A desmitologização e secularização das linguagens e estruturas religiosas da fé
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
A sensação de destino em Jesus
Um dos sentimentos e das sensações mais poderosas em Jesus que o fizeram dele o que ele foi e garantiu a ele o seu êxito, foi um sentimento comum em todo grande homem que fez alguma coisa importante nesta terra. Que é o sentimento de destino e a sensação de que se esta predestinado a se fazer alguma coisa grade nesta vida.
Se ele fosse grego ele diria que carregava o destino imposto pelos deuses ou por uma casualidade sega, mas não, ele era judeu, e o que todos os outros sentiam como destino ele sentiu como vontade de Deus. O que enfim é a mesma coisa, visto ser um sentimento poderoso na vida de um homem sem ou com religião e de qualquer religião de que a sua vida tem um propósito a cumprir como destino. Um destino que pesa sobre ele, uma sensação de que tudo em sua vida lhe empurra para uma missão da que ele não consegue ou não deve fugir, pois nasceu para fazer aquilo.
Isso é muito claro em Jesus, ele tinha essa sensação, esta certeza de que seu destino era único, que sua missão estava já predestinada, e tudo na vida lhe conduzia a este propósito pela qual ele se encontrava no mundo. Isso não foi um sentimento só dele, muitos sentiram, e todos os que fizeram algo grade foram guiados com esta certeza de vida com propósito, pois o destino divino ou aleatório havia lhe proporcionado esta atribuição e responsabilidade na vida e na historia humana.
Mas em Jesus isso foi visto como vontade de Deus, como sua única comida e bebida a se preocupar em ter sem perder o foco de sua missão. Tudo nele mostra a vida de um homem que se crê guiado por um propósito único e absoluto, um propósito que ele devia cumprir e que ele seguia obstinadamente a este fim sem distração. Sensação de destino é o sentimento que muitos homens tiveram quando perceberam que a vida lhes dotaram de muitos atributos e talentos pessoais para cumprir aquilo pela qual se sentiram estar na hora e momento exato e propicio para fazer.
E é tão poderoso este sentimento por que todas as circunstancias sociais externas e contingencias históricas se combinam com a capacidade deste homem para fazer exatamente aquilo que o momento pede e só ele pode cumprir. Isso é sensação de destino, isso é o que muitos já sentiram; isso independente dos reais propósitos espirituais se é que existem, pois na pratica é um fato existencial matemático aleatório de combinações e encontros que se complementam e se fecham para formar eventos e elementos incríveis e acertados.
Isso foi o que Jesus sentiu; isso foi o que o moveu, ele Acreditava ser guiado por um destino tão forte e tão implacável que só sentia poder se render e se submeter a sua missão pela qual estava ali para cumprir. Pois a vida tinha lhe dotados de tantos dons humanos e sobre humanos juntamente com os momentos e circunstancias que lhe cercavam e lhe pediam dele atitudes que só ele mesmo podia fazer e mais ninguém, pois estava ali para isso, e tudo lhe possibilitava para que só ele pudesse fazer.
Isso foi o que ele chamou de vontade de Deus, isso ele acreditou como vontade de Deus. Se outros homens em outras épocas e culturas dessem nomes diferentes à sensação de destino, ele como verdadeiro judeu no sangue e no coração não podia encontrar outra explicação para seu sentimento de vida criada com uma poderosa obrigação e capacidade se não a explicação de que tudo aquilo fora montado e propiciado para ele pelo Deus dos seus pais e antepassados.
Não a nada em Jesus, no seu andar e emanar que faça crer que Jesus acreditasse ser Deus, mas tudo nele e em seu proceder e andar nos remete a conclusão precisa de ele ter tido este poderoso sentimento humano de acreditar piamente em estar sendo guiado por um destino e mais precisamente e um predestino criado por Deus. Jesus cria em Deus, isso era sua força, pois cria que estava sendo conduzido a cada passo a uma missão de vida com um propósito alem do seu próprio entendimento, mas um propósito entendido e traçado pelo próprio Deus dos seus antepassados que possibilitou toda trama complexa a qual ele com seus dons e atributos únicos poderia tecer e cumprir.
