domingo, 10 de outubro de 2010

O mito do bom Jesus




Ninguém o matou. E Ele não foi assinando por pessoa ou entidade alguma. E nem foi produto de um sacrifício predestinado. Mas consciente buscou e provocou a sua própria morte. O passivo cordeiro que caminhava mudo e inofensivo ao matadouro não existiu, é uma construção teológica posterior.

Crer que tudo foi um plano de terceiros para calá-lo é subestimar a inteligência de um homem de gênio espiritual Único, que conhecia todas as tramas sociais e religiosas de seu tempo. Que sendo homem feito, sabia ser audaz o suficiente para convergir nele às aplicações das suas melhores oportunidades.

Jesus não era bondoso como foi retratado nas pinturas dos artistas. Ele não amou todo mundo, e nem foi imparcial e pacifico com todos os homens. Antes tomou o partido dos excluídos da religião, e fez desta luta o motivo para se imortalizar em um Martírio que instigaria sua mensagem para o resto do mundo.

A sua historia é a trajetória de um homem indignado com a opressão moralista dos poderosos sobre os pequeninos, que era muito superior intelectualmente aos seus inimigos, ao ponto de dar motivo para ser preso, mas transitar ilesos escolhendo a sua melhor hora para ser pego.

Sabendo Ele do fracasso anterior dos profetas libertários que se levantaram com espada e morreram sem êxito, e conhecendo as conjunturas históricas e anseio do seu povo, foi propositalmente imprudente e incomodo, trazendo o único meio de vitoria para sua causa: A imortalização pela morte.

Ou porque então se revelou ele a partir dos trinta anos? E não antes ou depois?Simplesmente por que é aos trinta que a ferocidade e energia se encontram com a precaução e a astucia, depois: muita prudência, sem impetuosidade. Antes: muita veemência sem malicia e artifício.

Negar a engenhosidade e estratagema de Jesus que como um homem que não somente acreditou ser o profeta libertador dos oprimidos como também fez decididamente cumprir nele as profecias por sua conta e risco, é negar a sua humanidade de homem adulto, que soube se conduzir sozinho ao destino escolhido e incitado por Ele mesmo.


Gresder Sil (Esdras Gregorio)

Escrito em 29/09/2010

37 comentários:

Marcio Alves disse...

Esta sua tese sobre Cristo não ter sido tão bonzinho assim, ao ponto de morrer por simplesmente morrer pelos excluídos, mas antes por causa da gloria de ser imortalizar é sensacional, e encontra base no desejo inconsciente mais profundo de todo homem, que faz tudo dando sempre outros nomes para sua motivação central de gloria que é escondida até de si mesmo, mas a verdade é uma só....todo homem busca a gloria de ter sido alguém importante nesta terra, e de ser desejado e admirado por outros.


Então o mito de babel é tão atual e fantástico, pois retrata o desejo humano de buscar um nome para si, e ver brilhar reluzindo o seu próprio nome como sol do meio-dia no mais alto panteão dos grandes homens desta terra, que sacrificaram suas vidas em pró de uma causa que consideravam maior do que as suas próprias vidas, para que justamente suas vidas fossem depois de suas mortes, a principal referencia e maior emblema dos seus ideais, que no fundo não passam do desejo de gloria e poder!


Bem que esse desejo humano, nós poderíamos dar o nome de “complexo de Aquiles”, pois Jesus nunca deixou isso claro, sendo muito mais uma interpretação nossa, ao passo que o mito de Aquiles revela sem falsos moralismos essa verdade nua e crua, mas real como o ar que nós respiramos.


Aos “Cristos” existentes por ai, minha mais dura critica, pois usam de suas "bondades" escondendo suas reais motivações, mas aos “Aquiles” (Gresderes) minha mais profunda admiração pela coragem de se olharem no espelho e dizer aos quatros ventos: “Eu sou foda, antes de mim, nenhum outro ser existiu, e nem depois de mim, existirá alguém semelhante a mim”!!!!!


EU SOU “FODASTICO”!!!! – diz os Aquiles.

Ricardo Rocha disse...

Desculpe, mas não tenho como concordar.

A visão tradicional do cristianismo, que vê em Jesus o verdadeiro Deus que se sacrifica pela humanidade e o verdadeiro homem que se submete pela vontade de Deus é essencial para entendermos a relação do de Deus com o homem, do homem com Deus e dos homens para com os outros homens.

Explica a relação de Deus com os homens pois mostra que Deus, sendo feito homem, mostra que Deus é totalmente dedicado a nós, tanto que doa a si mesmo pela nossa culpa, culpa essa que é querer ser como deuses. Mostrando que é inteiramente dedicado a nós, Deus doa a si mesmo para nos mostrar que é somente através da doação que conhecemos o verdadeiro amor. Eis o amor de Deus.

Mostra como deve ser a relação do homem com Deus, na medida em que o homem Deus, encarnado na pessoa de Jesus, vive a sua vida unicamente pela vontade do próprio Deus, vontade essa que é a de fazer o bem a todos e transformar vidas e realidades através desse bem. Eis ai o amar a Deus sem pensar unicamente em si mesmo.

Mostra como devemos nos relacionar com os outros homens pois é compreendendo o sacrificio que Jesus fez por nós que podemos ter uma noção do poder da mensagem da autonegação, que é a única capaz de transformar concretamente, que é um mundo de relação entre as pessoas.

As vezes parece que simplesmente paramos de levar Jesus e o significado da sua história a sério, e vemos ele das mais variadas formas que queremos ver, seja como um mestre moralista (como era o caso dos primeiros teologos liberais) seja como um mero homem frio e calculista, que fez da sua história pelos pobres nada mais que um plano para fazer de si mesmo alguém.

Mas de qualquer forma, não deixa de ser uma visão até certo ponto engenhosa, apesar de eu achar que ela deve ser sumariamente descartada kkk.

Abraços a todos.

Carlos Marques disse...

Esse seu Jesus engajado é que parece uma construção ideológica posterior. Bela, sem dúvida, mas não necessariamente verídica.

