A desmitologização e secularização das linguagens e estruturas religiosas da fé
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Amor de desespero
Análoga a conversão religiosa, sabemos que muitas escolhas no amor, não foram feitas no estado pleno dos apaixonados, mas são frutos de carências ou desespero de solidão. Alguns amores só foram possíveis por acontecer em um estado frágil de pessoas que por necessidade de companhia acreditaram encontrar o par perfeito e presos ficaram a ele pela dependência enganosa da paixão.
Assim é a religião, pega somente os fracos ou os fortes em seu estado de fraqueza. Nem um criminoso no auge de seu orgulho e convicção se converteu ate hoje a religião alguma, mas somente quando estava fudido e arregaçado encontrou inconsciente na igreja um outro sentido de vida que pudesse devolver de alguma forma seu status de poder perdido no crime. Neste caso ele só troca de ambiente de atuação.
Nem um artista feliz e boêmio se tornou gospel durante seu estado normal de carreira solida e premiada, mas somente quando o brilho desapareceu e ele sentiu o peso da inutilidade dos fracassados, que ele recorreu à religião. É assim, o cara dá o melhor de si para o “diabo” e depois de esbagaçado oferece o resto para “Deus”. É disso que a religião vive e se alimenta: do resto do “lixo”. Do pior estado emocional e psicológico do homem.
Isso por que a religião impera pelo medo, pela pressão, pela chantagem, pelo oportunismo. Esta mais do que na hora de criarmos uma nova mentalidade aonde o humano se achega ao divino pelo valor intrínseco da espiritualidade humana e não pelo império do medo causado na religião e por seu mercantilismo que vive da venda de remédio que não curam o homem de sua dependência e fraquezas psicológicas.
A religião não pode mais fazer isso com o homem, é melhor morrer fracassado, detonado, mas com orgulho, do que nos “últimos minutos” pedir perdão a “Deus” (religião) sendo que em vida plena e consciente se desprezou a religião. Nem Deus merece isso e nem o homem tamanha humilhação de sua dignidade de sofrer a conseqüência de suas próprias escolhas de ser autônomo e cooperador de seu próprio destino.
Esdras Gregório
Escrito em 27/12/10
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Esdras Gregório
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Um Jesus sem gloria
E se Jesus não tivesse ressuscitado! O que mudaria? Que fator altera? O que se desestrutura? Mas aqui, agora, na pratica da nossa vida! A sua ressurreição esta de tal forma, que é impossível tanto provar que foi um fato histórico ou provar que foi um mito formado pelo mesmo processo que envolve com o manto da superstição do povo todo grande homem enviado por Deus. Deixando o caso para a fé individual, já que Ele não apareceu ao publico, mas só aos seus discípulos.
Entretanto como todo grande líder eclesiástico com mais de vinte anos de experiência não diz toda verdade e nem desengana os fieis de suas crendices comuns para o próprio bem deles. Quem nos garante que os apóstolos depois de anos desta experiência inolvidável com este Homem, não resolveram escrever sobre Ele de forma mítica conforme a crença do coração para preservar o espírito de sua mensagem que transcende a letra e o fato bruto e limitador?
Mudaria muito sim só para quem o ama pela sua gloria e atuação sobrenatural e não pela sua graça pessoal e influencia moral. Para estes, Ele não mais atenderia a oração dos fieis e nem sequer saberia que estes tais existem, portanto não mais curaria ninguém e não libertaria nem um oprimido de suas mazelas humanas. Seriam o fim de suas maiores e mais importantes razões de existências, já que o seu Jesus não teria mais Poder, e não estaria mais a direita de Deus intercedendo pelos seus protegidos.
No entanto quando Ele estava entre os homens, à maioria de suas ações inacreditáveis era muito mais por Ele induzir a fé das pessoas do que fruto de seu próprio poder. De fato Ele tinha sim dons inexplicáveis, mas a sua maior força era a influência moral que se derramava do seu coração voltado para Deus. Ele se sentia pleno da vida e quis deixar do seu espírito o máximo possível antes de sua morte próxima. E enquanto em vida ele realmente amou os seus até o fim.
Portanto de certa forma não mudaria para alguns, pois seu poder de influencia e transformação moral por seus ensinos de vida se faz presente hoje independente de Ele estar vivo ao lado de Deus ou esperando o mesmo destino incógnito de todos. E nem uma pessoa deixaria de ser curada, pois Ele ensinou a independência e o poder da fé “se crês veras”, como ela (a fé) se manifesta em milagres sem Ele também em outras religiões. Como também nem um ser humano deixaria de ser transformado por sua historia, crendo Nele pelo seu poder de influência pessoal.
Faria diferença somente para aqueles que precisam de um Jesus glorificado com Poder, Majestade e Domínio (diferente do Jesus nazareno) que os rastreiam e os protegem a cada istante deixando o resto da humanidade sem cuidado por que não aceitou a Ele em uma igreja. Para tais, que o amam pela sua posição de Deus, pelo seu status sobrenatural, faria uma diferença enorme para eles, se Ele não estivesse no Trono agora.
Mas para quem se sente representado humanamente na pessoa daqueles que Ele amou profundamente enquanto vivo, e que o amam por serem tocados hoje pelo poder de sua vida, Viva na memória de seus corações, como se sentiram os discípulos, não faria diferença nem uma, se Jesus é o Cristo glorificado da religião, ou simplesmente o filho do homem que buscou o martírio por acreditar no poder transformador de sua causa pela independência espiritual dos explorados da religião viciada em: poder, posição, endeusamento e Gloria.
Esdras Gregório
Escrito e jogado de lado em trinta de setembro de dois mil e dez.
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Esdras Gregório
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Homens de igreja
É lógico que a teoria dos quatro temperamentos* é reducionista e generalizada por existir muitas variantes destas personalidades. Mas mesmo assim serve como bússola para se poder entender em qual tipo de temperamento um homem mais se encaixa e assimila. Por esta razão dá para se explicar como uma instituição religiosa, e denominação cristã aleatoriamente aproveita cada tipo de homem para cada função especifica conforme o adequar de seus traços típicos indispensáveis para o acabamento proveitoso do conjunto.
Os homens do tipo fleumáticos de temperamento calmo e pratico são o contingente de porteiros, zeladores, diáconos e secretários da igreja. Eles são por natureza eficientes e cumpridor de seus encargos. São homens simples, mas muito produtivos que por não terem capacidade religiosa de ensino e estudo, se contentam em servir a igreja. Por temperamento eles não são homens fervorosos de orações e estudiosos da bíblia, mas são leais e sinceros em sua fé e conduta, sendo geralmente excelentes cidadãos prósperos.
Já os homens do tipo melancólico, sensíveis, nervosos, idealistas e dedicados são os que naturalmente se tornam professores de escola dominical, teólogos e doutores doutrinários. Estes são por temperamento perfeccionista e e conseqüentemente defensores da correta ortodoxia. Sua fonte de conhecimento se resume no estudo da bíblia e da historia eclesiástica de sua denominação. Por natureza eles são afetuosos e emotivos, de profunda vida de oração, fé pura e caráter integro, que não se envolvem profundamente nos meandros administrativos e ministeriais.
Um outro tipo é o do famoso temperamento sanguíneo, que são os impulsivos, comunicativos e extrovertidos. Que obviamente acabam virando os pregadores e cantores das igrejas. Por instinto eles têm tendências mais negativas como a serem indisciplinados, interesseiros, barulhentos, versáteis e dúbios. Estes estudaram muito mais do que a bíblia, para terem um vasto arsenal de cultura com que eles entusiasmam com sua eloqüência natural os seus ouvintes. Por serem atores vendedores e sofistas por natureza eles não são tão íntegros em sua conduta e ensino. Só não são abolidos, porque servem ao sistema como entretenimento da massa.
Por ultimo e mais importante nesta escala de cargos são os poderosos coléricos que são lideres natos e enérgicos resolutos. Estes são os que alcançam a importante função de pastor, presidente ou fundador de uma igreja. São homens decididos, audaciosos e eficientes por pura tendência de temperamento. Se um dia foram, a esta altura de responsabilidades já não oram e não dependem de oração, mesmo que tenham que dizer que é Jesus que dirige a igreja. Pois sabem que a organização se mantém por seus planos orçados e audazes decisões, nada santas e bíblicas.
Os coléricos são astuciosos por natureza, e como verdadeiros lideres auto-suficientes e inteligentes, estão acima do senso comum do bem e do mal, ocultando ou deixando iludidos os fieis para o bem geral da instituição. Os fins sempre justificam os meios, pois os métodos heterodoxo e seculares de organização se justificam por harmonizar o grupo e prosperar em paz a vida comunitária e financeira da instituição. E por estar à frente da denominação ele entende, sem ser entendido, cada um dos tipos de homens que precisa para cada função. Ele não é justo ou injusto, ele é o Líder.
Gresder Sil
*Inspirado na teoria dos quatro temperamentos de Hipócrates e na observação pessoal atenta de anos, de diversos homens conhecidos de igreja, que se encaixam perfeitamente na analise deste texto.
Escrito em 13/12/10
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Esdras Gregório
sábado, 11 de dezembro de 2010
Aforismos sobre conquista e moralidade
O que você quer? Que tipo de homem você é? Você quer amar uma só mulher, e deseja viver com ela, porque apetece esta vida e é o que você realmente quer. Ou você por temor religioso e status social quer um casamento, sendo que no fundo você deseja viver muitos amores! Cuidado! A religião vai fuder com a tua vida te tornando um adultero, quando na verdade você poderia causar menos mal decidindo o que você quer ser.
Se você já tentou ser um bom moço, se você já fez de tudo para manter sua mente pura e não conseguiu, relaxa velho! Essas coisas definitivamente não são para um cara como você. Pois se na sua plena consciência de possibilidades você sabe que nunca acontecerá contigo, é por que de fato isso não existe, a não ser em tipos sociais diferentes de ti. Agora que você já sabe disso vai e peques mais, mas com moderação ok?!
Preste atenção! Você pode sim mentir para conquistar e manter uma mulher, o que você não pode e atrasar a vida de uma moça que esta pronta para receber um homem que não é você. Mas as que para aprenderem valorizar um homem, precisam de um “cafajeste”, saiba interpretar o que ela deseja ouvir quando te pede a verdade. Pois este tipo de mulher que esta liberada para você, mesmo sabendo não suportaria ouvir sua verdade.
Se você sabe que não pode ser casto, se já tentou, e ate agora não conseguiu ser de uma só parceira, mas por questões de Religião acha que por ter encontrado uma garota especial este amor ira te salvar. Cuidado!Conheça a ti mesmo! O amor pode não redimir um tipo como você, no seu caso apenas com o tempo você ira sossegar. E agora você pode estar oferecendo o seu desespero por redenção para uma pessoa inocente.
Se você não é um bom partido, se você não consegue conquistar uma moça de família por não ter um nome importante de família e por ter uma personalidade muito individualista, então não fique lamentado e seja o melhor solteirão que você poder ser, saiba que em outros vários lugares a demanda é muito grande e centenas de meninas malvadas como você, consumirão o produto que você tem pra vender.
No mundo é assim: muitos homens têm poucas mulheres, e poucos tem demais. Isto porque um que consegue com uma só, êxito e perfeição, emana de todos os seus poros; auto estima e ares de satisfação. E nada desagradam tanto as mulheres do que homens com investida de desespero e cara de carência. Assim um homem satisfeito de mulher, e seguro de si, atrai muito mais mulheres do que os que estão à procura delas.
Nunca, mas nunca mais escolha uma mulher para você, é você que tem que ser escolhido, é a mulher que elege; só assim você será feliz e desejado como homem. Apenas desfile suas plumas coloridas e sua crista avultada, pois na lei da natureza são as fêmeas que escolhem seus parceiros. Mas se queres produzir isso, o risco é seu, e você ira sofrer. Larga mão de ser trouxa, padecer por amor é coisa para as mulheres.
Ao desejar um homem, a mulher saberá sutilmente dar os sinais necessários para ele captar a mensagem de amor que todo o seu corpo, postura e feição irão emitir. Ela conseguirá causar “desinteressadamente” as melhores ocasiões de aproximação. Ela dará a condição. Os homens venturosos em suas conquistas nunca tiveram o mesmo êxito em produzir casos e momentos como às mulheres em criar as suas próprias arapucas.
