quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O humanitarismo profético de Jesus


Durante a historia, a raça humana produziu aleatoriamente espécimes de homens excepcionais, a onde em quase toda época e povo teve alguns eleitos pela seleção arbitrária da vida como os gênios de seu tempo e nação. Dotados de atributos pessoais altíssimos que os favoreceram para aproveitarem suas oportunidades únicas sobre eles, fazendo de cada um: fruto representativo da espécie.

Mas em Um, inexplicavelmente conjunturas sociais, atributos morais, influencia religiosa e vontade férrea se juntou como o mais puro milagre da existência de probabilidades humanas. Fazendo Dele um elo entre o reconhecível e o incógnito. Ele não foi um filosofo estudioso dos antigos; tão pouco um sábio original. Mas nem por isso deixou de ser semelhante em espírito e temperamento aos homens dos quais esteve irmanada em toda sua existência.

A sua maior referencia humana observável para nós é o seu sentimento de Compaixão. Poderíamos até chamá-lo de profeta, mas remeteríamos o entendimento a um conceito romântico de profeta que não condiz com o verdadeiro espírito de um homem considerado como tal. Todo grito e preocupação profética foram, sobretudo com a opressão dos pequeninos e injustiça social e religiosa dos poderosos, e não como uma apreensão espiritual como erroneamente se entende.

Pois o fato dos profetas terem falado em nome de Deus não significa necessariamente que eles escutaram de forma audível a Deus, mas guiados por seus sentimentos, se utilizaram dos símbolos de justiça e misericórdia de Deus para proteger os indefesos e os mais fracos. Um profeta é e sempre foi intensamente imbuído pelo espírito humanitário que se doa e se arisca para melhorar a vida do povo a qual seu coração esta intimamente afeiçoado, se opondo fortemente aos governantes e sacerdotes em defesa dos indefesos.

E em partes Jesus foi exatamente como todo verdadeiro profeta que ama uma nação, e que por ela dá sua vida, de forma que Jesus como todo grande humanitário para não multiplicar problemas já existentes, usou da religião oficial daquele povo, como sua estrutura para trazer um novo modo de religiosidade independente entre Deus e o homem. Aproveitando as fontes e tradições sagradas do seu povo, não por acreditar piamente nelas, mas porque era o único material que Ele tinha nas mãos e que estava nas veias e coração daquele povo. E também porque para Ele a verdade não estava na letra (doutrina) da sua religião de origem, mas no espírito (sentimento) religioso daquele e de qualquer outro povo voltado para Deus.

Gresder Sil

Escrito em 19/10/10

17 comentários:

Oseias B. Ferreira disse...

Gresder,

Tenho comigo que o que foi vivido na plena humanização de Jesus seria o ideal humano por excelência. Acredito a maneira mais eficaz de se humanizar em um mundo cada vez mais des-humanizado é ficar mais parecido com aquele Humano, que, como diz você, "de tão humano ele era divino".

Levi B. Santos disse...

GRESDER


Os diálogos de Cristo com seus discípulos e suas inserções dirigidas às pessoas religiosas de seu tempo, ainda hoje nos fazem escrever textos imaginários e enigmáticos sobre sua vida.

Que pena Cristo não ter escrito com a sua própria mão, sobre si mesmo. Se isto tivesse ocorrido, creio que as suas narrativas, passados dois mil anos, estariam com certeza chocando a muitos, não por Sua "santidade" e Seus milagres, mas pelo Seu humanismo, que como todo humanismo é composto de desejos ambivalentes.

Esdras Gregório disse...

Quem dera Oseías que esta frase “de tão humano Ele só poderia ser Deus mesmo” fosse minha. Acho que é do Leonardo Boff, mas reflete muito sobre a visão de um Jesus totalmente humano, que de tão humano, só poderia ser visto como Deus pelos desumanos, como um elemento estranho entre nós.

Esdras Gregório disse...

Não sei por que Levi, mas sempre ao pensar em Jesus eu imagino a situações aonde ele sempre se sai bem quando seus inimigos tentavam confundi-lo com perguntas capciosas e difíceis.