Esdras Gregório disse...

Marcio se Jesus foi apenas homem como acreditamos agora, é lógico que ele desejava se imortalizar, mas devemos ver isso não de forma pejorativa como estamos acostumados, mas temos que entender duas coisas.

Primeiro que ele amou de verdade os seus discípulos a multidão que sempre ouvia, amou até aqueles que um dia ouviria suas palavras. Amou intensamente e foi pelo fato de amar e derramar o seu coração para os seus que ele desejou se imortalizar.

Segundo que o passado criou homens resignados diferentes dos contemporâneos, em partes seus desejo humano de gloria e poder existia nele, mas como todo grande sábio da antiguidade não foi mesquinho e egoísta como os homens de hoje que desejam mais a a gloria do que o bem dos seus, pois creio que o desejo de permanecer vivo, foi para o bem dos seus, assim como você desejaria permanecer vivo na memória do seu filho para lhe produzir o Maximo bem possível.

Esdras Gregório disse...

Carlos com certeza esta também é uma construção posterior, se é verídica não sei, mas é o que eu creio agora...

Não posso fazer nada, posso estar errado, mas não sei se um dia posso encontrar a verdade perdida da mente e coração deste homem.

Pois enquanto os outros desejam seu poder sobrenatural sobre suas vidas eu me contento com as migalhas das profundezas deste Ser.

Esdras Gregório disse...

Ricardo você tem o direito de não concordar sempre.
sabe o que é?

É que desde os vinte e oito, e agora vinte e nove, vem a minha mente varias intuições sobre como Jesus se comportava e como se passou o processo humano intelectual dentro dele e que os discípulos não viram. Creio que até os trinta e três eu escreva o mais importante livro da minha vida: “O homem Jesus, o desenvolvimentos mental/espiritual de um gênio religiosos de trinta anos” rsrsrs

Parece vaidade da minha parte, e de fato é, lógico, mas depois dos evangelhos a minha intuição de como as coisas se processam em mim mesmo é a minha maior fonte de “informação” para desmistificar o homem que teve a maior intuição do mundo.

Um dia eu o amei de todo coração acreditando que ele era Deus e hoje eu o amo ainda acreditando que ele foi homem como eu e que era apenas muito mais intuitivo, sábio e espiritual do que eu.

Olha eu amo ele muito mais do que a maioria de todos os cristãos fervorosos, isso você pode ter certezas, pena que talvez exatamente agora ele não saiba disso. O que é muito triste realmente; desejaria acreditar de novo que ele me conhece também.

Levi B. Santos disse...

GRESDER


A narrativa dos evangelistas mostra um Jesus tão humano, tão profundo conhecedor dos meandros da alma humana, que tudo se encaixou para que Ele fosse divinizado.

Um homem que no dizer dos seus, conhecia “os corações”, só poderia ser entendido como, o Messias que haveria de vir para restaurar Israel do jugo pesado da escravidão.

Ele se encontrou na História no momento exato, no local certo, na conjuntura político-religiosa apropriada para que o anseio da promessa feita a Abraão, internalizada no INCONSCIENTE coletivo judaico, aflorasse com toda exuberância, vindo daí, o nascimento do mito do “Bom Jesus”.

Carlos Marques disse...

Se Cristo não era Deus, mas imortalizou-se através de seu martírio, então era também um mentiroso que iludiu aquele pobres judeus que o seguiam. Ao buscar uma alternativa à opressão farisaica, encontraram um homem que dizia ser Deus e que perdoava os pecados. Infelizmente, esse homem, segundo a visão humanizadora de Cristo, não podia perdoar-lhes os pecados. Logo, apenas os enganou o tempo todo. Seu discurso de fato foi imortalizado, mas não foi por uma visão libertária que ele mesmo tinha do mundo, mas por uma visão egoísta de querer ser imortal por ser imortal. Tal como Aquiles, cuja lembrança foi propícia, mas não lisongeadora.

Jesus escolheu os pobres para libertá-los ou para enganá-los buscando a imortalização de sua imagem boa?

Que fique registrado aqui que meus questionamentos visam testar os limites desse pensamento, não sendo um desprezo por sua busca pela verdade. Penso que qualquer busca honesta pela verdade deve ser considerada válida. "Não penso que já a alcancei", como disse o apóstolo, mas prossigo, assim como você.

No amor de Cristo,
Carlos

Oseias B. Ferreira disse...

Gresder,

Se "ninguém" matou Jesus, então Ele é um homicida cuja "grande obra" foi tão somente haver "provocado" a sua própria morte com os mortíferos instrumentos de sua pretensa superioridade intelectual? Despir Jesus de seu conteúdo divino [proposta subjacente em seu texto] é um meio de se declarar ateu de um modo dissimulado pelas vias de um "cristianismo ateísta", cuja "confissão de fé" se dá em termos da negação da sobrenaturalidade de Jesus e de sua Obra salvífica.

Poderíamos citar inúmeros nomes, tanto de homens como também de mulheres, que imortalizaram sua obra em virtude daquilo que idealizaram e lutaram pelo bem comum; sem levar em conta os milhões que em seu anonimato construíram os mais dignos alicerces da bondade, abnegação e dignidade. Todavia, eu não ousaria compará-los a Jesus, por mais grandiosa que fosse a obra deles.

Afinal, por que não tentar desacreditar os leitores de que tudo aquilo que a história nos conta sobre os grandes filósofos é embuste e “construção filosófica” posterior à sua época? Ora, porque em nada acrescentaria e não meteria “medo” em ninguém; ao passo que desmistificar Jesus de sua Obra pode até causar certo “temor” naqueles que depositam Nele a sua fé; e isso pode até “impressionar” estes, fazendo com que se intimidem diante desta “confissão de fé ateísta”.

De algum modo, levantar suspeitas sobre Jesus do modo como você o fez pode até lhe realizar um desejo cômico de instigar apreensão em seu leitor; todavia, você estará somente satisfazendo uma necessidade mórbida e malévola, cuja raiz poderá se encontrar fundamentalmente na soberba e na pura vaidade intelectual.

