A desmitologização e secularização das linguagens e estruturas religiosas da fé
sábado, 7 de novembro de 2009
A “paixão” de Cristo
Enquanto ela retornava para cidade, ele, sentado ali naquele poço pensava. Meu Deus! Como ela despertava em seu coração aquelas reminiscências de amor e guerra interiores de sua juventude. Como com todo aquele seu jeito de ser mulher completa, ela não iria lhe fazer imaginar de como a outra (mais nova na época) seria agora.
Porque não? Pois como a sua mãe lhe fazia gosto daquela moça. Seu pai então, nem se fala, pois mais importante do que a singularidade do encanto pessoal da menina era o fato de ele desposar o filho mais velho que ainda não tinha constituído família. Que divisão sentia em seu ser e, como sentia sua alma se dilacerar. Mas o seu destino estava marcado, explicá-lo aos seus pais, como?
Que vontade tinha ele de beijá-la de tal forma a poder sorver a graça e a magia feminina daquela alma. Queria rolar com ela na grama dos vales verdejantes da Galiléia, e depois de exausto de amá-la, dormir em seus braços. Queria abraçá-la com muita força de uma maneira a poder se fundir em uma só carne. Era a natureza juntando e pedindo o seu tributo ao pares. Era o impulso da vida querendo perpetuar o sangue de uma raça poderosa.
Que dor sentia! Que desespero! Pois era o seu direito, e a verdade na sua pele do fato de ele ser homem, era naquele momento de desejo e paixão, mais poderosa e agradável do que a sina terrivel e dramática de sua existência na terra. Mas ao tomá-la como sua, ele também seria dela. Mais ele não podia se entregar ou ser de ninguém. Pois tinha sido dado por Deus para poder ser de toda a humanidade.
Gresder Sil
Postado por
Esdras Gregório
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53 comentários:
Prezado Gresder
Que Jesus humano! (ÔÔÔÔÔ Glória)
Se fez carne para habitar entre nós, e sentir toda essa gama de paixão, sem pecar, é claro.
Porém, há quem acredite que o filho de DEus não foi um jovem igual aos de hoje. Não sentiu paixão, nem admirou a beleza da mulher (a maior obra de arte criada por seu proprio Pai)
Que santa infantilidade, dos que pensam que Jesus não teve polução noturna - essa válvula de escape criada por Deus,como o único caminho (fisiológico e não pecaminoso) para descarga seminal.
A grande arma de Satanás é fazer com que o indivíduo não creia que Jesus foi HUMANO (como Esse que descreveste inspirado pelo E. Santo).
Em não crendo nisso, a pessoa volta-se para um Deus bem longe, através dos sacrifícios Vétero-Testamentários.
QUE PENA!
Sobre um comentário:
Uma outra arma de satanás é fazer o homem crer que Jesus tenha sido SOMENTE humano. Além disso, que desnecessidade comparar desejos carnais com uma reação biológica involuntária que todo adolescente experimenta, e que é a polução noturna! Como se houvesse nexo necessário entre uma coisa e outra.
Sobre o texto:
Gostei do texto, Gresder. É evidente que Jesus sofreu tentação, que ser tentado não é cometer pecado e que Ele jamais pecou.
Abraço, amigo.
Mais um belíssimo texto, parabéns Gresder!
Enquanto nós estamos querendo teologizar Deus, Ele mesmo se propôs a si dês-teologizar.
Buscamos o caminho de uma espiritualidade transcendental, que se eleva acima dos mortais, porém esquecemos que o Caminho a Verdade e a Vida, é o caminho da humanização.
Somos convocados e desafiados por Deus, não a nos divinizar, mas nos tornamos mais humanos, mas parecidos com Jesus de Nazaré, que andou pelas ruas poeirentas da palestina.
Enquanto os evangélicos não aprenderem essa valiosa lição de que, o Jesus que temos que imitar, não é o descrito em apocalipse; como Leão da tribo de Judá, vitoriosamente triunfante, guerreiro, Senhor dos Exércitos, Reis dos Reis e Senhor dos Senhores, Todo-poderoso, Alfa e Omega, divinizado e exaltado pela sub-cultura evangélica, como a força maior, Deus dos deuses, mas antes, o Jesus esvaziado, servo, indefeso, humilde, carpinteiro, que lavou os pés em poeirentos dos discípulos, que sendo Deus, chorou compassivamente diante do tumulo de seu amigo lazaro, impotentemente diante da rebeldia do povo de Israel, que veio apregoar o seu Reino, que não é deste mundo, pois é um Reino de amor, misericórdia, solidariedade, amizade, afeto, companheirismo, continuaremos arrogantes, mesquinhos, poderosos é verdade, mas cada vez mais distante de Jesus.
Eu prefiro o Deus-homem revelado nos evangelhos, mesmo que frágil do que ao Deus-deus dos filósofos e teólogos.
Ao Deus esvaziado o meu tributo.
Um grande abraço.
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Surgirão (creio eu) um monte de tonto dizendo ser este um texto blasfemo, imundo, mundano e o c... Mas estes nem imaginam que quanto mais humano Cristo for, mais profunda e importante seria a ESCOLHA que ele faria pela humanidade...
Uma bela poesia, contudo, de acordo com o contexto bíblico Jesus Cristo nunca teve esse tipo de desejo, pois, enquanto homem, também era Deus. Se é que estamos tratando do mesmo Cristo.
Parece que a essência de nossa ética religiosa não é a salvação do homem, mas a salvação de um “deus” guerreiro e amassador de carnes e cérebros. Deus não é feito de felicidade conforto e glória, mas sim de vergonha, fome e lágrimas.
A cada instante, um cortejo de homens conduz um “Deus” desumano, carrasco e vingador.
Que Deus de amor é esse?
Amor é esse impulso, que atraído pela matéria, encanta-se e quer lhe dar o seu semblante. Encontra o corpo e quer ir além dele.
Esse Deus que o Gresder tão bem descreveu na figura do Seu Filho Jesus, não é o Deus maniqueísta que se prega por aí. É o Deus verdadeiro. É aquele que se junta ao grito de fraqueza e dor do homem, para tornar-se um só com ele, através da HUMANIDADE de seu Filho.
Não creio nas máscaras efêmeras e inumeráveis que alguns homens criaram para soerguer o deus do velho homem sepultado. Não creio no Deus dos homens que o idolatram em cultos. Cultos esses, que são pura representação teatral de suas fantasmagorias religiosas.
