terça-feira, 19 de julho de 2011

Os cristãos e seus problemas com o sexo.


De todos os pecados alistados pelos cristãos, os sexuais sempre foram os mais importantes, os mais perigosos e os que eles sempre fizeram um maior policiamento para não cometer. Resultando disso também uma ira santa contra aqueles que nesses pecados caem com mais freqüências e descuidos. Pois eles não somente se alto disciplinam e se cobram a si mesmo, como também fazem vigilância na vida das outras pessoas moralizando suas ações conforme seu sentimento de repulsa ao sexo e em si.

Isso por que os outros comentem aquilo que suas próprias naturezas desejariam fazer em liberdade. Ou seja: a ira santa do cristão contra os tais pecados sexuais não passam de desejos reprimidos, pois como eles também têm naturalmente poderosos instintos sexuais que os fazem contantemente desejar uma sexualidade satisfatória, é inevitável que a revelação de ira exterior contra o sexo seja uma manifestação inconsciente de insatisfação sexual, já que a sexualidade humana não pode ser assim tão ignorada.

O sexo na vida do individuo humano não se trata apenas de um desejo e um prazer momentâneo, mas sim de um instinto complexo de sua natureza que interfere em todas as outras áreas de sua vida para o bom ou mal estar físico, emocional e intelectual do sujeito. Aonde a plena satisfação da sexualidade resulta na vida produtiva, saudável, calma e agradável do ser humano que foi criado com este mecanismo tanto quanto como foi criado pra comer dormir beber e descansar.

E é por isso que o tradicional cristão é um ser irado com o pecado e desejoso de uma vida celestial, pois a sua sexualidade é sempre limitada e podada por regras fixas incoerentes e insustentáveis e não por valores morais que julga a sua forma de satisfação sexual conforme a relatividade da circunstancia social e existencial de cada caso. Pois sendo privado aqui de se encontrar por ele mesmo um jeito satisfatório de sexualidade, só lhe resta desejar mesmo uma vida compensatória de gozos celestiais.


Esdras Gregório

Escrito em 19/07/11

Texto 14 da serie consecutiva: Sexualidade a-religiosa



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