Edson Moura disse...

Parabéns ao Oséias Belzaretti. Ele conseguiu desmascarar o menino prodígio de uma vez por todas.

Adorei sobretudo este fragmento: "Despir Jesus de seu conteúdo divino [proposta subjacente em seu texto] é um meio de se declarar ateu de um modo DISSIMULADO pelas vias de um "cristianismo ateísta", cuja "confissão de fé" se dá em termos da negação da sobrenaturalidade de Jesus e de sua Obra salvífica.

Viu só Gresder? Não sou só eu que julga você um "ateu covarde", que vive escondendo-se atrás de um cristianismo dito a-religioso. Mas já que você é uma pessoa muito "intuitiva", fique em paz com suas intuições.

Edson Moura disse...

Gresder, desculpe tocar neste assunto aqui, mas me responda uma coisa:

Ultimamente eu tenho feito comentários na Confraria, mas eles têm sido excluídos. Existe a possibilidade de algum confraterno estar fazendo as exclusões?

De qualquer forma, continuarei comentando por lá.

Abraços mano!

Esdras Gregório disse...

Carlos eu já passei por um processo de edição de um livro meu, eu sei o que é tornar entendido e romanciado o que a gente quer falar.

Entre as palavras que Jesus proferiu e as que foram editadas nos evangelhos, existe certas nuances.

Jesus era muito grande para seus discípulos de forma que eles não nos legaram nada de seu processo mental e espiritual intimo, Jesus não compartilhou tudo o que sentia. Os discípulos fizeram uma edição das melhores e mais propicias palavras e atos para formar uma teologia encima disso.

A quantidade de sentenças de Jesus nos evangelhos são apenas dez por cento de tudo o que ele disse. E ele não disse que era deus ou que perdoava pecados foram os discípulos que encaixaram e arredondaram suas declarações comprometedoras em um contexto para provar o que eles acreditaram ser Jesus.

Alem de que e Jesus para falar aquele povo tinha que usar do conhecimento judaico de pecado escatologia e divindade que ele concebia, pois este era u único material que este povo tinha e foi a partir desta estrutura que ele falou ao coração do povo, não significando que ele acredita totalmente no judaísmo.

Pois a coragem de se fazer certas declarações em relação a Deus pode ser exatamente por que não se teme mais, por simplesmente não acreditar na visão do senso comum religioso de sua nação

Esdras Gregório disse...

Oseías eu já não acredito que Jesus era deus há muito tempo, e nem mesmo acredito no deus do velho testamento, eu não acredito em condenação e salvação e isto esta claro em todos os meus textos, qual é sua duvida? Qual é a novidade para você?

Leias meus post negando a personalidade de deus, negando salvação, negando o pecado original e o perdão dos pecados, pois eu não creio que existem pecados, existem sim é maldade humana, só isso ou só tudo isso.

Agora que se você tem uma visão moderna e pejorativa para quem sabe que sua postura lhe levaria a morte e mesmo assim continua, e chama isso de homicídio ou suicídio isso é problema de visão de homem contemporâneo que acha quer matar na guerra ou tirar sua própria vida em estremo de dor é pecado ou desumano.

Eu mesmo sei que muitos antigos não pesavam assim e quando viam a morte em sua frente não se desviavam, mas faziam dela um salta para imortalizar suas causas.

Jesus fez tudo o que fez por que amou os homens, mas não significa que ele era Deus, mas talvez o homem que teve a maior intuição sobre deus é nos pintou um deus a sua imagem, pois talvez Jesus seja um monista ou deista como eu rsrs pois não é por que eu não acredito na personalidade e plano de deus que eu não conseba alguma forma possível de divindade e fonte geradora da vida.

E meus cristianismo não é ateu ,mas é a-religioso, ou seja fora da religião e sem o sobrenatural.

E quanto ao fato de eu escrever, você esta certo escrevo por vaidade como todos vocês, escrevo para os outros me temerem, mas sei que não vou causar mal a fé de ninguém, pois que crê de forma pura, não vai entender o que eu quero dizer, nem você entende, mas eu tenho muito, mas muita coisa para falar sobre Jesus ainda, afinal de contas ele é meu ídolo soberano rsrs

Esdras Gregório disse...

Edson o dia em que eu me tonar ateu de verdade eu ainda serei crente para minha família, pois seria uma maldade tentar provar o que não dá para provar e tirar uma fé que não lhes tem feito mal algum, mas apenas bem.

E se neste dia você me chamar de covarde eu ainda não os serei, pois entre o que eu digo, para se declarar ateu não existe diferença nem uma, não existe novidade nem uma, eu já estou no estremo para todos que me conhecem na igreja, ninguém iria me fazer nem um mal, ou me ver de forma diferente, pois já me vem como pior do que um ateu, ma como um blasfemador e apostata. Um ateu teria menos condenação do que eu segundo eles. ok entendeu, se ponha em meu lugar e vê se não fala besteira.

Mas acontece que negar a personalidade de deus e a divindade de Jesus não se cai necessariamente no ateísmo.

Muitos filósofos foram deistas, e Salomão foi o primeiro, Salomão cria como Aristóteles em um primeiro motor e em uma causa não causada. e fato de no fim da vida ter se dobrado diante de outros desuse é por que simplesmente acreditou que tanto eles como o deus hebreus não era pessoal ao ponto de sentir ciúmes e condenar alguém.

E o filosofo judeu Espinosa era profundamente monista, que via deus como um ser sem personalidade, mas que era diferente das “criaturas” não se misturando com elas, de forma que ele escreveu um tratado imenso com base na matemática para tentar demonstrar a existência necessária de deus.

Ou seja, você resumir a não crença ao cristianismo tradicional em um ateismo, ou é por que você nunca estudou profundamente outras formas de fé em deus ou é por que você esta sendo demasiadamente desonesto comigo afirmando eu ser o que eu não sou.

