segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Símbolos do coração



Agora chegou a ocasião onde urge a necessidade de se escrever sobre Ele, sem que se às vezes se escreva o seu nome. Tendo em vista que simplesmente se referirmos a Ele desta forma, a mente terá que buscar nos recessos da consciência e da memória tudo a qual foi dito a seu respeito, com os conflitos do impacto que as suas palavras e ações produzem. Evitando que o simples ouvir do nome já desgastado pela religião lhe remeta a um simples ícone e símbolo de fé.

É necessário que ao expor, o outro tenha em mente que se fala Dele como Ele era no tempo em que se deu. Pois a sua designação hoje, mundialmente constituída carrega em si todo o acúmulo e acréscimo de perspectivas e esperanças que se fazem arbitrariamente a seu respeito. De forma que ao anunciá-lo pela linguagem e estruturas religiosas da humanidade, o entendimento há de se esbarrar não na pessoa em si, mas no conceito generalizado das pessoas que não sabem das implicações de vê-lo e senti-lo no seu contexto decisivo e real.

O homem no trajeto e desespero de suas vivências a de se agarrar em propostas de salvação que trazem em si, símbolos de esperança e misericórdia. De forma que qualquer outra coisa que represente isso, alivie o coração e suavize a dor nesta existência, será aceito como uma divindade para o coração, não se importado pela realidade e verdade histórica e factual deste ídolo. Portanto se o nome e tudo que ele representa hoje para o homem, desviar do foco, e não implicar a realidade visceral da existência do sujeito do nome, ele não será visto como foi em seu Ser e Agir, mas somente como símbolo e desejo do coração.

Ao se escrever Dele agora, que seja eliminando a sugestão religiosa que o seu nome tomou, mas de tal forma a vê-lo como homem despido da majestade em que a historia e mitologia beatificadora da religião o envolveu para prestar respeito exterior, sem as devidas decorrências das implicações subjetivas de desconstrução religiosa que ele propôs. Portanto hoje em dia, muitas vezes será necessário, segundo a proposta de um cristianismo sem religião, que ao anunciar seu evento, apenas se refira a Ele apontando-o como Ele foi, de forma a sermos transportados no tempo, a poder vê-lo sentado diante de nos.

Esdras Gregorio

32 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

Bem, já que você já postou coisa nova, vou responder aqui algumas questões levantadas pelo texto anterior.

Márcio e Gresder:

vocês estão certos; eu me equivoquei ao dizer-me unicista e não unitarista. Aliás, aqui no Rio há um unicista famoso: Miguel ângelo. Ele tem convicção de que Jesus era o Pai, o Pai era Jesus e o Espírito Santo é tanto o filho quanto o pai.

Vá lá, é uma forma de simplificar as coisas, mas recorrendo a um pensamento totalmente absurdo, no meu entender. Se Jesus era o Pai, a quem ele chamava de Pai? a si mesmo? talvez à sua versão anterior como Javé? Javé morreu na cruz?

Então para que fique claro (se for possível) o meu pensamento:

Deus - a realidade última que perpassa toda a criação e que não pode ser conhecido em si mesmo, mas que atua na criação de forma obscura aos nossos sentidos. Só pode ser conhecido subjetivamente.

Jesus - Um homem, nascido de homem e mulher, que na tradição dos profetas da sua religião, ousou inaugurar o Reino de Deus a muito esperado pelo seu povo. Nos sinóticos não vejo nenhuma base para chamá-lo de Deus e nem tão pouco entender sua morte como vicária. Nem mesmo em João consigo vê-lo como Deus, ainda que João o veja como tal: "o verbo que se fez carne". Mas isso, como já disse, é linguagem simbólica que quer descrever uma "realidade" incompreensível.

Levi:

Creio exatamente que a história de Deus é a história de como os homens entenderam Deus e como se relacionaram com ele, através dos ritos.

Sua frase

"A história de Deus é a história do homem e sua transcendência. Moisés conversava consigo mesmo, isto é, com o seu inconsciente ao argumentar com o Deus que estava no seu próprio ser."

é perfeita. Na verdade, Moisés conversava com o Deus-imagem da sua psique; Jave tornou-se como os grandes profetas bíblicos e a tradição sacerdotal, eloísta e javista o fizeram ser e agir. Daí porque quando se vê Deus se revelando ao homem, cria-se tantas contradições.

O Deus revelado é uma contradição ambulante. Ele tem raíva, ciúme, amor, planeja, executa, se arrepende, muda de opinião, é desafiado por Moisés, por Abrãao, mata e faz viver. Ou seja: é um Deus à imagem e semelhança dos homens.

A não ser que alguém diga que Deus possui sentimentos e atitudes humanas, esse Deus é bem semelhante aos demais deuses dos povos antigos.

No entanto, Levi, não consigo digerir facilmente o seu modo de sentir a trindade:

"Em resumo, bom mesmo é entender que a Trindade habita as profundezas do nosso ser: O Pai sob a forma de um Deus cobrador revestido da autoridade de quem não contempla pecado. O Filho, sob a forma de um Deus que se esvaziou de seu poder para experimentar a condição humana. O Espírito Santo, que é aquele que faz surgir em nós, as obras da filiação de Deus. O Espírito Santo é quem atualiza Deus no homem."

Para mim, essa forma de entender Deus/Trindade é meio neurótica. Mas não tanto quanto Freud viu neurose na religião.

A espada do Pai está sob minha cabeça, mas a graça do Filho o impede de decepá-la e no meio dessa oposição toda, o Espírito Santo "atualiza" esse mesmo Deus furioso no homem.

continua...

Eduardo Medeiros disse...

Fico somente com o Deus que habita em mim, na minha psiqué. Esse Deus não é trino. Esse Deus não é parecido comigo. Esse Deus não pode ser pensado nem classificado, só pode ser sentido. E eu o sinto.

Quando partimos para qualificá-lo, fazemos teologia, que é dizer alguma coisa, que no fim das contas, não é dizer nada, visto que as contradições ditas se anulam. Deus é um-Deus é três; Jesus é humanao-Jesus é Deus...

Mas não estou com isso, dizendo que não devemos fazer teologia. Devemos e fazemos. Mas temos que resolver a partir de que iremos fazê-la.

Aí, você Gresderzinho, seu filósofo-teólgo-a-religioso, comente no meu entender um paradoxo que precisa ser resolvido: você quer fazer teologia "A-religiosa" usando categorias religiosas. Vide o tema da sua última postagem.