Não consigo imaginar um Jesus que não tenha sido um leão nos seus trinta e poucos anos de vida a rugir para os lobos de seu tempo.

Não consigo ver um Jesus que não seja um humanitário, humanista em favor do homem e principalmente dos que não tinham nada.

Jesus foi como nós, apenas mais gênio, mais espirituoso, mais religiosos, mais eloqüente, mais natural, mais “sortudo”, mais agraciado e mais tudo que o possibilitou.

Eduardo Medeiros disse...

Gresder, de fato, a frase é do Leonardo Boff.

"Todo grito e preocupação profética foram, sobretudo com a opressão dos pequeninos e injustiça social e religiosa dos poderosos, e não como uma apreensão espiritual como erroneamente se entende."

Vejo-o como profeta que denunciou a opressão mas não dissociado de uma "apreensão espiritual". Já que ele tomou para si ser o messias do seu povo, ele tomou para si toda a carga histórica, simbólica e religiosa que o termo significava nos grandes profetas de Israel.

Sabemos que ele não cumpriu o que os profetas dizeram que o messias cumpriria, mas e daí? A sua história era tão verdadeiramente humana-divina e tocante para o coração e produtora de esperanças, que ele "voltou para a destra de Deus" de onde virá para terminar o que começou.

Podemos dizer que os discípulos que assim o viram foram loucos? ou estavam enganados? ou estavam mentindo? Qual a opção Gresder?

Marcio Alves disse...

GRESDER


Primeiro ponto: Você não acha que escreve demais sobre Jesus, de tão maneira que acaba por causar uma espécie de cansaço nos seus leitores? (Pois eu vou te confessar...quando eu vi o tema que era novamente sobre Jesus, me deu um cansaço, mesmo antes de eu começar a ler o seu texto. rsrsrsr)


Segundo ponto: Se Jesus morreu por causa da gloria e não por amor ao povo, segue-se que ele apenas usou sua “bondade” para alcançar um fim egoísta...não seria isto maldade??? (É como eu pagasse um ranco para um mendigo, com a única intenção de aparecer, ou seja, seria melhor eu nem dar aquela comida para ele, pois no fundo eu estaria apenas usando ele para eu parecer bom)


Terceiro ponto: Como Jesus poderia ser tão humano, se o que ele disse for mesmo o que ele disse, ser tão contrário a natureza do ser humano???
(exemplo: Amar e perdoar os nossos inimigos, como pode um pai que perdeu seu filho assassinado, perdoar e até amar o assassino do seu filho? Isto não seria desumano??)


Quarto ponto: Se o que temos de Jesus, nada foi escrito por ele, e sim por seus discípulos, e mesmo assim, existindo muitos outros evangelhos, sendo o que temos hoje, foi escolhido por outras pessoas, como ter certeza que a descrição que eles fazem de Jesus ser realmente autentica? (Sem contar que o que eles escreverem sobre Jesus, encontrar o mesmo equivalente em outras culturas, muito antes do Jesus deles aparecerem, o que leva a pensar, que o Jesus descrito nos evangelhos foi muito mais uma copia do que original mesmo)


Quinto ponto: No quarto ponto, colocaria toda sua estrutura teórica sobre Jesus em risco, pois parte de documentos não tão confiáveis?


Sexto ponto: Se Jesus não ressuscitou, sendo uma invenção de seus discípulos, como confiar no restante do que eles disseram???


Sétimo e último ponto (para alivio seu, rsrsrsrs): Em cima do sexto ponto, você não poderá dizer que em parte é verdade, e em outra parte é mentira, o que os discípulos escreveram, pois fazendo isto, você comprometeria os evangelhos como todo, pois como saber o que realmente é fato e o que é invenção???

Esdras Gregório disse...

Marcio primeiro ponto, de fato eu posso cansar o leitor, mas é a o que eu tenho no momento, é o que me fascina agora, é o que me interessa saber nestes meus dias, eu posso falar bastante dele, mas de forma diferente de ângulos diferentes, e eu não vou perder nada do que eu estou escrevendo e ajuntar tudo em um todo coerente em uma só tese. Ou seja, há um propósito ambicioso em que escrevo e não escrevo para entreter ok?

