sexta-feira, 9 de julho de 2010

O menino deus



Á reverencia pelo sagrado e o temor pelo divino, prestou durante á historia da religião um desserviço e uma injustiça ao conhecimento da mente do Ser mais maravilhoso e do homem mais importante que já pisou neste planeta até hoje. Até agora só se falou Dele como um homem pronto e de sua missão como algo estabelecido e conhecido desde cedo por Ele, como sendo a convicção de algo instituído desde a eternidade.

O que nos deixaram como legado foram alguns de seus atos principais e de suas palavras mais cortantes e arrebatadoras que foram profundamente gravadas em suas memórias e corações. Mas nada do processo de formação intelectual de Jesus nos foi revelado, como se Ele já viesse pronto do céu, e não tivesse passado pelos procedimentos de erros, equívocos e aprendizados que formam a mente e o coração de um homem adulto.

Que Ele quando aos dose anos, era um adolescente precoce e um jovem gênio isto é natural para quem um dia viraria o maior Homem do mundo. Mas acreditar que nesta idade Ele já sabia completamente sobre a sua missão nesta vida, pelas frases que ele dizia quando adulto, a qual os discípulos colocaram em sua boca de menino na Compilação e Edição dos evangelhos, é ingenuidade que beira ao ridículo.

Pois se Ele tudo já sabia, então porque veio menino e não homem pronto? Seria simplesmente para cumprir tabela? O que fez Deus? Alugou um corpo humano? Quão estranho e pavoroso seria ver uma criança com mente de homem! Ou Ele encenou um papel infantil para os seus pais? Ou Ele continuou a pensar e falar quando adulto o que ele já sabia como diria desde menino, ou bebê, o que é pior e mais espantoso ainda.

Mesmo que se Ele realmente fosse o Deus encarnado, e não simplesmente o profeta prometido dos judeus, Ele teria que na maturidade de sua mente se alto descobrir como Deus, o que também seria estranho. Ou Deus emprestou um corpo humano e veio a terra, ou Ele era um homem que de tão convicto em Deus assumiu representar a fase deste Deus que até agora só era conhecido pelas costas pelos judeus.

Como homem que Ele era, ele passou por todo o procedimento humano de crescimento mental, como homem ele se equivocou no seu aprendizado antes de chegar a ser um mestre. Como Homem Ele sonhou o sonho messiânico e viu Nele mesmo, o cumprimento das profecias milenares e esperança daquele povo. E como homem ele viu em pleno ministério o seu sonho escatológico da revelação do filho do Homem entre as nuvens, se espedaçar entre a realidade política religiosa daquela nação.

E por isso como todo homem Ele teve que re-significar sua vida na própria estrada em que caminhava e que não podia parar. Pois se a manifestação em gloria do filho de Deus não aconteceu para aquela geração como Ele mesmo havia prometido, então o seu reino só viria não como uma manifestação visível, mas estaria dentro de cada um que o seguisse.

Ninguém dos seus discípulos transmitiu ou viu as reflexões religiosas e crises espirituais profundas que este homem viveu nas solidões das noites turbulentas sem dormir nos montes a qual nos foram relatadas como se sendo seus momentos retirados de oração.Se tudo sabia e era Deus na terra, não necessitava madrugar! Mas isto porque a distancia mental Dele para os discípulos era intransponível, e assim Ele podia transitar sereno entre os homens depois de pacificado o seu coração no amanhecer de um novo dia.

Por isso que Ele foi homem até a sua morte, e como homem mesmo sabendo da necessidade de morrer como mártir de sua causa para dar vida a sua mensagem, Ele no ultimo estante por fraqueza humana desejou viver mais um pouco e morreu como todos sem saber totalmente a que destino a sua Palavra teria no coração dos homens. Mas que como homem justo, foi obediente a voz interior que com Ele falava. Pois do começo ao fim Ele confiou em Deus e sabia que mesmo sem saber cada passo e circunstância que sucederia com Ele (Mt 26; 39. 27;46 ), que o próprio Deus dentro Dele o guiava infalivelmente a consumação do propósito para qual Ele veio a este mundo.


Gresder Sil

escrito em 30/05/10

22 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom Gresder,

Ótimo ensaio.

Gresder, novamente no seu e-mail foi enviado o endereço do blog errado "Também no blog: cristianisNoa-religioso.blogspot.com"

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Levi B. Santos disse...

...E O transformaram em um ídolo. Revestiram-nO com o manto do misticismo, para que se cumprissem Nele os anseios dos profetas que confundiam as imagens da mente com a mente de Deus.