Ah se soubessem, que agindo dessa forma, eles estão crucificando o próprio Cristo de novo!.
P.S:
Quanto à polução noturna, a que referi no comentário anterior, foi para demonstrar que o menino ou jovem Jesus também a teve, e é claro, nunca se sentiu culpado por isso, ao contrário de muitos jovens crentes que ainda consideram essa função um fardo pesado.
Cabe aqui esclarecer que esse fenômeno é provocado por desejos carnais não realizados, quando estamos acordados. A energia libidinal, nesse caso, não encontrando saída ou escape através de fantasias no âmbito sexual, fica então acumulada no nosso inconsciente. A via única para estimular a descarga seminal, ocorre através dos sonhos eróticos (até certo ponto absurdos).
Você meu amigo Gresder,está trazendo à tona pensamentos que são "tabus" no meio religioso.
Aquele que não aceita que Jesus passou por este tipo de tentação, pelo fato de ser Deus, deve também deixar de lado a crença na tentação do deserto, e também a aflição no getsemani onde a angústia de Jesus foi tão profunda que "seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.
"Se possível, passe de mim este cálice sem que eu beba" (tentação)
"Todavia seja como tu queres e não como eu quero"(Obediência)
Parabéns pela ousadia de escrever mais um artigo que nos (literalmente)obriga a repensar nossos conceitos.
Abraços irmão!
Ps. Vou ler o seu livro também.
Edson Moura
Ricardo de que contesto bíblico você esta falando?
Explique-se? Eu espero muito mais de você?
Eu acho que você esta confundindo as coisas!
Neste Cristo e Deus da religião eu também sou ateu!
Sim! Estamos falando de Cristos diferentes!
Eu: do Deus feito homem pela sua própria vontade!
Você: do homem feito Deus pela vontade dos homens!
Gresder,
Parabéns pelo lindo texto. Gostei demais. É de ler, e ajoelhar-se em louvor ao Deus que se fez carne entre nós.
Gresder, as pessoas rejeitam o Deus-homem-menino, devido:
1-Influências filosóficas.
A helênica foi a mais fundamental nesse processo de divinizar o divino (desculpem a proposital redundância, mas não consegui resistir). Agostinho, discípulo da escola neo-platônica, levou e imputou a ideologia grega do que é ser Deus aos compêndios sistematizados da teologia.
2-Contexto histórico.
Mergulhado em um contexto dos grandes impérios e Reis, chegando até a época dos senhores feudais, se projetou um “deus” déspota.
Pois a lógica é a seguinte: Se os homens-mortais tinham (ou tem) o poder de controlar e mandar em pessoas, quanto mais “deus”.
3-Imaginação dos homens.
No subconsciente-inconsciente, o homem projeta em Deus, a imagem de um super-homem que, comanda e controla a tudo e a todos com o seu super-hiper-mega-ultra-poder.
Vêem em Jesus, um “deus-estrategista”, que vive com uma prancheta na mão controlando e contornando todas as circunstancias.
Que diz:"Vou por câncer nesta mulher aqui, matar um filho ali, fazer o avião cair e matar 200 pessoas lá, vou dar uma mãozinha acolá para aquele rapaz ser atropelado, tudo para um propósito, para colhermos no futuro.
Ou seja, um deus-desumano.
Para todos os pensadores de plantão pensar e re-pensarem......eis a minha humilde análise:
Por toda a bíblia, são duas, as maiores forças de Deus:
1-Todo-poder.
2-Todo-amor.
Toda vez que Deus, utilizou como recurso o seu todo-poder, não foi suficiente para gerar uma Fé e amor consistentes no coração das pessoas.
Velho testamento: Milagres extraordinários e extraterrestres de Deus ao povo de Israel, mesmo assim eles murmuram, duvidaram e foram infiéis para com Deus.
Novo testamento: Jesus curou e realizou milagres a multidões incontáveis, mas na hora “h”, o povo gritou que libertassem Barrabás e crucifica-se Jesus.
E finalmente, o poder é passivo de imitação.
O diabo imita o poder – estão lembrados dos magos de Faraó no Egito, e dos falsos profetas vaticinados no novo testamento? – mas não consegue e nem conseguirá imitar o Amor de Deus.
A verdadeira religião, não é a que consegue provar o poder de Deus, pois esse é um axioma teológico-filosofico, mas antes o que revela o seu Amor, no verbo encarnado.
A humanização de Deus é a nossa grande prova de Amor e solidariedade com a raça humana.
Pois em Jesus, Deus chora o nosso choro, senti a nossa dor, solidão, desespero, angustia, desprezo, morre a nossa morte, mas também senti a nossa alegria, se diverte tomando vinho – vinho mesmo, e não suco de uvas – e comendo com os publicanos e prostitutas, dançado nas “baladas” judaicas, sorrindo com as trapalhadas de Pedro, se revoltando contra as manipulações dos religiosos de sua época.
Os fariseus querendo denigre Jesus, logo o rotularam, mas o que eles não sabiam que justamente esse rótulo, seria a mais bela de todas as expressões bíblicas a respeito de Deus, a saber; “AMIGO DOS PECADORES!” (Mt. 11:19)
Enfim, se Jesus viesse desta mesma forma para a terra hoje, os evangélicos seriam os primeiros a crucificá-lo.
Pois Cristo é uma incoerência filosófica-teologica.
Lembrem-se todos; um “deus” poderoso, mas sem bondade e amor, seria um demônio encarnado em poder.
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
“Que vontade tinha ele de beijá-la de tal forma a poder sorver a graça e a magia feminina daquela alma. Queria rolar com ela na grama dos vales verdejantes da Galiléia, e depois de exausto de amá-la, dormir em seus braços. Queria abraçá-la com muita força de uma maneira a poder se fundir em uma só carne. Era a natureza juntando e pedindo o seu tributo ao pares. Era o impulso da vida querendo perpetuar o sangue de uma raça poderosa.”
Caro Dresder, vou pedir licença para pegar carona no teu belo, instigante e HISTÓRICO texto:
Já eram altas horas da noite, e a imagem daquela bela mulher não lhe saía da cabeça. Por fim, já de madrugada, após orar ao Pai, ele consegue dormir. Teve naquela noite um sono agitadíssimo. Sonhou que estava entrelaçado com àquela bela mulher, numa atmosfera dez vezes mais envolvente e prazerosa do que a que tinha experimentado em vigília. Deu um forte brado : ‘Pai, se for possível passa de mim esse desejo!’. Foi então que ante o eco do seu próprio grito, pulou da cama com o coração a querer sair pelas goelas.
