e onze.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A reconstrução de um novo homem


O homem não pode mais se pautar ao conceito do senso comum de bondade e maldade para construir o seu procedimento diante do mundo. Homem bom e o homem sensível são tripudiados em relacionamentos amorosos, profissionais e sociais pelos mais fortes quem se aproveitam desta fraqueza chamada bondade.

A bondade tem sido a arma e o recurso dos fracos. A religiosidade tem sido o trunfo dos desfavorecidos na luta pela sobrevivência entre os homens. O homem forte não precisa ser bom. O homem grande tem o seu próprio poder como arma e defesa. Já o fraco, só lhe resta como saída ser bom, ser afetivo, ser paciente.

Dirigir se pelo que a sociedade e religião dita como bem e mal é possibilitar a perpetuação da exploração dos mais fortes contra os fracos. O homem tem que se superar a si mesmo, ir alem disso, tem que estar acima do bem e do mal, tem que elevar a bondade a níveis de Consciência e não de sentimentos intrínsecos.

Não existe bondade inerente, não existe o bem como virtude moral. O que existe são bichos humanos e animais racionais que vivem de seus instintos e que são regidos pela brutal leia da sobrevivência dos mais fortes. Por isso o novo homem não pode ser mau como os fortes e nem bom como os fracos, mas Consciente.

Nem uma lei mais, quer humana ou divina deve reger a consciência de um homem que quer superar-se em seus instintos humanos. Pois dobrar-se em humilhação perante tais leis, é reder se a dominação dos fortes detentores da escravização. O homem tem que ter a sua própria lei de consciência do que é bom.

E não mais deve ser bondoso, benigno, espiritual, romântico e sensível, e escraviza-se perante a religião, sociedade, seus semelhantes e seus parceiros sexuais. O homem ter que ser bom ou mau na medida em que isso produza o bem, na medida em que ele é adulto e firme o suficiente para ter tal Consciência.

O novo homem, que não é mais escravo de seus instintos, que se superou em sua fraqueza mental imposta pela religião não é bom ou mau, mas reto, racional, consciente, forte e corajoso que impõe arbitrariamente pela força o que é bom para os seus, o que é saudável para sua família e o que for digno para o homem.

Esdras Gregório (Gresder Sil)

Escrito em 4 de janeiro de 2011

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