quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O humanitarismo profético de Jesus


Durante a historia, a raça humana produziu aleatoriamente espécimes de homens excepcionais, a onde em quase toda época e povo teve alguns eleitos pela seleção arbitrária da vida como os gênios de seu tempo e nação. Dotados de atributos pessoais altíssimos que os favoreceram para aproveitarem suas oportunidades únicas sobre eles, fazendo de cada um: fruto representativo da espécie.

Mas em Um, inexplicavelmente conjunturas sociais, atributos morais, influencia religiosa e vontade férrea se juntou como o mais puro milagre da existência de probabilidades humanas. Fazendo Dele um elo entre o reconhecível e o incógnito. Ele não foi um filosofo estudioso dos antigos; tão pouco um sábio original. Mas nem por isso deixou de ser semelhante em espírito e temperamento aos homens dos quais esteve irmanada em toda sua existência.

A sua maior referencia humana observável para nós é o seu sentimento de Compaixão. Poderíamos até chamá-lo de profeta, mas remeteríamos o entendimento a um conceito romântico de profeta que não condiz com o verdadeiro espírito de um homem considerado como tal. Todo grito e preocupação profética foram, sobretudo com a opressão dos pequeninos e injustiça social e religiosa dos poderosos, e não como uma apreensão espiritual como erroneamente se entende.

Pois o fato dos profetas terem falado em nome de Deus não significa necessariamente que eles escutaram de forma audível a Deus, mas guiados por seus sentimentos, se utilizaram dos símbolos de justiça e misericórdia de Deus para proteger os indefesos e os mais fracos. Um profeta é e sempre foi intensamente imbuído pelo espírito humanitário que se doa e se arisca para melhorar a vida do povo a qual seu coração esta intimamente afeiçoado, se opondo fortemente aos governantes e sacerdotes em defesa dos indefesos.

E em partes Jesus foi exatamente como todo verdadeiro profeta que ama uma nação, e que por ela dá sua vida, de forma que Jesus como todo grande humanitário para não multiplicar problemas já existentes, usou da religião oficial daquele povo, como sua estrutura para trazer um novo modo de religiosidade independente entre Deus e o homem. Aproveitando as fontes e tradições sagradas do seu povo, não por acreditar piamente nelas, mas porque era o único material que Ele tinha nas mãos e que estava nas veias e coração daquele povo. E também porque para Ele a verdade não estava na letra (doutrina) da sua religião de origem, mas no espírito (sentimento) religioso daquele e de qualquer outro povo voltado para Deus.

Gresder Sil

Escrito em 19/10/10

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Cristo Assexuado e Mutilado da religião


A prova cabal de que o cristianismo ortodoxo vê a simples e normal sexualidade humana como algo impuro e pecaminoso é a aversão total dos cristãos à possibilidade provável de que Jesus teve atração sexual por mulheres. De forma que para eles imaginarem que Jesus teve desejos (tesão) sexuais como os nosso é algo inconcebível e praticamente uma blasfêmia só de pensar.

Pois para os cristãos: Cristo teria que ser puro para poder oferecer um sacrifício aceitável a Deus por nossos pecados, de forma que até mesmo a sexualidade masculina de Jesus foi negada nesta construção teológica romântica do evangelho de um cordeiro imaculado para propiciarão do pecado, que vê até mesmo o puro instinto humano como algo corrompido.

Mas neste caso por que então Jesus tinha todos os outros instintos humanos e este não? Porque em tudo Ele foi comum aos homens e na questão da sexualidade Ele foi assexuado, sem desejo ou impulso algum por mulheres? De onde vem esta tese que mutila Jesus de sua natureza humana? Assim sendo o corpo de Jesus nem produzia sêmen, e não tinha hormônios e testosterona que caracteriza os traços masculinos?

Mas absurdo mesmo, não é conceber que Jesus sentiu desejos sexuais por mulheres, pois Ele tinha a única característica que mantém qualquer homem casto apesar de sentir desejos que é a obstinação por uma causa: “a minha comida e minha bebida é fazer a vontade do meu Pai”. Mas sim mutilar um homem de sua virilidade sexual por acreditar que o próprio instinto sexual em si, já é algo impuro, pois para eles, para Jesus ser santo, nem isto Ele podia ter.

O cristianismo não só herdou o ascetismo das seitas judaicas do deserto e dos filósofos estóicos que acreditavam que o espírito era bom e detrimento da carne má. Como também foi construído paulatinamente por homens sexualmente mal resolvidos a qual tinham um problema serio com a questão do sexo, ao ponto de imaginarem que algo tão perturbador assim como a sexualidade, Jesus não teria. Vai chegar um dia na qual os crentes por acharem que os órgãos sexuais são tão impuros que até mesmo vão negar que Jesus teve Pinto.