Oseias B. Ferreira disse...

Gresder,

Sinceramente, acho que você é um escritor e poeta de qualidades extraordinárias, entretanto, sua vaidade simplesmente ultrapassa os limites daquilo que consideramos "bom senso", pois o livro que você publicou é cristão de A a Z; depois vem você com essa de falar ao "inconsciente" e então derrama um bocado de coisas que frontalmente contradizem o que está escrito em seu livro; ora irmão, diga sinceramente que tudo o que você escreveu em sua "obra" é um artifício sofista para chamar a atenção dos crentes para depois você "mostar" quem realmente é, Gresder: um ateu disfarçado.

Creio que você pessoalmente é uma contradição completa daquilo que escreve, pois acredito firmemente que sua vida, seu coração e a sua alma não se edificam sobre a vacuidade que brotam de suas letras frias cinzentas e nubladas com que tratam do Nazareno.

Gresder, suas letras bem escritas, forjadas e "racionalmente" construídas jamais lhe darão aquilo que você almeja, apenas lhe darão a fama de um "cristão ateu" que simplesmente sente prazer em se mostrar um pretenso "cristão atau" àqueles que o lêem. Apenas isso.

Outra coisa, acho que você então poderia escrever sobre outros personagens históricos ou "mitológicos" e mostrar o quanto "eles" são apenas e tão somente uma "construção" mental, psicológica, filosófica ou teológica, ou mesmo uma "projeção psicológica" a qual permeia o "inconsciente coletivo" dos crentes.

Uma pergunta: adianta afirmar que "ama" este Jesus o qual está descaracterizado de sua Identidade divina? Seria um sentimento de "culpa" que o faz declara tal coisa? Ou seria mais um artífício envernizado de conceito filosófico?

Você diz que "escrevo por vaidade como todos vocês". Eu pergunto: essa é sua única categoria pela qual julga seus críticos leitores?

Oseias B. Ferreira disse...

Errata:

Gresder, suas letras bem escritas, forjadas e "racionalmente" construídas jamais lhe darão aquilo que você almeja, apenas lhe darão a fama de um "cristão ateu" que simplesmente sente prazer em se mostrar um pretenso "cristão ateu" àqueles que o lêem. Apenas isso.

Eduardo Medeiros disse...

Tô chegando para pôr ordem nos maus pressupostos do Gresder....heeeeeeeeeeeeeee

Meu amigo, você chutou e acertou a trave. É claro que Jesus não foi esse homem bonzinho e piegas dos quadros dos artistas europeus. Jesus tinha uma personalidade forte, carismática, até rude muitas vezes, mas ao mesmo tempo, tinha um coração do tamanho do seu Deus.

A minha discordância quanto ao Jesus "real" e não ao interpretado pelos seus discípulos e por Paulo é que não acredito que ele tenha querido morrer para se imortalizar como você pensa.

Pelas leituras comparadas dos Evangelhos e estudando os substratos mais antigos destes através da comparação, parece quase certo que Jesus morreu para que Deus irrompese com o Reino na terra. Daí a enigmática e difícil frase que os cristãos conservadores interpretam de uma forma tão esquisita que não se pode levar à sério:

"Pai, por que me desamparaste?"

Ou seja, "Pai, eu fiz o que tinha que fazer, mostrei ao meu povo e ao teu povo o que de errado eles fizeram com teu culto e com as tuas Escrituras; preguei-lhes a mensagem de esperança e de libertação que o messias deveria pregar, anuncia a chegada do Reino através das curas que fiz, me entreguei à morte para que o Reino viesse, mas apesar disto, ele não veio e eu estou mergulhado e sufocando no meu próprio sangue e não vejo nada mudar, não vejo as extruturas corruptas deste império ruir, não vejo as extruturas existenciais dos homens mudarem, pai, por quê me desamparastes..."


** em tempo:o cristianismo tradicional interpreta que Deus ao ver todos os pecados do mundo em todas as épocas nos ombros do seu filho, não suportou contemplar tal cena e afastou-se dele para que morresse.

* * ** *

Gresder, precisamos conversar sobre a confraria.

Esdras Gregório disse...

Oseías seu comentário esta muito particular, vamos debater idéias, você esta mais a implicar comigo do que a dialogar objetivamente.

O que eu quero eu já tenho que é fama de um “cristão ateu” como você diz, mas isto esta mais para uma forma de ofensa que sai de fininho para não responder, do que para uma analise teológica correta do meu ponto de vista.

Demonstre meus erros com argumentos, e fale qual é sua visão, ou a visão verdadeira que não é sua, já que você é puro desinteresse e humildade.
Qual amor é maior, o de deus que poderia abortar a humanidade para ninguém perecer no inferno que ele não pode deixar manter já que ele é escravo de sua justiça, e que salva que acredita nele, ou em seus filho e que permitiu que a humanidade nascesse fudida em pecado e que depois de o ser humano passar por toda miséria e infelicidade vai condená-los ao inferno porque eles não se tornaram alguns tipo de cristão. Ou o amor sobrenaturalmente impotente de um homem que amou a humanidade ao ponto de dar uma nova roupagem e cara para um Deus sem cara e personalidade.

O amor de um Jesus sem gloria, e muito maior de um deus protegido em sua divindade que veio fazer turismo na terra para sentir nossa dor e depois sair fora para o seu trono de gloria.

Cara como seres pessoais estamos sonsinho nesta galáxia e deus é a fonte misteriosa de vida que só atua na e pela mãos dos homens, o único amor que existe é o nosso, é o que você sente por sua família a amigos, e o amor de deus é o amor que os homens sente um pelo outro, se eu e você não amar, míngüem fora daqui ira amar, somos a mão de deus, e ninguém tinha tanta consciência disso como Jesus e por isso se permitiu ser entendido como o enviado escolhido de deus.

O “ateísmo cristão” não nos deixa órfão, pois Ele é um de nós, totalmente igual a nós, deus como ser pessoal não esta nos céus, nunca esteve, mas andou entre nós na personificação que encontrou em Jesus.