E aí, neste texto, você realmente diz uma coisa que pode ser entendido como a-religioso:

"Ao se escrever Dele agora, que seja eliminando a sugestão religiosa que o seu nome tomou, mas de tal forma a vê-lo como homem despido da majestade em que a historia e mitologia beatificadora da religião o envolveu para prestar respeito exterior, sem as devidas decorrências das implicações subjetivas de desconstrução religiosa que ele propôs"

Ótimo. Muito bonito. Mas quase impossível...

Primeiro porque ao escrever "Dele" com D maiúsculo, você entra em categoria religiosa, pois esse D maiúsculo é usado pela religião para designar a majestade daquele ao qual você quer despir da majestade que lhe deram...

Então, não se pode falar de Jesus sem falar da religião de Jesus. Ou algum dos diletos pensadores acham que Jesus era a-religioso? Evidente que não era. ele estava inserido até o último fio de cabelo na tradição religiosa do seu povo, ainda que tivesse pretensão de restaurá-la e lhe dar novos significados.

A sua mensagem - alias, única mensagem - era religiosa: A vinda do Reino de Deus, que tanto foi pregada, pensada e profetizada pelos grandes profetas de Israel, e que agora, também, ele buscava um novo significado para o tema.

continua...

Eduardo Medeiros disse...

Então, Gresder, seu cristianismo a-religioso, para mim, é um paradoxo paradoxal paradoxalmente falando. A não ser que eu não tenha entendido a sua proposta neo-ortodoxa. É bem possível que seja esse o caso.

Faltou falar do Espírito Santo. No AT, onde o Cristianismo viu "espírito santo", a religião de Israel viu o "vento" de Deus; aquilo que dava fôlego a todo ser vivente. É assim, pois que eu o vejo. Uma "emanação" de Deus. É claro que digo isso dentro da lógica religiosa do AT. Minha vida, meu fôlego, é emanação do Deus que está em mim, mas que também está "lá".

Bom, por enquanto é isso. Desculpem as letras comidas, mas a compreensão não será afetada né Marcinho??

Um abraço apertadão em todos vocês.

Eduardo Medeiros disse...

Perdão, queria comentar também

"O homem no trajeto e desespero de suas vivências a de se agarrar em propostas de salvação que trazem em si, símbolos de esperança e misericórdia." e "...Evitando que o simples ouvir do nome já desgastado pela religião lhe remeta a um simples ícone e símbolo de fé."

É verdade. E sabe da maior? não há como eliminar os símbolos. O símbolo é a linguagem da religião e de todo movimento transcendente.

Mas é claro que o cristianismo a-religioso, por ser a-religioso, não precisa mais dos símbolos. Mas não sei se essa empreitada terá sucesso.

Só há, ao meu ver, um único modo de falar de Jesus sem usar os símbolos: Fazê-lo totalmente humano. Por que a partir do momento que dizemos que "Ele" é divino ou que foi gerado no seio do Pai,ou que é Deus eterno com o Pai e com o Espírito Santo, estamos falando simbolicamente.

Um abração para todos. De novo rssss

Esdras Gregório disse...

Eduardo, a proposta a-religiosa é apenas um tema dentre outros quatro do meu blog, mas a principal.

O assunto de Jesus sendo gerado foi postado com o marcador: mensagem atemporal do evangelho, e como eu disse a primeira vês que dialogamos “quando mais a-religioso eu quero ser, mais a questão espiritual do cristianismo me sufoca” pois isso se trata de uma abordagem secular do evangelho qual naturalmente é religioso.

Mas quando digo tirar a sugestão religiosa que o nome de Jesus trás em si, digo da forma com que mais de Três bilhões de pessoas vem a Jesus, e não como aqueles que sentaram e comiam com ele, pois vê-lo assim se elimina A religiosidade da religião.

Wagner disse...

Eduardo!
Não entendi nada
Será que existe o limbo na religião evangélica?
É por isso que eu estou fora da instituição "igreja"
Gresder! Sai correndo do Belém hehehehe
Um abraço transcendente amigo

Edson Moura disse...

Eduardo, você me parece um pouco bravo! Quero estar errado mano!

O Marcio não teve a intenção de menosprezar a ninguém, dizendo que o Levi paira soberano sobre os comentários, acho que ele só quis elogiá-lo.

Suas ideias são aceitáveis Edu, assim como as do Gresder também o são...e acho que todas na verdade serão aceitáveis em alguns pontos.

Mas creio ser difícil para mim e muitos outros que participam dessas salas, despir Jesus totalmente de sus divindade. Por quê?

Porque teremos que anular a "morte expiatória",pelos pecados..."ressurreição" ao terceiro dia...e "ascensão aos céus" depois de cinquenta dias(segundo a tradição)

Me parece que você é Judeu Edu Rsss(mas sei que não é)

Certamente você também não crê em vida após a morte né? (Como os Judeus do A.T)

Não há mal algum nisso, o máximo que pode acontecer é você ter uma boa surpresa depois que "desencarnar"Rss

É ótimo viver assim com esse pensamento tão desprendido das religiões (pois a verdade é que todas as religiões esperam algo para o pós-morte.

Gresder belo texto...principalmente este trecho:

"Portanto hoje em dia, muitas vezes será necessário, segundo a proposta de um cristianismo sem religião, que ao anunciar seu evento, apenas se refira a Ele apontando-o como Ele foi, de forma a sermos transportados no tempo, a poder vê-lo sentado diante de nós".

Talvez seja assim que eu pense! Mas até sem cristianismo (Esse cristianismo instituído por Constantino)

Abraços meninos!

Levi B. Santos disse...

Caro filósofo da Trindade (da Igreja Universal dos heréticos do Reino de Deus) rsrss

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (sinal simbólico dos nossos irmãos católicos)


Os símbolos faziam parte do cotidiano natural do homem primitivo.
O homem moderno, entretanto, não encontra mais neles sentido.

Esse homem moderno, porém, não entende que existe dentro de si um lado obscuro que ele não conhece.

Esse homem moderno não compreende que é nos sonhos, que a linguagem simbólica existente em seu inconsciente se revela, demonstrando que lá nas suas profundezas medonhas há um conteúdo latente que só pode vir à tona através dos símbolos.

Quando estamos nos braços de Morfeu, temos sonhos absurdos e desconexos,que nada mais são, que parábolas carregadas de conteúdo simbólico, à guiza de interpretação.

A psique humana recebe inspirações divinas e traduzem-na tanto em palavras como em moldes simbólicos.
No dia a dia, sentimo-nos mais gratificados tentando imaginar como funciona o simbólico, sem, no entanto, nos abrirmos para vivenciá-lo.

