A desmitologização e secularização das linguagens e estruturas religiosas da fé
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Um Jesus sem gloria
E se Jesus não tivesse ressuscitado! O que mudaria? Que fator altera? O que se desestrutura? Mas aqui, agora, na pratica da nossa vida! A sua ressurreição esta de tal forma, que é impossível tanto provar que foi um fato histórico ou provar que foi um mito formado pelo mesmo processo que envolve com o manto da superstição do povo todo grande homem enviado por Deus. Deixando o caso para a fé individual, já que Ele não apareceu ao publico, mas só aos seus discípulos.
Entretanto como todo grande líder eclesiástico com mais de vinte anos de experiência não diz toda verdade e nem desengana os fieis de suas crendices comuns para o próprio bem deles. Quem nos garante que os apóstolos depois de anos desta experiência inolvidável com este Homem, não resolveram escrever sobre Ele de forma mítica conforme a crença do coração para preservar o espírito de sua mensagem que transcende a letra e o fato bruto e limitador?
Mudaria muito sim só para quem o ama pela sua gloria e atuação sobrenatural e não pela sua graça pessoal e influencia moral. Para estes, Ele não mais atenderia a oração dos fieis e nem sequer saberia que estes tais existem, portanto não mais curaria ninguém e não libertaria nem um oprimido de suas mazelas humanas. Seriam o fim de suas maiores e mais importantes razões de existências, já que o seu Jesus não teria mais Poder, e não estaria mais a direita de Deus intercedendo pelos seus protegidos.
No entanto quando Ele estava entre os homens, à maioria de suas ações inacreditáveis era muito mais por Ele induzir a fé das pessoas do que fruto de seu próprio poder. De fato Ele tinha sim dons inexplicáveis, mas a sua maior força era a influência moral que se derramava do seu coração voltado para Deus. Ele se sentia pleno da vida e quis deixar do seu espírito o máximo possível antes de sua morte próxima. E enquanto em vida ele realmente amou os seus até o fim.
Portanto de certa forma não mudaria para alguns, pois seu poder de influencia e transformação moral por seus ensinos de vida se faz presente hoje independente de Ele estar vivo ao lado de Deus ou esperando o mesmo destino incógnito de todos. E nem uma pessoa deixaria de ser curada, pois Ele ensinou a independência e o poder da fé “se crês veras”, como ela (a fé) se manifesta em milagres sem Ele também em outras religiões. Como também nem um ser humano deixaria de ser transformado por sua historia, crendo Nele pelo seu poder de influência pessoal.
Faria diferença somente para aqueles que precisam de um Jesus glorificado com Poder, Majestade e Domínio (diferente do Jesus nazareno) que os rastreiam e os protegem a cada istante deixando o resto da humanidade sem cuidado por que não aceitou a Ele em uma igreja. Para tais, que o amam pela sua posição de Deus, pelo seu status sobrenatural, faria uma diferença enorme para eles, se Ele não estivesse no Trono agora.
Mas para quem se sente representado humanamente na pessoa daqueles que Ele amou profundamente enquanto vivo, e que o amam por serem tocados hoje pelo poder de sua vida, Viva na memória de seus corações, como se sentiram os discípulos, não faria diferença nem uma, se Jesus é o Cristo glorificado da religião, ou simplesmente o filho do homem que buscou o martírio por acreditar no poder transformador de sua causa pela independência espiritual dos explorados da religião viciada em: poder, posição, endeusamento e Gloria.
Esdras Gregório
Escrito e jogado de lado em trinta de setembro de dois mil e dez.
Postado por
Esdras Gregório
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75 comentários:
Caro Esdras, paz e parabéns pelo blog. Forte mensagem... O cristianismo de fato seria apenas histórico sem a ressureição.
Att.,
http://wwwteologiavivaeeficaz.blogspot.com/
Profº Netto, F.A
Gresder, isso sim é des-mitologizar sem ofender, parabéns.
Realmente mudaria para muitos, se Jesus não houvesse ressuscitado (e não ressuscitou é claro), mas para outros tantos, não faria diferença, mesmo que por décadas tivessem acreditado no mito da ressurreição de Cristo.
Mas esclareça-me uma dúvida:
Você diz no início do texto que Jesus só apareceu aos discípulos, e questiona o porque de ele não ter aparecido para mais pessoas.
Existe uma passagem bíblica que diz: "E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de QUINHENTOS (grifo meu) irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.
E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. (1 Coríntios 15.4-9.
Não seria esta uma aparição pública?
Ou você está sugerindo, que os QUINHENTOS, eram discípulos?