Esdras Gregório disse...

Eduardo esse Jesus esta mais para um jovem piedoso de vinte e quatro anos do que para um homem inteligente como Jesus. Cara essa interpretação faz de Jesus um bobo, e não o homem que enfrentou toda uma religião que podia perdoar pecados simplesmente por que não cria que existia pecados hereditários de adão, e que podia falar com mais autoridade do que Moises por que por que não cria totalmente na estrutura tradicional do seu tempo a qual ele teve que usar para se fazer entendido para seus seguidores.

Tudo bem que com base nos estudos essa sua interpretação de um Jesus melancólico e choroso diante de deus faz sentido, mas não faz sentido algum para um homem de trinta anos do tamanho dele, com postura dele, entre o que Jesus acreditava e falava existe uma distância que seus discípulos não podiam suportar nunca, Jesus simplesmente blefou varias vezes para fazer feliz em vida os homens que ele amou assim como eu e você blefaria se isso fosse o único meios de produzir bem a nossa família.

Esdras Gregório disse...

Levi você ficou por ultimo simplesmente por que eu não discordo em nada do que você falou e faço coro com você afirmando que Jesus estava no lugar certo na hora certa e com a palavra certa para o povo certo.

Assim como no mínimo a existência é o maior milagre e encontro casual de energia e matéria que formam a vida, Jesus e o maior acaso dentre os homem, tudo se convergiu nele: caráter, inteligência, intuição, espiritualidade, hereditariedade, nacionalidade, religião, cultura etc

Assim como a vida é um milagre, ele também é, o maior milagre, tão grande que é o único homem tido como deus neste planeta.

Agora parem e pensem, Jesus era uma homem de mentalidade fundamentalista, ou um “liberal” como nós, muito acima de nós, que como nós às vezes tem que esconder sua verdadeira opinião por amor aos pequeninos que conosco vivem.

Ricardo Rocha disse...

Seu ateismo cristão, Gresder, na verdade nos deixa sós sim, mas nos mostra que estamos perdidos nas nossas próprias falhas, nos nossos próprios pecados, na nosso própria ansea de querermos ser nosso proprio Deus.

Se Jesus Cristo não é um Deus totalmente dedicado a nós, e não nos mostrou como nos relacionarmos com Deus e com nós mesmos, mas apenas foi um homem egoísta que martirizou a si mesmo com o único objetivo mesquinho de se fazer eterno nos livros de história, qual a diferença entre ele e Nero, que além de um homicida lúnático, gostava de ser adorado como Deus?

Jesus Cristo é a mostra para nós que, a par de nossa própria fome de querer ser Deus (idolatria) que SEMPRE nos levou a opressão, nos mostra que atraves da auto negação de nós mesmos que podemos superar todas as contradições da nossa existência.

Fora isso, parafraseando CS Lewis, o novo testamento deixa claro que Jesus via a si mesmo como Deus. Ora, se ele via a si como Deus e não o era, ele não pode ser nenhum tipo de mestre da moral ou heroi lutando por uma causa nobre. Ela era, isso sim, um lunático que somente poderia ser ignorado, pois aquilo que ele nos ensinou é justamente aquilo que hoje entendemos ser contra nossa natureza.

Isto posto você só tem duas opções: ou rejeite esse lunático que pensava ser deus e tudo o que ele disse, ou se proste diante dele e o adore como Deus Homem totalmente dedicado a nós.

Esdras Gregório disse...

Que amor Ricador? O de um deus que cria o mundo para perdição? Oq eu cria os seres humanos para escolher os melhorsinhos para salvar, e fuder com o resto em um inferno? O amor de quem tem o praser de ver que será fiel e atender o chamado e condenar quem rejeitar este grande amor? o amor qua salva somente quem aceitar ale, e que condena todos os nossos semelhantes por que simplesmente não entenderam a porra deste amor e que vai me condenar por que se sentiu ofendido por eu chamar de porra o amor dele? Que amor é esse? que deus é este? que deus é este que cria a humanidade infeliz, deixa os seres na miséria, e ainda poe culpa nos homens por nascerem filhos do filho da puta do adão?

O evangelho é historia mais emocionante ao coração de quem crê e útil para melhorar a vida de muitas pessoas, mas objetivamente é historia mais monstruosa e triste que existe de um deus profundamente temperamental e injusto criado pela mente pequena de João, Paulo, Irineu e Agostinho.

Um dia quando você saber o que é ser um homem completamente adulto você não vai acreditar em nada disso, vai ver o quanto isso é um consolo e um sonho feliz e mesmo assim blefará para os pequeninos de sua casa para não roubar-lhes a fé maravilhosa que eles tem, Jesus fez isso, nos faríamos o mesmo, pois o amor dele não é egoísta, você romanceia muito as coisas, vê apenas bem e mal, pecado e santidade, coisas que não existem como “entidade” . o que existe é apenas amor de amigos, de família a patriótico, que é o que Jesus sentou pelos seus,e que ele como homem morreu para trazer ao mundo uma religiosidade para os excluídos de sua religião oficial.

Levi B. Santos disse...

RICARDO


Acredito que o GOZO da “salvação” intermediada por Cristo não é um gozo masoquista.

Acredito que na história do homem divinizado, Jesus, encontra-se algo muito mais profundo.

Essa história trata da adesão a um pai não poderoso (ESVAZIADO) que, com seu filho, cala-se diante da maldade humana. Por esse filho se revela um pai na solidão de sua busca, solidão interpretada como ESVAZIAMENTO de sua potência, entregue as conseqüências felizes ou infelizes da liberdade e dos desejos humanos.

Assim podemos dizer em um nível simbólico: ser cristão é viver o luto do Pai todo-poderoso. Em Cristo, Deus (esvaziado) não é senhor, nem mestre, nem vencedor. Em Cristo ele é um SUPLICANTE.