Existem basicamente dois tipos de mulheres; as que amam o amor, que esperam o amor, e que desejam o amor. E as que gostam do homem, do ser do homem, do jeito do homem, da atmosfera de pensamento, fala, conversa e postura de homem. As que desejam o amor acabam ficando com um homem no sentido mais pejorativo de ser homem; e as que procuram um homem encontram “o homem”. Por que “o Amor”, não existe!
Ao desejar que os primeiro encontros com o homem de sua vida sejam perfeitos, que ele saiba a hora certa de falar, que durante a conquista ele não a sufoque, e saiba manter a distância exata, e avance no ritmo dela, ela pode estar atraindo sobre si um que na muita prática da conquista apurou sua arte, a não ser que ela tenha estrutura para conter um cara deste, o seu melhor pretendente será um apaixonado atrapalhão.
Até mesmo os homens metidos a conquistadores desejam ser fieis, mas fiel a uma mulher por vez. Eles desejam sim amar com intensidade e verdade e também tem horror à traição, por isso para não trair deseja amar mais de uma, uma de cada vez. Pois o que os apavora não é o fato de eles terem que ser fiel, mas a ser fiel a uma mulher só durante toda vida, sendo que poderiam ser fiéis muito mais vezes com muito mais mulheres.
Gresder Sil
Frases escritas para o status diário do facebook e limitadas por seus 420 caracteres.
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Esdras Gregório
sábado, 4 de dezembro de 2010
Educação e propaganda religiosa
O ser humano é como um carvão que precisa ser abrasado, como um combustível que precisa ser queimado. O homem é um motor vivo. E, sobretudo os jovens são puro vigor que precisam de alguma coisa para canalizar suas energias. O esporte a militância política e a religião são formas patrocinadas pelos governos de condensar esta força que em outros contextos seriam usados como impetuosidade para a anarquia ou criminalidade.
Por isso os grandes estadistas, legisladores e líderes intelectuais e eclesiásticos, e o governo num modo geral sempre se preocupou não somente em aproveitar a força da juventude de seu povo como também em redirecionar esta energia para evitar a degeneração dos homens de sua nação. De forma que uma publicidade governamental patriótica e educação religiosa sempre foram os meios pelas quais os governos se utilizaram para dirigir os súditos de um povo.
Assim como hoje a mídia estimula a população com seu anúncio em comerciais do governo em que pinta entusiasmadamente o progresso do país. Assim como uma igreja com seu boletim semanal e jornais mensais noticiam orgulhosamente a continuação gloriosa de sua historia e seus feitos, como um meio de manter unido o seu rebanho e entusiasmar a nova geração. Também no passado foi criado o mais poderoso veiculo de propaganda religiosa e ensino da juventude.
A bíblia hebraica com seus heróis, com seus feitos grandiosos, com suas historias de guerreiros de coragem e valor, com seus exemplos de rebeldia e castigo, com sua sabedoria proverbial, com suas lições morais e seus cânticos entusiasmados é a maior propaganda religiosa de educação governamental que um povo teve sobre esta terra. Pra isso ela não somente foi escrita separada por cada escritor, mas durante a historia ela passou por varias redações gerais.
A exemplo da redescoberta dos livros do Pentateuco no tempo do rei Josias, dos trabalhos feitos em prol da nação por Esdras e Neemias e da tradução da septuaginta, a bíblia hebraica passou por varias edições e seus redatores foram homens visionários que passaram um verniz brilhante nos fatos históricos tornando os mais poderosos meios de propaganda religiosa para a educação de um povo a fim de estimular as gerações de jovens ao patriotismo e ao temor religioso.
A bíblia é um livro escrito por cronistas e poetas, legisladores e reis e não por médiuns e videntes de cavernas alienados do processo e conjuntura histórica de seu povo. E Isso muda tudo, os caras eram escritores talentosos, historiógrafos e editores românticos que num tempo aonde não tinha mídia e imprensa, proporcionaram pela condensação da cultura, religião e política no seu livro sagrado, a formação de uma das religiões mais poderosas, homogêneas e antigas da terra.
Gresder Sil (Esdras Gregório)
Escrito em 03/12/10
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Esdras Gregório
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O romantismo dos escritores sacros
Florear e romancear uma história não tem nada a ver com dar sentido amoroso a um enlace de um par específico de personagens históricos ou fictícios. Mas sim em explicar a condição humana como conseqüência de algum tipo de trajetória épica de uma acirrada luta entre o bem e o mau. Uma historia romântica é simplesmente uma saga com origens espirituais metafísicas em que no final o bem sempre ganha do mau.
Anseio este de triunfo do bem, que dominou sempre as almas piedosas e vitimas do mau e da maldade humana. E que por isso, como demanda humana que deseja um produto que venha satisfazer seus anseios de justiça, possibilitou o êxito absoluto das interpretações escatológicas que explicam a causa, motivo, origem e final de toda maldade humana num desfecho cósmico divino satisfatório e espetacular.
O grande motivo do sucesso das grandes religiões e instituições religiosas é a capacidade poética e organizada dos escritores sagrados e teólogos renomados em explicar de forma romântica e sistemática cada coisa e acontecimentos humano num conjunto teológico auto-suficiente e fechado de visão de mundo. Capacidade esta natural em todo grande escritor com seu próprio sistema filosófico.
Particularmente a doutrina cristã de que a maldade humana tem origem em uma Queda de um primeiro homem, e em uma necessidade de redenção efetuada por um sacrifício divino, além de ser coerente em si em todo o seu conjunto, é uma das historias mais lindas e confortadoras que a humanidade teve o privilégio de ouvir. Mas que só é uma bela historia no mundo fechado e reducionista da mente dos cristãos transformados pela poderosa influencia moral desta epopéia sagrada.
Posto que depois de tanta luta, tanta lagrima, tanta miséria e dor humana. Tanta infelicidade e desejo de felicidade, tanto ardor e paixão dos homens, tantas idéias, tantas crenças e religiões neste mundo, tantas produções e tantas guerras dos homens. Tantas historias humanas, tantas alegrias, tantas pessoas, tristezas e belezas nesta vida, um fim em que a maioria absoluta de todos os nossos semelhantes amigos e parentes vão ser condenados para sempre por não se tornarem cristãos enquanto poucos que conseguem serão salvos, é o desfecho mais pobre, da historia mais triste, e do “Deus” mais desumano mesquinho e injusto que existe.
Pois a historia de um deus que condena um ser humano que nasceu em desventura e que no anseio de buscar sua felicidade pecou por setenta anos ao sofrimento eterno simplesmente por que não acreditou em seus mediadores é tão monstruosamente injusta que anula totalmente o seu lado belo de um deus que se encarnou para salvar os pecadores arrependidos. É muita condenação para a proporção de pecados de seres atirados arbitrariamente a existência num estado de miséria moral e existencial, que além de serem azarados e infelizes neta vida, ainda por cima vão viver para todo o sempre no lago de fogo do inferno.
O evangelho desenvolvido a partir dos primeiros discípulos e aperfeiçoado pelos primeiros teólogos da igreja cristã como interpretação espiritual da vida, ensino e obra de Jesus sob a influencia da Idea grega do logos, só tem valor pelo seu efeito curativo individual na psique de milhares de pessoas deste mundo, mas como verdade universal é de longe a pior conclusão que um mundo e universo tão vasto, belo, mágico e complexo poderia ter! Que só pode ter sentido e ser aceito como verdade no mundo subjetivo de quem pela mente esta submergido a este modo romântico de interpretação de mundo.
Gresder Sil
Se Jesus soubesse que sua hipérbole do inferno viraria uma doutrina desta, Ele com certeza não teria ditos àquelas coisas sobre o verme que não morre no fogo como método pedagógico de ensino.
Nós criamos o céu e inferno, e esta na hora de aboli-los por completo com seus pedagios ao invés de alimentá-los com nossas mentes românticas e medievais.
Escrito em 23/11/10
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Esdras Gregório
sábado, 20 de novembro de 2010
A edição literária dos evangelhos
Ao se ler comparativamente os quatros evangelhos, ocorrência por ocorrência e dialogo por dialogo da tessitura destas biografias de Jesus, percebemos algumas posturas e formas literárias propositais de um autor, incompatíveis com os outros que salvam os livros tanto da visão radical de que Jesus nunca existiu que diz ser uma historia perfeitamente elaborada. Como também da visão fundamentalista de que os livros sejam uma obra divinamente inspirada e perfeita.
A primeira coisa que se nota ao olhar atentamente um episodio narrado por um evangelista e como é relatado por outro, é a inversão da ordem cronológica dos fatos e dos discursos, de forma que começo meio é fim de um mesmo relato e dialogo são invertidos livremente ou inconscientemente pelos autores. Acontecimento este em quase todo o decorrer de cada um dos evangelhos. Tornando no geral uma tarefa praticamente impossível de se tecer uma ordem cronológica e segura da vida concreta e histórica de Jesus.
Assim desta forma já a principio percebemos que nos evangelhos não existe uma combinação de autores, mas antes uma narração humana que demonstra tanto a natural impossibilidade dos escritores serem precisos literalmente depois de algum tempo do ocorrido, como a preocupação de se transmitir uma mensagem independente de ela estar sendo narrada infalivelmente na ordem que ocorreu tanto o fato como o discurso. O que tira já a princípio do evangelho tanto a possibilidade de uma divina inspiração ou uma elaborada invenção.
Ao passarmos dos episodio para a atenta observação das frases e discursos de Jesus, não só notamos que eles são invertidos em sua ordem de um autor para o outro, como também fica claro que os discípulos trocavam as palavras originais de Jesus por sinônimos, ou por descuido e esquecimento, ou para melhor propagar o espírito do ensino de Jesus. Pois enquanto um autor em uma mesma fala e episodio usa algumas palavras o outro usa outras expressões que não foram ditas originalmente por Jesus.
Mas que, entretanto significavam quase a mesma coisa, “quase” por que algumas frases de Jesus foram usadas por eles para significar também outras coisas entendias somente por eles do discurso de Jesus e “mastigada” para os leitores. Ou seja, pela troca sutil das palavras e expressões na mesma fala, não temos um registro das palavras originais de Jesus, mas uma tradução dos discípulos, conforme eles entenderam e quiseram que fossem entendidos.
Não obstante a inversão da ordem e a interpretação das palavras, os discípulos também fizeram naturalmente pela brevidade dos escritos: cortes e emendas na narração dos fatos, nos legando assim o melhor e mais significativo para eles num resumo cujo propósito não era a exatidão literal dos acontecimentos, mas a transmissão de uma mensagem que só poderia tocar o coração dos que não viram o que eles viram e sentiram, pela narração Editada e belamente romanceada da vida de Jesus.
E, sobretudo na comparação dos pequenos detalhes, objetos e números existem uma patente contradição entre eles, que muitos teólogos fazem um incrível malabarismo para tentar salvar os livros de imperfeição para provar uma doutrina sobre a bíblia que seria a sua infalibilidade literária e inspiração divina. Mas que sem saberem, tiram dela o seu fator vulnerável que faz com que os livros sejam autenticamente humanos. Pois a contradição em pequenos atos narrados por diversos autores, não anulam um documento histórico, mas antes demonstram que toda historia verdadeira e humana, só poderia ser contada nas condições de contradição e relatividade humana.
De forma que tal observação minuciosa e critica deixara bem claro que os evangelhos é uma edição humana da vida de um homem, como são editadas as idéias e falas de homens espirituosos cujo valor e o espírito de seus ensinos sempre transcenderam a letra e o literal, de forma que para se fazerem entendidos, os editores tiveram que tomar a liberdade até mesmo de tirarem às vezes os discursos do seu contexto literal arredondando e romanceando fatos e episódios para que os que fossem lêem depois pudessem sentir sem ver o que eles sentiram vendo e vivendo todo aquele tempo com alguém que eles testificam ser um homem cheio de graça e formosura.
Quem entende da formação oral dos mitos, do significado da simbologia, e sabe o que é um processo de edição de um livro e que sabe como é escrever ao coração, sabe que não existe nada de divino nestes livros, e sabe que o literal foi sufocado para que a mensagem fosse viva, e tão viva que apaixonou milhões (e que ainda emociona corações em todo o mundo hoje) sabe também que tal homem e historia não foi e não poderiam ser inventados, pois todo o processo ali dos autores foi tão humano, tão subjetivo e tão passionalmente escrito que somente o Amor destes discípulos foi o que provocou o talento literário destes homens para salvar esta mensagem como eles entenderam, quiseram entender, e quiseram que nós entendêssemos.