Ao acender a lamparina, ainda trêmulo, notou os lençóis encharcados de suor, e na sua velha túnica, à altura dos quadris, vislumbrou àquela mancha amarelada e pegajosa, que denominamos hoje “sêmen”.
Ao sair do quarto, reconheceu a voz característica de seu Pai, dizendo meigamente ao seu ouvido: TU ÉS HUMANO, MEU FILHO! ─ Sossega o teu coração. TE fizeste em tudo semelhante ao homem, para que o pudesse entender, e assim perdoá-lo, naquilo que Tu mesmo sentiste.
Continua a tua cruenta marcha para que possas desvendar todos os mistérios que habitam o coração humano. Aí, só então, no final, Eu te recolherei ao meu seio.
Por um instante, ele ouviu ainda o Pai falar: ‘Avante meu Filho!!!’.
Duas lágrimas rolaram dos seus olhos, naquele momento.
"Deus não é feito de felicidade conforto e glória, mas sim de vergonha, fome e lágrimas."
Expressar a verdade e mesmo assim não enxergá-la é inteiramente possível...
"No mundo tereis aflições"; crucificação; "Eu não recebo glória dos homens"; traição e negação por parte de seus discípulos. Só alguns elementos para meditar sobre este deus "descolado" que na verdade era um bon vivant.
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Marcio Alves:
Eu tenho aqui um texto sobre sacramento que eu dou uma beliscada e digo exatamente isso “vinho mesmo, e não suco de uvas” foi o primeiro que eu escrevi para o perfil do blog, mas é tão revolucionário e subversivo que estou meio com medo rsrs, pois em campinas mais de 130 pessoas lêem ansiosamente meus texto por e-mail, incluindo mais de vinte obreiro e pastores, um deles o presidente municipal filho do presidente geral da denominação.
Adorei essa frase “dançada nas “baladas” judaicas”. Lá no blog sinergismo tem um texto do Elienai Jr que fala sobre isso. Os cristãos desprezam a cultura pelo mau uso dos “ímpios”, o que é um desperdício desnecessário.
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Levi, fique a vontade, só não cutuca muito rsrsrs.
Ficou coerente com o texto e o estilo, e ate muito engraçado rsrs
Quanto a polução noturna ser um escape para o homem eu não creio. Existem escapes mais objetivos, biológica e psicologicamente saudáveis (para que não tem neura religiosa, é claro).
Pois tal pensamento trás em si o pressuposto de que pensar e fantasiar sexo sejam em si pecado, o que não é, pois pecado não constitui no desejo involuntário ou provocado, mas no egoísmo, mentira e destruição que o homem engendra para praticar o sexo, que em outro contesto seria licito. Bom, quanto a isso eu deixei minha visão lá no blog do Leonardo, inclusive, seu primeiro comentário lá, foi show de bola.
Gresder,
Deus é Deus, não importa o formato que assuma. Jesus Cristo era Deus em forma de homem, mas possuia alguns atributos divinos que lhe possibilitaram vencer o pecado, não fossem essas caracteristicas peculiares ao divino, ele teria fracassado.
Assim, sua natureza meio humana, meio divina, não comportaria um desejo carnal como o sugerido em sua poesia. Pelo menos o texto bíblico está a meu favor nessa minha interpretação.
Mas cada um vê Deus como quer, o porquê das milhares de religiões, todas baseadas numa verdade imutável. (rs)
Tudo isso não passa de uma grande piada, é claro.
Gresder,
Uma dúvida:
Sua religiosidade se baseia no quê? Já percebi que não é na Bíblia. Então, que Cristo é esse?
Ricardo que “texto bíblico”?
“meio humana, meio divina” se ta falando serio?
O que te faz pensar que desejo sexual é pecado?
Eu sei em quem eu creio! Você sabe no que não crê?
Eu li sua fábula ontem. Sensível e tocante. Util na direção da compreensão da Trindade que poucos REALMENTE entendem.
Confesso que estou digerindo... A humanidade de Cristo nas Suas aflições só torna mais grandioso o Seu sacrifício, se é que isto é possível. Não fosse o supremo sacrifício já a decisão de ser carne...
Mas cofesso que sou daqueles que se sentem desconfortáveis - embora não censure ninguem por isto, se não há heresia - na licença poética com a Sua Santa figura. Sim, eu sei sou meio "quadrado" neste aspecto. Contudo garanto que é não é no meu desconforto pessoal que penso... Meu Cristocentrismo é forte e crescente. Me incomodam as representações gráficas, imagens, filmes e qualquer exercício de menos genérico que coloque qualquer palavra ou imagem relacionada a Ele sem ser da Fonte.
Engraçado que é só com Ele. Posso brincar e "fabular" sobre Paulo, por exemplo. Até porque não há mérito humano que me emocione por mais de 6 horas... Mas me incomodo quando vejo num filme Jesus falando na imagem de um ator, mesmo que sejam Suas próprias falas... (a das Escrituras). Não me atrevo antever Seus pensamentos. E mesmo quando no segredo de meu quarto tento ouvir a Deus, preciso de grandes confirmações da Palavra para perceber a fidedignidade da Fonte. Deve ser por isto que Ele berra tanto comigo...
Deve ser culpa de Calvino! Risos. Mas me sinto no meu monergismo completamente incapaz de sequer entender na Sua plenitude o que vem Dele... Sempre me coloco no entendimento do finito que cruza o infinito e sabe que não lhe cabe nada fazer a não ser adora-Lo.
Mas o texto é belo, nas lentes focais que usei para lê-lo.
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Danilo o escritor Lew Wallace do livro Bem-hur que deu origem ao filme também tinha essa mesma preocupação sua, e por isso quando aparece Jesus na sena ele não diz uma só palavra. Pois não queria por na boca de Jesus o que ele não falaria. Sua observação e absolutamente saudável, pois se já abusa do texto fonte, imagina da nossa imaginação fertil. Mas é o que você disse mesmo: uma fabula. Que não foge da possibilidade do Deus cem por cento Deus e cem por cento homem.