Não gosto muito de rotular, mas há uma certa mensagem “atéia” no próprio cristianismo. E, como disse HEGEL: “É pelo Cristianismo que se completa a destruição dos deuses”.

Com efeito, este “Ateísmo” não é antiteísmo, mas o luto do Pai idealizado, Senhor, Rei Imperador incrustado no INCONSCIENTE coletivo religioso desde os tempos mais remotos.



GRESDER

Quem mandou você botar água na minha fervura?

É que o texto da minha próxima postagem lá na C.P.F.G., fala justamente sobre a SOLIDÃO de um Deus esvaziado. (rsrssss)

Ricardo Rocha disse...

Gresder, o que é a história de Jesus se não a história de autonegação por amor? O que é a história de Jesus se não entrega de Deus por um homem que, durante TODA a história tudo o que fez foi OPRIMIR o seu semelhante de TODAS as formas possiveis? O que é a morte de Cristo na Cruz se não a mais RADICAL expressão que é somente atravéz da ENTREGA que os problemas da humanidade serão resolvidos?

Ora meu caro, o homem SEMPRE quis se impor aos outros homens. É como aquilo que Sartre fala do homem cheio de Ser que quer impor seu ser aos demais. O que é a história da humanidade se não a história de seres finitos que QUEREM ser deuses, até mesmo em alguns regimes ateus recentes??? O que é a história de Jesus se não a história do ÚNICO Deus que se diferencia dos demais por ser um deus da Graça e não da justiça retributiva??? O que é a condenação se não a mera consequencia dos atos dos HOMENS que não houviram o conselho do pai que é TOTALMENTE dedicado a nós em Jesus Cristo???

O que é ser adulto afinal??? É ser um ser que confia em si mesmo e não precisa de forma alguma de algo para lhe guiar e lhe dar um norte? E ser alguém cheio de poder que pode confiar apenas em si mesmo? Mas essa não é a própria história da humanidade desde que o macaco mais esperto se tornou homo sapiens? E o que é a história de Jesus se não a mostra de que é somente atrevés dele que temos uma alternativa ao fluxo da história desde que a conhecemos???

Chesterton já dizia que não importa que o homem oprima os outros homens desde que os peixes estão nos mares, mas se faz isso é pecado!!!! O que é o cristianismo se não a superação (para usar a expressão de Hegel) se não a superação do próprio pecado???

Pare de pensar em Deus segundo categorias gregas e pagãs. Como Lewis também disse, o que diferencia o Cristianismo das outras religiões é justamente a graça de Deus, em que vc será salvo não pelo que faz, o que nos liberta de fazer o bem pelo puro desejo mesquinho, mas nos torna livres para fazer o bem pq é simplesmente bem, porque Deus já nos salvou!!!!

Sua visão humana de cristo faz dele um mero homem, e nem um grande homem, mas apenas um novo Nero, que apenas insitou uma perseguição que matou vários dos que o seguia e o colocou nos livros de história como um paladino da justiça, quando na verdade era um gatuno.

Não há alternativa: ou se rejeita Jesus como um lunático que pensava ser Deus, ou o aceita integralmente como ele via a si mesmo o adore como o ÚNICO E VERDADEIRO Deus!

Eduardo Medeiros disse...

Gresder, você acredita que a pregação do Reino de Deus por Jesus era apenas "blefe"? Não leva a mal não maninho, mas não foi da leitura dos evangelhos que você tirou isso. Jesus acreditava piamente que ele traria o Reino e isso não faz dele um bobo, apenas um homem de fé que tomou para si a messianidade tão esperada pelo seu povo.
Ele morreu por sua utopia.

Ele é tudo o que você disse ele ser, pois todas essas características podem ser vislumbradas numa leitura mais atenta dos evangelhos.

Mas ao contrário, não consigui até hoje deduzir da leitura dos evangelhos que os discípulos de Jesus criam nele como o próprio Deus encarnado e nem mesmo o próprio Jesus cria nisso.

Quando ele orava ele orava para quem?

A quem ele chamava de Pai?

A quem ele se referia quando disse: "volto para o seu Deus e o meu Deus"?

Mas vejo também pela leitura atenta dos evangelhos que Jesus se via como divino. Mas ser divino é muito diferente do que ser DEus.

O própio salmo 8 diz lá com todas as letras que o homem foi feito apenas um pouco menor que Deus. ora, um ser feito apenas "um pouco menor que Deus" só pode mesmo ser divino.

Deificaram Jesus depois da sua morte, aí sim acredito ser possível.

Logo, ele não era um lunático enganado que pensava ser Deus, pois na verdade ele nunca pensou tal coisa.

A interpretação do Levi é divina...rssssss

Esdras Gregório disse...

Ricardo a um ano traz era eu que defendia a divindade de Jesus neste blog rsrs agora é você rsrs
Meu blog tem hoje oitenta e duas postagens e pelo menos dez são exclusivas sobre a pessoa de Jesus, tenho mais temas, como: A virgindade de Jesus, A fé de Jesus, A apocalipcidade do espírito de Jesus, O amor humanitário e humano o de Jesus, A intuição e a consciência de destino de Jesus. Sem falar em temas relacionados às suas palavras, e provavelmente você lendo mesmo sem concordar você não teria esta visão pejorativa do “meu” Jesus “ateu”.

Deixa eu te falar em que eu creio e por que não acredito embora desejasse crer nas tuas belas palavras.

Creio ser sua visão do homem muito pejorativamente dualista que enxerga o homem como um ser caído, não creio em pecado original, não creio em queda, não creio em necessidade de perdão de pecados creio apenas em maldade humana amoral, ou seja, creio apenas no homem como animal egoísta, que pode fazer o bem por boa índole natural. Sou profundamente naturalista e em filosofia, e irei tratar deste temas mais pra frente depois de eu postar uma serie sobre a vida de Jesus.