Esdras Gregorio
Escrito em 17/11/10
Baseado unicamente em minhas antiga anotações da leitura comparativa que fiz dos quatro evangelhos.
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Esdras Gregório
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
As mãos de Deus
Em estações outonais de nossas almas e dias sem fé e de e seco ceticismo olharmos para os céus do nosso espaço sideral imenso e infimamente explorado e conhecido, e pensamos “estamos sozinhos no universo?”, “existe um Deus a nos olhar pelo menos?” “existe outros seres que compartilham conosco a vida e a consciência?”. E se estamos sós ou inacessíveis pela distância? O que seria de nossas vidas agora, qual Palavra, direção ou exemplo a seguir sem a fé em um Deus que domina sobre todo mundo?
Acaso agora sem a certeza de outra vida e de um juízo sobre nossas vidas nos tornaremos mais egoístas e pecadores ainda? Algum Ser ou alguém se importa conosco e com nossas felicidades e destino. Existe algum Amor ou motivo que possa nos influenciar e mover ao que é bom e evitarmos o mal, pressentindo e chegando a conclusão de que o Bem e o Mau pregado pela religião não existem a não ser como conceitos metafísicos na cabeça dos religiosos.
E então? Agora sem ter a certeza concreta de que tem alguém sobre o universo piora a condição da impiedade humana! Não! Pois agora sem auxílio espiritual a nossa carga aumenta, e mesmo que não seja possível se ser puro e espiritual, é totalmente possível a gente ser verdadeiro honesto e corajoso diante da maldade que nos cerca. Pois se não existe um juízo é nós que temos que fazer a justiça agora. E por não termo uma moral divina a nossa responsabilidade e unidade diante dos nossos semelhantes só aumenta em grau e seriedade.
Mas de fato não estamos sozinhos no universo, pois “Deus” foi um de nós e a melhor coisa é que Ele não é um ser estranho a nós, mas era homem, e um homem totalmente humano e única e exatamente como nós somos em contradição e humanidade. E com homens como Ele, os profetas, os grandes poetas, os humanistas e humanitários e os bons cientistas, estadistas e filósofos da historia, não há por que reclamar da completa inatividade sobrenatural e silêncio de Deus nesta vida, aonde não existe prova nem uma de que Deus tenha falado de forma audível a alguma pessoa ou nação para nós direcionar e julgar no fim do mundo.
E exatamente por não ter, estes tais homens assumiram a responsabilidade de falar em nome deste Deus distante e Desconhecido que nada fala ou dita literalmente ao seu ouvinte e receptor. E o fato de um deles ter “assumido” a identidade de um deus, não significa que o seja. Mas que ousadamente por saber que Deus não tem voz ou face alguma reconhecível, e por não querer ou não ter mãos a estender à humanidade, Ele ergueu a sua voz, e estendeu as suas mãos, fazendo da autoconfiança em seu coração a certeza de que a sua face era a melhor para representar o Deus irrepresentável e incomunicável formado e concebido na sua psique.
Sabendo agora que os olhos, as mãos, e os pés de Deus são os olhos as mãos e os pés destes homens. E sendo eles humanos, sem a magia e sem todo o invólucro sagrado com que foram editadas suas vidas, só nos resta agir como eles e como pessoas adultas a qual por não ter um Deus provedor sempre ajudando, se torna prontamente o coração, a boca, e as mãos de Deus nesta terra. Não deixando que a vida seja vivida desamparadamente sem Deus até que um dia a gente descubra (ou não descubra) que estamos sozinhos ou inacessíveis neste recanto solitário e perdido do universo.
Pois comprovadamente até agora, como seres pessoais conscientes estamos sonsinhos nesta nossa galáxia e a fonte misteriosa de vida a qual chamamos Deus, só atua na e pelas mãos dos homens, o único amor que existe é o nosso, é o que nós sentimos por nossas famílias e amigos, o amor de Deus é o amor humano que os homens sentem um pelo outro (que tem muito mais valor por ser de seres imperfeitos e sofredores). Por isso se o homem não amar o seu próximo, míngüem fora daqui ira Amar, somos a mão de Deus, e ninguém tinha tanta consciência disso como aqueles que se permitiram ser chamados de enviados de Deus, amando por este Deus imaginado, os seus até o fim.
Gresder Sil
escrito em 09/11/10
Postado por
Esdras Gregório
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A completa desmitologizaçao do cristianismo
O processo final e coerente de toda critica as denominações ortodoxas do cristianismo pelos teólogos do teísmo aberto e pelas correntes de renovação do evangelho, implicitamente universalista, é a completa secularização do cristianismo primitivo e não um retorno a ele ou sua melhor versão. Resultado inevitavelmente lógico que os adeptos desta teologia transitória vão sentir no seu “caminho” de fé.
Uma vez que se tira de Deus a soberania e dos dogmas a doutrina da condenação a um inferno literal, conseqüentemente tem que se tirar do cristianismo também a sua recompensa celestial e a personalidade racional e volitiva de Deus em um processo conexo de total desmitologizaçao das doutrinas fundamentais da fé. Preservando do cristianismo somente seu sentimento religioso e sua ética moral essencial.
O cristianismo a-religioso como vanguarda da teologia futura entende que tendo uma vez aberto um só ponto central e decisivo da fé fundamentalista, não mais se pode ficar no meio do “caminho” tentando salvar do cristianismo algumas crenças sobrenaturais saudáveis. Já que tal apego ao que sobrou da antiga fé, apenas atrasarão o método que libertara o cristianismo de todo os seus mitos originais.
Um cristianismo sem ou fora da Religião é nada mais nada menos do que um humanismo religioso. Cujas proposições e premissas partem da reflexão do significado dos símbolos religiosos e ensinamentos de Jesus o Cristo, a qual também é e se torna o principal “objeto” de estudo histórico critico e antropocêntrico por ser o homem de maior “poder sobrenatural” (influencia moral) do mundo e da historia.
Conseqüentemente o cristianismo secularizado por não mais conceber uma idéia de condenação e nem de planos divinos de salvação não mais enxerga Deus como um indivíduo de objetivos e temperamentos que tem propósitos eternamente estabelecidos. Mas mesmo assim não se torna necessariamente um cristianismo sem nem um deus. Pois reconhece a força da inspiração religiosa que vem da fonte geradora da vida a qual é um mistério divino Desconhecido e inconcebível a mente humana, e crido na subjetividade de cada um.
E mesmo que o processo de desmitologizaçao possa até usar a ironia e critica astuciosa como meio de derrubar todas as estruturas retrógadas da religião. Mesmo assim não é uma atitude debochada da religiosidade humana inerente em todos nós, já que entende que os mitos sagrados foram formados pelo povo e eternizados pelos escritores sacros baseando-se em fatos e homens reais poderosos e intuitivos que de tão excepcionais foram mitificados pelo tempo e pela letra escrita das escrituras.
E tendo também em mente a seriedade dos estudos e especulações históricas e teológicas, aqueles que se proporá a dizer em alto e bom som que céus e infernos, anjos e demônios, pecado original e salvação eterna não existem, tomam para si a responsabilidade de desenvolver teses e argumentações consistentes para tentar explicar e “provar” que o cristianismo foi criado e formado numa Era cuja visão cosmológica de mundo era mítica. E que, portanto inaceitável para o homem de mentalidade contemporânea cientifica, necessitando uma completa desmitologizaçao coerente para “salvar” sua essência puramente humana, rica e admirável.
Gresder Sil
Escrito em 03/11/10
Postado por
Esdras Gregório
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O humanitarismo profético de Jesus
Durante a historia, a raça humana produziu aleatoriamente espécimes de homens excepcionais, a onde em quase toda época e povo teve alguns eleitos pela seleção arbitrária da vida como os gênios de seu tempo e nação. Dotados de atributos pessoais altíssimos que os favoreceram para aproveitarem suas oportunidades únicas sobre eles, fazendo de cada um: fruto representativo da espécie.
Mas em Um, inexplicavelmente conjunturas sociais, atributos morais, influencia religiosa e vontade férrea se juntou como o mais puro milagre da existência de probabilidades humanas. Fazendo Dele um elo entre o reconhecível e o incógnito. Ele não foi um filosofo estudioso dos antigos; tão pouco um sábio original. Mas nem por isso deixou de ser semelhante em espírito e temperamento aos homens dos quais esteve irmanada em toda sua existência.
A sua maior referencia humana observável para nós é o seu sentimento de Compaixão. Poderíamos até chamá-lo de profeta, mas remeteríamos o entendimento a um conceito romântico de profeta que não condiz com o verdadeiro espírito de um homem considerado como tal. Todo grito e preocupação profética foram, sobretudo com a opressão dos pequeninos e injustiça social e religiosa dos poderosos, e não como uma apreensão espiritual como erroneamente se entende.
Pois o fato dos profetas terem falado em nome de Deus não significa necessariamente que eles escutaram de forma audível a Deus, mas guiados por seus sentimentos, se utilizaram dos símbolos de justiça e misericórdia de Deus para proteger os indefesos e os mais fracos. Um profeta é e sempre foi intensamente imbuído pelo espírito humanitário que se doa e se arisca para melhorar a vida do povo a qual seu coração esta intimamente afeiçoado, se opondo fortemente aos governantes e sacerdotes em defesa dos indefesos.
E em partes Jesus foi exatamente como todo verdadeiro profeta que ama uma nação, e que por ela dá sua vida, de forma que Jesus como todo grande humanitário para não multiplicar problemas já existentes, usou da religião oficial daquele povo, como sua estrutura para trazer um novo modo de religiosidade independente entre Deus e o homem. Aproveitando as fontes e tradições sagradas do seu povo, não por acreditar piamente nelas, mas porque era o único material que Ele tinha nas mãos e que estava nas veias e coração daquele povo. E também porque para Ele a verdade não estava na letra (doutrina) da sua religião de origem, mas no espírito (sentimento) religioso daquele e de qualquer outro povo voltado para Deus.
Gresder Sil
Escrito em 19/10/10
Postado por
Esdras Gregório
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O Cristo Assexuado e Mutilado da religião
A prova cabal de que o cristianismo ortodoxo vê a simples e normal sexualidade humana como algo impuro e pecaminoso é a aversão total dos cristãos à possibilidade provável de que Jesus teve atração sexual por mulheres. De forma que para eles imaginarem que Jesus teve desejos (tesão) sexuais como os nosso é algo inconcebível e praticamente uma blasfêmia só de pensar.
Pois para os cristãos: Cristo teria que ser puro para poder oferecer um sacrifício aceitável a Deus por nossos pecados, de forma que até mesmo a sexualidade masculina de Jesus foi negada nesta construção teológica romântica do evangelho de um cordeiro imaculado para propiciarão do pecado, que vê até mesmo o puro instinto humano como algo corrompido.
Mas neste caso por que então Jesus tinha todos os outros instintos humanos e este não? Porque em tudo Ele foi comum aos homens e na questão da sexualidade Ele foi assexuado, sem desejo ou impulso algum por mulheres? De onde vem esta tese que mutila Jesus de sua natureza humana? Assim sendo o corpo de Jesus nem produzia sêmen, e não tinha hormônios e testosterona que caracteriza os traços masculinos?
Mas absurdo mesmo, não é conceber que Jesus sentiu desejos sexuais por mulheres, pois Ele tinha a única característica que mantém qualquer homem casto apesar de sentir desejos que é a obstinação por uma causa: “a minha comida e minha bebida é fazer a vontade do meu Pai”. Mas sim mutilar um homem de sua virilidade sexual por acreditar que o próprio instinto sexual em si, já é algo impuro, pois para eles, para Jesus ser santo, nem isto Ele podia ter.
O cristianismo não só herdou o ascetismo das seitas judaicas do deserto e dos filósofos estóicos que acreditavam que o espírito era bom e detrimento da carne má. Como também foi construído paulatinamente por homens sexualmente mal resolvidos a qual tinham um problema serio com a questão do sexo, ao ponto de imaginarem que algo tão perturbador assim como a sexualidade, Jesus não teria. Vai chegar um dia na qual os crentes por acharem que os órgãos sexuais são tão impuros que até mesmo vão negar que Jesus teve Pinto.