Sabemos que no Judaísmo a própria revelação de Deus sofria variações de acordo com o temperamento, as imaginações e as opiniões de cada profeta. O conteúdo da profecia obedecia a um padrão de comportamento, conforme o profeta fosse bondoso, irascível ou afável.

Um exemplo foi o do profeta Jeremias, que acabrunhado e invadido por um grande tédio, profetizou as calamidades sobre os judeus.

Samuel em sua rigidez ética, acreditava que Deus não voltava atrás, quando decidia alguma coisa. Na mente de Samuel, a misericórdia não encontrou lugar, quando ele profetizou contra Saul - que arrependido procurava o perdão, e recebeu o suposto recado divino de que Deus não alteraria a sentença pronunciada contra ele.

Os profetas projetaram sobre Cristo sua sexofobia, a ponto de dizerem que ele viria de uma virgem. E Cristo como um cordeiro mudo não teve como mudar o panorama trágico que lhe foi outorgado.
Resultado: Sentiu-Se abandonado pelo Pai - que tinha os profetas como interlocutor de uma mensagem imaginária - originada das profundezas obscuras do inconsciente.

Aparecido (por e-mail ) disse...

Bom dia,

Porque o menino ``deus,´´e não Deus?

Esdras Gregório disse...

Porque menino Deus seria uma questão de Fé, de quem o sente como Deus, de quem o ama como Deus, confesso que paradoxalmente eu acredito Nele como Deus com o coração, mas com a Razão eu o Vejo como o profeta que seria maior do que Moises, e que os discípulos deslumbrados com tanta graça e formosura o imortalizaram para nós.

Esdras Gregório disse...

Evaldo obrigado, eu notei só depois que eu envie os e-mails, às vezes acontece, são muitas letras juntas para a minha cabecinha semi-analfabeta.

Esdras Gregório disse...

Levi a gente já falou de tantas coisas, mas me parece que só agora ágüem fez esta distinção do temperamento de cada profeta, realmente eu não tinha notado isso conscientemente, pois sendo homens eles naturalmente incorporaram em Deus a sua própria personalidade.

Mas uma coisa não podemos negar, eles eram homens justos que se preocupavam com questões sociais, com o direito dos mais fracos e com a moralidade de sua nação.

Apesar dos exageros (realmente dá pena de Saul) eles tinham uma personalidade tão forte e um caráter tão seguro que eram temidos pelos reis e poderosos daquela época.

Eduardo Medeiros disse...

Não sei se o temperamento de cada profeta era o fator principal para as mudanças proféticas. Creio que mais importante que o temperamento de cada um, estava o momento histórico vivido pelo povo. Novos tempos, novos desafios, significavam novas teologias, novas compreensões do agir de Deus. Mas é claro que uma coisa não invalida a outra.

Esdras Gregório disse...

Sim Eduardo colaboraste mais com o pensamento, mas e meu texto? rsrs

Aparecido ( por e-mail ) disse...

Veja bem,

Jesus esta presente desde a fundaçao do mundo, quando Deus disse ´´Façamoso o Homen...``
Gen:1:26, Sl 2:7, Is 48:16, Mt 3:17 Mc 1:11. entao, nao foram os dicipulos que o imortarizaram, ele ja
era desde o principio, `` O Verbo´´ (Joao 1).

Anônimo disse...

Olha, Aparecido apareceu assim como Jesus para mudar o rumo da humanidade.

Jesus estava lá desde o começo Gresder, você não lembra?

Estavam criando a terra, Javé, Jesus, o Espírito de Deus não porque ele estava de bobs pairando sobre o nada e Lúcifer também deu uma mãozinha.

Aí Deus criou tudo, exceto a árvore do meio do jardim "donde" morava a serpente que comeu Eva, ops, que fez Eva comer a serpente, haaa, deixa pra lá, esta história de serpente, Eva, viAdão já me encheu o saco.

Mas é claro que Jesus estava lá, assistindo esta brincadeira toda.

Aparecido mudou minha vida, louvado seja o Aparecido, Nossa "Sinhora".

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Anônimo disse...

Já refleti sobre a questão da auto-consciência ou não que Jesus tinha da missão messiânica. Realmente, se soubéssemos como foi aquele menino, como ele era tratado pelos pais e pela comunidade em que vivia (a imagem que tinham dele) seria menos difícil ter uma idéia a esse respeito.

Todavia, existe aquela passagem em que o Jesus volta a Nazaré e as pessoas dizem "aquele não é Jesus, o filho de José?", o que dá a entender que as pessoas que o viram crescer o viam como uma pessoa normal, "comum".