A modernidade alanvacada pelo racionalismo fez com que relegássemos a um plano inferior, os símbolos das tradições morais e espirituais, e com isso nos tormamos mas crus, mais vazios e mais tristes.

Que pena, hein!!!

Eduardo Medeiros disse...

Meu querido Edson, não estou bravo de forma nenhuma; aliás, dificilmente eu fico bravo pois tento viver o mais serenamente possível e adoro rir de tudo, inclusive, das minhas próprias teologias. Se escrevi um tanto "cru" demais, foi devido ao assunto meio indigesto que o Gresder pôs em pauta.

Também de forma nenhuma achei que o Marcinho quisesse menosprezar ninguém, mesmo por que o que ele disse do Levi eu assino em baixo e ainda ponho minhas digitais rssss

Estamos discutindo ideias.

Gresder:

Mais uma vez lhe digo que não é possível tirar o teor religioso de Jesus. Podemos até destituí-lo da roupagem "cristã", mas o que surgirá será um Jesus judeu, filho do seu povo, imerso no universo da religião de Javé.

Foi isso que eu sugeri que fizéssemos, pois vê-lo em seu próprio tempo e cultura é o único modo de percebê-lo mais "real" - o Jesus histórico - designação dos pesquisadores que buscam construir um Jesus mais próximo da realidade do seu tempo até onde for possível.

Mas do que serve um Jesus puramente histórico? pois o que toca a alma não é o Jesus puramente "real", é o Jesus que simboliza algo que transcende a história mas que se manifesta na história em forma de singularidade.

São os significados religiosos dos seus atos e palavras que possuem significado existencial.

Aliás, o Jesus histórico não serve para o cristianismo, pois foi o cristianismo mesmo que pôs nele toda a bagagem das suas próprias interpretações e quando mais nos aproximamos do Jesus histórico, menos "cristão" ele se torna.

Os 12 que caminhavam com ele não eram cristãos..ahãa, óbvio... eles viram no mestre a realização de aspectos da sua própria religião.

Na verdade, creio que o cristianismo é uma corrupção total da religião de Jesus. Nesse sentido, EDSON, estou bem mais inclinado ao judaísmo dos grandes profetas, do que ao evangelho paulino.

Um teólogo disse certa vez que Jesus veio trazer o Reino de Deus mas o que veio mesmo foi a Igreja...

Pelo menos é assim que eu entendo, mas isso está aberto a discussões, críticas e reformulações.

cont...

Eduardo Medeiros disse...

Levi:

O seu comentário sintetiza tudo: Não podemos nem devemos abandonar os símbolos, pois os símbolos são a linguagem do indizível, do que não se pode dizer concretamente. O símbolo fala à alma e a alma só "entende" o símbolo, pois é ele que lhe traz significado.

Por isso eu digo que racionalmente e historicamente, vejo em Jesus um homem, ainda que um homem "divino" (dentro das categorias religiosas).

Mas ao mesmo tempo, não estou disposto a jogar fora os símbolos. Jesus é símbolo desse Deus que se humaniza e vem caminhar os nossos caminhos e falar a nossa fala.

É o Logos que estava com Deus, era Deus e manifestou-se em carne. Mas como sabê-lo assim se não pelo símbolo e pela fé?

E não esqueçamos que "Logos" é um termo da filosofia grega que João utiliza para falar do verbo.

Edson: você comentou que

"Porque teremos que anular a "morte expiatória",pelos pecados..."ressurreição" ao terceiro dia...e "ascensão aos céus" depois de cinquenta dias(segundo a tradição)

Me parece que você é Judeu Edu Rsss(mas sei que não é"

Eu não quero a princípio, anular as bases do cristianismo; quero apenas vê-los como símbolos, como artigo de fé que não devem ser racionalizados. Mas sei que isso é heresia para os conservadores, que querem que creiamos na "realidade" da ressurreição, da morte vicária, da ascensão, como "fatos" reais; mas se são fatos "reais" porque então temos que CRÊR NELES PARA SERMOS SALVOS?

O que é real não precisa ser crido. Não preciso crêr que o meu pai nasceu em Salvador e que namorou minha mãe durante 5 anos apenas por carta. Eu sei.

Então existe uma contradição aí: Porque crêr se SABEMOS como foi? Mas como SABER concretamente eventos tão fora da normalidade, do que é racional?

Daí eu dizer que SEI somente o Deus-imagem que habita nos recônditos do meu ser psiquico; a partir daqui o que ele se torna é símbolo.

Gresder seu desalmado, você está me obrigando a comentar aqui o que eu pretendia postar lá na sala como artigo.

Mas não tem nenhum problema, meus artigos-comentários estão em bom lugar e perto de tantos outros artigos-comentários que esses adoráveis hereges produzem.

Vou postar lá na sala um texto de fim de ano dedicados a todos vocês, meus queridos!!!

Eduardo Medeiros disse...

Ah, ia esquecendo: Ô Wagnerzinho barbicha-ungida-com-fogo-pentecostal: o que você não entendeu heim?

Marcio Alves disse...

Ô Marinheiro (ou é marujo, ou as duas coisas ?!, rsrs) Eduardinho, você chegou chegando, quebrando tudo, atirando para todos os lados, ninguém “sobreviveu”. Rsrsrs


Se eu – se é, que eu sub-entendi as “entrelinhas” corretamente de seu comentário – te menosprezei em algum momento com minhas palavras, te peço desculpa, pois para mim, a nossa amizade vale mais, e, esta acima de qualquer idéia, teologia, opiniões e desavenças.


Cada qual tem a sua força em determinados assuntos, por exemplo:


O Greder é na filosofia subjetiva.
O Levi é na filosofia, psicanálise, prosas e poesias.
O Edson é na literatura e ciência.
Você é nos mitos, símbolos e religiões.
E eu, sou um ávido aprendiz perguntador compulsivo.


Mas a nossa grande força reside na nossa união e trocas de idéias que vão, fortalecendo nossos conceitos e principalmente, nossas amizades.


Agora, mudando de assunto – ou voltando para o assunto – acredito e entendo que Jesus não venho fundar uma nova religião, ou perpetuar a religião Judaica.


A proposta de Jesus transcende e vai além dos limites da religiosidade das religiões existentes.


Na verdade, Jesus contraria o que de mais essencial, sublime e sagrado existe em todas as religiões existentes – inclusive no cristianismo – sacrifícios, templos e sacerdotes.


Ou seja, ele desacramentaliza a religião, a deixa fútil, sem qualquer valor.


Em muitas ocasiões, Jesus quando cura ou liberta alguém, ele não chama para segui-lo, mas diz para ir embora... ”vai em Paz e não peques mais”.