Esdras Gregório (Gresder Sil)
Escrito hoje 21/10/10 para o pastor e escritor conhecido: Ciro Sanches Zibordi por não publicar um comentário meu em seu santo blog.
sábado, 16 de outubro de 2010
Como funciona o universo
Toda vez no passado e nas civilizações antigas em que o homem fitou seus olhos nas estrelas ele adorou os astros como deuses e se esqueceu do Criador. E olhando hoje para o universo, galáxias e estrelas, fica difícil também conceber uma idéia de deus, pois o universo não precisa mais de Deus. Mas este nosso universo! Pois quantos universos existiram e quantos existirão ainda? Antes do big bang o que existia? Provavelmente um outro universo? Com outras galáxias? Que se findou em seus trilhões de anos de existência, e que de alguma forma (buracos negros talvez), se condensou em um só ponto para dele recomeçar de novo em outra grande explosão, e assim infinitamente.
E o que move tudo isso? Energia! Consciente?Não se sabe, não precisa! Mas energia com leis intrínsecas que caminham incessantemente ao processo de formação da matéria, que lutam com forças e reações contrarias e com improbabilidades de não Ser; que como uma célula sem consciência, mas que automática e inconsciente, e que de alguma forma independente, foi “ligada” para funcionar e produzir mais energia, atrito, matéria, vida e consciência.
Quando surgiu o primeiro ponto e fagulha de energia, (a energia vem ates da matéria sempre) o primeiro big bang? O primeiro universo? Ninguém sabe! Ninguém vai saber! Por que esta energia caminha sempre para o desfecho final de alto-consciência que passa pela formação da matéria, e depois a da vida, em por fim a consciência da vida e busca por suas origens?
Por que a energia como animal inconscientemente instintivo luta incessantemente para produzir matéria? Por que seus “genes” se encaminham sempre para frente em busca de forma e conformação? Quem poderá responder a não ser por metáforas religiosas e teorias cientificas que só podem nos dizer como o universo não foi formado, mas que nunca pode nos falar como ele se originou em seu princípio absoluto!
Quem ou o que é esta energia? Ela teve um primeiro foco ou eternamente existiu sozinha em contorção uterina até que encontrou a “formula” para a criação da matéria e depois conseqüentemente a geração da vida? Se ela é simples energia abstratamente concebida, por que trás em seu DNA universal todos os atributos e possibilidades de existências particulares e concretas? Por que sua “personalidade” é tão forte assim? Porque que sua “vontade” é tão férrea e decidida em gerar matéria e vida compulsoriamente?
Um dia ainda há de chegar a que todo joelho da ciência se dobrara diante da intuição religiosa poderosa de homens profetas e místicos como Moises que sem ter o conhecimento moderno descreveu em alegoria todo processo semelhante em que hoje a ciência explica como funciona o universo. Dentre muitas outras coisas e comparações, como eles descreveram a luta da matéria com a força anti-materia (teoria cientifica) como a eterna luta entre o bem e o mau, deus e o diabo?
Ou quem os revelou que existia uma nevoa opaca sobre o universo antes do mesmo se tornar visível, como a ciência explica e eles disseram sobre as trevas que existiam, e sobre a luz criada antes do sol?Assim como também a religião explica que o mundo foi criado em seis dias pela Palavra (energia), a ciência diz que todas as bases do universo foram criadas em frações de segundos na expansão da explosão que gerou todo o universo e a vida? O que é isso? Conhecidência ou intuição? Sabedoria racional fortuita dos antigos, ou é a inexplicável Energia geradora da vida como mistério divino buscando no homem a sua consciência de si?
Gresder Sil "Esdras Gregório"
Escrito em 14/10/2010
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Esdras Gregório
domingo, 10 de outubro de 2010
O mito do bom Jesus
Ninguém o matou. E Ele não foi assinando por pessoa ou entidade alguma. E nem foi produto de um sacrifício predestinado. Mas consciente buscou e provocou a sua própria morte. O passivo cordeiro que caminhava mudo e inofensivo ao matadouro não existiu, é uma construção teológica posterior.
Crer que tudo foi um plano de terceiros para calá-lo é subestimar a inteligência de um homem de gênio espiritual Único, que conhecia todas as tramas sociais e religiosas de seu tempo. Que sendo homem feito, sabia ser audaz o suficiente para convergir nele às aplicações das suas melhores oportunidades.
Jesus não era bondoso como foi retratado nas pinturas dos artistas. Ele não amou todo mundo, e nem foi imparcial e pacifico com todos os homens. Antes tomou o partido dos excluídos da religião, e fez desta luta o motivo para se imortalizar em um Martírio que instigaria sua mensagem para o resto do mundo.
A sua historia é a trajetória de um homem indignado com a opressão moralista dos poderosos sobre os pequeninos, que era muito superior intelectualmente aos seus inimigos, ao ponto de dar motivo para ser preso, mas transitar ilesos escolhendo a sua melhor hora para ser pego.
Sabendo Ele do fracasso anterior dos profetas libertários que se levantaram com espada e morreram sem êxito, e conhecendo as conjunturas históricas e anseio do seu povo, foi propositalmente imprudente e incomodo, trazendo o único meio de vitoria para sua causa: A imortalização pela morte.
Ou porque então se revelou ele a partir dos trinta anos? E não antes ou depois?Simplesmente por que é aos trinta que a ferocidade e energia se encontram com a precaução e a astucia, depois: muita prudência, sem impetuosidade. Antes: muita veemência sem malicia e artifício.
Negar a engenhosidade e estratagema de Jesus que como um homem que não somente acreditou ser o profeta libertador dos oprimidos como também fez decididamente cumprir nele as profecias por sua conta e risco, é negar a sua humanidade de homem adulto, que soube se conduzir sozinho ao destino escolhido e incitado por Ele mesmo.
Gresder Sil (Esdras Gregorio)
Escrito em 29/09/2010
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Esdras Gregório
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Dias Apocalípticos
Não adianta, com Deus ou sem Deus, como cumprimento das profecias ou como processo natural da civilização e do planeta terra, de uma forma ou de outra os dias do apocalipse virão sobre a terra, e já está ai, trazidos da “alegoria” para a existência pela fé obstinada daqueles que querem que isso realmente aconteça.
Isto porque os dias se passam e a terra fica cada vez menor, as distancias humanas e físicas são diminuídas e as fronteiras são nulificadas. O planeta pelo seu processo natural de superpopulação em uma civilização de uma época altamente arquitetônica e tecnológica se torna inevitavelmente mais Uno. Como unido foi antigamente nos impérios humanos e torres de babeis que se construíram nesta terra.
As capacidades oniscientes e onipresentes das lentes humanas artificiais em ver os acontecimentos em tempo real, aumentam a sensação e o pânico da superstição religiosa das pessoas diante das catástrofes milimetricamente catalogadas e relacionadas do nosso velho planeta eternamente convulsivo e deteriorável. O que possibilita evidencias poderosas as profecias para os homens piedosos e crédulos que sempre habitaram a terra com os materialistas e céticos que por sua vez sempre vão tentar apaziguar os ânimos exaltados das pessoas com suas explicações racionais.
E céticos e crédulos intoleráveis uns com os outros, convivendo e se cotovelando no mesmo mundo superlotado, são o ingrediente explosivo para criar os dias mais tensos, terríveis e apocalípticos que já sobreveio sobre a terra. Pois a posse do conhecimento científico e sociológico da trama histórica do planeta, que tudo explica, a cada dia mais faz com que os homens percam sua fé nas profecias. O que em contrapartida aumenta a certeza dos religiosos fundamentalistas cristãos da evidencia de apostasia antes do fim dos dias.
Certeza esta que produz uma impertinência e inconveniência irritante aos olhos dos homens comuns da sociedade, que a cada dia não suporta mais o juízo e a repreensão exortativas dos cristãos quanto as suas pregações escatológicas. Evidenciando mais ainda para eles a profecia de que os cristãos seriam odiados por causa de sua fé nos últimos dias antes de eles serem salvos da destruição e tribulação anunciada por Cristo e seus apóstolos.
Ódio este aos crentes que se desemboca na blasfêmia dos “ímpios” por imaginarem que os cristãos se deleitam com a idéia de um Deus que vai fuder com todo mundo e livrar somente a cara daqueles que serão salvos, só porque se tornaram membros de uma igreja cristã exclusivista da verdade, retrógada e limitadora do conhecimento, e rastreados por pastores simplórios e ignorantes ou sofistas e espertalhões, que bestializam as pessoas alienando-as da realidade.
De forma que por causa dos cristãos a idéia de Deus será tão ironizada e ridicularizada, que os fundamentalistas religiosos como pragas a qual se fortalecem na resistência do veneno que as tentam matar, vão se tornar tão convictos por isso e tão fastidiosos que os homens por falta de tolerância e respeito à fé individual dos outros, desejarão prender-los para desarraigar da terra esta gente também sanguinária a qual como os “santos” debaixo do altar do capitulo seis e versículo dez do livro das revelações aguardam ansiosamente com água na boca a vingança divina sobre os homens que vão perecer porque não aceitaram suas convicções sobre a Verdade. Trazendo sobre a terra os dias estressantes e agonizantes deste “maldito” livro do Apocalipse.
Gresder Sil
Escrito em vinte e um de setembro de dois mil e dez
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Esdras Gregório
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Deus é possível!
Tanto a crença de que toda á vida surgiu de um primeiro Ser sem principio (Deus) como a teoria de que a vida surgiu da matéria no tempo e no espaço (evolução) são incoerentes e insuficientes para satisfazer a razão humana de casualidade que não aceita que Deus tenha gerado tudo sem Ele mesmo ter um princípio, necessitado de uma origem anterior a Ele, como também não concorda que alguma coisa possa simplesmente surgir sem ser conseqüência de um movimento de correlação com causa efeito.
Se Deus originou o mundo, quem ou como se possibilitou sua existência, e se o mundo se auto-gerou, como poderia do nada surgir alguma matéria e existência? Portanto nada na verdade deveria existir, toda e qualquer noção de origem e propósito é ilógica, só o Nada e a não existência é lógica, a existência e matéria no universo é um fato concreto irracional. Pois sua origem está para além da lógica humana que objetivamente não pode se satisfizer com crenças religiosas ou teorias cientificas incapazes no tempo de conceber o absurdo do Infinito.
Mas contra toda a lógica de casualidade necessária: a vida existe, e a matéria se formou no espaço. Estamos aqui, somos reais, e se a nossa vida contrariando a lei de causa e efeito existe como fato incontestável e contraditório, não existe impedimento nem um contra a plena possibilidade da existência de Deus como um Ser que também esta para além de toda a concepção humana de causa e principio. De alguma forma uma energia que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao entendimento do homem: possibilitou a nossa existência.
Aonde nada deveria existir, tudo se torna possível. Deus é uma possibilidade ilógica do absurdo da vida. Não tem como negar ou afirmar objetivamente sobre este sujeito da crença humana, pois toda descrença ou fé são subjetivas e não estão passiveis de uma analise cabal e satisfatória de seu objeto. Negar a possibilidade da existência de Deus porque não podemos consebe-lo necessário e racionalmente é o mesmo que negar sobre a possibilidade de uma estrela três bilhões de vezes maior do que o nosso planeta (o sol é só um milhão de vezes) que até ontem nunca foi concebível pela mente humana. Portanto Deus é possível, como possível foi a nossa vida, assim como é possível que toda possibilidade se torne em existência.
Gresder Sil
Se Deus originou o mundo, quem ou como se possibilitou sua existência, e se o mundo se auto-gerou, como poderia do nada surgir alguma matéria e existência? Portanto nada na verdade deveria existir, toda e qualquer noção de origem e propósito é ilógica, só o Nada e a não existência é lógica, a existência e matéria no universo é um fato concreto irracional. Pois sua origem está para além da lógica humana que objetivamente não pode se satisfizer com crenças religiosas ou teorias cientificas incapazes no tempo de conceber o absurdo do Infinito.
Mas contra toda a lógica de casualidade necessária: a vida existe, e a matéria se formou no espaço. Estamos aqui, somos reais, e se a nossa vida contrariando a lei de causa e efeito existe como fato incontestável e contraditório, não existe impedimento nem um contra a plena possibilidade da existência de Deus como um Ser que também esta para além de toda a concepção humana de causa e principio. De alguma forma uma energia que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao entendimento do homem: possibilitou a nossa existência.