Segundo ponto, eu nunca disse ou dei a entender que Jesus morreu por causa da gloria e nem os textos sugere isso, antes eu sempre afirmei que ele amava o povo, e eu e sei que tipo de home Jesus era, você já conheceu alguém com sentimento humanitário de amor a algum tipo de gente? Eu já! três! Dois homem e uma mulher, e sei que Jesus era como eles, e mesmo que Ele desejou imortalizar se, ele o fez para imortalizar suas palavras para eles, alem do mais que desejar ser lembrado é inerente ao ser humano, e isso em meio aos seu propósitos nobres. nada inumano nisso, ninguém é diferente disso.

Marcio existe centenas de casos de mães e pais que perdoaram os assassinos de seus filhos, não sei por que você se espanta com isso, o que não é normal para você pode ser perfeitamente possível para outros.


Quarto ponto: e é por isso que minha tentativa de descrevê-lo é muito mais intuitiva do que histórica e exegética acadêmica que não poderia chegar muito longe sendo que o que temos dele já é em si um descrição subjetiva. E Jesus não é uma copia mas uma síntese seu bobo, ele é o resumo e a compilação final de todos que foram iguais a ele antes dele, eis sua vantagem, vir por ultimo como fusão de todos rsrs


Quinto ponto: o evangelho não é minha principal fonte, e ele também em partes é confiável sim, mas minha maior fonte é ia ntuição, é minha vida, pois todos os que tentaram interpretá-lo partiram de sua própria subjetividade, o maior exemplo é o livro de João.

Sexto ponto: Marcio pra você entender sobre mitologia é desmitologizaçao você tem que saber que “fato” e “mentira” não era termos ou conceitos corretes no passado, pois quem escreve em alegoria ou imortalizam um mito, fala em um outro plano, fala uma outra linguagem, existem coisas que até hoje o homem não consegue explicar literalmente, coisas estas que os antigos falaram em linguagens de símbolos ao coração. Então o que de fato não foi verdade na historia, foi a verdade na alma e na “eternidade” o que valida totalmente o mito como expressão e não como falsificação.

Sétimo e último ponto: Oras como saber o que é fato e o que é invenção (mito) é muito fácil, o que é fato é o que é humano, o que é natural o que é plausível e sustentável e o que é mito criado no tempo pelo povo e perpetuado na escrita pelos apóstolos é tudo o que é insustentável, glamoroso e desperdíciosos.

Marcio Alves disse...

GRESDER


Primeiro ponto: não há o que discutir, cada um tem a sua motivação ou re-motivação de escrever o que escrever.


Segundo ponto: eu discordo de você, pois nós somos o que o meio social, cultura e geográfico é, portanto, é difícil dizer onde começa a subjetividade e termina a objetividade de cada um, e vice e versa.
Portanto, tentar descrever Jesus com o que você conhece hoje de humanismo é totalmente incoerente e ilógico.


Terceiro ponto: se existe na pratica, pode até realmente existir, mas se na subjetividade é realmente verdade o que é na pratica, ai é outros quinhentos, pois pode apenas se tratar de uma representação, ainda mais se as pessoas que “perdoaram” eram religiosas, pois o fator religioso pensa a tal ponto de determinar a ação, e não propriamente a vontade ou desejo, dos indivíduos.


Porém, eu vou muito mais longe nessa minha critica do humanismo que você tanto enaltece em Jesus, pois só o fato dele ter “dito” – se de fato ele disse o que disse – para perdoar e amar os inimigos é anti-natural, pois o desejo de vingança e sede de justiça é inerente ao ser humano.


Quarto ponto: você não acha que por sua descrição de Jesus ser muito mais intuitiva do que histórica, ela também é, muito mais vulnerável e sem sustentabilidade, pois parte de você e apenas de você, o que levaria a sua tese não ser levado muito a serio no meio acadêmico???


Quinto ponto: Vide a minha resposta no quarto ponto, mas vou acrescentar um adendo:
As pessoas que interpretaram Jesus, pode ter partido de suas próprias subjetividades, o porém, é que os grandes estudiosos tem muito mais fontes e informações que serviram de base para eles falarem sobre Jesus.
Então, você não acha que precisa de muito mais bases históricas e fontes confiáveis para “inventar” “novas” teses sobre Jesus, do que simplesmente sua intuição???