Gresder,
Pelo o que eu entendi até aqui você crê num Deus que só existe graças a tradição bíblica que sobreviveu e é o alicerce religioso do Ocidente, mas, você não acredita na integridade da fonte inspiradora desse Deus, que é o texto bíblico.
Realmente eu não entendo a mente religiosa. Vai ver não há o que entender mesmo. (rs)
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Ricardo perdoe-me a arrogância, que texto bíblico?
Não significa muito, mas eu já li o novo testamento oito vezes completa, sem contar as leituras comparativas entre os evangelhos, portanto eu me sinto a vontade para fazer irreverente poesia, pois sei em que terreno estou pisando.
É a tradição religiosa que não permite o obvio: Jesus ter desejos sexuais.
Pois parte do pressuposto que desejos e pensamentos sexuais sejam pecaminosos em si mesmo.
Já o verbo (Deus) que se fez carne (homem) e habitou entre-nos (escritores dos evangelhos) João 01,14 e que sentiu todas as paixões e dilemas humanos, pois não temos um Deus “que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” hebreus 04 ,15.
Esse sim permite a enorme possibilidade de Jesus ter se apaixonado.
Como assim, "...em tudo foi tentado, mas sem pecado"?
Não entendi.
Quer dizer que o desejo sexual é uma fraqueza? Uma tentação? Mas que Jesus resistiu a isso?
Segundo você pressupõe ele pode ter desejado sexo, contudo, Jesus mesmo diz que o desejo pelo pecado é em si mesmo pecado.
Sexo, do meu ponto de vista, não é uma fraqueza, muito menos pecado, portanto, há uma contradição nessa sua interpretação.
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Desejo sexual não e pecado, Jesus resistiu não o desejo, mas a consumação do ato com uma mulher que não seria sua, o que constituiria pecado.
Portanto sentir tensão por qualquer mulher do mundo não é pecado, pecado seria se para satisfazer esse desejo você magoasse profundamente uma pessoa.
Ou seja: pecado não esta na carne, mas em todo jogo de mentira e egoísmo que envolve uma relação, que se não tivesse esses elementos não seria pecado. Pois sexo e desejo são naturais legítimos em si mesmo.
Mas fique por aqui, assim como sempre eu estarei por lá, pois em outros posts eu irei tratar detalhada e especificamente desses assuntos.
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Ricardo, Jesus não disse que “desejo pelo pecado é em si mesmo pecado”.
Todo homem sabe que para ele cometer um adultério ele tem que se projetar a isso, essas coisas não acontecem por acaso, mesmo que ele seja a “vitima” da sedução , ele sabe em que fim vai dar a historia.
É disso que Jesus falou: do esquema que o homem faz na sua cabeça para dar o bote, e não tem nada a ver com simples atração ou pensamentos eróticos e fantasiosos da mente, (o que é absolutamente inegável como estatística das coisas que o homem mais pensa durante o dia) mas sim de uma decisão clara e pragmática. O u seja: o pecado do adultério começa antes de se concluir, (quando se esquematiza na mente) ou mesmo se o homem fracassar na sua investida.
Ele fala da projeção consciente para se cometer um adultério, pois mesmo que não se chegue aos finalmente o coração já se disponibilizou programando se para tal ato.
Portanto não é simplesmente desejar “pecar” (sentir atração, tesão sexual), mas planejar, arrumar um esquema, você me entende, todo homem adulto entende.
Meu amigo! Esse seu "poema" está dando o quê falar Hein!
Quando fitei os olhos neste artigo hoje pela manhã, já sabia que ia dar nisso.
Estou acompanhando o desenrolar da "estória" desde cedo...só de canto..sê me entende né!?
Mas logo logo vou me manifestar, afinal de contas é como meu amigo Márcio diz:
"Como proibir jovens de se masturbar, visto que isso é um apelo de seu organismo?
Será que eles vão ter que se "aguentar" até o dia de se casar?...não fechei aspas ainda portanto, é o Márcio falando tá?
Pastores fingem que não sabem que seus jovens se masturbam...jovens fingem (por coerção)que não sabem que seus patores sabem que eles se masturbam...ufa! quanto saber!
É jogado sobre as costas de nossos jovens uma carga que eles não suportam...falo isso porque já fui jovem e sei o quanto é difícil.
Consequencia disso? Jovens hipócritas que se tornarão adultos e possivelmente pastores hipócritas.
Fugi um pouco da palta de seu debate com nosso irmão Ricardo mas o texto é pertinente.
Fica um alerta!
Se tivermos numa das mãos a verdade absoluta e na outra mão a bondade, e em jogo estiver o bom relacionamente com um irmão em Cristo, use a bondade e cultive a amizade.
Ah! fecha aspas Rzrz!
Edson Moura
1.Jesus foi condenando pelo pecado de blasfêmia, pois os fariseus de sua época não admitiam um homem dizendo-se Deus.
2. E hoje há os que O condenam pelo pecado do desejo sexual, porque não admitem que um Deus tenha se feito homem.
Gente, no frigir dos ovos, o que acontece é que falar sobre sexo(desejo sexual) ainda é um TABU.
A nossa resistência e o nosso pre-conceito a esse respeito, representada pela atitude repressora diante do próprio erotismo, se deve mais a doutrina da igreja medieval, segundo a qual, sexo era essencialmente pecaminoso, e só podia ser redimido através da procriação
O ranço da era medieval para ocultar a sexualidade continua até hoje. Naquela época preconizava-se o afastamento do indivíduo do âmbito da sexualidade, porque acreditava-se que ao se afastar do sexo, o indivíduo estava no estado de disponibilidade total para a devoção com o seu Deus.
Dai advém a nossa resistência (inconsciente) em negar, veementemente, o óbvio: que Jesus teve desejos de fazer sexo.
Com não admitir que tentação é o desejo de transgredir?
Respondam-me!
.
Edison o Ricardo não é cristão (pois ele mesmo me disse que não seguia a cristo)
Mas pelo seu blog me sugere que ele seja um ateu.
E por isso eu estou cavoucando para arrancar as coisas dele, pois me parece que
o Deus que ele não crê é o Jesus como símbolo e ícone religioso da humanidade.
Por isso essa reação dele, pois a minha sugestão é que até agora ele não acredita num
Deus que foi pintado pela igreja, especialmente a católica.