Aonde nada deveria existir, tudo se torna possível. Deus é uma possibilidade ilógica do absurdo da vida. Não tem como negar ou afirmar objetivamente sobre este sujeito da crença humana, pois toda descrença ou fé são subjetivas e não estão passiveis de uma analise cabal e satisfatória de seu objeto. Negar a possibilidade da existência de Deus porque não podemos consebe-lo necessário e racionalmente é o mesmo que negar sobre a possibilidade de uma estrela três bilhões de vezes maior do que o nosso planeta (o sol é só um milhão de vezes) que até ontem nunca foi concebível pela mente humana. Portanto Deus é possível, como possível foi a nossa vida, assim como é possível que toda possibilidade se torne em existência.
Gresder Sil
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Esdras Gregório
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Meu filho é Gay! E agora?
Enquanto se tratava dos de fora, foi fácil dizer que era sem-vergonhice, enquanto se tratava dos do “mundo” foi comum declarar que só bastava se arrepender que Jesus transformava. Mas agora a coisa é sentida na pratica, pois são nossos filhos, suas mães são dirigentes do circulo de oração, e seus pais são obreiros da igreja. Não da mais pra botar pra fora como se fazia antigamente, não da mais para extirpar este “mau” e limpar a honra, temos que engoli-los!!
Como nunca antes, adolescentes em todo o mundo são “seduzidos” pelo brilho e magia de um modo de ser, que esta muito além do físico, mas: do emocional e de todo um conjunto de cosmovisao que não foram aqueles que seus pais previram para eles. E como a igreja não deixa de ser do mundo, para pagar o seu tributo às estatísticas, moços homossexuais brotam vigorosamente dos conjuntos de jovens da igreja evangélica brasileira e mundial, como um fato novo e real a cada dia.
Agora sentiremos na pele, o que e do que se trata. Por estarmos tão perto deles não mais diremos que eles são imorais como antes, pois são nossos filhos, conhecemos suas historias, sentimos seus corações. E o que dantes era tido como antinatural no geral, se tornou o natural de suas existências individuais. Aquilo que era desvio tratasse agora de algo essencial ao ser destes nossos filhos especiais. Na maioria absoluta dos casos não adiantará querer mudar a força algo agora existencialmente Normal.
Propensões genéticas, Violências na infância, brincadeiras de meninos, pais ausentes, mães dominadoras, seja lá o que for que possibilitou a delicadeza e excepcionalidade destes nossos guris, eles estão ai, a principio camuflados, mas desabrochando-se a cada dia em sua identidade emergente. E por mais que se atribuam a eles uma decisão Pervertida, e publicamente iremos reprovar, intimamente sabemos que o que se torna existencial na vida de uma pessoa já não pode ser mais julgado como uma decisão imoral, por causa da contingência poderosa e permanente de sua nova realidade visceral e inalterável.
Até agora a teologia Javista e Paulina foi feita pelo instinto de homens viris que tinham horror aos afeminados e “sodomitas” e que atribuíram a Deus um sentimento de abominação a tudo o que eles mesmos detestavam, como se Deus já tivesse se deitado e se deleitado com uma mulher para sentir esta tal aversão dos homens heterossexuais prosaicos. Por isso e pelas demandas da realidade, se tornou atualmente necessário se fazer teologia com instinto de Mãe que aceita e sabe que tal “desvio” não tem conotação de imoralidade, pois alem de estar fora da alçada de sua escolha, isso também se tornou na trama da existência do filho a essencialidade inalterável do seu Ser.
Gresder Sil
Texto inspirado na atitude da “teóloga” assembleiana Dona Zeni, Mãe de Isaias Medeiros, antigo e popular blogueiro fundamentalista que tornou conhecido na internet sua verdadeira condição essencial e transexual por meu interrogatório rsrsrs
Tirando uma base estatística da igreja que eu congreguei por sete anos, aonde de vinte meninos dois se revelaram com o tempo: homossexuais, posso dizer que existe a possibilidade de que dez por cento dos nossos meninos não são tão meninos assim.
No entanto a igreja não pode fazer nada, não digo nada para mudar, pois “isso” não se muda, mas para saber conviver e “tolerar” esses nossos filhos, uma vez que eles são igualmente filhos das nossas mães como também do nosso Pai do céu.
Mas ao “aceitar” isso a igreja não terá mais um pretexto e desculpa para entrar na política, levantando a bandeira de fachada de uma defesa da moral crista, quando quer na verdade uma e garantia e posição na sociedade.
Mas não é porque eu não acredito no moralismo cristão dos políticos evangélicos, que eu concorde com o movimento Gay e suas propostas, mas em um meio termo, pois para um “filosofo” naturalista a-moralista como eu, esta bem claro que homossexualismo não é nem natural (como eles querem) e nem imoral (como os cristãos afirmam), mas um “acidente” existencial.
Em tese o homossexualismo é antinatural, pois todos os impulsos sexuais visão inconscientemente a perpetuação da espécie. O Prazer em si é um engodo da natureza para ajuntar os pares. Assim como o sabor do alimento é uma forma de atrativo para nosso paladar que tem por finalidade ultima a nossa saúde e alimentação, e assim como o prazer do sono não é uma finalidade, mas meios para nos levar a reparação das necessidades do corpo.
Ou seja, o prazer não é uma finalidade, mas um meio necessário que a natureza usa para sobreviver. Objetivamente jamais pode se provar a naturalidade da homossexualidade pela atração visto ela não ser intrínseco ao ser e natureza do homem, mas resultado de experiências e da formação do temperamento, personalidade e gênio de cada pessoa.
O mundo sobrevive pela relação heterossexual, pois se só existissem homossexual numa geração, a raça humana seria extinta. Ate mesmo as atrações especificas de uma pessoa por outra tem a sua origem no instinto que inconscientemente quer através da sutil percepção dos genes dos outros através do cheiro dos feromonios, aperfeiçoar a sua prole.
Por que somos atraídos pela beleza? A não ser pela saúde que ela representa, a qual o instinto percebe o sucesso da procriação.! Conclusão: a heterossexualidade é a regra absoluta em tese.
Mas a verdade objetiva do mundo como regra de naturalidade não é a verdade subjetiva de cada um na sua condição existencial de experiência humana. O que uma pessoa é por fatalidade da existência, não é antinatural para ela, pois constitui a sua própria condição de ser.
O que é o mesmo que dizer que o que é antinatural no mundo, não é imoral no individuo, pois não constitui uma escolha pervertida consciente e determinada. Mas uma condição de vida que o destino o impôs, sem o seu consentimento prévio.
E toda teologia “homofônica” foi escrita mesma com base no “ódio” dos heteros convencionais aos homens “afeminados” o que é uma práxis antiga relegar a Deus todo o sentimento moral de aversão do profeta que usa da boca de Deus para fazer teologia com seu instinto de “macho”.
Como nunca antes, adolescentes em todo o mundo são “seduzidos” pelo brilho e magia de um modo de ser, que esta muito além do físico, mas: do emocional e de todo um conjunto de cosmovisao que não foram aqueles que seus pais previram para eles. E como a igreja não deixa de ser do mundo, para pagar o seu tributo às estatísticas, moços homossexuais brotam vigorosamente dos conjuntos de jovens da igreja evangélica brasileira e mundial, como um fato novo e real a cada dia.
Agora sentiremos na pele, o que e do que se trata. Por estarmos tão perto deles não mais diremos que eles são imorais como antes, pois são nossos filhos, conhecemos suas historias, sentimos seus corações. E o que dantes era tido como antinatural no geral, se tornou o natural de suas existências individuais. Aquilo que era desvio tratasse agora de algo essencial ao ser destes nossos filhos especiais. Na maioria absoluta dos casos não adiantará querer mudar a força algo agora existencialmente Normal.
Propensões genéticas, Violências na infância, brincadeiras de meninos, pais ausentes, mães dominadoras, seja lá o que for que possibilitou a delicadeza e excepcionalidade destes nossos guris, eles estão ai, a principio camuflados, mas desabrochando-se a cada dia em sua identidade emergente. E por mais que se atribuam a eles uma decisão Pervertida, e publicamente iremos reprovar, intimamente sabemos que o que se torna existencial na vida de uma pessoa já não pode ser mais julgado como uma decisão imoral, por causa da contingência poderosa e permanente de sua nova realidade visceral e inalterável.
Até agora a teologia Javista e Paulina foi feita pelo instinto de homens viris que tinham horror aos afeminados e “sodomitas” e que atribuíram a Deus um sentimento de abominação a tudo o que eles mesmos detestavam, como se Deus já tivesse se deitado e se deleitado com uma mulher para sentir esta tal aversão dos homens heterossexuais prosaicos. Por isso e pelas demandas da realidade, se tornou atualmente necessário se fazer teologia com instinto de Mãe que aceita e sabe que tal “desvio” não tem conotação de imoralidade, pois alem de estar fora da alçada de sua escolha, isso também se tornou na trama da existência do filho a essencialidade inalterável do seu Ser.
Gresder Sil
Texto inspirado na atitude da “teóloga” assembleiana Dona Zeni, Mãe de Isaias Medeiros, antigo e popular blogueiro fundamentalista que tornou conhecido na internet sua verdadeira condição essencial e transexual por meu interrogatório rsrsrs
Tirando uma base estatística da igreja que eu congreguei por sete anos, aonde de vinte meninos dois se revelaram com o tempo: homossexuais, posso dizer que existe a possibilidade de que dez por cento dos nossos meninos não são tão meninos assim.
No entanto a igreja não pode fazer nada, não digo nada para mudar, pois “isso” não se muda, mas para saber conviver e “tolerar” esses nossos filhos, uma vez que eles são igualmente filhos das nossas mães como também do nosso Pai do céu.
Mas ao “aceitar” isso a igreja não terá mais um pretexto e desculpa para entrar na política, levantando a bandeira de fachada de uma defesa da moral crista, quando quer na verdade uma e garantia e posição na sociedade.
Mas não é porque eu não acredito no moralismo cristão dos políticos evangélicos, que eu concorde com o movimento Gay e suas propostas, mas em um meio termo, pois para um “filosofo” naturalista a-moralista como eu, esta bem claro que homossexualismo não é nem natural (como eles querem) e nem imoral (como os cristãos afirmam), mas um “acidente” existencial.
Em tese o homossexualismo é antinatural, pois todos os impulsos sexuais visão inconscientemente a perpetuação da espécie. O Prazer em si é um engodo da natureza para ajuntar os pares. Assim como o sabor do alimento é uma forma de atrativo para nosso paladar que tem por finalidade ultima a nossa saúde e alimentação, e assim como o prazer do sono não é uma finalidade, mas meios para nos levar a reparação das necessidades do corpo.
Ou seja, o prazer não é uma finalidade, mas um meio necessário que a natureza usa para sobreviver. Objetivamente jamais pode se provar a naturalidade da homossexualidade pela atração visto ela não ser intrínseco ao ser e natureza do homem, mas resultado de experiências e da formação do temperamento, personalidade e gênio de cada pessoa.
O mundo sobrevive pela relação heterossexual, pois se só existissem homossexual numa geração, a raça humana seria extinta. Ate mesmo as atrações especificas de uma pessoa por outra tem a sua origem no instinto que inconscientemente quer através da sutil percepção dos genes dos outros através do cheiro dos feromonios, aperfeiçoar a sua prole.
Por que somos atraídos pela beleza? A não ser pela saúde que ela representa, a qual o instinto percebe o sucesso da procriação.! Conclusão: a heterossexualidade é a regra absoluta em tese.
Mas a verdade objetiva do mundo como regra de naturalidade não é a verdade subjetiva de cada um na sua condição existencial de experiência humana. O que uma pessoa é por fatalidade da existência, não é antinatural para ela, pois constitui a sua própria condição de ser.
O que é o mesmo que dizer que o que é antinatural no mundo, não é imoral no individuo, pois não constitui uma escolha pervertida consciente e determinada. Mas uma condição de vida que o destino o impôs, sem o seu consentimento prévio.
E toda teologia “homofônica” foi escrita mesma com base no “ódio” dos heteros convencionais aos homens “afeminados” o que é uma práxis antiga relegar a Deus todo o sentimento moral de aversão do profeta que usa da boca de Deus para fazer teologia com seu instinto de “macho”.