Sexto ponto: Resumindo toda sua fala; os antigos acreditavam em contos de fadas e duendes, por isso eles mitologizarem tanto assim.


Sétimo ponto: Na verdade quando eu falei sobre invenção, eu tinha em mente não o mito, mas a questão do oportunismo, de tentarem inventar uma nova religião em cima de um homem realmente fantástico, o que leva a pensar, que talvez os apóstolos foram muito mais incríveis do que o próprio Jesus mitologizado por eles, pois foram eles, que tiveram a “missão” de transformar um homem em um deus.

Esdras Gregório disse...

Eduardo você só me deixou três opções, ou os discípulo eram loucos, ou estavam enganados ou estavam mentindo. Acho que tenho outra opção e é muito simples, os evangelhos foram escritos bem depois da morte de Jesus, e pra mim o que aconteceu foi que eles escreveram o que se cria sobre Jesus por via da tradição oral boca a boca dos homens daquela épocas que fizeram das coisas que não entenderam milagres sobrenaturais, ou seja os discípulos perpetuaram a crença do coração do povo e não desmitologizaram a crença arraigada dos seguidores, pois o evangelho não é uma historia montada e arquitetada mas uma edição, será que ninguém sabe o que é uma edição porra?!

É foda, tem que ser muito idiota para associar ou perguntar se os discípulos mentiram, ou enganaram! Cara os discípulos fizeram uma “manipulação” e montagem da letra e dos fatos para melhor se fazer entendido no cerne e no espírito da mensagem. ou seja a edição parte de objetos reais e literais trabalhando os fatos para transmitir fielmente a mensagem.

Eduardo isso não é para você, você sabe disso e sua pergunta foi por cortesia, pois você tem as respostas, mas é foda os caras todos aqui limitam muito as possibilidades tentando nos encurralar, como se verdade e mentira fosse a única opção para os escritores sacros que tinham muito mais recursos para falar a linguagem do coração alem da limitação dos fatos e acontecimentos históricos.

Esdras Gregório disse...

Marcio


Primeiro ponto: ok,e desculpe por não te brindar com temas novos, eu sou limitado, como você que também por não tem muita novidade tem escrevido pouco, estamos quites.


Segundo ponto: não é incoerente e ilógico, é limitado e impreciso, mas não necessariamente incoerente e ilógico, eu sei que a totalidade histórica e psicológica de Jesus se perdeu pra sempre, mas nem por isso significa que estamos longe já que ele compartilha de algo comum a: humanidade de nós todos.



Terceiro ponto: sim existe, e é lógico q eu por influências religiosa, não poderia ser diferente né?! Mas o homem não é somente movido por justiça própria ele é uma totalidade que tenda sempre “transcender” suas tendências natas.


Quarto ponto: meu único recurso é e a força da argumentação, se não convencer eu não tenho mais nada a fazer.



Quinto ponto: as mesma s fontes que os estudiosos conhecem eu conheço em partes também, já estudei um pouco, e o máximo que se pode fazer ré construir teses e achismos mesmo, não temos saída.


Sexto ponto: puta que pariu Marcio, você pode usar argumentos de verdades e não fazer este comentários ridículos a lá Evaldo falando de contos de fada e papais Noeis, como se isso destruísse o que custa muito ser desmitologizado e desconstruído com coerência e seriedade.


Sétimo ponto: não existe oportunismo, se você tivesse um povo diante de você e se preocupasse com estas pessoas, você faria de tudo como eles para proteger a fé simples que eles tinham por não entender ou suportar um golpe de desilusão em momentos tão drásticos que pediam esperanças e não “verdades” para se viver. E os discípulos somente oficializaram o mito, pois quem constrói o mito não é um cara, mas o povo com suas versões faladas geração a geração que os escritores apenas canonizam.

Eduardo Medeiros disse...

GResderzito, foi exatamente por saber que não existem só três opções que eu fiz a pergunta para que você pudesse responder o que respondeu.