Bom... é o que me parece, não sei se estou julgando precipitado, é que ainda
não sei bem a sua verdadeira crença (convicção). Mas vou ficar de olho no
blog dele, que por sinal é bem interessante, e ele tem uma boa relação com os
evangélicos. Eu perguntei se ele era ateu ou a toa,
e ele me respondeu que nasceu a esmo e portanto esta a toa no mundo,
mas como ele escreve muito sobre ateísmo, uma
conclusão precária, mas aparentemente óbvia, é que ele rejeita um Deus
que não é Deus mas uma Imagem humana projetada sobre Deus.
Olá amigo, parabens pelo blog, e obg pela visita ao GRAÇA PLENA, Deus o abençoe e volte sempre.
Joelson Gomes
http://gracaplena.blogspot.com
Gresder Sil,
Eu sou ateu, é obvio. Portanto, eu não acredito em nenhum dos deuses da cristandade. Nem no Pai, nem no Filho, tão pouco no Espírito Santo.
Eu sou tão ateu que não acredito em deus nenhum. Não sou como você, que é ateu apenas em relação aos deuses dos outros.
Em relação aos seus deuses, não me importa se eles são criação de hebreus, reformulados por judeus, transformados por cristãos, e reinterpretados por católicos e protestantes. Para mim é tudo a mesma coisa. Invencionice da mente humana.
Mas eu sou um conhecedor do texto bíblico, afinal de contas, a Bíblia é um livro sagrado para 2 bilhões dos meus vizinhos. É minha obrigação intelectual conhecer aquilo no que eles acreditam.
E, como eu conheço o texto bíblico, sei identificar falácias a seu respeito.
Apesar de ter gostado da sua poesia a respeito dos desejos carnais do Cristo, não há nada na Bíblia que corrobore com esse seu pensamento. Assim, não há porque defende-lo com unhas e dentes. Basta admitir que é uma fantasia sua a respeito de Jesus. Uma ficção.
Eu simplesmente não consigo enxergar no contexto bíblico um deus que se fez homem se masturbando, num cantinho qualquer da casa, escondido da mamãe.
Também não consigo ver no contexto bíblico um deus que se fez homem que, enquanto adolescente ficava com o pênis duro ao admirar uma linda garota tomando banho num rio.
Também não há reação mais humana do que desejar o sofrimento de quem nos atormenta, contudo, também não há no contexto bíblico nada que sugira que o deus que se fez homem, quando garoto, ao ser zombado pelos amiguinhos do bairro pensasse: tomara que vocês morram atropelados por um camelo.
Assim, ainda que Jesus fosse homem, também era Deus. Esse pequeno detalhe faz toda a diferença meu amigo. Ele não pensava como nós.
Não se esqueça que mesmo sua natureza física não era exatamente como a nossa, afinal de contas, quantas pessoas você conhece que nasceram de um óvulo fecundado pelo Espírito Santo?
Desse modo, a imagem tentadora de uma linda garota tomando banho num rio, não despertava a sensualidade do adolescente Jesus de Nazaré, mas seu amor pela humanidade e pelas maravilhosas obras de sua mão, afinal de contas, ele tinha plena consciência que aquela garota, tomando banho num rio, era obra de suas mãos. Ele se via como o Pai de toda a humanidade. Você tem filhos Gresder Sil?
.
Ricardo a primeira preocupação dos cristãos era preservar como doutrina que Jesus era cem por cento Deus e cem por cento homem, isso sem mistura de natureza sem confundi-las, sem separá-la e sem mudança e alteração destas naturezas. Eu não inventei isso, mas é a definição do concilio de calcedônia.
Ou seja, Jesus era absolutamente homem e não uma coisa, um andrógeno, uma falsificação da natureza humana, pois sua vida e morte não teria sentido se ele não fosse carne como eu e você. Coisa que os discípulo sentiram e deram testemunho: “aquele que se manifestou em carne”, “em tudo como nos”, “o Verbo se fez carne”, “Deus enviando seu filho em semelhança da carne”, “fazendo se semelhante aos homes” “todo espírito que confessa que Jesus veio em carne é de Deus”
Desejo sexual é um instinto humano (da carne), um dos mais importantes, conhece algum humano nesta terra que não tenha necessidade sexual. Faz sentido um homem sem desejo sexual.
Quando a Jesus ter sentido atração sexual é absolutamente normal pois essa é uma forma PURA da natureza para perpetuar a espécie. Não há nada de impuro em Jesus ter se excitando pela visão ou imaginação de uma moça, pecado seria ele tomá-la sem poder assumi-la como sua mulher.
Falando de procriação, eu não tenho filhos
Gresder Sil,
Jesus Cristo sentir atração sexual por uma mulher é a mesma coisa que um pai biológico sentir atração sexual por sua filha. Um nojo. Condenável tanto pela moral humana quanto pela divina. Jesus tinha plena consciência de que era o Criador (o Pai) da raça humana. Você vai me desculpar, mas esse seu raciocínio a respeito da sexualidade do homem deus é contraditório.
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Ricardo:
O amor de Jesus aos homens na terra não era o amor de Pai da raça humana, mas o amor humano pelos homens, “um novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”. Não há referencia de que Jesus tenha tratado alguma pessoa como seu filho, ou ate mesmo irmão, no máximo ele trata seu discípulo de amigos, classificação essa que os discípulos não ousam usar, pois sempre o tratam como Senhor e mestre.
Da mesma forma que os primeiros apóstolos e apologista do primeiro e segundo século do cristianismo queriam deixar claro quer Jesus veio em carne semelhante a nos, eles também se preocuparam em deixar claro que Jesus era uma Pessoa e o Pai (Jeová) era outra. Ou seja, formularam a doutrina da trindade, que mesmo que precária, foi o melhor que se pode fazer ate agora conforme os relatos dos evangelhos onde Jesus se identifica como o Filho que se relaciona com o Pai.
O interessante é que fora eu, sete cristão (de diferentes convicções doutrinarias) comentaram aqui e todos eles acharam razoável a possibilidade de Jesus ter passado por uma experiência semelhante ao do poema, já que para nos, ele também era homem. Mas você sendo ateu, foi o único que não aceitou essa possibilidade.