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Esdras Gregório
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Vicios secretos
Seus pés batiam de inquietação. À hora não passava e o moço não terminava logo sua longa história, o Reverendo estava impaciente, e dizia assim: “não precisa entrar em detalhe menino, Deus não te requer um relatório, apenas arrependimento e mudança de vida”
O jovem estava desesperado, pois seu patrão estava prestes a descobrir seus pequenos desvios de meses a fio, sentiu se julgado por Deus, acreditou ser a mão de Deus a massacrá-lo com as inquirições e preção do clima tenso do seu serviço.
Antes mesmo da conclusão o Pastor interrompeu e disse ao jovem: “meu querido, vejo em ti teu sentimento de arrependimento e desespero perante o Senhor, ele olhara tua contrição, e te livrara da punição dos homens ímpios, vai-te em paz Amado...”
Assim despedindo o aflito, e agora semi-aliviado rapaz, chamou logo para dentro do gabinete o homem que estava esperando para o aconselhamento, e que estava sendo acompanhado pelo pastor em um caso difícil de traição e reconciliação.
Virou se para o homem, puxou a cadeira mais para frente, fechou a janela para não entrar som externo, seus ouvidos se aguçavam, seus olhos brilhavam, pois aquilo satisfazia de alguma forma uma vontade contida dentro dele, e sem esperar introdução disse logo ao irmão: “então onde estávamos mesmo?”
“Como eu tinha dito pastor - disse o homem- foi ela quem me dirigiu à palavra primeira na agência, teve um dia...” o reverendo interrompeu neste começo e disse: “conte tudo, não tenha medo, o teu perdão e a tua cura esta na sua honestidade em não esconder nem um detalhe que você julgue vergonhoso”
Gresder Sil
Postado por
Esdras Gregório
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
A facilidade da felicidade
Venha cá, vamos conversar... Me de cinco minutos, que eu vou te mostrar a como ser feliz... e como viver com leveza!!! Você permitiu que a sociedade te colocasse um fardo maior do que você pode carregar não é? Nossa!! Meu deus!! É tão fácil ser feliz!
É só deixar a bagagem e pegar somente o necessário para viver, e caminhar...
Caminhar, amigo(a) caminhar…
Será que você entende isso?!
Caminhar significa que não temos um ponto definido, uma estação certa, mas apenas uma estrada.
Pois se buscarmos repouso!?...
Não o encontraremos nunca numa vida tão cheia de incertezas e incidentes como a nossa.Temos que viver um dia de cada vez, uma vez de cada dia
Fazer o que é possível hoje,
levar o que podemos carregar somente.
Não querer voltar para pegar o excesso;
mas pegar o que falta pela estrada.
E caminhar...
Ver simplesmente o que esta diante dos olhos.
Não se preocupar com o que os olhos não vêem ainda,
mas andar para frente.
Devagar às vezes;
Correr quando for preciso.
Mas sempre para frente
Não parar!
Não existe ponto fixo.
Mas apenas uma estrada!
Se der para estudar, estude!
Se não der, não estude.
Se der para casar, case!
Se não der, não se desestime.
Se tiver filho, ame!
Se não tiver, ame os sobrinhos.
Se tiver casa pinte-a!
Se não tiver, alugue uma.
Tenha o que puder, ame o que tiver;
somente o que tiver a sua mão faça!
O que não der não se inquiete,
milhões no mundo se aflige pelas mesmas coisas e não vêem sobre você uma carga maior do que a dos outros, cada um recebe a sua carga.
Olhe para baixo!
Não tem casa própria?
Milhões perdem casa nas enchentes todo dia.
Mão tem amor?
Milhares nunca se quer, vão amar ou serem amados um dia.
Não tem muito dinheiro?
Milhões morrem de frio e fome...
Pra pessoas privilegiadas como nós só é infeliz quem quer
A felicidade esta ai
Pegue-a
Viva!! e também espere a vida te surpreender...
Espere ela ditar os caminhos que tem para você.
Você tem os mapas, mas os ventos e as chuvas não estão sobre seu poder.
Deixe a vida te conduzir, não face tudo sozinho(a).
Ela será generosa com que respeita as leis da existência e da vida.
E pouco é suficiente para viver.
E tudo o que essencial é fácil de se obter.
Sofremos por coisas que não são fundamentais!
Por coisas que impomos a nos mesmos...
Você acha que quem alcançou alguma coisa na vida foi porque lutou muito?
Não! Absolutamente não!
Elas apenas estenderam a mão para pegar o que estava a sua altura. Mas para algumas pessoas a vida deu braços curtos.
E são por isso que elas não alcançam...
Estão ninguém é perdedor ou ganhador! Certo?!
Mas apenas um ser aleatoriamente jogado ao mundo
Pegue a sua porção.
O que estiver no seu caminho.
O que Deus te enviar a cada dia...
Somente isso, somente o que você conseguir carregar.
Gresder Sil
15/08/2010
Retirado de um bate papo emocionante e inspirador do MSN
Postado por
Esdras Gregório
sábado, 28 de agosto de 2010
BICHO MULHER
A mulher quer ser amada do jeito que é, mas não quer ser vista como é realmente. Tem uma incrível necessidade de se esconder, ocultar intenções, dissimular interesses, precisa maquiar-se, disfarçar imperfeições, vive da exterioridade. Deseja sinceridade, mas não há suportaria [1]. Quando cortejada, sobre o discurso de que para um algo mais precisa confiança e sentimento, se esquiva. Sendo na verdade nada disso, em casos rápidos e momentâneos, no jogo da sedução quanto mais estranho o pretendente melhor, menos ele vê, e mais ela preserva o seu orgulho, mantém a sua pompa e domina a situação [2]. Quando dissecada interiormente em suas fraquezas, se sente desconfotaver e desnudada. Quando bela livre e jovem, deseja ter o orgulho de mulher difícil, intocável. Mas se contradiz, pois o contingente que dispensa não passa dos reprovados da seleção que faz aceitando os mais interessantes [3], no fundo se equipara a condição do homem a qual censura, enquanto não encontra o parceiro “certo” vivem passageiros bons momentos com os “errados”.
Aos quinze quer viver uma historia, com vinte deseja ser amada, nos trinta quer simplesmente um homem, já com quarenta não precisa de homem, só de sexo [4]. A mulher é mais animal do que o homem tem um instinto a mais: a maternidade. E todas as suas relações com os homens em suas fases da vida são determinadas pela sua necessidade de ser mãe. Sendo adolescente enumera pequenos romances, por ser esta uma forma da natureza para ela conhecer os homens e escolher o pai de seus filhos. Quando moça é dominada pela necessidade sega de fidelidade, a qual não se permite um simples flerte ou o prazer de ser paquerada. Puro instinto de fêmea quer garantir a presença do macho para procriar e proteger a prole [5]. Mas sendo completamente adulta esta mais aberta ao rompimento, traição ou a viver só, já que descobre que seu marido não merece tanto por ser tão idiota como os demais. Isto por que o homem já fez a única coisa para qual ele é útil a mulher [6].
A mulher é profundamente determinada inconscientemente nas suas primeiras posturas diante da vida e dos homens pela imagem do primeiro homem que conhece: o pai. Nelas se prova a tragédia de Édipo Rei: quanto mais o ser humano quer fugir do seu destino mais rápido se encaminha a ele [7]. Três são as suas opções: a miséria de ter quem quiser e ser desejada por todos, mas não ser amada por ninguém; a vergonha de ter ao seu lado um parceiro inferior a ela; ou ser dominada pela força bruta da ignorância ou pela força psicológica de uma mente superior [8]. Quanto mais feminista menos feminina é. Quanto mais individualista menos chance tem de ser feliz no amor. Ao rejeitar a prata oferecida a elas por nobres pretendentes por causa da sua ambição de ouro, muitas acabam nadando na lama [9]. E por querer ser absolutamente emancipada e se igualar ao macho se torna tão besta quanto o bicho homem.
Gresder Sil*21/10/10
Notas explicativas**
[1] O que toda mulher quer e deseja quando diz querer um homem sincero é apenas que ele a ame mais do que todas as outras que eventualmente tenhas passado por sua vida, ela só quer a exclusividade dos seus sentimentos, ela só que ser a única e ultima em seu coração. Isso não significa que ela queira saber toda a verdade sobre ele, que ela possa suportar toda verdade dele, antes uma boa dose de insinceridade, e uma pitada de “inocentes” mentiras são essenciais para um bom relacionamento, pois a realidade nua e crua da vida e de nossa natureza, sem inspiração e ilusão são insuportavelmente patéticas e miseráveis. Precisamos de poesias e poetas para viver, pois “todo poeta é mentiroso” e é uma boa “mentira” que nos faz prosseguir.
[2] Na natureza e na sociedade sempre e na maioria dos casos é a fêmea que escolhe primeiro o seu parceiro, é ela que decide em ultima estância. Se ela não se sentir atraída instintivamente e intelectualmente pelo pretendente, em vão será toda tentativa de conquista. Ela apenas faz a sua aparição, da o seu ar da graça, enquanto os machos fazem o seu canto, demonstram suas forças, revelam a beleza de suas plumas coloridas e papos e cristas avolumados. E assim, logo em seguida tendo escolhido o parceiro pelas suas razões pessoais de segurança emocional e desejos inconscientes, naturalmente ela dará certos sinais sutis ao macho que daí em tão, e só então esta apto a fazer sua corte e conquistar sua amada.
[3] Não existe isto de mulher difícil, e nem mulher que não possa ser conquistada, mas apenas o homem certo na hora certa e no lugar certo. Encaixando estas circunstâncias toda e qualquer mulher em toda circunstância social pode ser “seduzida” não existe castidade de moça e fidelidade de mulher no sentido moral de resistência e livre arbítrio, existem homens errados na hora errada e nos lugares errados que juntamente fazem uma barreira natural de proteção. Pois se entrelaçando uma gama complexa de circunstâncias, carências e momentos específicos em uma oportunidade que venha a complementar a lei da busca e da procura, qualquer mulher pode ser tomada, pois não existe um forte seguro, mas mil situações e ocasiões, e a ocasião faz o ladrão.
[4] Antes dos vinte anos é impossível uma moça amar um homem, pois ela não consegue ver ainda o homem, ela não pode o perceber, portado no máximo ela vai fantasiar sobre o homem. Entre vinte e trinta anos com todo o seu ser, com todas as suas entranhas, poros e suspiros, ela deseja ser amada por um homem. Ela cegamente pela natureza de mulher pronta para ser mãe necessita disso. Passado esta fase ela não ama mais o Amor, não busca tanto o amor excelente, mas aprendeu a ver o homem sem a ânsia de ser amada, portanto ela gosta agora do homem, do jeito do homem, do ser do homem. Não quer um amor, quer um parceiro, um cara legal ao seu lado. Um homem que seja homem, para ela ser e se sentir mulher.
[5] Depois dos quarentas se a mulher não amou, provavelmente nunca mais vai amar de verdade em sua vida. Ela pode se apaixonar muitas vezes depois disso, pode se encantar pode perder a cabeça, mas tudo isso uma hora passa, e por mais que teimosamente sonhe com um amor o que ela precisa mesmo é de se sentir Viva, e de ser sexualmente uma mulher completa, independente e livre para o “amor”, seja isso com o marido amante ou namorado. Pois agora o sexo perdeu suas funções vitais de procriação é a libertou ou para dele se abster ou fazê-lo seu momento decidido de prazer. Quanto ao homem do amor de verdade se ele ainda não esta com ela, ela o deve ter perdido ou deixado em algum lugar de sua vida entre seus vinte e trinta anos.
[6] Pela natureza a partir dos vinte até os trinta anos esta é a melhor fase para a mulher ser mãe, tanto física como intelectual e emocionalmente. E seus instintos mais elementares e desejos mais inconscientes vão buscar e desejar um macho que tenha todas as características genéticas e individuais para dar a ela a melhor cria possível. É o filho do amor, feito no leito do amor, escolhido e selecionado pelas exigências inatas e inconscientes do desejo de cada um em se perpetuar sadia e perfeitamente em suas descendências. Nesta fase ela instintivamente quer sentir seu homem inteirinho dentro dela, deseja receber seu sêmen. Depois disso o homem não é para a mulher tão importante, pode viver sem ele, e o mantém por carinho companheirismo ou comodidade mesmo. Depois disso ela pode se sentir usada como um deposito de espermatozóides e uma lixeira humana e o homem pode se tornar para ela com o tempo um perfeito idiota, que ou a facilita para outro que a faz rolar e pular com ele na cama, ou ironicamente a perde para um outro que faz papai e mamãe maravilhosamente enquanto ele o marido de forma desconfortável para ela a faz de peteca desesperado em se prevenir de um amante genioso.