Ao falar comigo tenha em mente que aqui deste lado tem um homem como você, com historia na religião, com sentimento religioso, e com desejos e anseios iguais aos seus, em nada sou diferente ou melhor, e em nem um momento desejo mais honra para mim pelas coisa que eu faço do que você pelas coisas que você faz, desejo mérito pelos meus trabalhos assim como você, não quero ser deus ou coisa do tipo e acho seu discurso sobre o homem muito romântico e fora da minha e sua verdade intima por trás da pena e da escrita.

Jesus para mim desejou sim se imortalizar, mas não pela sua própria gloria, mas como uma mãe que entraria no fogo para salvar seus filhos sem pensar no mérito de seu ato, ele caminhou de encontro ao seu destino sem fazer das pessoas que ela amava um trampolim, meu texto não sugeriu isso, foi o comentário do Marcio que eu repliquei.

O amor de Jesus é nada mais nada mais do que o amor familiar e patriótico por seu povo, amor real amor intenso, amor que se doa, Jesus amou os homens como Gand e madre Teresa amou os indianos, como Martin Luther King amou os Negros, Jesus não foi filosofo mas um homem de sentimento humanitário que mesmo não crendo na religião oficial do pais que atua, tenta melhorar a vida e crença do povo pelo qual sente compaixão.

Deste amor real do homem nobre como Jesus era podemos tirar palavras lindas como as suas aqui neste ultimo comentário, pois sua vida é hoje a fonte mais trasbordante de símbolos de amor e parábolas religiosas sendo a maior delas a que João colocou na boca de Jesus ao editar o evangelho mais parcial e subjetivo das dezenas de evangelhos perdidos e legados sobre a vida de Jesus: “Por que deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho único...”

Esdras Gregório disse...

Eduardo a maior fonte para se descobrir sobre Jesus também é a mais perigosa: a intuição, mas a única que temos já que não temos as reflexões de Jesus mesmo sobre ele, e nem sabemos como se processou ou seu autoconhecimento.

Mas se ele foi homem mesmo, ele duvidou, ele teve ambigüidade, foi paradoxal, ou seja, manteve ate o fim da vida uma visão racional de seu destino e uma visão emocional religiosa de seu ministério. Se ele foi homem como eu e você ele teve seus momentos de “ateísmo” ou “monismo” assim como teve profundo inspiração religiosa no Deus dos seus antepassados.

E para o bem dos seus pode manter publicamente seus primeiro sonho messiânico mesmo que ao trinta e três anos, como homem feito teve que resignificar sua própria vida para si mesmo.

Se ele foi home como eu e você acredita, ele foi ambivalente e contraditório como todo homem ,mas que para se manter firme em um propósito reconstruído a cada passo de ministério, manteve o seu intento original como guia de sua vida para os seus discípulos.

A muito mais profundezas na vida intima de Jesus do que qualquer leitura dos evangelhos podem nos oferecer. Jesus não foi simplesmente homem, mas: O Homem, aonde tudo o que era humano se intensificou nele que se chamava a si mesmo de filho do homem.

Ricardo Rocha disse...

Eu eu entendo o que vc quer dizer mas, não me entenda mal, acho sua posição extremamente confortável. Uma visão naturalista é, na verdade, a posição mais confortável possivel pois, na maioria das vezes contenta-se com a mera descrição da realidade sem se forçar a superá-la. É comôdo e o homem sempre procurou o comodismo. Não encare pejorativamente ou como uma ofensa, mas é a interpretação que fiz de vc nesses poucos textos do seu blog.

No mais, não vejo o homem como um ser caído, pecador, distante de Deus todo o tipo de coisa que a teologia mais tradicional diz. Vejo a natureza do homem, ao contrário, como uma natureza paradoxal. Paradoxal pois, ao mesmo tempo em que parece ser caída, capaz de cometer atrocidades, loucuras, de ser orgulhosa, arrogante, também consegue ser doce, gentil, produzir arte que encanta, musica bonita e tudo mais de bom e belo que já fizemos em todos esses anos de história. Essa é a imagem de Deus dentro de nós, o que nos faz capaz de ser belos.

O problema todo é que, como corretamente ensinou Agostinho, muito baseado em sua própria experiência de conversão, parece que o lado ruim do homem muitas vezes parece tomar conta dele e o impede de fazer as coisas boas das quais ele tem capacidade de fazer. Ele mesmo quis se converter ao cristianismo por muito tempo quando ouvia os sermões de Ambrósio, mas não conseguia por algúm motivo, até que abraçou o cristianismo e conseguiu a paz que sempre procurou.

A graça de Deus, e essa é a história contada na biblia que se consuma em Jesus Cristo, é aquilo que nos dará força para fazer a imago dei se destacar em nós, sendo que o bem que faremos, como eu disse, será desinteressado, pelo simples fato de ser a boa vontade de um Deus totalmente dedicado a nós em Jesus Cristo, pois é essa a graça que nos salva.

Essa é a divindade de Jesus Cristo, o Deus que se entrega e se dedica a nós na cruz. Estamos acostumado, muito por conta do pensamento grego, a ver Deus como potência, como puro poder e todas essas coisas que dariam um bom épico, mas a história de Deus que nos é revelada desde o judaísmo é a de um Deus que, por algum motivo, decide se revelar a nós e se entregar a nós, e esse é o Jesus Cristo.

Seus discípulos o viam assim e acreditavam nisso. A igreja a dois mil anos o vê assim e acredita nisso. Ele se via assim e acreditava nisso. Não posso deixar de levar as palavras de Cristo a sério e não acreditar, afinal, as palavras de Cristo é de esperança que não devemos nos conformar com o mundo. Se vc ve a cristo como mais um dentre todos, parece ter se conformado com o mundo, o que é uma pena, pois o mundo não é um lugar bom o bastante para que nos conformemos com ele, a não ser que o status quo o interesse de alguma forma. Tenho certeza que esse não é o caso.

Abraços e a paz do Senhor Jesus, O Ungido para vc.

Oseias B. Ferreira disse...

Gresder,

Não há "implicação" alguma de minha parte, apenas fiz uma crítica de seu texto - o que é sadio e natural.