O que ele sentiu e esta sensação não é algo que não possa ser entendido, mas algo muito comum em grandes homens que sentiram impressões semelhantes à dele. Se nele isso foi mais forte, e se nele isso possibilitou acontecimentos e conseqüências mais poderosas, isso só faz dele mais importante entre os importantes e o maior dentre os grandes, mas nunca faz dele um Deus. Pois não podia ser Deus sendo que acreditava que o que movia era a vontade do próprio Deus e não sua.
Esdras Gregório
Escrito em 31/08/2011
Texto cinco da serie de desmitologização da divindade de Jesus
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Esdras Gregório
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
A autoconsciência de se ser Deus
Se Jesus foi homem de verdade então ele viveu como criança que aprende enquanto cresce. E se foi Deus em algum momento ele chegou à alta consciência de ser Deus visto ser completamente estranho uma criança com a mente de um Deus. Mas também ate a hipótese de um homem que chega a consciência de que é Deus é muito mais estranha, pra não dizer monstruosa do que a teoria de uma criança a qual já tinha a consciência de que era deus.
Pois daí se trata de um homem que em algum momento da vida acreditou que era Deus. Dum homem que viveu sua vida inteira, sendo homem e acreditando ser homem, mas que em algum momento ou por vários processos gradativos chegou conclusão ou crença de si mesmo de ser um Deus e não um homem como sempre viveu e acreditou. Ou seja, então temos mais um homem na historia que acredita ser um Deus, um profeta e um cristo e não um Deus pronto que já veio com a consciência de ser um Deus um profeta e um cristo.
Mas um Deus pronto que já vem com a consciência de ser Deus não é um homem normal, mas um Deus que aluga e empresta um corpo humano tendo já des do começo da formação do corpo a consciência de que ele não é um homem, mas um Deus que se veste deste corpo e processo de crescimento humano. Enfim todas as hipóteses de tentar fazer crer que é possível se ser totalmente homem e totalmente Deus cai no ridículo e no absurdo da crença de homens que forçaram isso por motivos teológicos, visto isso ser impossível na pratica.
Não que não seja possível de ele ser Deus, mas se foi, foi só Deus e não homem também, pois se foi homem, foi homem com consciência de homem desde criança que aprendeu a ser homem. Pois um homem adulto que chega a consciência ou revelação de ser um Deus, é apenas mais um homem na historia humana afirmando ser um Deus um cristo e um profeta, um homem que acredita ser isso, que a única prova de ser isso é sua crença interna de ter chegado à certeza de ser isso ou por revelação exterior ou por intuição interior. Mas quem disse que ele era Deus? Ele mesmo? Não! Mas a teologia que quer encaixar e dar sentido romântico espiritual na vida de um homem impar na historia da humanidade.
Mas não a nada de romântico e belo na história de um Deus que aluga um corpo de homem e se passa por homem para cumprir seus planos cósmicos. O que existe e o que foi belo e real, foi um homem que viveu, amou e se dou, e de tal forma que o endeusaram para as gerações futuras. Jesus era homem, e foi só homem, a forma como andou e como viveu e falou, foi à forma de como um homem desta grandeza fala vive e anda. Não a nada estranho nele que o remete a um ser extraterreno, mas sim apenas sentimentos nobres e humanos de um ser humano consciente do seu destino entre os homens.
Ele tinha sim a consciência de ser homem que com o tempo vai se descobrindo como um homem com uma missão, com destino implacável sobre ele a se cumprir. A sua certeza de destino é e foi mais importante do que a sua certeza de quem ele era exatamente. Se fosse Deus, profeta, cristo ou simplesmente um mártir de Deus, isso ele ia descobrir no caminho, no seu caminho já traçado. Pois o que era certo pra ele é seu destino, sua sina, sua vida que caminha e desemboca numa morte trágica e espetacular que dará vida a outros homens, seja vida espiritual ou apenas o fator de revigoramento e fervor de uma nova fé para os homens. O que ele sabe e tem certeza é disso, agora quem ele era, e quem ele foi, isso ele descobriria no caminho como alguém que se descobre não somente na sua opinião de si mesmo, mas no desejo e esperança daqueles que vem nele algo sobre humano.