[7] Quando adolescente a menina pode até ter como ídolo os galãs de trinta, pode ser louca por eles, mas somente vai ficar e paquerar com meninos de sua idade, pois ela foge a todo custo de qualquer homem que represente a figura dominadora do pai. O pai é o protótipo de homem que ela não quer, que ela se esquiva a todo o momento, pois deseja a liberdade, a independência, e por isso escolhe aqueles que estão no seu nível e que pode digladiar com ele em pé de igualdade ou até dominar na relação. Mais isto somente enquanto seus instintos não foram aflorados, pois quando se tornar uma moça completamente pronta, seus desejos vão traí-la procurando um macho mais forte, e o mais poderoso do clã em que vive. Tratasse da sua intuição consciente e inconsciente de mãe que quer o melhor progenitor e provedor possível. E que acabara por dominá-la como ela tanto temia: “e seu desejo será para seu marido”.
[8] Entretanto se for fazer sua escolha baseada na sua razão, mesmo que se sinta atraída pelo macho alfa: o mais belo, sedutor e poderoso da sua “tribo” ela sabe que só será única de um homem que seja menor do que ela. Tratasse do macho beta, de um homem que não tenha o mesmo nível de encanto pessoal e beleza física do que ela, que não é necessariamente um homem inferior, mas um homem com menos atrativos aparentes do que ela e que pode ser muito perspicaz, dedicado e próspero, e que por possuir uma esposa de mais destaque fisionômico e gênio intelectual do que ele, ele ira ser um excelente marido que vai fazer de tudo para preservá-la ao seu lado. Mas assim se antevendo ao adultério do homem, por não escolher o macho mais atraente e fogoso, ela acaba que ficando vulnerável no futuro a ela mesmo ser a traidora, pois neste caso não se tem saída, ou se escolhe a probabilidade de ser traído ou a possibilidade de trair.
[9] Na busca da felicidade, na busca de serem amadas algumas mulheres se encaminham cada vez mais para longe do que tanto procuram. Não é a estrema beleza e perfeição física que fazem delas mulheres desejadas, antes pelo contrario algumas carregam em si a maldição de serem gostosas, pois para algumas tais atrativos se sobressaem sobre todos os outros seus talentos pessoais, o que acaba atraindo os machos somente para o desejo físico, a qual depois de saciado fará com que o homem procure outra que tenha muito mais do que carne a oferecer. Tanto quanto também as mulheres mais femininas, inteligentes e independentes apesar de deixarem os homens de quatro por elas, não são necessariamente as mais amadas do mundo. Antes as mais adoradas não são as mais belas, gostosas e poderosas, mas as que têm um jeitinho todo especial seu de ser, que é o que realmente faz com que um homem ame uma mulher. Ou seja, as que muito escolheram e lutaram para serem as mais cobiçadas se tornaram tão impessoais e divinas que deixaram no caminho os únicos caras legais que poderiam amá-las de verdade.
*O texto foi escrito em abril de dois mil e nove e as notas em agosto de dois mil e dez, expressando exatamente sem alteração a idéia central subentendido no texto de dezesseis meses atrás.
**Como eu nunca pesquiso nada para escrever não existem fontes citadas, pois todo conteúdo é tirado da absorção de minhas antigas leituras e de minhas experiências particulares, por isso devo este texto tanto a leitura que fiz a cinco anos atrás do artigo: “a metafísica do amor” de Arthur Schopenhauer como principalmente a observação inevitável de todas as mulheres que conheci, convivei e amei, com todos os tipos humanos de amores, desde a minha infância até principalmente hoje.
Aos quinze quer viver uma historia, com vinte deseja ser amada, nos trinta quer simplesmente um homem, já com quarenta não precisa de homem, só de sexo [4]. A mulher é mais animal do que o homem tem um instinto a mais: a maternidade. E todas as suas relações com os homens em suas fases da vida são determinadas pela sua necessidade de ser mãe. Sendo adolescente enumera pequenos romances, por ser esta uma forma da natureza para ela conhecer os homens e escolher o pai de seus filhos. Quando moça é dominada pela necessidade sega de fidelidade, a qual não se permite um simples flerte ou o prazer de ser paquerada. Puro instinto de fêmea quer garantir a presença do macho para procriar e proteger a prole [5]. Mas sendo completamente adulta esta mais aberta ao rompimento, traição ou a viver só, já que descobre que seu marido não merece tanto por ser tão idiota como os demais. Isto por que o homem já fez a única coisa para qual ele é útil a mulher [6].
A mulher é profundamente determinada inconscientemente nas suas primeiras posturas diante da vida e dos homens pela imagem do primeiro homem que conhece: o pai. Nelas se prova a tragédia de Édipo Rei: quanto mais o ser humano quer fugir do seu destino mais rápido se encaminha a ele [7]. Três são as suas opções: a miséria de ter quem quiser e ser desejada por todos, mas não ser amada por ninguém; a vergonha de ter ao seu lado um parceiro inferior a ela; ou ser dominada pela força bruta da ignorância ou pela força psicológica de uma mente superior [8]. Quanto mais feminista menos feminina é. Quanto mais individualista menos chance tem de ser feliz no amor. Ao rejeitar a prata oferecida a elas por nobres pretendentes por causa da sua ambição de ouro, muitas acabam nadando na lama [9]. E por querer ser absolutamente emancipada e se igualar ao macho se torna tão besta quanto o bicho homem.
Gresder Sil*21/10/10
Notas explicativas**
[1] O que toda mulher quer e deseja quando diz querer um homem sincero é apenas que ele a ame mais do que todas as outras que eventualmente tenhas passado por sua vida, ela só quer a exclusividade dos seus sentimentos, ela só que ser a única e ultima em seu coração. Isso não significa que ela queira saber toda a verdade sobre ele, que ela possa suportar toda verdade dele, antes uma boa dose de insinceridade, e uma pitada de “inocentes” mentiras são essenciais para um bom relacionamento, pois a realidade nua e crua da vida e de nossa natureza, sem inspiração e ilusão são insuportavelmente patéticas e miseráveis. Precisamos de poesias e poetas para viver, pois “todo poeta é mentiroso” e é uma boa “mentira” que nos faz prosseguir.
[2] Na natureza e na sociedade sempre e na maioria dos casos é a fêmea que escolhe primeiro o seu parceiro, é ela que decide em ultima estância. Se ela não se sentir atraída instintivamente e intelectualmente pelo pretendente, em vão será toda tentativa de conquista. Ela apenas faz a sua aparição, da o seu ar da graça, enquanto os machos fazem o seu canto, demonstram suas forças, revelam a beleza de suas plumas coloridas e papos e cristas avolumados. E assim, logo em seguida tendo escolhido o parceiro pelas suas razões pessoais de segurança emocional e desejos inconscientes, naturalmente ela dará certos sinais sutis ao macho que daí em tão, e só então esta apto a fazer sua corte e conquistar sua amada.
[3] Não existe isto de mulher difícil, e nem mulher que não possa ser conquistada, mas apenas o homem certo na hora certa e no lugar certo. Encaixando estas circunstâncias toda e qualquer mulher em toda circunstância social pode ser “seduzida” não existe castidade de moça e fidelidade de mulher no sentido moral de resistência e livre arbítrio, existem homens errados na hora errada e nos lugares errados que juntamente fazem uma barreira natural de proteção. Pois se entrelaçando uma gama complexa de circunstâncias, carências e momentos específicos em uma oportunidade que venha a complementar a lei da busca e da procura, qualquer mulher pode ser tomada, pois não existe um forte seguro, mas mil situações e ocasiões, e a ocasião faz o ladrão.
[4] Antes dos vinte anos é impossível uma moça amar um homem, pois ela não consegue ver ainda o homem, ela não pode o perceber, portado no máximo ela vai fantasiar sobre o homem. Entre vinte e trinta anos com todo o seu ser, com todas as suas entranhas, poros e suspiros, ela deseja ser amada por um homem. Ela cegamente pela natureza de mulher pronta para ser mãe necessita disso. Passado esta fase ela não ama mais o Amor, não busca tanto o amor excelente, mas aprendeu a ver o homem sem a ânsia de ser amada, portanto ela gosta agora do homem, do jeito do homem, do ser do homem. Não quer um amor, quer um parceiro, um cara legal ao seu lado. Um homem que seja homem, para ela ser e se sentir mulher.
[5] Depois dos quarentas se a mulher não amou, provavelmente nunca mais vai amar de verdade em sua vida. Ela pode se apaixonar muitas vezes depois disso, pode se encantar pode perder a cabeça, mas tudo isso uma hora passa, e por mais que teimosamente sonhe com um amor o que ela precisa mesmo é de se sentir Viva, e de ser sexualmente uma mulher completa, independente e livre para o “amor”, seja isso com o marido amante ou namorado. Pois agora o sexo perdeu suas funções vitais de procriação é a libertou ou para dele se abster ou fazê-lo seu momento decidido de prazer. Quanto ao homem do amor de verdade se ele ainda não esta com ela, ela o deve ter perdido ou deixado em algum lugar de sua vida entre seus vinte e trinta anos.
[6] Pela natureza a partir dos vinte até os trinta anos esta é a melhor fase para a mulher ser mãe, tanto física como intelectual e emocionalmente. E seus instintos mais elementares e desejos mais inconscientes vão buscar e desejar um macho que tenha todas as características genéticas e individuais para dar a ela a melhor cria possível. É o filho do amor, feito no leito do amor, escolhido e selecionado pelas exigências inatas e inconscientes do desejo de cada um em se perpetuar sadia e perfeitamente em suas descendências. Nesta fase ela instintivamente quer sentir seu homem inteirinho dentro dela, deseja receber seu sêmen. Depois disso o homem não é para a mulher tão importante, pode viver sem ele, e o mantém por carinho companheirismo ou comodidade mesmo. Depois disso ela pode se sentir usada como um deposito de espermatozóides e uma lixeira humana e o homem pode se tornar para ela com o tempo um perfeito idiota, que ou a facilita para outro que a faz rolar e pular com ele na cama, ou ironicamente a perde para um outro que faz papai e mamãe maravilhosamente enquanto ele o marido de forma desconfortável para ela a faz de peteca desesperado em se prevenir de um amante genioso.
[7] Quando adolescente a menina pode até ter como ídolo os galãs de trinta, pode ser louca por eles, mas somente vai ficar e paquerar com meninos de sua idade, pois ela foge a todo custo de qualquer homem que represente a figura dominadora do pai. O pai é o protótipo de homem que ela não quer, que ela se esquiva a todo o momento, pois deseja a liberdade, a independência, e por isso escolhe aqueles que estão no seu nível e que pode digladiar com ele em pé de igualdade ou até dominar na relação. Mais isto somente enquanto seus instintos não foram aflorados, pois quando se tornar uma moça completamente pronta, seus desejos vão traí-la procurando um macho mais forte, e o mais poderoso do clã em que vive. Tratasse da sua intuição consciente e inconsciente de mãe que quer o melhor progenitor e provedor possível. E que acabara por dominá-la como ela tanto temia: “e seu desejo será para seu marido”.
[8] Entretanto se for fazer sua escolha baseada na sua razão, mesmo que se sinta atraída pelo macho alfa: o mais belo, sedutor e poderoso da sua “tribo” ela sabe que só será única de um homem que seja menor do que ela. Tratasse do macho beta, de um homem que não tenha o mesmo nível de encanto pessoal e beleza física do que ela, que não é necessariamente um homem inferior, mas um homem com menos atrativos aparentes do que ela e que pode ser muito perspicaz, dedicado e próspero, e que por possuir uma esposa de mais destaque fisionômico e gênio intelectual do que ele, ele ira ser um excelente marido que vai fazer de tudo para preservá-la ao seu lado. Mas assim se antevendo ao adultério do homem, por não escolher o macho mais atraente e fogoso, ela acaba que ficando vulnerável no futuro a ela mesmo ser a traidora, pois neste caso não se tem saída, ou se escolhe a probabilidade de ser traído ou a possibilidade de trair.