Acontece que pra nos, a questão é muito mais profunda do que a doutrina ortodoxa do concilio de calcedônia de duas naturezas sem mistura, sem confusão sem separação e sem alteração. Pois o ponto chave de tudo é que o sentimos e vemos como um ser absolutamente REAL. E mais ainda, a realidade do seu ser e agir e a coisa mais visceral e avassaladora de nossa existência.
Comigo ate agora, foram oito que viram no poema não desejo sexual como sacanagem, mas como algo belo da natureza. É você que esta sugerindo um “que” de perversão no poema, por Jesus ser o “Pai”. Alias a minha intenção é exatamente essa, eliminar essa visão de desejo sexual como algo impuro. Pecado esta em tudo que se mexe e tira do lugar para satisfazer tal desejo, que por si só é humano e saudável, mas que em determinadas circunstância fere as pessoas.
Mas me parece que para você é importante que Jesus seja um alienígena, meio terráqueo meio de outro mundo, meio pai meio filho ou seres metamorfoseados e mistos da mitologia tipo os centauros e sereias. Mas nesta estamos contigo, nesse Jesus projetado, (dos quadros clássicos) miscigenado e distante das nossas “imundícias” e imune as mazelas dos homens, transformado em símbolo religioso para a humanidade (sobe a tutela mediação e domínio da igreja) nos também não acreditamos.
Ô Ricardooooo! Sabes que tu podes ter razão?
Se existiu a sereia,
Meio homem e meio mulher.
Deve ter existido um cristo,
Meio Deus e meio José.
(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)
Você bem que poderia me responder desta forma:
Se eu decidi ser ateu,
Não estou só na minha cruz,
Pois também tem o Judeu
Que não acredita em Jesus.
P.S.: Bem, isso só foi um "cordel" para desanuviar o ambiente. (rsrsrs)
Caro Gresder
Que coincidência extraordinária:
Eu coloquei um pequeno verso de cordel no qual citei a sereia (meio mulher e meio peixe)
Minutos após a minha postagem fui ler o teu último comentário (respondendo ao Ricardo), e lá estava a mitológica sereia.(kkkkkkk)
Embolei de rir pela nossa afinidade de pensamentos. Parece incrível, hein!!!
Meu caro Gresder, me deculpe, pois cometi um crasso erro no meu verso em cordel. Confundi homem com peixe (rsrrsrs)
Aí vai o verso correto:
Se existiu a sereia,
Meio PEIXE e meio mulher.
Deve ter existido um cristo,
Meio Deus e meio José.
(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)
Você bem que poderia me responder desta forma:
Se eu decidi ser ateu,
Não estou só na minha cruz,
Pois também tem o Judeu
Que não acredita em Jesus.
Caramba, bicho...
Gresder: Texto maravilhoso. Márcio, Levi, Danilo, comentários enriquecedores.
creio que os concílios acabaram por criar uma cristologia sem nenhum sentido lógico(poderia ser lógico? ou somente questão de fé??), que só serve como símbolo, mas que não retrata o real. É "cristologia", é formulação teológica do ser real, que foi o Jesus histórico.
Não posso aceitar essa doutrina esdrúxula de que jesus foi meio humano e meio divino.
Também não posso aceitar a formulação mais requintada, de que ele possuia duas naturezas plenas, convivendo num mesmo corpo, sem se misturarem, cada uma independente da outra.
Isso é uma questão de fé. Mas uma abordagem histórico-crítico sobre a pessoa "real" de Jesus, de certo encontrará explicações menos teológicas.
Não acredito que Jesus era Deus... (calma, "primo" Isaías, não fique irritado com essa blasfêmia liberal rs)
Até mesmo no evangelho do "Cristo-Divino" de João, em várias passagens Jesus se posta como um servo do seu Pai.
Ele nunca disse que tinha a mesma "substância" que o Pai e que o Espírito Santo(aliás, este quase não aparece nos lábios de Jesus e só ganha projeção mesmo nos concílios de Nicéia e subsequentes, assim como a expressão "comsubstancialidade").
O texto predileto para se "comprovar" que Jesus era Deus é a frase: "Eu e o pai somos um", que não é visto em seu contexto, que é sobre unidade de pensamentos e atitudes.
Jesus queria que os discípulos fossem um, uns com os outros,como ele e o Pai eram um.
Eu não me esqueci da frase poderosa: "antes que abraão existisse, eu sou". Mas não creio que esse dito seja original de Jesus, visto que ele destoa por completo de todos os sinópticos. Isto é teologia joanina.
Temos também a bela passagem de Colossenses 1.15.., "É Ele a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criatura...ele é anterior a todas as coisas..."
Mas aqui também temos "cristologia". É uma resposta de Paulo (ou de outro autor, há controvérsias pela originalidade dos temas da carta).
O texto é uma resposta aos cristãos de colossos que viam-se tentados a seguir as crenças esotéricas, num misto de elementos pagãos, judaicos e cristãos, onde se davam muita importância às forças cósmicas, ao poder dos anjos e de outros seres intermediários entre Deus e os homens, influenciadores do destino de cada pessoa.
Nesse contexto, que exigia uma refutação teológica, Paulo formula a cristologia do único mediador (não muito clara nos sinópticos), do cristo morto e ressuscitado.(isto sim, dito nos sinópticos e em João).
O texto em questão, um hino litúrgico, celebra a grandeza universal e cósmica de Cristo. Aqui Jesus é criador, Homem-Deus, redentor,pré-existente. Essa figura cósmica embaça por completo o homem galileu que teve paixão por almas e também por mulher.
Jesus não era Deus, mas era divino(gosto dessa concepção, ao invés das duas naturezas). Esse é um pensamento de alguns teólogos católicos.
É que Jesus era tão humano que só poderia mesmo "ser Deus" (l. Boff).
Aproximamo-nos da "divindade" quanto mais nos aproximarmos da humanidade.
Eu sei que eu vou ser esculhambado por alguns, até mesmo pelos "pensadores livres", talvez, mas a dotrina das duas naturezas está na âmbito da fé e da construção teológica, e como tal a respeito, porém, tenho sérias dificuldades com elas.
Jesus teve sono, teve fome, teve sede, teve cansaço, se irritou, foi irônico, nasceu, cresceu mas...nunca teve tesão por uma mulher..!!!
Ah, tá bom...a que ponto chega a negação da humanidade de Jesus!! Uns quiseram divinizá-lo, outros, humanizá-lo, e a resposta da teologia foi fazê-lo um ser estranho que ora poderia ser humano, ora poderia ser divino.