Inúmeras vezes, Jesus quebra a tradição religiosa, cultural e social do seu povo.


O maior exemplo disto, (para não citar todos) é o da mulher samaritana.
Quantas violações, Jesus não comete só aqui:


Conversando sozinho com uma mulher de procedência duvidosa, Samaritana, em um poço, em um horário em que somente as mulheres vinham pegar água.....


É em Jesus, o conceito e proposta singular que não se encontra em nenhuma religião que já existiu, a saber; a graça unilateral de Deus.


Todas as religiões conseguem se perpetuar através da lógica de causa e efeito, justiça retributiva, obediência-benção, desobediência-maldição.


Inclusive no próprio judaísmo.


A frase de Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” e a liberdade de se viver sem religião, medo, culpa, neuroses e paranóias, justamente imputadas em toda religião.


Você falou da mensagem do Reino de Deus, ser religiosa.


Era, nas bocas dos profetas, que imaginava um reino de poder e triunfo, de um Deus poderoso que iria reger com varas de ferro todas as nações e povos.


Mas na boca de Jesus, ela perde o seu significado escatológico do ainda não e do só depois, e lá, de poder e magia, para simplesmente e poderosamente significar, no aqui e agora, a inclusão social dos pobres, excluídos e marginalizados – pelo menos, na minha ótica.


Em qualquer lugar, tempo e sociedade que houver resgate da dignidade social e inclusão, mesmo que seja ateu, sem religião ou crença, ali esta o Reino de Jesus.


De sorte que o cristianismo deveria ser chamado de:



Cristianismo a-religoso. Rsrsrsrs


Abraços e aguardando o que vem daí..................

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

Marcio Alves disse...

Mestre Levi
Permita-me, usar da minha grande força – as perguntas, rsrsrs – contra você:


Sua fala: “O Pai sob a forma de um Deus cobrador revestido da autoridade de quem não contempla pecado. O Filho, sob a forma de um Deus que se esvaziou de seu poder para experimentar a condição humana”.


Sendo assim, lhe pergunto:


Se a cruz é algo extremamente cruel e mal, como Deus-Pai sendo um Deus de Amor revelado por Jesus, mataria se único filho em pró de uma Justiça divina?


Deus usa o mal para o bem, é isto?


Deus é um sadista, que gosta de promover sua glória com o sofrimento dos outros?


Desta forma, Cristo teria morrido para aplacar a ira de Deus?


Deus para ficar de “bem” com a humanidade precisava derramar o sangue de um inocente, e mais ainda, do seu próprio filho?


Pois, por mais que tentamos suavizar a cruz, foi um crime hediondo, como pode Deus-pai de Jesus, compactua com tanta maldade?


Deus é um deus ao estilo dos deuses pagãos, que precisa fazer sacrifícios de animais, derramando sangue, pois o sangue dos mesmos aplaca a sua ira?


No caso de Jesus, derramou sangue do seu inocente filho, para aplacar a sua própria ira contra a humanidade?


Se realmente foi Deus quem matou o seu filho, podia e tinha outros meios, preferiu logo esse horror, concluímos, ou Deus é um grande assassino sádico, ou é um ser desprovido de inteligência, porque podia se utiliza de outros meios.


Ou então, Deus não tinha outra alternativa, e, portanto teve que matar o seu filho, mas isto, também tem a sua implicação, pois se Ele não podia salvar a humanidade, a não ser através do sacrifício de seu filho, segue-se que não tem todo o poder.



Aguardando respostas......................


Um abraço

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

Wagner disse...

Eduarddo
Eu não entendi extamente a possibilidade de desconexão entre Jesus e religião. O limbo, estar com a conciência em cima do muro, estar dividido, não saber pra onde vai, foi o sentimento que fiquei sobre o texto do Gresder.
Concordo com a tua resposta 90%, pois você ainda esta de corpo nisso, dá glória Deus todo Domingo, fala em linguas, aleluia, dá o dízimo, oferta e vai morar no céu.
Um abraço seu maldito herege

Esdras Gregório disse...

Macio e Eduardo, vocês poderiam falar mal do Deus hebreu lá nas salas de vocês rsrsrs, primeiro é que eu nunca senti essa aversão atéia em toda a minha vida e segundo é por que tem gente de Campinas que le isso. E eu já estou na fogueira a muito tempo.

E Pelo amor de Deus parem de se desculparem quando acharem que o outro ficou “bravo” ou “ofendido” que sentimentalismo besta, podem brigar a vontade sem se preocupar com o outro rsrsrs

Wagner pode deixar que se eu não sair do Belém, nos próximos três anos eles botam eu para fora, pois os meus próximos dois livros apesar de não ser muito agressivos, tratam de mitos (dizimo) e tabus (sexo) no meio evangélico.

Marcio Alves disse...

O Cristo beatificado e adorado como Deus, se humaniza e não diviniza-se, para que sua imagem seja gravada no mais subjetivo Ser da minha psique humana, a tal ponto, que seja Ele em mim, assim como sou Eu no meu Eu nele.


Sento-me para alimentar, e vejo no meu Eu, a figura doce e divertida do meu Cristo, sentado a mesa com os pecadores indigno, de modo a ver-me sentando comigo mesmo.


Na calma do dia, me vem a mente, o sono tranquilo e gostoso do homem cansado e exausto Jesus, que inspira a vida sem medo e temor.


Nas delicias da alma, percebo o Senhor, transvestido de doçura e amor.


Me pegando sozinho, relembro suas dores, que me dão forças e vigor, para continuar olhando para mim, sem desistir, quando no mar bravio da vida, a tempestade se levantar, ouço a voz calma e meiga do meu mestre e Senhor brotando do meu interior.


Viajo na minha imaginação, re-lembrando momentos inesqueciveis de agrado e dor daquele que não me deixa, nem me abandona, por esta em mim, no momento que o meu eu, é eu com Jesus em mim.


Percebo suas pegadas com as minhas, suas mãos em minhas mãos, seu rosto triste, semblante caido, lagrimas nos olhos, então caio em si, e me vejo no espelho o seu reflexo, refletindo a minha imagem nele em mim.


Há se não fossem os simbolos do coração, não poderia senti-lo, a vida seria até sem sentido, pois sentido do sentido, esta contido nele ser em mim sem mim deixar ser.


Para que entende-lo, preciso mesmo e senti-lo dentro de mim!



Um abraço

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém

Levi B. Santos disse...