E tem outra coisa: a certeza que os discípulos tinham que Jesus tinha ressuscitado era tão forte, tão plena, tão literal, pois em nenhum momento tanto nos evangelhos quanto nas epístolas o estilo literário dá entender que eles escreviam sobre isso simbolicamente, que temos que admitir que alguma coisa aconteceu para o "mito" se formulasse. Sabemos que na origem de todo mito existe um fato histórico real mal compreendido por quem vê e interpreta tal fato.

Nossas cabeças meio liberais meio conservadoras-emotivas, nos põe em uma armadilha fatal. Queremos impor simbolicamente o que os discípulos criam concretamente.

Não temos o direito de dizer que os discípulos escreveram sobre a ressurreição de forma simbólica. Para eles aquilo foi bem real.

Então, só me resta concluir que historicamente algo aconteceu para que de fato os discípulos tenham compreendidos que Jesus morrera e ressucitara.

O que aconteceu? Taí uma boa questão para você desenvolver como tese.

Esdras Gregório disse...

Eduardo sei que é difícil esta questão, mas vamos analisar as coisas com dados e comportamentos eclesiásticos de hoje:

Derrepente um pastor de cinqüenta anos e vinte e cinco de ministério se alto enxerga totalmente incrédulo de tudo que cria e ensinou por toda a sua vida ministerial, mas sem deixar de ter ainda os sentimentos familiar de pai e protetor do crentes mais simples.

O que você acha que ele faria? Diria que ele não crê mais? Ou continuaria pregando aquilo que ainda seu coração quer crer, mas sua mente já não crê nem um pouco?

É lógico que ele continuaria pregando. Isso é o que mais tem por ai. E maioria dos pastores filhos de pastores já não crê em nada e mesmo assim ensinam com eloqüência a bíblia, alguns por oportunismo, mas outros por responsabilidade de não desiludir a fé sadia e pura de muitos.

Aonde eu quero chegar com isso? Bom... os discípulos escreveram os evangelhos mais de vinte anos depois do ocorrido, e era tempo o suficiente para eles se desiludirem do que queriam crer, mas mesmo assim perpetuaram o que seus corações sonharam com intensidade em suas mocidades.

Sabe que eu acho que você subestima muito a inteligência dos discípulos e de Jesus, eu mesmo vejo os discípulos muito depois da morte de Jesus, como a mesma astucia e sutileza dos grandes pastores tradicionais e pentecostais, que ensinam somente o que os membros tem estrutura para ouvir, ai mesmo no Rio tem um que vem para campinas, liberal até o osso, mas que sabe muito bem condicionar seu conhecimento, na realidade são tantos pastores que eu poderia citar o nome com provas pessoais disse.

Alem de que você vê Jesus somente como um homem que creu na mesmo coisa sem desilusão por toda sua vida, oras todo gênio espiritual e filosófico não crê igualmente nas mesmas coisa que cria antes na juventude. Nietzsche disse que dos vinte aos trinta e o suficiente para um intelectual religiosos desacreditar em tudo sem deixar de manter sua veia poética mística em tudo o que diz e escreve, por que com Jesus seria diferente, três anos intenso de ministério cara a cara com a realidade era o suficiente para ele morrer dizendo: “deus meu deus meu eu cri na vinda de seu reino quando comecei minha caminhada e morro agora sabendo que isso não vai acontecer mas com uma sensação de que eles de alguma forma vão aproveitar tudo o que eu disse para o bem daqueles que eu amei nesta vida.

E eu acho que Jesus não morreu naquela cruz, ele era muito saudável e foi retirado muito rápido, sem ser quebrado seu membros pois Pilatos sabia que ele não tinha culpa nem uma e não valia a pena morrer de verdade por causa daquele povo “maldito” mas depois muito fraco irreconhecível e pálido (divino) morreu em outro lugar. É minha palavra contra a dos discípulos, eles tem provas físicas para provar o contrario? rsrs. E se eu estiver errado eu sei que Jesus vai me perdoar rsrs pelo tanto que eu o amei em minha juventude por oito anos consecutivos de fé intensa e sincera.