Esdras Gregório disse...

.
Evaldo deixa o aparecido quieto, pois essa resposta talvez ele não vá vir aqui para responder, pois foi enviada para o meu e-mail.

Isaias realmente esta passagem da a entender que Jesus era normal como todo judeu de seu tempo, salva a variação da personalidade de cada individuo. mas Jesus era visto como normal, porque eles sabia conter seu espírito, e não se expor antes daquele que Ele sabia ser o seu momento.

Marcio Alves disse...

GRESDER

Belíssimo poema sobre Jesus...assim como você, também escrevi um texto que irei postar ainda hoje sobre Jesus, mas contado do ponto de vista de um bandido.

Independentemente das discussões pendurarei ainda hoje sobre a pessoa de Jesus, que o cara foi indiscutivelmente uma das maiores, se não há maior de todas, personalidade que esta terra teve o prazer e orgulho de receber, ha isto foi.

Esdras Gregório disse...

MARCIO

(comentario para seu post)

Belíssimo poema sobre Jesus...assim como você, também escrevi um texto que eu já postei ainda ontem de ontem sobre Jesus, mas contado do ponto de vista de um jovem que se alto descobre um grande homem, passa lá para comentar ele.

A parte das discussões pendurarei ainda hoje sobre a pessoa de Jesus, que Ele foi indiscutivelmente uma dos maiores, se não o maior de todos os representantes de Deus que esta terra teve o prazer e orgulho de receber, ha isto foi, com certeza.

Eduardo Medeiros disse...

Desde minha época de fundamentalista eu tinha dificuldades em entender como Jesus seria o próprio Deus. A verdade é que nos evangelhos em lugar nenhum é sugerido tal coisa. Essa ideia da divindade de Jesus é convicção posterior dos seus seguidores. Nem mesmo Paulo tem uma doutrina categórica de que Jesus seria o próprio Deus. Para Paulo ele era o salvador do mundo, enviado dos céus por Deus. Ele chega a dizer que Deus era a cabeça de Jesus.

No meu entender, ele se compreendia sim como um messias. Mas isso não era novidade naqueles tempos onde messias pululavam em cada esquina da palestina.

Esdras Gregório disse...

"onde messias pululavam em cada esquina da palestina" que insensibilidade!! rsrs.

Anônimo disse...

Nada não, só ia comentar que tu aprendesses a usar o negrito, que bonitinho!!! Tentei ensinar pro Marcio, mas acho que ele não sacou comofaz. Manda aquele meu email pra ele

Esdras Gregório disse...

Aproveitando a oportunidade fofinho* eu tirei o comentário que você removeu, pois nada me causa tanta gastura do que esta frase “Esta postagem foi removida pelo autor.”


Deve ser por isso que eu não corrijo comentários, prefiro os erros do que este rastro deixado pelo comentador.

*só não apaixona oKkkkkkk

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


TE SIGO TU BLOG




CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...


AFECTUOSAMENTE
CRISTIANISMO A-RELIGIOSO

ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DEL FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.

José
Ramón...

Anônimo disse...

Ah, deixa eu apaixonar, Gresderzinho... kkkkk

Eduardo Medeiros disse...

Gresder, mas é verdade!!!! naqueles tempos o que mais se via eram "messias" arrebanhando seguidores para a sua causa quase sempre, lunáticas e desfocadas da realidade. Jesus deve ter sido uma rara exceção. Aliás, consta que um desses messias foi morto alguns anos antes de Jesus e que foi morto e depois dito pelos seus discípulos que tinha ressuscitado. Sério!! será que houve alguma influência? Qualquer dias desses escrevo um texto sobre esse messias antes de Jesus citando bibliografia.

Gresder, meu primo está apaixonado por você. Viu o que seu jeito rude pode fazer?

Anônimo disse...

Amigo GRESDER,

Muito bom o seu texto...gostei!!

E por mais milagre que pareça, mas este foi de fácil compreensão...rs....

Creio que se Jesus tivesse sido enviado à terra como homem já formado, pregando o evangelho segundo a vontade de seu pai...ele teria sido condenado à cruz no mesmo dia de chegada...

Jesus foi preciso vir como qualquer um de nós, para que ambas pessoas percebessem a sua importância...a sua magnitude....e sua infiltração como filho, como criança, como homem....foi importante para que então, a sua estoria ficasse marcada por completo....pois concordo com o Marcinho: "Jesus...o cara foi indiscutivelmente uma das maiores, se não há maior de todas, personalidades que esta terra teve o prazer e orgulho de receber"...

Beijos querido.

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“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
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