Esdras Gregório
Escrito em 25/08/11
Quarto texto da serie:
A desmitologizaçao da divindade de Jesus.
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Esdras Gregório
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Jesus, um acontecimento da historia
Jesus é a excepcionalidade de um evento único, ele não é um homem, ele é um acontecimento. Ele não veio e nem ira voltar, ele aconteceu, e não se repetira tal acontecimento nunca mais na trajetória linear da historia da civilização humana. Pois o que faz dele um homem singular sem precedentes é toda a conjuntura complexa que o possibilitou.
Impasse político, ascensão do fervor religioso, petrificação do dogmatismo sacerdotal, revolta do povo oprimido, esperanças proféticas. Circunstâncias estas que se combinaram na grandeza do coração, firmeza de propósito, obstinação de vontade e excepcionalidade dos dons incomuns de um só homem que estava no lugar certo, na hora certa, com os sentimentos corretos, na disposição de espírito adequada para ter a visão do seu próprio destino que ele o chamou de vontade de Deus.
Pois o que faz e o que forma um grande homem na historia humana, seja ele um ditador, um legislador um profeta ou um cristo são as poderosas circunstancias sociais, religiosas, culturais e históricas que se convergem num só homem apto a sentir este acontecimento e ser este momento. Cristos e tipos de cristos como Jesus apareceram e aparecerão sempre, pois homens dotados de sensibilidade espiritual mística, dons sobre humanos, coração forte e vida resignada: a historia já produziu e esta cheia de exemplares, mas só nele a historia se voltou e se dobrou para recepcioná-lo. Dando a ele circunstâncias que pudessem acentuar os dotes comuns dos outros cristos a um alto nível de perfeição.
Ele não era pra vir, não precisava vir, mas veio, mas aconteceu, e o que não era necessário se tornou indispensável. Sendo ele não a conseqüência de causas programadas antes dele, por ser ele mesmo a causa sem antecedentes. Pois mesmo que tudo se convergiu nele, como fatores humanos que o possibilitou, nem por isso ele deixa de ser um milagre sem motivo, mas que cria motivos depois dele, e da sentindo a tudo que o antecedeu. Assim como a vida, o pulsar da sensibilidade dos seres vivos e sensíveis é um milagre absoluto da existência, que não seriam possíveis sem a combinação de milhares de fatores aleatórios despropositados, ele também é e foi o maior milagre de combinações e fatores eventuais que se abateram sobre ele.
Pois ao analisarmos de perto, veremos que ele sentiu todas as sensações comuns dos homens como ele, que os fatores que o fizeram grande e divino, foram à combinação de varias sensações que outros homens também tiveram, mas que nele convergiu de uma maneira magistral e completa, fazendo de sua historia: a maior apoteose de um homem já registrada. E mesmo não sendo um propósito imprescindível da eternidade, ele é um produto necessário do tempo, formado pelos anseios do coração humano e mais precisamente pelo inconsciente coletivo de um povo.
E aquilo que não era um destino antes da vida por a divindade não programar a existência do mal para depois enviar a redenção, se tornou a redenção necessária de um mal não planejado na existência humana, mas de um mal inerente ao próprio homem. Ele é o produto da história, o acontecimento da existência, o fruto de um desejo, mas um produto sem propósito, e aleatório entre os homens se tonando causa e efeito em si mesmo. Os homens são o que são e nada o fizeram ser diferentes, sempre serão assim, e não era necessário absolutamente que ele viesse mudar isso, mas isso, essa condição existencial de alienação do homem criou ele, e fez de algo que não precisava vir, algo inerente a própria vida dos homens, pois se o homem existem assim como um milagre inacabado sem explicação, ele aconteceu como um prodígio acidental de completude do homem.