Marcio Alves disse...

GRESDER


Você tem uma visão muito romantizada dos possíveis pastores que perderam a fé, mas não largaram o “osso” de continuar pregando essa mesma fé, assim como pode também ter ocorrido com os discípulos e até com Jesus mesmo.


Se for um pregador fraquinho de pouco influencia como eu fui, que não cheguei a ser muito famoso, o cara desisti e simplesmente não continua mais porque não tem o que perder, ou se tem, tem muito pouco, já homens como Jesus, e até mesmo os modernos pastores, como por exemplo, Caio Fabio, Ricardo Gondim, Ed. Rene entre outros, tem o um nome grandioso para zelarem, que já entrou para a historia do Cristianismo Brasileiro.


Se acha que agora, se esses caras como outros virassem ateus, por exemplo, eles iam admitir e perder toda sua reputação e prestigio que conquistaram ao longo de suas vidas?? Lógico que não!!


Portanto na minha visão mais realística e nada romantizada como a sua, eu apenas acho que os caras não tão nem ai para o povo, ou melhor, eles continuam “protegendo” o povo ao manterem a chama da fé deles, porque estão automaticamente protegendo o castelo que eles próprios construíram ao longo de suas vidas.


Mais eu não acho que seja sacanagem isto não, pelo contrário, como não foi eles que escolheram a fé, mas a fé geográfica, cultural e social o escolheram, e agora, se eles parassem ou despregassem tudo que eles já um dia acreditaram, isto derrubaria seus castelos construídos, pois se esse mesmo castelo leva muitos anos para ser construído, basta uma fração de segundo para ele ruir e vir abaixo.


Portanto, ao preservarem a fé do povo, estão preservando os seus próprios nomes.


Em segundo lugar, que você erra feio também, claro, a meu ver rsrsrsrsrs, é que só você acha que está pronto e maduro o suficiente para suportar algumas “verdades” que muitas pessoas do povão não estão, ai você projeta seu próprio julgamento para Jesus, discípulos e os pastores de hoje, dizendo que eles também sentiram ou sentem que o povo não está preparado para ouvir e suportar algumas “verdades”, se julgando assim, superiores ao povo.


Não estou falando em ser messiânico, em sair pura ai desconvertendo as pessoas, mas apenas em ser honesto consigo mesmo e em ser verdadeiro para com aqueles que nos questionam sobre nossa fé, pois se questionam é porque já estão preparadas e prontas, pois o mais difícil é o primeiro passo, e o primeiro passo é justamente começar questionando sua própria fé, para isso tem que ter muita coragem e estrutura.


Já em relação ao mitos que eu disse que o povo antigo acreditava em duendes, não foi com sarcasmo não, não pelos menos desta vez rsrsrsrs, mas apenas estava dando uma constatação de pesquisas que eu fiz, que o povo antigo acreditava muito e tinha facilidade de criar suas próprias crendices, como até hoje é assim, só que com uma diferença....naquela época não tinha os mecanismos tecnológicos que temos hoje, por isso que Pelé, Che Guevara, Maicon Jackson e outros não puderam ser mitologizados também.


Tenho pra mim, que se Jesus estivesse vivo hoje, ele seria um Pelé da vida, que continuaria a ser fora de serie, mas jamais “sobrenaturalizado”. Rsrsrsrsrs

Esdras Gregório disse...

Não creio Marcio que é só para preservar o nome deles, mas é por preocupação do povo também, vamos ser práticos: você mesmo diria para sua mãe largar de crer em Deus, que ele não existe, que depois da morte não existe nada? Eu não faria mesmo se tivesse certeza que nada existe, pois alem de não ter fé, também não tenho a “certeza” ateia e não faria isso com míngüem. Eu mesmo escrevo meus textos para os crentes diluindo o que eu creio ou deixando o texto ambíguo para duas interpretações, para não ser muito cruel com as pessoas.

E pense o que você quiser, algumas pessoas são sim “superiores” e mais fortes para serem desiludidas, e quanto a verdade, verdade é subjetividade, e a minha verdade, é apenas percepção da realidade objetiva que eu não posso ver totalmente como é.ou seja cada um cria um mundo individual subjetivo perceptivo e reduzido , de um mundo objetivo múltiplo incógnito, indevassável e incomensurável.