Não sou teólogo para aplicar as categorias da análise teológica em seu ponto de vista, apenas expus o que penso sobre a sua postura com relação à Jesus.

Também não quero “demonstrar seus erros”, apenas discordo de sua postura “cristã” cuja “confissão de fé” é uma negação da própria fé.

Seu problema é com o “inferno” e a “condenação” - temas recorrentes na teologia clássica -; no entanto, aos que crêem no espírito da Palavra e nela estão abraçados, o “inferno” se reduz a nada e a “condenação” já não existe, pois foi esmiuçada na Cruz e as portas do inferno se tornaram frágeis demais.

Acho incongruente a tentativa de encaixar Jesus nos moldes deste seu ateísmo “amoroso”, camuflado de “cristianismo a-religioso”. Afinal, que “cristianismo” é esse? Ou seria um “cristianismo des-cristianizado” este seu?

Acredito ser contraproducente rebaixar Jesus a um mero mortal e nada mais; a não ser que “malhar” Jesus proporcione uma estranha fonte de prazer.

Esdras Gregório disse...

Tá certo Ricardo eu busquei uma interpretação mais humana e confortável. Fui forçado a isso, tirei a primeira pedra as outras foram saindo ao poucos.

Mas confortável só na vida cotidiana aqui, pois se vocês estiverem certos eu simplesmente e no mínimo vivi com uma visão muito pequena de alguém um pouco alem do obvio.

Quanto aos discípulos, eles escreveram os evangelhos com mais de cinqüenta anos, idade em que um homem experimentado na liderança não desmitologiza a crendice do povo que precisa disso para viver. Posso estar errado, mas apenas estou em busca de compreensão rsrs

Esdras Gregório disse...

Coerência Oseías coerência! A questão é uma busca por coerência!

Se você tira o inferno, você naturalmente tira o céu, depois a salvação, depois o pecado original ,a queda,a divindade de Jesus, e a personalidade de deus, depois já era, temos um cristianismo “ateu”.

Não tem jeito, isso é a conseqüência, e por isso tento desmitologizar tudo para tornar tudo humano e coerente.

Quanto ao malhar Jesus, só se for malhar o Jesus glorificado e não Jesus histórico por qual eu me emociono em amor humano num gral apenas maior do que a amizade dos vivos, encontrei nisso uma forma de amar a quem por oito anos de minha vida tive amor religioso intenso, nada mudou no meu coração de crente, apenas cheguei a este ponto naturalmente, vamos ver aonde vaio dar rsrs

É lógico que sinto prazer em tocar temas polêmicos, é lógico escrevo por vaidade e sensação de poder, e isso pra mim é uma questão tão resolvida por ser o motivo consciente e inconsciente de todos que eu nem preciso me defender rsrs

Ricardo Rocha disse...

Todos nós estamos rsrsrs

Albert Schwaitzer quando escreveu sobre o Jesus histórico, dizia que aquilo que os teólogos liberais da sua época achavam de Jesus não eram mais que suas interpretações pessoas e da época em que viviam aplicadas a figura de Jesus. Não deixo de ter essa impressão dessa sua interpretação de Cristo.

Mas de qualquer forma, não vou te condenar, dizer que vc é um herege e todas essas baboseiras que vivem dizendo por ai. Apesar de achar que sua interpretação até um pouco imprecisa (até porque não foi definido o humano para tanto se focar na humanidade de cristo) eu a respeito.

Só acho que vc deveria tomar uma posição mais incisiva, afinal de contas, mornidão é assas sem graça rsrsrs.

Abraços!

Esdras Gregório disse...

Cara você esta certíssimo ao citar Albert Schwaitzer dizendo que os teólogos liberais da sua época achavam de Jesus não eram mais que suas interpretações pessoas e da época em que viviam aplicadas a figura de Jesus. Pois minha própria vida e intuição é minha maior fonte para a minha especulação. Sou eu o único homem de quase trinta anos que se impõe contra uma denominação inteira que eu conheço de verdade rsrs

E como eu mando e-mail para muita gente crente, minha postura agora é enviar textos cada vez mais ambíguo possibilitando varias interpretações para não fechar nem uma questão e magoar mais ainda, e é por isso que por hora não da para ser mais preciso, se é que posso ser.

Anônimo disse...

GRESDER,

Parabéns!!

Pelo menos ibope deu este teu post...rsss..

Também não creio num Jesus muito bonzinho...mas ainda creio que ele tenha se sacrificado pelos excluídos...

Mas é válida a sua criatividade...prefiro não entrar em detalhes, pois vi que aqui existem cabeças brilhantes!! rs..

Beijos..apareça sumido!

Esdras Gregório disse...

Não estou sumido, estou com preguiça só isso, alias tenho tido pouco tempo também, mas devagarzinho eu estou por ai, é só você ver no blog do Eduardo que já faz uns três dias que eu comento lá, quem esta sumido mesmo é o Marcio que não aparece em lugar nem um.

Anônimo disse...

"Vaidade,o pecado que eu mais gosto"
Frase dita pelo capeta interpretado por Al Pacino em Adv do Diabo... Uau,até que enfim entendi,quando do teu post dizendo que isto aqui era o produto da tua vaidade.Eu estava quase
entrando no que eu pensava ser um debate sério.
A tua insatisfação com a instituição evangelica(tambem sou Assembleano Belem)lhe tirou a reverencia,que tu interpreta nos outros como medo.Em Cristo há Liberdade sim, mas negar que Ele é "O" Cristo,tentar,só como exercicio de vaidade,infleunciar neófitos a pensar que Ele NÃO é Deus mas sim um cara "fodão" ?
Sorry,Gresder,mas a tua especulação é risível. Produto da intuição,é só. Com mais alguns anos de investigação séria sua opinião pode ter valor,desde que partas do ponto certo.

Anônimo disse...

não sou Anonimo,meu nome é Joilson e já postei no Facebook,Esdras.
Ocorre que quando escolho outra opção em "selecionar perfil" o post não entra.

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“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
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