Caro amigo Marcio

Como você disse que tenho uma queda pela psicanálise, é nessa ótica que eu vou tentar me explicar (não sei como vai chegar aí esse pacote, rsrsrs)

Queira ou não queira Marcio, trazemos em nós o nosso passado, isto é o homem primitivo com seus apetites e emoções. Freud foi denominado de ateu, justamente por que via na religiosidade farisaica do seu tempo, um remédio de efeito contrário, pois fazia reprimir e procurava matar o “si-mesmo”.

Deus, é efetivamente, a posição ou instância mais forte da psique, e provoca forçosamente, fé e medo, ou submissão e entrega. O Senhor que nos foi legado desde os tempos mais remotos não se identifica com os nossos conceitos expressos. Quando definimos Deus, Ele passa a ser obra humana, e como toda obra criativa, ou racional é finita e imperfeita. Quando Nietzsche dizia : “Deus está morto”, o “louco” filósofo queria simplesmente afirmar que Deus tinha abandonado a imagem que havíamos formado a seu respeito, e nós onde iremos encontrá-Lo de novo?

Cristo representa o Deus (arquétipo judaico) que morre e se transforma, para que possamos senti-Lo como irmão e amigo de dores. Mas o corpo de Cristo desapareceu. No entanto, fica claro em nós, que a prova cabal de que ele ressuscitou é esta: Nele, nos sentimos apaziguado com o Deus Vetero Testamentário. O E. Santo é quem testifica Dele em nós, consolando os nossos corações e adubando a nossa fé. O E. Santo é quem faz essa ligação ou intercessão entre um Cristo (que como eu, foi tentado em tudo)e que me faz sentir perdoado até setenta vezes sete e um Deus rigoroso que nunca foi tentado. Essas imagens arquetípicas estão dentro de nós.

Quando oramos dizemos no final: “Te pedimos ó Deus em Nome de Jesus”. Isso, hoje, parece que dizemos quase que mecanicamente, como um jargão. NO entanto, temos que entender que todo esse processo simbólico ocorre dentro de nossa psique. Temos duas instâncias em nosso inconsciente que conversam entre si, e que chegam ao nosso nível de consciência de maneira simbólica.
Essas instâncias entraram em diálogo no coração do fundador do povo Hebreu. Moisés irado, disse: “Se Tu não perdoares esse povo, risca-me do Livro que escrevestes”.

Deus, no inconsciente de Moisés, aquiesceu por um momento, mas depois Moisés pressentiu que lá mais na frente Deus se vingaria e feriria o seu povo.

Existe em mim uma imagem de Deus (simbólica). Eu oro a Ele protegido pela sombra da Cruz de Cristo, daquele em que eu me reconheço, em minhas vicissitudes e fraquezas.

O mesmo processo ocorre com o crente católico, que sem palavras se benze em nome do Pai do Filho e do E. Santo.

Bom mesmo é fazer essa oração com o entendimento.

Os símbolos do coração estão aí exteriorizados pela palavra ou pelo sinal da cruz. Cada um que mergulhe dentro do oceano profundo do seu ser, e abra os olhos para reconhecer os belos e atraentes peixes que estão ocultos para os que estão na superfície. Sabendo de antemão, que lá também existem monstros marinhos que podem nos meter medo.

Nosso essencial dever de homens, não é explicar ou esclarecer o ritmo da marcha de Deus, e sim, na medida do possível, ajustar por Ele, o ritmo de nossa própria vida pequena e fugaz.

Às vezes um grito me imobiliza: “Sou o Teu Senhor e Deus! Não sou refúgio, não sou casa nem esperança. Sou teu General; não sou Pai, nem sou Filho, nem espírito!”.

Ás vezes, ouço essa voz em mim: “Não és meu servo,nem filho, nem um brinquedo em minhas mãos. És meu companheiro de armas!”

Márcio, vou arriscar, parece que você sente o Pai e o Filho e o E. Santo não como três pessoas distintas, mas como um Deus de três faces. (rsrsrs)

Vou parar por aqui, senão vão me chamar de louco. (rsrsrsrs)

Abçs,
Levi B.Santos

Marcio Alves disse...

Mestre Levi


Modéstia essa sua, de que você tem “uma queda pela psicanálise”, você é um verdadeiro “dinossauro”. (Quem lê entenda. Rsrs)


Há, fique tranqüilo que, desta vez consegui absorver as suas palavras (pelo menos, acho que sim. Rsrsrs) – que, diga-se de passagem, parece muito com as do Gresder, filosofia-subjetiva. Rsrsrs


Concordo com a, analise Freudiana, principalmente hoje, acho a religiosidade evangélica adoecida e reprimidora do Ser e agir.


Por justamente, carregar dentro de mim, rastros da imagem de Deus, formada e adoecida pelos evangélicos, é que eu quero matar.


Até aceito sua explicação se olhar para a bíblia como um grande mito-poetico-de-simbolos-subjetivos-humanos, despido de sua roupagem fundamentalista, cheio de cores e sons, com significados que transbordam e transcende nossa vida, dando vida a imagem viva do Deus-imagem no psique humano.


Pois literalizar um Deus mesquinho, egoísta e orgulhoso que “brinca” com Abraão, pedindo-lhe que sacrifique o seu único filho Isaque, ou que faz aposta com o diabo, brincando com a vida de Jó, e mais ainda, um deus tribal que manda os exércitos de Israel cometer infanticídio, discute com Moisés, e inacreditavelmente, Moisés consegue convence-lho, só pode ser uma figura interiorizada e estereotipada do reflexo humano.


Então se eu entendi, quando oramos a Deus e “ouvimos” sua voz, na verdade, estamos orando de nós para nós mesmos, conversando, discutido e desabafando com o meu eu – muito interessante.


E mais ainda, quando pensamos e sentimos Deus pensando e sentindo, na verdade somos nós que pensamos e sentimos que Deus pensou e sentiu – cara que profundidade de pensar e sentir. Rsrsrs


Então você quer dizer que a explicação vicária e expiatória de Paulo deve ser subentendido como um reflexo simbólico de sua psique?!


Então toda teologia antes de se começar pelo céu ou bíblia, começa no nosso mais profundo recôndito do coração e imaginação humana.


Antes de tentar entender Deus, devemos procurar senti-lo dentro de nós, pois ai, somente daí, terá sentido o sentido de Deus em nós.


Interessante mais uma vez, Deus me defende de Deus no mais singular e secreto quarto de minha alma.


Obrigado meu Mestre pela profunda e significativa aula, pois ela me fez viajar por dentro de mim, tentando encontrar não o Deus do céu, da bíblia e nem muito menos o Deus dos teólogos e filósofos, mas o Deus do Deus de mim, que habita em mim, que é em mim e pra mim!