Eduardo Medeiros disse...

Gresder, o que você diz é comum no meio acadêmico teológico. Diz-se haver dois tipos de exegeses: a pastoral e a crítica-histórica. A pastoral serve para a vida espiritual, tem mais a ver com a vida cristã e não leva muito em conta a história, a literatura e a crítica bíblica. Então, isso é normal. Muita coisa que professores-pastores diziam em sala de aula jamais diriam num púlpito, pois o texto bíblico é tão rico como eu digo lá no artigo da confraria que pode ser usado tanto para o coração quanto para a razão.

Em relação a Jesus na cruz para mim a sua decepção foi real. Ele acreditava que traria e inauguraria o Reino de Deus na terra. As palavras na cruz só fazem sentido segundo vejo, se for nesse contexto. A alternativa é uma interpretação espiritual de que Deus teve que deixar Jesus pois não podia ver a multidão de pecados que ele carregava e que se não o deixasse ele não poderia morre. Ou seja, inviável para a noss análise histórica e crítica.

Por outro lado, como eu disse, eles estavam tão convencidos da ressurreição que alguma coisa aconteceu. E o que aconteceu? não tem como saber.

Mas eu tenho um modo de ver. Você já percebeu que o Jesus ressuscitado tem um discurso totalmente diferente do Jesus de antes?

Aquela história de "ide por todo mundo pregando o evangelho da salvação pela fé" e que a "minha igreja" é uma atitude estranha ao que Jesus tinha pregado antes.

Mas isso é só especulação. Os que puderem crêr, crerão, os que não puderem crêr, construirão inúmeras teorias para explicar o inexplicável: Ele ressuscitou!

Marcio Alves disse...

GRESDER


Você quer mesmo comparar minha mãe com pessoas que pastores famosos nem conhecem, pois toda multidão é impessoal, logo não há como os pastores amarem e se preocuparem com os mesmos como se fossem um amigo pessoal e conhecido.


Ontem mesmo eu estava falando a mesma coisa que você disse para o meu pai, que se eu não sou crente, também não me considero um ateu, por achar ambas crenças desonestas e castradoras do pensar, que portanto, a única certeza mesmo era a duvida de não saber e da possibilidade de nunca também descobrir.


Tanto o ateísmo como o teísmo, ou mesmo o deismo é muito pequeno para minha mente sedenta, viva e dinâmica do pensar.


Mas o detalhe é que eu resolvi abrir o jogo com ele, justamente porque ele estava já em duvida com a fé cristã, então eu senti que de alguma maneira ele estava pronto e forte para ouvir a minha opinião.


Lembra que eu disse para você que o questionar a sua própria fé é o primeiro passo???


Quanto a suposta preocupação dos lideres com o povo, só existe, porque existe principalmente a preocupação do povo saber a opinião deles, e o povo não querer mais seguir aquele determinado líder, então a preservação do povo é superficial, escamoteando a principal motivação deles que é mesmo, com a suas próprias imagens e reputações.

Esdras Gregório disse...

Marcio ser humano pode ser um animal egoísta que pensa primeiro em si, e mesmo assim se preocupa com as outras pessoas.

Eu sei que um pastou pode se preocupar primeiro com ele,mas mesmo assim amar de verdade aquelas pessoas e com elas se preocupar, um exemplo mal de pastor não anula dois exemplos piedosos de outros dois pastores.

Meu pai também sabe quase tudo o que creio, pois leio os textos para ele, e para minha mãe eu só nego o inferno, mas não nego o céu. e mesmo assim conheço vários irmãos da igreja que eu não tenho relação de amizade ou parentesco e mas carinho que eu não digo tudo o que eu desacredito sobre deus.

Assim são muitos pastores que se preocupam sim com as pessoas, mesmo pensando primeiro neles, pois apesar de egoísta o homem também ama, pois Amar também é um sentimento egoísta do homem que se sente feliz com o bem estar da outra pessoa que lhe faz bem.

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“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
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