Esdras Gregório
escrito em 19/08/2011
Terceiro texto da serie de desmitologização da divindade de Jesus.
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Esdras Gregório
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
A estranheza de um menino deus
Para que Jesus tenha sido Deus, é necessário que ele tenha tido a consciência de ser Deus. Que ele tenha nascido com está consciência de ser Deus ou em algum momento tenha tido esta revelação de ser Deus: a consciência de que ele era Deus antes de se tornar homem, a consciência de que ele era Deus feito homem. O que em todo caso é algo bisonho de se imaginar: um homem totalmente homem que acredita ser Deus. Pior ainda: um homem que foi criança e jovem e que como criança e jovem acreditava ser Deus.
O evangelho é escândalo para o grego, ou seja: para o filosofo, para o pensador, para o racionalista e materialista, por que é impossível em todos os mundos possíveis, a existência de um ser que seja totalmente Deus e totalmente homem. Primeiro por que a essência humana de um homem não é pronta, mas feita no tempo, nos equívocos, erros, tragédias e escolhas do tempo. Coisas que não acometem o ser puro e inalterável de Deus. Se Jesus foi homem, ele aprendeu a ser homem no tempo e nas experiências boas e ruins, nos seus erros e acertos, na sua fé, esperança e desesperos na e pela vida, que formam e compõem um homem adulto e pronto, como ele estava em seus trinta anos quando começo seu ministério.
Se Jesus era Deus mesmo, então ele sabia que era Deus, tinha a consciência de que era Deus, tinha a memória passada de ser Deus, e raciocinava como Deus. E como Deus que era: nasceu Deus, sabendo ser Deus. Ou seja, foi um Deus menino! Um menino que sabia que era Deus! Mas um menino que sabe que é Deus, não é um menino, mas a maior aberração de toda a existência possível, em todos os mundos possíveis! Um menino que sabe que é Deus, não é menino, e nem humano, pois ser totalmente humano e adulto é ser formado como homem no crescimento das experiências de vida, a partir da idade de menino que aprende a cada dia e se tornar mais homem e mais consciente de sua existência como homem.
Um menino Deus é um menino que não é menino, que não aprende, que não erra, que não sofre, que não tem duvidas de menino que vira jovem, e de jovem que vira homem. Um menino Deus não é então cem por cento menino, então não pode se tornar um dia cem por cento homem, pois nunca foi cem por cento humano, e nunca aprendeu e viveu na vida como todo homem que tem suas crises, suas esperanças, seus pecados, seus erros, seus equívocos, seus acertos, suas conclusões e aprendizado de homem que um dia foi bebê, menino e jovem para se tornar homem.
Então se de fato Jesus era Deus, ele foi só Deus, sem nunca ter sido homem, que como Deus, encenou um papel de homem e viveu entre os homens, e se passou por homem, atuou como homem, mas nunca foi homem, pois nunca aprendeu e nunca errou para se tornar um homem. Pois o que de fato torna um homem: um homem de verdade, é sua experiência de vida, é a sua trajetória de vida como ser que aprende a ser homem na vida. Portanto uma criança que era Deus, não era uma criança, mas se passava por criança. Ou melhor, era um ser de outro mundo que usou um corpo humano, que passa por todo processo humano de crescimento físico sem o processo de aprendizagem e crescimento mental, pois se trata de um ser que ocupa o corpo de outro ser, como invólucro, como um invasor do corpo de um ser a sem consciência natural deste ser.
Pois ser Deus: é ter a consciência de Deus e racionalização de Deus, e ser homem: é ter a consciência de ser homem, e se raciocinar como homem. E se Jesus foi Deus, ele teve a consciência de ser Deus, e era Deus na consciência e na racionalização, portanto não era homem que aprende, cresce, erra e acerta para se tornar homem, mas um ser pronto no processo de um ser não pronto, no corpo de um ser que naturalmente toma a consciência de si, no seu crescimento de alto consciência e, convicção do mundo nas coisas que escolhe, decide, faz, arisca e crê.