Esdras Gregório (Gresder Sil)

Escrito hoje 21/10/10 para o pastor e escritor conhecido: Ciro Sanches Zibordi por não publicar um comentário meu em seu santo blog.

sábado, 16 de outubro de 2010

Como funciona o universo



Toda vez no passado e nas civilizações antigas em que o homem fitou seus olhos nas estrelas ele adorou os astros como deuses e se esqueceu do Criador. E olhando hoje para o universo, galáxias e estrelas, fica difícil também conceber uma idéia de deus, pois o universo não precisa mais de Deus. Mas este nosso universo! Pois quantos universos existiram e quantos existirão ainda? Antes do big bang o que existia? Provavelmente um outro universo? Com outras galáxias? Que se findou em seus trilhões de anos de existência, e que de alguma forma (buracos negros talvez), se condensou em um só ponto para dele recomeçar de novo em outra grande explosão, e assim infinitamente.

E o que move tudo isso? Energia! Consciente?Não se sabe, não precisa! Mas energia com leis intrínsecas que caminham incessantemente ao processo de formação da matéria, que lutam com forças e reações contrarias e com improbabilidades de não Ser; que como uma célula sem consciência, mas que automática e inconsciente, e que de alguma forma independente, foi “ligada” para funcionar e produzir mais energia, atrito, matéria, vida e consciência.

Quando surgiu o primeiro ponto e fagulha de energia, (a energia vem ates da matéria sempre) o primeiro big bang? O primeiro universo? Ninguém sabe! Ninguém vai saber! Por que esta energia caminha sempre para o desfecho final de alto-consciência que passa pela formação da matéria, e depois a da vida, em por fim a consciência da vida e busca por suas origens?

Por que a energia como animal inconscientemente instintivo luta incessantemente para produzir matéria? Por que seus “genes” se encaminham sempre para frente em busca de forma e conformação? Quem poderá responder a não ser por metáforas religiosas e teorias cientificas que só podem nos dizer como o universo não foi formado, mas que nunca pode nos falar como ele se originou em seu princípio absoluto!

Quem ou o que é esta energia? Ela teve um primeiro foco ou eternamente existiu sozinha em contorção uterina até que encontrou a “formula” para a criação da matéria e depois conseqüentemente a geração da vida? Se ela é simples energia abstratamente concebida, por que trás em seu DNA universal todos os atributos e possibilidades de existências particulares e concretas? Por que sua “personalidade” é tão forte assim? Porque que sua “vontade” é tão férrea e decidida em gerar matéria e vida compulsoriamente?

Um dia ainda há de chegar a que todo joelho da ciência se dobrara diante da intuição religiosa poderosa de homens profetas e místicos como Moises que sem ter o conhecimento moderno descreveu em alegoria todo processo semelhante em que hoje a ciência explica como funciona o universo. Dentre muitas outras coisas e comparações, como eles descreveram a luta da matéria com a força anti-materia (teoria cientifica) como a eterna luta entre o bem e o mau, deus e o diabo?

Ou quem os revelou que existia uma nevoa opaca sobre o universo antes do mesmo se tornar visível, como a ciência explica e eles disseram sobre as trevas que existiam, e sobre a luz criada antes do sol?Assim como também a religião explica que o mundo foi criado em seis dias pela Palavra (energia), a ciência diz que todas as bases do universo foram criadas em frações de segundos na expansão da explosão que gerou todo o universo e a vida? O que é isso? Conhecidência ou intuição? Sabedoria racional fortuita dos antigos, ou é a inexplicável Energia geradora da vida como mistério divino buscando no homem a sua consciência de si?

Gresder Sil "Esdras Gregório"

Escrito em 14/10/2010

domingo, 10 de outubro de 2010

O mito do bom Jesus




Ninguém o matou. E Ele não foi assinando por pessoa ou entidade alguma. E nem foi produto de um sacrifício predestinado. Mas consciente buscou e provocou a sua própria morte. O passivo cordeiro que caminhava mudo e inofensivo ao matadouro não existiu, é uma construção teológica posterior.

Crer que tudo foi um plano de terceiros para calá-lo é subestimar a inteligência de um homem de gênio espiritual Único, que conhecia todas as tramas sociais e religiosas de seu tempo. Que sendo homem feito, sabia ser audaz o suficiente para convergir nele às aplicações das suas melhores oportunidades.

Jesus não era bondoso como foi retratado nas pinturas dos artistas. Ele não amou todo mundo, e nem foi imparcial e pacifico com todos os homens. Antes tomou o partido dos excluídos da religião, e fez desta luta o motivo para se imortalizar em um Martírio que instigaria sua mensagem para o resto do mundo.