Abraços

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

Anônimo disse...

Sinceramente Marcio você me choca com essas palavras mais do que o Eduardo: “um Deus mesquinho, egoísta e orgulhoso que “brinca” com Abraão, pedindo-lhe que sacrifique o seu único filho Isaque, ou que faz aposta com o diabo, brincando com a vida de Jó, e mais ainda, um deus tribal que manda os exércitos de Israel cometer infanticídio, discute com Moisés”

Nunca em toda a minha vida senti tal repulsa, visto que seu pensamento é fruto da mentalidade frouxa contemporâneas dos direitos humanos, em que acha que tais eventos narrados no velho testamento são incompatíveis com Deus.

Se cristo homem (independente da cristologia) é o centro de nossa mensagem então toda a saga e historia do povo da qual viria o messias faz sentido, uma vês em que Deus condescende ate nos, se revelando e sendo entendido no contexto histórico em que homem vive, seja ele tribal, marxista, imperialista polígono ou medieval mítico,e contemporâneo cientifico. Não importa se a guerra é escravidão poligamia são coisas hediondas para nos hoje (homes frescos sem a fibra moral e resignação dos antigos), no passado foi essencial e indispensável, principalmente para uma raça a qual dela viria o maior presente de Deus para a humanidade. : “em ti serão benditas todas as nações”

Portanto tudo que você o Eduardo e Levi acham interpretações subjetivas do encontro desses antigos com Deus, eu acho com todas as certezas do meu ser que são atos reais e objetivos de Deus na historia.

“O Deus dos filósofos não é o Deus de Abraão Isaque e Jacó” BleiZer Pascal

Esdras Gregório disse...

Concordo com o Esdras ai em cima rsrsrs,( que vacilo) se nos achamos tais atos como genocídio de crianças e outros como atos mesquinhos de um Deus, que nesse caso seria a justificativa deste povo para suas ambições e conquistas, então estamos absolutisando nosso tempo como padrão de medida para o que é certo ou errado em outros tempos e culturas.

Se aqui a poligamia é errada, em outras nações e eras não são, se no nosso continente a guerra é um ato bárbaro, em muitos casos (segunda guerra mundial, oriente medio) são absolutamente necessária, para assegurar o direito de uma nação.Se para nos, matar crianças “inocentes” é horroroso, em alguns casos eram absolutamente necessário como meio de prevenção de futuras retaliações dos filhos que iriam vingar os pais e assim por diante.

Se por um lado os fundamentalistas se apóiam nestes atos para justificar suas guerras santas absolutisando o padrão moral-cultural de um povo e época, por outro nos moderninhos repudiamos totalmente a antiguidade como se a nossa cultura universal e espírito humanitário fosse a verdade absoluta a qual julgamos a espiritualidade o moral de um povo e seu encontro com Deus.

Ora essa! não me provoquem mais Marcio e Eduardo rsrs pois eu me nem comecei e me ponho como advogado dos crimes cometido pelo Deus dos Hebreus srsrs

Eduardo Medeiros disse...

Vou escrever bem rápido porque estou saindo nesse momento para viajar e esperar 2010 lá em Cabo Frio.

Ô Marcinho, pode parar com esses pedidos de desculpas, nada houve, e como disse o guerreiro Gresder, vamos nos degladiar até o sangue do último herege cair por terra kkakkkkkkk

ô Wagner, você só acertou em dizer que eu ainda frequento a igreja aos domingos, de resto, nem gritar aleluia eu posso, porque lá é batista tradicional rssssss

dar dízimo? você está louco? Tá me achando com cara de crente que por medo ou por interesse vai lá deixar 10 por cento do seu minguado dinheirinho para a igreja?

Ô Gresder, seu comentário sobre o Deus Guerreiro do AT tem lá seus fundamentos (Nietzsche gostava de Javé pré-monarquia), mas não resiste a um argumento(acho): O próprio Deus da guerra depois de patrocinar várias carnificinas, põe lá nos dez mandamentos: "não matarás"...

Acho que ele estava cansado de ver tanto sangue.

Ô Marcinho, de novo, o teu comentário seria o que mais eu precisaria comentar. Mas como estou sem tempo, por ora é bom você lembrar, viu Marcinho, que Jesus disse para quem quisesse ouvir que ele não queria ab-rogar a Lei e sim, cumprí-la.

Quando o jovem rico perguntou a ele como fazer para entrar na vida eterna, ele não respondeu: "Você tem que me aceitar como salvador, se batizar e ser membro de uma igreja batista". Não. Ele disse: cumpra o decálogo.

Sabemos como a história acaba. O jovem, apesar de "cumprir" a Lei, não tinha a Lei como existência que valorizava a vida, afinal, ele preferia manter o seu dinheiro do que ajudar aos pobres.

Abraços calorosos a todos e até ano que vem

Esdras Gregório disse...

Se fala uma asneira dessas só porque não vai ficar aqui para apanhar: “O próprio Deus da guerra depois de patrocinar várias carnificinas, põe lá nos dez mandamentos: ‘não matarás’...”
O que uma coisa tem a ver com a outra? Matar na guerra é uma coisa, agora matar um concidadão seu por que ele fazer qualquer coisa contra ti, é outra coisa.

Meu caro, se eu vivesse no tempo da segunda guerra mundial eu pegaria em armas com muito prazer para meter chumbo na bunda branca daqueles alemães filhos da #@*¨%)+.

Assim pensava o Teólogo alemão Bonhofer que foi preso por tentar matar Hitler junto com outros cidadãos, políticos e generais ilustres daquela nação.

Uma coisa é a morte de um indivíduo por questões pessoais outra é a legitima defesa de uma nação por seu espaço e dignidade. Há!!! Seis são é uns frouxos rsrsrs e não me provoque a minha ira santa, pois o Senhor dos Exércitos esta comigo rsrs.

Marcio Alves disse...

Ô Eduardinho, que pena que tu não poderás, por esses dias, devido vossa viagem, continuar nosso acaloroso e muito gostodo debate, portanto, fiquei sem tesão pra continuar. Rsrsrsrs


Por hora, vou me ater em contra-argumentar os dois pontos que tu levantaste, depois continuamos a “guerra santa” lá no meu e do Edson, “sala do pensamento”, esta boa discussão – vou escrever uma postagem com o titulo de “Cristianismo a-religioso”, até mesmo em homenagem e concordancia ao nosso amigo e lutador Gresder, e seu respectivo blog, pois concordo com o titulo subjetivo do mesmo.