Portanto um homem pra ser homem, ele tem que aprender a ser homem na vida, na juventude e na infância. Mas a infância de uma criança que se sabe ser Deus é uma fraude, uma aberração de um ser que se passa por outro, que se finge ser criança sabendo tudo sobre á vida e a morte, coisa que criança não sabe, coisa que não ocorre aos pensamentos de uma criança.
Ou era uma criança, agindo diante de todos como um ser que tem a consciência de ser Deus desde criança, sendo assim a criança mais estranha que jamais existiu, pois seria uma criança que sabe tudo das coisas de gente adulto, sem nunca ter passado pelas experiências de adulto, e pior ainda: uma criança que sabe tudo sobre as coisas da vida que nem um adulto sabe, pois era Deus e sabia como Deus. Ou seja: uma aberração que mais inspira algo diabólico de possessão de um corpo, do que algo gracioso de um menino especial.
E se era Deus e sabia como Deus desde criança, por que esperou ser homem para revelar seu ministério? Para ganhar credibilidade de homem? Não! Ou ele era Deus e sabia ser Deus, e escondia o fato de ser Deus, e se passava por ser homem, se passando por ser criança e jovem e adulto ate se revelar, ou era uma criança que sabia ser Deus e não escondia ser Deus, que cresceu se revelando ser Deus, e se tornou homem no corpo já sendo Deus revelado desde criança. O que em todos os casos também é uma aberração, ou no mínimo uma falsificação de um ser que usa o corpo de uma espécie diferente da sua, se passando por ser outra coisa que não é, ate se revelar ser quem é, depois de ter vivido como se fosse outro ser.
De todas as formas é muito estranho para não dizer é impossível Jesus ter sido uma criança e um menino que sabe que é Deus, todas as possibilidades caem na irracionalidade, no absurdo e na incoerência. A não ser que ele em algum momento de sua vida de jovem que se torna homem, ele tenha tido uma revelação de ser Deus, o que também é outra coisa improvável e insustentável, mas digno de uma analise mais para frente. Mas todos esses impasses se resolvem na verdade simples da honestidade da razão em contraposição a ao apego do coração que não quer ver e crer que ele foi somente um homem. E sendo homem, que espécie de homem foi?
Esdras Gregório
Escrito em dez de agosto de 2011
Próximo texto da serio a desmitologizaçao da divindade de Jesus:
Jesus era homem, mas não era um homem.
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Esdras Gregório
terça-feira, 9 de agosto de 2011
A desmitologização da divindade de Jesus.
O equivoco e a fragilidade da crença Cristã de que o jovem Judeu de trinta e poucos anos: Jésus o nazareno, tenha sido Deus e homem ao mesmo tempo, esta na completa estranheza da possibilidade de um menino Deus. Em como um menino pode ser e se sentir Deus e ser menino ao mesmo tempo. Para se entender quem ele foi e por que se fez dele tudo o que dele hoje se espera, é necessário fazer toda uma trajetória subjetiva e retrospectiva de um homens místicos religiosos desta idade ate a idade de menino.
Pois ate hoje mesmo que nem uma analise a seu respeito esteja isenta de imparcialidade, é necessário se pegar todo o material de informação a qual temos sobre ele e se fazer uma analise subjetiva do ponto de vista de homens religiosos que se encontraram numa situação existencial parecida com a dele. Para analisar as sensações comuns nos grandes que fizera de Jesus um deus, pois se ele foi homem também, então outros homens tiveram sensações iguais às dele, negar isso seria negar a sua própria humanidade de homem que viveu e sentiu como todo homem nesta terra.