[9] Na busca da felicidade, na busca de serem amadas algumas mulheres se encaminham cada vez mais para longe do que tanto procuram. Não é a estrema beleza e perfeição física que fazem delas mulheres desejadas, antes pelo contrario algumas carregam em si a maldição de serem gostosas, pois para algumas tais atrativos se sobressaem sobre todos os outros seus talentos pessoais, o que acaba atraindo os machos somente para o desejo físico, a qual depois de saciado fará com que o homem procure outra que tenha muito mais do que carne a oferecer. Tanto quanto também as mulheres mais femininas, inteligentes e independentes apesar de deixarem os homens de quatro por elas, não são necessariamente as mais amadas do mundo. Antes as mais adoradas não são as mais belas, gostosas e poderosas, mas as que têm um jeitinho todo especial seu de ser, que é o que realmente faz com que um homem ame uma mulher. Ou seja, as que muito escolheram e lutaram para serem as mais cobiçadas se tornaram tão impessoais e divinas que deixaram no caminho os únicos caras legais que poderiam amá-las de verdade.
*O texto foi escrito em abril de dois mil e nove e as notas em agosto de dois mil e dez, expressando exatamente sem alteração a idéia central subentendido no texto de dezesseis meses atrás.
**Como eu nunca pesquiso nada para escrever não existem fontes citadas, pois todo conteúdo é tirado da absorção de minhas antigas leituras e de minhas experiências particulares, por isso devo este texto tanto a leitura que fiz a cinco anos atrás do artigo: “a metafísica do amor” de Arthur Schopenhauer como principalmente a observação inevitável de todas as mulheres que conheci, convivei e amei, com todos os tipos humanos de amores, desde a minha infância até principalmente hoje.
Postado por
Esdras Gregório
domingo, 22 de agosto de 2010
“Verdade é subjetividade”
Mas o que é verdade mesmo? A verdade que acreditamos hoje ou a que vamos acreditar amanha. Visto ter sido o “engano” do nosso passado tão fundamental para nós chegarmos hoje a nossa verdade que não será mais verdade depois de amanha.
Qual é a verdade, Verdade? A verdade dos homens modernos ou dos nossos ancestrais primitivo e nações antigas que não mais existem? O que é verdade, a nossa a qual chegamos hoje na idade contemporânea ou a que chegaremos amanha em uma nova Era e milênio aonde todo conhecimento atual será apenas provisório e infantil para uma nova visão de realidade criada por um novo tempo e por novas realidades.
Qual verdade é mais Verdade, a verdade de quem esta dentro da caverna aprisionado ao seu modo de ver as coisas pelas sombras e nada sabe dos que estão no mundo de fora, ou a dos que contemplam a imensidão indecifrável e incógnita do universo ainda infimamente mal explorando?
Que sabe mais? Aqueles que não sabem nada ou aqueles que sabem que nada sabem sobre a origem inatingível da vida, explicada por mitos religiosos ou científicos?
Qual é a verdade mais Verdadeira, a verdade daquele que é feliz por não saber da infinitude inexorável daqueles que presumem estarem libertos das cavernas profundas da ignorância humana. Ou a verdade daqueles que sabem que estando livres para ver, somente enxergam às paredes limitantes de um universo contraditoriamente místico metafísico e cientificamente milagroso.
A verdade esta em movimento, como um circulo que abrange toda a extensão da vida, e apenas estamos nela em algum ponto de sua rotação, e por isso sempre acreditaremos nela de um ponto de vista, visto não podermos ter todos os ângulos possíveis, mas apenas de forma gradativa enxergar a cada dia melhor.
A verdade é subjetividade, cada um tem a sua, no seu tempo, na sua capacidade de entender, suportar e digerir. A verdade é a verdade nossa de cada dia, uma verdade por dia, uma desilusão por noite, uma redescoberta estonteante no esplendor do meio do dia, um retrocesso melancólico ao entardecer e um desdém filosófico agnóstico na contemplação da Verdade absoluta do amanhecer.
Verdade é como umbigo, cada um tem o seu, conforme quer crer, conforme quer ver, conforme se recusa em saber, conforme deseja, ou não desejar saber, que não quer querer saber. A verdade num mundo infinito aonde ninguém nunca a esgotara, não importa para um ser finito, cuja vida é um sopro que se esvai antes de ele tomar conhecimento de um milímetro de todo oceano de conhecimento que é a vida e a eternidade do ser e da matéria existente.
Mas qual é mesmo a verdade mais importante, a do homem ou da criança, a do ser humano ou do animal? O que importa se uma cidade é construída encima de um ninho de formiga, se elas estão felizes na sua mais absoluta ignorância da verdade dos homens que despreocupados e impiedosamente as pisa.
O que importa para uma criança o quanto é duro a realidade dos adultos sendo que elas nem ainda aprenderam a falar e escrever para ainda um dia ingressaram no mundo que ainda não se tornou a sua realidade, cujas verdades, só serão Verdades quando elas estiverem prontas para saber.
O que importa a porcaria da realidade de um ser humano comum para um altista, ou para um deficiente físico ou mental. Cada um tem o seu mundo, cada mundo tem a sua verdade, cada verdade tem sua lei, cada lei visa ou único bem absoluto de todos os entes sensíveis do universo que é a FELICIDADE.
Só a felicidade é absoluta, pois somente ela se atinge em todos os níveis de conhecimento, em todos os mundos individuais, em todas as realidades que atinge o ente no mundo, no seu mundo, no seu universo, criado pelo seu deus, e perturbado por seus demônios.
Cada um tem o seu absoluto e o seu conceber sobre a vida, pecado e morte, portanto que cada um siga a sua consciência não impondo sobre os outros seus próprios absolutos. Para cada mundo: uma lei; para cada consciência: uma moral; para cada caso: uma decisão; para cada individuo: uma vontade.
O que importa a verdade de que lá não sei aonde tal sujeito descobriu isso ou aquilo, o que importa a verdade da qual as matérias do universo são formadas por micro partículas, o que importa isso ou aquilo se tais verdades não me atingem, não me acrescentam ou me diminuir.
O que me importa a sua verdade se ela não me é útil, se ela não me eleva, se ela não me transforma, se ela não me faz um indivíduo feliz. Só a felicidade de cada ser neste mundo importa, conforme as suas estruturas, interpretações, sonhos, mentiras e verdades que só são verdades para ele.
A verdade é subjetividade, e a subjetividade é a busca solitária de cada um no seu universo interior em busca de sua felicidade. A felicidade é o bem máximo, o bem mais desejado, o bem mais buscado, a felicidade é o alvo supremo da vida. Cada um chama por um nome: Deus, amor, saúde, fé, amizade, dinheiro, prazer.
Mesmo assim a felicidade não é absoluta em seus meios, pois cada a um busca por um caminho. Que cada um acredite no que quiser, que cada um busque o que quiser. O direito de se crer em duendes por mais irreais que eles sejam para mim, é direito supremo de cada alma, cuja possibilidade de imaginações e sensações compõe a beleza diversa do mundo.
Qual triste seria o mundo se crescermos em uma só verdade, qual incolor, qual sem sabor, quão tirano seria seguir apenas a verdade dos libertos da caverna, sendo que cada caverna tem a sua profundidade com a sua multiplicidade de seres microscópios, cada um com a sua verdade, cada um com a sua necessidade para sobreviver.
Qual triste seria para um nativo que se deslumbra com o mistério sobrenatural da natureza, ter que acreditar que no mundo só existem: matéria e movimento, e não uma rica variedade de espíritos que dão sentido a sua interpretação transitória do mundo, do seu mundo, do seu deus, e conseqüentemente: do fim deste seu mundo por este seu deus.
Gresder Sil
Escrito originalmente em 05/06/10
Postado por
Esdras Gregório
domingo, 15 de agosto de 2010
Boletim semanal do templo sede
Era exatamente a hora da Palavra, todos estavam atentos para ouvir, mas o choro daquela menininha se estendia por todos os recantos daquela imensa igreja no domingo. Inevitavelmente muitos viravam seus pescoços para traz não só para ver, como também para intimidar com os olhos os pais responsáveis pela aquela criança.
Mas eles nada faziam ou conseguiam, e o choro não se continha, alguma coisa trivial queria aquela menina. Mesmos os mais sensíveis se sentiam incomodados e os pastores ansiosos olhavam para de onde vinha aquele choro desejando intimamente que alguém fizesse alguma coisa para calar aquela garotinha.
Mas em um mágico momento eu pude perceber que servia para alguma coisa o boletim* informativo entregue na porta da igreja todo domingo, pois um rapaz sentado a alguns bancos acima da menina fez com ele um admirável passarinho de papel e docemente entregou aquela linda garotinha que surpresa a fez parar de chorar imediatamente naquela hora.
Mas o que mais aquietou aquela menina não foi a novidade e genialidade do presente repentino, mas a sensação estampada em sua carinha que fixamente olhava para o moço de que alguém naquela multidão se preocupou não em a fazer parar de chorar, mas se procurou com ela. Pois enquanto todos se incomodavam com o choro ele se incomodou com o incômodo daquela menina, e ela pelo jeito desconcertante como o olhava se sentiu especialmente notada.
Aquilo me emocionou intimamente. Ates de acabar o culto me levantei do meu lugar e fui até o moço que me parecia apenas um dois ano mais novo do que eu. Sentado ao seu lado eu disse uma frase que eu tinha memorizado para ele: “o que você fez por aquela menina foi à coisa, mas importante e bonita que eu vi aqui hoje. Os seus pecados foram perdoados no céu”
No meu ego eu queria sim ser um “Cristo” aquela ora. Mas creio que meu incomnciete me remeteu aquela passagem onde Jesus disse: “E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.
Se eu me recordo bem Jesus geralmente não dizia: “Eu perdoou os seus pecados”, mas depois de ser impressionado pela fé, coragem e singeleza de um ato de uma pessoa, conseqüentemente dizia: “vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados” ou “a tua fé te salvou”
Pois entendo disso que para Ele uma das coisas além da fé pessoal que também redime o nosso mal individual a que estamos submetidos num mundo cheio de maldades Reais e não pecados espirituais herdados, são a simplicidade com que notamos no olho do outro sem julgamento opressivo que no mundo ninguém realmente é inocente, logo logicamente também ninguém então será tido por nós como culpado no sentido teológico da crença, e todos os pecadores do mundo podem ser perdoados porque espiritualmente não existe um tal de Pecado Original.
Gresder sil
15/08/10 escrito as 23:07
*não tenho certezas se era mesmo o boletim rsrs
Postado por
Esdras Gregório
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Minha amiga Morte
Como ponto culminante que fecha e sela o ciclo da vida, a morte só pode ser vista como uma inimiga no âmbito religioso aonde a religião priva os seres de se saciarem com a vida. Nem inimiga e muito menos a pior delas, mas o elemento que se faltava para se completar e concluir o sentido absoluto da vida.
Uma vez que se encontra nas coisas da vida o sentido inerente a elas próprias, não mais se busca o significa das coisas fora da arena da história da vida. Isto porque estando em cada coisa e experiência o seu próprio sentido de ser, e não em um sentido ou propósito externo, as vivencias humanas serão plenas e satisfatórias por si mesmas.
A morte só pode ser temida aonde a vida não foi vivida, aonde o ser não viu e não se satisfez com a vida. Somente no ambiente religioso onde os sentidos das coisas não estão em i mesmas, onde os olhos estão postos para cima, e aonde as expressões espontâneas e geradoras da vida são podadas com olhos limitadores, a morte é tida como a ultima inimiga.
Quando encontramos no amor, na dor, na ação, no movimento, na busca, na fé, na esperança e no existir o seu próprio sentido aonde amor significa unicamente um sentimento maravilhoso de afeição, dor simplesmente sofrimento e privação da alegria, e fé puramente confiança em Deus, a morte como a ultima experiência constitui unicamente: conclusão, fim e descanso.
Quem amou alguém de verdade, sua família com generosidade, seus amigos com lealdade; quem perdeu seu tempo e brincando se sujou com crianças, quem parou para se embebedar do cheiro das flores e do canto dos pássaros; e quem foi grato a Deus pela vida, e com fé na justiça lutou por uma sobrevivência digna, esta pleno da vida, não precisa desejar as coisas de cima, e não somente pode receber a morte de bom grado como uma boa amiga, como também pode a esperar tranquilamente como a ultima experiência indispensavelmente necessária da vida.
Esdras Gregório
Nascido em 10 de agosto de 1981
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Esdras Gregório
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