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No cristianismo todas as pulsões, pensamentos e excitações sexuais não são produtos involuntários da produção de um instinto vivo e intensamente ativo no ser humano, mas tentações e desejos malignos e pecaminosos em si, feios de se sentir, aos quais devem ser duramente reprimidos por serem perigosos para fé. Que perturbam o fiel em sua caminhada em direção a uma vida sem pecado.
No inconsciente coletivo geral dos cristãos, tudo relacionado a desejo, pensamento e fantasia sexual são frutos do pecado engendrado na natureza humana corrompida, que instiga o homem ao pecado, que o leva a desejar o pecado. Ou seja, todo um mecanismo humano de funcionamento de instinto é visto não pelo seu real motivo natural, mas de forma pejorativa pela religião.
Assim como a preocupação e a necessidade de alimento ocupa uma parcela do pensamento e do desejo do homem junto com as necessidades de trabalho pelo bem estar e reconhecimento social pela necedade instintiva de viver em grupo, o instinto sexual inerente no ser humano produz seus mecanismos de insatisfação e meios de satisfação para realizar sua função natural no homem e na espécie.
O próprio corpo do homem e da mulher é criado de forma a desejar e se preparar para a satisfação sexual, de forma que os sentimentos e volição relativos à sexualidade é parte inevitável dos pensamentos diários comuns de todos os indivíduos saudáveis na natureza e na sociedade. As fantasias, as excitações sexuais são produtos diretos de um complexo mecanismo humano.
E assim como o homem tem responsabilidade moral e social de satisfazer todas as suas necessidades humanas incluindo sua busca por abrigo, aceitação social, alimentação, ele também tem a responsabilidade de buscar a melhor forma de responder as demandas dos desejos sexuais que estão nele cobrando a sua necessária satisfação para o bem estar físico e emocional do homem.
Pois o que é moral ou imoral é a forma saudável ou destrutiva como se satisfaz tal desejo e não o desejo em si, com suas pulsões que são involuntárias e naturais no homem. Pois o instinto pede e cobra do homem o seu tributo de tal forma que não pode ser ignorado ou rebatido ferozmente. O que o instinto quer e deseja não é pecado, nele não existe moralidade, mas um organismo natural.
Esdras Gregório
escrito em 24/04/11
Texto oito da serie sexualidade a-religiosa