A sua historia é a trajetória de um homem indignado com a opressão moralista dos poderosos sobre os pequeninos, que era muito superior intelectualmente aos seus inimigos, ao ponto de dar motivo para ser preso, mas transitar ilesos escolhendo a sua melhor hora para ser pego.

Sabendo Ele do fracasso anterior dos profetas libertários que se levantaram com espada e morreram sem êxito, e conhecendo as conjunturas históricas e anseio do seu povo, foi propositalmente imprudente e incomodo, trazendo o único meio de vitoria para sua causa: A imortalização pela morte.

Ou porque então se revelou ele a partir dos trinta anos? E não antes ou depois?Simplesmente por que é aos trinta que a ferocidade e energia se encontram com a precaução e a astucia, depois: muita prudência, sem impetuosidade. Antes: muita veemência sem malicia e artifício.

Negar a engenhosidade e estratagema de Jesus que como um homem que não somente acreditou ser o profeta libertador dos oprimidos como também fez decididamente cumprir nele as profecias por sua conta e risco, é negar a sua humanidade de homem adulto, que soube se conduzir sozinho ao destino escolhido e incitado por Ele mesmo.


Gresder Sil (Esdras Gregorio)

Escrito em 29/09/2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dias Apocalípticos




Não adianta, com Deus ou sem Deus, como cumprimento das profecias ou como processo natural da civilização e do planeta terra, de uma forma ou de outra os dias do apocalipse virão sobre a terra, e já está ai, trazidos da “alegoria” para a existência pela fé obstinada daqueles que querem que isso realmente aconteça.

Isto porque os dias se passam e a terra fica cada vez menor, as distancias humanas e físicas são diminuídas e as fronteiras são nulificadas. O planeta pelo seu processo natural de superpopulação em uma civilização de uma época altamente arquitetônica e tecnológica se torna inevitavelmente mais Uno. Como unido foi antigamente nos impérios humanos e torres de babeis que se construíram nesta terra.

As capacidades oniscientes e onipresentes das lentes humanas artificiais em ver os acontecimentos em tempo real, aumentam a sensação e o pânico da superstição religiosa das pessoas diante das catástrofes milimetricamente catalogadas e relacionadas do nosso velho planeta eternamente convulsivo e deteriorável. O que possibilita evidencias poderosas as profecias para os homens piedosos e crédulos que sempre habitaram a terra com os materialistas e céticos que por sua vez sempre vão tentar apaziguar os ânimos exaltados das pessoas com suas explicações racionais.

E céticos e crédulos intoleráveis uns com os outros, convivendo e se cotovelando no mesmo mundo superlotado, são o ingrediente explosivo para criar os dias mais tensos, terríveis e apocalípticos que já sobreveio sobre a terra. Pois a posse do conhecimento científico e sociológico da trama histórica do planeta, que tudo explica, a cada dia mais faz com que os homens percam sua fé nas profecias. O que em contrapartida aumenta a certeza dos religiosos fundamentalistas cristãos da evidencia de apostasia antes do fim dos dias.

Certeza esta que produz uma impertinência e inconveniência irritante aos olhos dos homens comuns da sociedade, que a cada dia não suporta mais o juízo e a repreensão exortativas dos cristãos quanto as suas pregações escatológicas. Evidenciando mais ainda para eles a profecia de que os cristãos seriam odiados por causa de sua fé nos últimos dias antes de eles serem salvos da destruição e tribulação anunciada por Cristo e seus apóstolos.

Ódio este aos crentes que se desemboca na blasfêmia dos “ímpios” por imaginarem que os cristãos se deleitam com a idéia de um Deus que vai fuder com todo mundo e livrar somente a cara daqueles que serão salvos, só porque se tornaram membros de uma igreja cristã exclusivista da verdade, retrógada e limitadora do conhecimento, e rastreados por pastores simplórios e ignorantes ou sofistas e espertalhões, que bestializam as pessoas alienando-as da realidade.

De forma que por causa dos cristãos a idéia de Deus será tão ironizada e ridicularizada, que os fundamentalistas religiosos como pragas a qual se fortalecem na resistência do veneno que as tentam matar, vão se tornar tão convictos por isso e tão fastidiosos que os homens por falta de tolerância e respeito à fé individual dos outros, desejarão prender-los para desarraigar da terra esta gente também sanguinária a qual como os “santos” debaixo do altar do capitulo seis e versículo dez do livro das revelações aguardam ansiosamente com água na boca a vingança divina sobre os homens que vão perecer porque não aceitaram suas convicções sobre a Verdade. Trazendo sobre a terra os dias estressantes e agonizantes deste “maldito” livro do Apocalipse.

Gresder Sil

Escrito em vinte e um de setembro de dois mil e dez

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