Essa ideia fica melhor no semi-deus grego,Hércules. Mas Hércules, como todos nós sabemos, é um mito...
abraços calorosos...acho que vou ter que voltar ao assunto..rssss
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Eduardo tu vai ajudar ou atrapalhar rsrsrs
Mais até tu? Demora em aparecer, quando chega embola.
Será que eu vou ter que usar a linguagem da filosofia: Jesus era o Ser de Deus na existência humana.
Outra ora a gente discuti isso na minha neo-doutrina da trindade, seu doido...
Eduardo, meu "primo adotado": leia o meu blog (também); tem um texto lá sobre o assunto. Abraços. Libera esse "span", ok, Gresder? Põe na conta rsrsrs
Gresder Sil,
Vai ver que como ateu eu não consigo me desprender da literalidade do texto bíblico, e vejo como uma afronta qualquer tentativa de acrescimo ao que seus autores lá registraram.
Seja como for, o poema é lindo e muito bem estruturado. Uma leitura prazerosa.
Abraços
Eduardo, tu é doido mesmo heim??!!
Ou melhor dizendo.......Herege mesmo!! rsrsrsrs
Chega a ser mais herege do que eu. rsrsrsrs
Pois mesmo com minhas heresias, ainda creio no que creio, a saber, nas duas naturezas de Jesus cristo.
Puxa que bom, descobrir que não sou tão herege assim! Rsrsrsrs
Como é mesmo??: “Jesus não era Deus, mas era divino”.
Preciso de um melhor esclarecimento sobre o assunto, para uma análise melhor.
Fico aguardando uma dissertação sua, meu caro Eduardo, sobre a temática supracitada.
No demais, é um grade prazer telo por aqui, confesso que senti vossa ausência neste importante e acalorado debate.
Um grande abraço
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Ricardo
Você posta de manha, mas eu só posso colocar à tarde, pois trabalho na construção civil, por isso a minha resposta sai quase junto com seu texto.
Só você sentiu como se eu quisesse passar por fato histórico um poema. Será que eu tinha que avisar que era uma ficção literária?
Mas tu és teimoso mesmo, então conjeturar o óbvio é uma afronta ao texto literal?
Pra mim a realidade é muito mais do que isso, pois ele não sentiu atração por uma só moça conforme o texto, mas tesão por varias mulheres durante a vida, assim como eu e tu!
Como disse o nosso Hereduardo: “Jesus teve sono, teve fome, teve sede, teve cansaço, se irritou, foi irônico, nasceu, cresceu, mas...nunca teve tesão por uma mulher?”
Bom que Jesus era totalmente humano para seus discípulos era tão natural que eles não precisavam falar muito. Mas tenho aqui alguns textos (demovo)
Romanos 1:3
“Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne”
1 João 4:2
“Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”
2 João 1:7
“Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.”
Romanos 8:3
“Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne”;
Filipenses 2:8
“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”
Ou seja Ricardo, isso estava claro para eles, mas como surgiram sujeitos iguais a tu, os primeiros cristãos tiveram que formular credos para preservar isso, o mais completo seria esse do quarto século, aceito pelas três vertentes do cristianismo ate hoje. Insuficiente é claro, pois ninguém pode decifrar Deus e esse Ser incrível que é Jesus, mas importante para mostrar para pessoas como tu, como Jesus foi visto dos apóstolos até hoje. Segue o credo:
Credo de Calcedônia
"Fiéis aos santos Pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade; verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, mãe de Deus; um e só mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis, inseparáveis; a distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, antes é preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma só pessoa e em uma subsistência; não separado nem dividido em duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Verbo de Deus, o Senhor Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio acerca dele testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o Credo dos santos Pais nos transmitiu."
.
(continuação)
É claro que a bíblia não fala da juventude de Jesus, nem por isso vamos negar a sua puberdade.
O interesse deles não era fazer uma biografia histórica sobre a vida de Jesus, mas um compilado dos eventos e ditos mais importantes com fins teológicos. Ou seja, que interesse tinha eles de falar como Jesus começou a engatinhar, quais foram as sua primeiras palavras, qual foi a primeira sura que ele tomou de algum moleque marmanjo e folgado, e quando foi que ele começou sentir desejos “impuros” por mulheres-diabas que cruzavam seu caminho. E principalmente quando foi que ele teve a total alto-consciência da sua identidade divina e missão redentiva.
Existe muita coisa que não sabemos dele, nem por isso vamos negar a sua possibilidade.
Mas de uma coisa eu sei:
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."
Paz Gresder!
Ao longo dos meus 6 anos como evangélico protestante, (pois até os 24 fui umbandista) tenho visto cristãos moldando Deus a sua própria imagem, em todos os casos um Deus assustadoramente pequeno. Alguns católicos ainda crêem que apenas eles se alimentarão dos pastos verdejantes do céu.
Há o Deus que tem uma afeição particular pela América capitalista e tem em alta conta o viciado em trabalho, e o Deus que ama apenas os pobres e desprivilegiados.
Há o Deus que marcha com seus exércitos vitoriosos e o Deus que ama apenas os mansos que oferecem a outra face.
E graças à pessoas como você, Eduardo Medeiros, Levi Bronzeado e outros, hoje eu vejo um Deus muito mais... Deus.
Algumas pessoas, como o filho mais velho, no evangelho que Lucas escreveu, ainda fazem cara feia e beicinho quando o Pai bota pra quebrar e serve do bom e do melhor para o filho pródigo que gastou o seu último centavo com prostitutas. (mas foi perdoado)
Em seu famoso sermão de Natal de 1522, Martinho Lutero clamou:
"Ah! se Deus permitisse que a minha interpretação e a de todos os outros mestres desaparecessem, e que cada cristão pudesse chegar diretamente à Escritura apenas, e à pura palavra de Deus!" (mas hoje sei que não funciona bem assim)
Reconheço que exista uma incomensurável diferença entre a palavra de Deus e todas as palavras humanas, e como homem algum pode, com todas as suas palavras, adequadamente alcançar e explicar uma única palavra de Deus. Trata-se de uma palavra eterna e deve ser compreendida e meditada com uma mente silenciosa.(por isso às vezes fico quieto no meu cantinho, só botando ,o "Tico e Teco" pra trabalhar.