Sua fala: “por ora é bom você lembrar, viu Marcinho, que Jesus disse para quem quisesse ouvir que ele não queria ab-rogar a Lei e sim, cumprí-la”.


Tá, como um judeu, Ele cumpriu, mas e daí? – não estou sendo grosso viu. Rsrsrsrs


O que tem haver a lei com a religião?


Inclusive é sabido que a lei Mosaica, se dividia, ou era composta de três aspectos:


1-Lei cerimonial
2-Lei civil
3-Lei moral


Ou seja, a lei que tem conexão com a religião, é a lei Cerimonial, de sacrificios e rituais.


Não há menção na boca de Cristo, que devemos observar rituais, sacrificios, pelo contrário, Ele se contrapos as cerimonias religiosas.


A única seria o batismo, mas como ato de iniciação e não de continuo ritualismo religioso, e ainda sim, é algo irrelevante, pois o mesmo, não pedia o tempo todo, para as pessoas se batizarem.


Como por exemplo:


As aguas da purificação: Transformou em vinho.

O templo: Desdenhou dizendo que derrubaria o mesmo e reconstruiria em 3 dias.

Moisés: Disse que era maior do que o próprio.

O mana no deserto: Disse que era o verdadeiro pão vivo que descia do céu.

Sabado: Curou e colheu espigas.

A purificação da agua: Deixa os seus discipulos comerem sem levar a mão.

Batismo e o ensino: Os mestres da lei, questionaram-O, sobre que autoridade Ele fazia tais atos.


E outros muitos exemplos.


Assim que você chegar, me dá um toque viu, que ai eu posto a mesma – lembrando que todos os pensadores podem opinar, mas especialmente você, meu querido Eduardo.


Abraços, boa diversão e feliz ano novo!


Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

Marcio Alves disse...

Amigos Gresder e Esdras. Rsrrsrrsrs – Cadê o Levi nesta hora, estou sozinho, o Eduardo me abandonou, e tenho que enfrentar dois, ai é covardia. Rsrsrsrsrs


Gresder seu liberal fundamentalista, ou é fundamentalista liberal. Rsrsrsrs


Seu advogado do Deus dos hebreus. Rsrsrsrs


Eu não acho que as narrativas veterotestamentarias são incompatíveis com Deus – pois qual Deus estamos falando?


O que eu afirmo, é que o Deus do velho testamento, ou melhor dizendo, o Deus da psique e construção humana do velho testamento, não há compatibilidade com que Jesus disse, fez e é.


Quer um exemplo?


No Pentateuco existe há lógica de causa e efeito, de obediência-benção e desobediência-maldição.


Cristo vem, e quebra essa lógica, com a noção de graça unilateral do Pai.


Como disse Rubem Alves, interpretando a parábola do filho pródigo: “Deus não soma débitos e nem créditos”, ou seja, é pura graça!


Mas você foi perfeito em sua avaliação, quando disse: “Nunca em toda a minha vida senti tal repulsa, visto que seu pensamento é fruto da mentalidade frouxa contemporâneas dos direitos humanos, em que acha que tais eventos narrados no velho testamento são incompatíveis com Deus”.


Exatamente isto!


Se a bíblia fosse escrita hoje, Deus com certeza seria descrito de outra forma, talvez mais doce, meigo e amoroso.


Pois isso prova, nossas teses – minha, do Eduardo e do Levi – que a historia de Deus é na verdade a historia das próprias experiências e imagens subjetivas dos homens.


Gresder eu sei o que você sente, pois eu também tinha essa sua opinião, dava um trabalhão conciliar as discrepâncias bíblicas que descreve Deus como homem.


Sinto que você esta perto de sua libertação, ela já esta chegando. Rsrsrsrsrs


Que tal a descrição do arrependimento de Deus que levou a destruição da humanidade, e, logo depois, Deus se arrepende de novo, só que dessa vez, de ter destruído o homem.


Arrepende-se de ter criado e destrói, depois se arrepende de novo por ter destruído, mas que Deus oscilante e imperfeito é esse?


Precisou destruir, para só depois reconhecer que o homem é pecador?


Não seria a imagem imperfeita e criada pelo homem, projetada do homem em Deus?


Ou que tal o caso de Moisés persuadido Deus?


Como pode, Deus dizer que vai destruir, ai entra Moises e consegue convencer Deus a não fazer?


Ou que tal Abraão, Deus não sabia que ele teria coragem para matar o seu filho Isaque, porque então pedir tal coisa?


Ou ainda, ou pior ainda, o caso de Jó, apostou com o diabo, a vida de seu filho integro, para que?


Para simplesmente e orgulhosamente humilhar o diabo?


Então Deus deu mais valor para o diabo do que para Jó?


Gresder, reconheçamos, que toda essas descrições na bíblia, são produtos e imaginação humana.


A melhor coisa em ser um fundamentalista, é quando deixamos de ser um – ufa, que alivio. Rsrsrsrs


Aguardando respostas..............

Abraços

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém

Marcio Alves disse...

Fundamentalista untra-conservador ortodoxo Assembleiano roxo Gresder Sil.rsrsrsr


Já que você não concordou com a resposta do Mestre Levi, me responda você, essa questao:

(Para facilitar pra você, eu vou copiar e colar o meu antigo comentario que fiz para o Levi.)

Se a cruz é algo extremamente cruel e mal, como Deus-Pai sendo um Deus de Amor revelado por Jesus, mataria se único filho em pró de uma Justiça divina?


Deus usa o mal para o bem, é isto?


Deus é um sadista, que gosta de promover sua glória com o sofrimento dos outros?


Desta forma, Cristo teria morrido para aplacar a ira de Deus?


Deus para ficar de “bem” com a humanidade precisava derramar o sangue de um inocente, e mais ainda, do seu próprio filho?


Pois, por mais que tentamos suavizar a cruz, foi um crime hediondo, como pode Deus-pai de Jesus, compactua com tanta maldade?


Deus é um deus ao estilo dos deuses pagãos, que precisa fazer sacrifícios de animais, derramando sangue, pois o sangue dos mesmos aplaca a sua ira?


No caso de Jesus, derramou sangue do seu inocente filho, para aplacar a sua própria ira contra a humanidade?


Se realmente foi Deus quem matou o seu filho, podia e tinha outros meios, preferiu logo esse horror, concluímos, ou Deus é um grande assassino sádico, ou é um ser desprovido de inteligência, porque podia se utiliza de outros meios.


Ou então, Deus não tinha outra alternativa, e, portanto teve que matar o seu filho, mas isto, também tem a sua implicação, pois se Ele não podia salvar a humanidade, a não ser através do sacrifício de seu filho, segue-se que não tem todo o poder.