Dentre todas as coisas que ele viveu e sentiu e que fizeram dele um deus esta a sua experiência religiosa de dilaceração e re-significação do seu próprio sonho demonstrado nitidamente na narrativa dos evangelhos em que por um momento de um despertar abrupto ele deixa de pregar o reino que viria em gloria para anunciar o reino dentro do coração dos homens.
Tanto como também a sua consciência de uma oportunidade única das combinações das conjunturas culturais e religiosas como fator favorável ao seu chamado, coisa que não só ele como homem sentiu, mas todo grande homem que tinha uma missão também experimentou como uma oportunidade da historia de se fazer historia por ter no coração a sensação de perseguição de um sentimento de destino e a certeza da conspiração dos acasos e incidentes ao seu favor.
Isso, essa sensação de predestinação e assistência divina que grandes homens da humanidade têm, foi muito mais forte, e mais viva nele. E como nos outros, no seu modo de falar e agir vemos também a sua crença de um direito a imunidade moral e a sua distância intelectual dos demais, que se utilizou da crença do povo como seu material bruto de inspiração. Vivendo sua própria fé diferente da do povo numa intuição mística e emocional de Deus, na sua poesia e crença nata do coração, na condescendência para com o povo revelando o Deus escondido no mais profundo da sua psique humana.
E tudo isso como sentiram os grandes reformadores também que assim como ele teve um sentimento de revolta contra a religião, pelo seu amor parcial aos seus, e o seu ódio direcionado a religiosidade que oprimia o homem de sua época. Fazendo deste amor e deste ódio no seu coração um sentido para viver e lutar, pois sua revolta contra a religião também lhe dava em troca uma sensação psicológica de perseguição que o fazia ter previsão da sua morte por esta sensação.
Sentimento este comum em homens na mesma circunstância que ele, que teve a intensificação da sua vida nos últimos momentos, impregnando nele o anseio comum dos grandes de imortalização pela morte, na escolha entre morrer ou matar para vencer, se entregando a morte trágica de mártir como espetáculo e incisão na memória, nos sonhos e na linguagem mítica dos discípulos, pela força humana e a presença indelével do seu espírito no meio de todos aqueles que sentiram a incapacidade das palavras de relatar os sentimentos causados por ele, relatados em forma mítica e no seu endeusando como desenhado nos evangelhos.
Esdras Gregório
Primeiro texto de uma serie de desmitologização da divindade de Jesus.
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Esdras Gregório
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A endemonização do sexo
O cristianismo é responsável hoje por uma boa parcela da imoralidade sexual dos cidadãos crescidos na sociedade sobre a educação moral da cultura estóica ascética da religião cristã. Crescidos e educados a verem a sexualidade com uma visão dualista de bem e mau aonde só se tem duas formas possíveis de satisfação sexual: a correta e santa da igreja e a imoral e impura do mundo.
Tendo assim somente duas opções, aonde os que não conseguem viver c0nforme os mandamentos da religião, acabam que se entregando ao vicio e desregramento sexual por já estarem perdidos e condenados mesmo. Pois a maioria, não dos cidadãos comuns e saudáveis da sociedade, mas dos entregues a algum tipo de desvio sexual são pessoas que já passaram pela religião e nela não duraram.
Isto por que a religião endemonizou o sexo para elas, tornando o sexo algo impuro que não tem outra forma certa de se satisfazer a não ser pela maneira ensinada na igreja cristã. De forma que de tão forte o ensino religioso, jamais estas pessoas conseguem raciocinar uma alternativa saudável de satisfação de sua sexualidade, tendo apenas no modo imoral, seu escape para a sua satisfação sexual.
Assim da mesma forma que o cristianismo ajuda muitos indivíduos que precisam de um freio pra seus impulsos, ele também condena e estraga a vida de muitos outros cidadãos que tentaram viver segundo a regra da igreja mas não conseguiram, e por não terem sidos ensinados a terem uma independência moral fora da religião, acabaram que se entregando ao vicio e completo desvio sexual.
Esdras Gregório
Escrito em 04 de agosto de 2011
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Esdras Gregório
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