Se alguem fosse capaz de fazê-lo sem comentário ou interpretação, meus comentários e os de todos os outros não seriam apenas inúteis, mas também um "pé no saco".
As suas exposições e as de outros estudiosos como Levi, Marcio, Eduardo, Isaías (primo postiço do Eduardo), e até o próprio Ricardo (que se diz ateu,mas defende o evangelho de Cristo mais do que muitos fundamentalistas) sejam mais do que uma ferramenta que capacite a edificar de forma eficaz, de modo que sejamos capazes de compreender, experimentar e viver a simples e pura palavra de Deus.
Gosto do termo que o Isaías usa para os comentários em seu blog: "contribuições"
Deus abençoe à todos
Falei que teria que voltar por aqui!
Meu brother Márcio, eu não sou doido (eu acho kkkk), mas é que realmente, o dogma das duas naturezas serve bem para o cristo da fé, mas é incompatível com o homem histórico, Jesus de Nazaré.
Sobre Jesus não ser Deus mas ser divino, é um tema que realmente merece discussão. Vou tentar escrever alguma coisa que seja pelo menos compreensível, inclusive para mim rsss
Agora, com sua licença Gresder, qualé o do Ricardão rs? Partindo do princípio que ele é ateu, e que não crê no Deus de Jesus Cristo, as suas intervenções só podem ser, das duas, uma:
1 - Ele é ateu e entra na discussão com esse olhar (e é sempre bem vindo, adoro conversar com ateus), e paradoxalmente usa(e mal) as concepções do cristianismo ortodoxo para discutir o próprio. Que negócio é esse que "Jesus tinha plena consciência de que era o criador (o pai).." pô, ricardito, nem os ortodoxos crêem assim...
Se é assim, eu sugiro que você mude a sua plataforma. Saia do cristianismo ortodoxo e vá para outra concepção: pode ser qualquer ramo do liberalismo ou da neo-ortodoxia, ou mesmo, da filosofia, ainda é claro, que não creia em nenhuma delas.
Você ainda não entendeu que o Gresder não é ortodoxo? e a maioria dos camaradinhas que aqui discutem (e muito bem, exceto eu, claro), também não o são? eu por exemplo, sou cristão, mas sou herege e se vivesse na idade média já teria virado churrasco. O Gresder também. Ah, vai, a maioria dos camaradinhas já estariam no espeto.
Então, se você quer discutir o que você não acredita, nem mesmo em bases liberais, a comunicação será mesmo difícil.
2 - se você, sendo ateu, quer apenas alfinetar a ortodoxia dos camaradinhas, também não serás bem sucedido, como já citei, quase ninguém aqui é ortodoxo.
Então, sugiro que você realmente mude a plataforma de argumentação.
Mas se eu falei um monte de besteira, desculpe-me, é que eu sou mesmo doido como disse o Márcio.
abraços calorosos
E quando... Jesus andou sobre o mar, mandou parar o vento forte, disse que se o matassem em três dias ressucitaria a si mesmo, multiplicou pães e peixes, ressuscitou pessoas, e sobre si mesmo disse "antes de Abraão Eu Sou", era somente um homem como nós, que não resiste a um rabo de saia?
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Jesus sendo Deus também era um homem como nos, mas graças a Deus (ele mesmo) ele apesar de atraído, resistiu aos rabos de saias, diabas sem saias, mas com rabos, e os rabos sem saias e sem diabas rsrsrs
Olá.
Mandou bem.
Retribuindo a visita e aprendendo um pouco mais
Valeu...Tá adicionado...
http://cristaoconfuso.blogspot.com
Gresder meu irmão, muito nobre de sua parte em responder o comentário do "anônimo" (vai ver esse é o nome dele e eu posso estar falando besteira aquí, mas duvido que seja)
Eu nunca "ouso" ou "ouzo?" escrever aquilo que não tenho coragem de assinar e essa deveria deveria ser uma característica de todos os cristãos.
Mas existem muitos crentes frouxos por aí, não perca seu tempo e nem gaste suas pérolas com eles mano.
Mas tem uma pergunta que não quer calar:
Tiveram muitos comentários agressivos que você não aceitou nesse artigo?
Só curiosidade.
Abraços irmão!
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Edson este anônimo ai provavelmente seja o Labaredas, não creio que ele tenha mais de Vinte anos, mas se não for, até que eu achei moderado o comentário, mas eu não recusei nem um ainda.
Ainda que eu não tenha encontrado na Bíblia nenhuma menção da paixão carnal de Cristo por uma jovem, sentimento comum á um adolescente, me atrevo á dar uma possível interpretação á este belíssimo poema:
Entre alguns sinônimos para a palavra paixão, procurei o mais adequado que seria amor intenso e ardente. Diante da nossa pseudo-religiosidade, fica difícil entender ou até mesmo aceitar que Jesus poderia ter vivido uma paixão assim; Também não devemos esquecer que Jesus foi totalmente homem e totalmente Deus.
Jesus sendo homem poderia sim ter se apaixonado por uma mulher, porém como Deus sabia que não lhe era conveniente. O filho não poderia decepcionar seu pai se entregando á um sentimento tão efêmero só para satisfazer seus desejos mais íntimos. Foi o filho quem disse: “Eu vim fazer a vontade do Pai que me enviou”. Entendo que se Jesus viveu uma paixão carnal, á rejeitou para morrer de amor pela humanidade e nem a morte o impediu de Amar.
Sua colocação se refere a Jesus ou uma mera interpretação do que a Bíblia não revela? Pois para mim o que a Bíblia não diz com clareza, não posso afirmar com certeza.
Um forte abraço
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Meu irmão obrigado pela participação, o texto é apenas uma conjectura de possíveis experiências da juventude de Jesus. Tenho por mim que um homem que chegou aos trinta anos sem sentir atração por mulher não é nem homem nem humano, Jesus era divino, mas também era homem e humano com todos os instintos humanos. A racionalidade e virilidade do homem é a marca distintiva do sexo masculino. Porem Jesus apesar de provavelmente atraído, não tomou mulher para si, pois tinha uma “obsessão” em obedecer a vontade que seu Pai tinha para ele na terra:
"Mais ele não podia se entregar ou ser de ninguém. Pois tinha sido dado por Deus para poder ser de toda a humanidade."
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Presb. Jair obrigado pelo comentário que expressa sentimentos parecidos com todos os cristão que passaram por aqui.
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“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
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