Aguardando respostas......................


Um abraço

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

Esdras Gregório disse...

“reconheçamos que toda essas descrições na bíblia, são produtos e imaginação humana”

Não! Reconhecemos que todas essas descrições na bíblia são interpretações subjetivas de verdades absolutas. Ou seja: deus realmente intervém, opera e age na humanidade, ai os homens sujeito a revelação dão nomes humanos a tos divinos: ira, amor rejeição arrependimento etc.

Ora porque rejeitamos sentimentos humanos atribuídos a Deus como a raiva e arrependimento e aceitamos sentimentos humanos aplicados a Deus como amor misericórdia e justiça a qual o velho testamento esta cheio em especialmente em lindas e emocionantes passagens onde Deus chama Israel para o arrependimento.

Amor e ira são palavras humanas que tentam interpretar a Deus que para mim não tem sentimentos e afetos parecido com o nosso tudo nele é muito mais mental e moral do que sentimental, e mesmo assim estas definições são insuficientes.

A questão é o seguinte: as narrativas realmente aconteceram, e foram legadas a nos com forme a linguagem comparativa humana que o homem pode atribuir a Deus , visto que toda justiça e sentimentos que conhecemos são humanos e não temos outras referencias de sentimento e ações para descrever a Deus.

Nisso sei que podemos concordar, pois esta expressa nesta frase de vocês: “que a historia de Deus é na verdade a historia das próprias experiências e imagens subjetivas dos homens.”

Quanto a aversão contemporânea liberal dos atos praticados em nome de Deus Jeová eu já dei a minha opinião, que é fundamentada na moralidade relativa de cada época e cultura e que nenhuma geração pode absolutisar qualquer moral, visto não estar nos impasses e contingência históricas das gerações passadas e futuras, deixando que cada época e povo construa a sua própria moralidade conforme o seu gral progressivo de esclarecimento da revelação espiritual subjetiva e entendimento social-metasfico-moral.

Há!!! Eu não sou “teólogo’ liberal, mas pelo que eu percebi pesquisando a minha linha de entendimento se encaixa mais na teologia Barthiana neo¬-ortodoxa e companhia. Não que eu tento ser fiel a isso, mas que creio nisso naturalmente pela bases de leituras que empataram meu modo de ver a vida. abraços e sem risadinhas dessa vês...rsrsrs

Esdras Gregório disse...

Jesus caminhou de encontro à cruz, aceitou-a... (ou toda a história Dele foi adulterada?)

Deus não precisa disso, mas escolheu isso...

Realmente a Cruz e escândalo, mais do que isso é o maios espetáculo da humanidade, nem um evento chama tanta atenção quanto à morte de Jesus, e nisso esta todo o motivo, pois Deus chamou a atenção do mundo para aquele evento, pois nele existe uma história por traz, e nesta historia se descobre um homem, e neste homem Deus se revela.

A cruz é o espetáculo de Deus para a humanidade, só que agora você já me forçou revelar um futuro texto em mente... seu chato apressadinho perguntador compulsivo que mais indaga do que afirma.

Marcio Alves disse...

Malditos seja Gresder e Esdras, por não permitir-me, continuar com minhas leituras de livros!


Nunca mais consegui ler um livro – o último que estou tentando ler é o Enigma da graça do Caio Fabio, mas este, que era para demorar, segundo minha fome de livro, uns 3 dias, já dura 3 semanas!


Vou tentar ser o mais breve possível no meu contra-argumento:


Primeiro a temática do Deus veterotestamentario:


1-Eu nunca afirmei – embora tenha dúvidas – que Deus nunca interveio em manifestações do antigo testamento.
Apenas em algumas (muitas?) passagens acredito ser fabulas do povo hebreu.


2-Mitos e símbolos não quer dizer que seja falsos e mentirosos, pois carregam em si, verdades que transcendem a nossa existência, dando a toda linguagem poética e mística, profundos e ricos significados e sentidos.


3-Com o seu argumento de moralidade contemporânea, você quer dizer que Deus se adéqua aos sentidos e percepções humanas?


Pois se na época e por causa da mesma,a cultura era bárbara tribal antiga, Deus era a favor da carnificina e infanticídio, Deus hoje em pleno século 21 dos direitos humanos, é ou seria contra???


Por isso eu afirmo, se hoje a bíblia hebraica fosse escrita, seria totalmente diferente, mostraria Deus defendendo e sendo radicalmente contra as carnificinas e infanticídios.


Porque a bíblia foi descrita pelas experiências subjetivas e projeções humanas!



Segundo: A crucificação de Cristo:


1-Não acredito e nunca pensei na possibilidade da historia da crucificação de Cristo ser falsa.


2-A morte de Cristo foi um escândalo, o maior dos crimes hediondos da historia da humanidade, mas não foi e nem é compactuada por Deus-Pai.


Não foi Deus quem assassinou o seu filho!


Mas antes, a perversão e maldade humana, quem praticou tal ato diabólico.


Pois como afirma Leonardo Boff: “O homem pode destruir a terra por diversas vezes, mas ainda assim a maior maldade não seria esta, pois sua maior maldade ele cometeu matando o criador na cruz”.


A morte vicária e expiatória de Cristo é pura teologia, principalmente a Paulina.


(Revelei a sua fonte, né Gresder. Rsrsrsr)


Abraços


Obs: Você poderia escrever 2 postagens com essas duas temáticas, iria dar o que falar. Rssrsrsrs

Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

Esdras Gregório disse...

Eu já s tenho alguns textos a respeito, mas tudo na ordem seu desorganizados.

Quanto a as “carnificinas” e infanticídios eu particularmente não sou sentimentalista como vocês, mas sou totalmente a favor em pleno século 21, pois as guerras alem de estarem no instinto do homem, muitas delas são guerras que promovem a segurança e dignidade dos povos, e que morram as crianças que serão treinadas na guerra para vingar seus pais injustos.
Bom... por agora é só, continuaremos esse assunto em outro blog pois este aqui já esta muito manchado de sangue rsrs.

Anônimo disse...

Jesus amado!... Que rolo hein? Ainda bem que vocês se entendem, porque eu tô perdidinho perdidinho, hehe. Feliz 2010.

Marcio Alves disse...

GRESDER SIL

Não aguento mais procurar a bosta do tal texto do qual falaste.

Me fala em que mês ele foi escrito, para mim ir direto nele e achar.

Anônimo disse...

Hmm is anyone else experiencing problems with the images on this blog loading?
I'm trying to find out if its a problem on my end or if it's the blog.

Any feed-back would be greatly appreciated.
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“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
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