O fato de chamá-los de irmãos não sustenta este argumento, portanto, não vale usar.
Abraços mano!
Este fragmento me deixou perplexo Gresder:
"De fato Ele tinha sim dons inexplicáveis, mas a sua maior força era a influência moral que se derramava do seu coração voltado para Deus. Ele se sentia pleno da vida e quis deixar do seu espírito o máximo possível antes de sua morte próxima. E enquanto em vida ele realmente amou os seus até o fim."
Cara, você acabou de chamar Jesus de Sofista! É claro, um sofista do bem, mas ainda assim...sofista.
Abraços!
Ensinamentos bons, e dependendo do ponto de vista, ensinamentos maus.
Você diz:
"...E nem uma pessoa deixaria de ser curada, pois Ele ensinou a independência e o poder da fé “se crês veras”..."
Mas também, não foi ele quem ensinou:
"Ame a seus inimigos" e também, Dai a César o que é de César", ou, "Se teu olho pecar, arranca-o e joga-o fora". O maior beneficiado com alguns ensinamentos de jesus, era justamente o império romano, e por coincidência, um dos maiores difundidores destes ensinamentos, era um certo paulo, que no passado, cuidava dos interesses de Roma.
Abraços!
Caramba! Cadê esse Gresder que não aparece para conversar com os amigos?
Greeeeeesder! Sai do facebook seu xarope!
GRESDER
Não sei se somos privilegiados ou não, ao vivermos hoje uma época em que os fenômenos da psique coletiva experimentada pelos grandes visionários do passado, tiveram uma releitura, graças a descoberta do inconsciente, e consequentemente dos arquétipos cristãos estudados enfadonhamente por Jung.
“O mito diz que Cristo não deveria ser encontrado no local onde foi colocado o seu “corpo”. “Corpo” – significa forma externa, visível, efêmero, para o valor mais elevado. A descida de Cristo ao inferno durante a morte, hoje sabemos perfeitamente, que tem um significado: significa o mergulho no tenebroso e obscuro inconsciente.
Ao conquistar o poder das trevas, Ele estabelece uma nova ordem, e depois sobe outra vez ao céu, isto é, alcança a suprema clareza da consciência” (Jung)
“A ressurreição de Cristo tem seu paralelo na reconstituição do corpo desmembrado de Osíris por Ísis. Essa reconstituição foi efetuada mediante a unção do corpo, que deu início ao processo egípcio de embalsamento que transforma o morto num corpo imortal. Esse processo dura 40 dias. ‘Quarenta’ – corresponde à duração transcorrida entre a ‘ressurreição’ e a ‘Ascensão de Cristo’” (Edward F. Edinger – “O Arquétipo Cristão”)
Cristo teve a sua vida devotada à verdade, segundo sua mais profunda convicção. Viveu até o fim de modo absolutamente sincero.
Segundo Jung, na cruz, a missão O abandonou a própria sorte. Mas porque tinha vivido de forma plena e devotada, ganhou o “corpo de ressurreição”. “Corpo da ressurreição” corresponde ao “corpo celestial” de Paulo, e significa àquilo que está além de nossa percepção consciente.
Diz ainda Jung: “O drama da vida arquetípica de Cristo descreve, em imagens simbólicas os eventos da vida consciente – assim como da vida que transcende a consciência – de um homem que foi transformado pelo seu destino superior”.
A ressurreição só pode ser entendida “a-historicamente”. Ao nos debruçarmos sobre temas de tal natureza, veremos que são fenômenos que se nos aparece através de imagens (temas mitológicos) podendo ser encontrados em todos os tempos e em toda parte onde os seres humanos tenham vivido, pensado e agido.
"E se Jesus não tivesse ressuscitado! O que mudaria? Que fator altera? O que se desestrutura?"
Boa noite, Gresder!
Creio que o apóstolo Paulo já tenha respondido estas perguntas por meio de epístola. Pois, se Cristo não ressuscitou, os mortos também não ressuscitam. E se não há ressurreição de mortos, vamos "comer e beber que amanhã morreremos".
Além disso, se Cristo não ressuscitou, somos "os mais miseráveis dos homens", estaríamos ainda mortos em nossos delitos e pecados e nos tornaríamos "falsas testemunhas contra Deus" de modo que, consequentemente, também estaríamos praticando um enorme pecado na propagação do que anunciamos como boas novas.
Mano, se Jesus não ressuscitou, só restará ao mundo seguir o judaísmo e se submeter ao Estado de Yisrael. Pois, neste contexto, Jesus teria sido apenas um rabi contestador da religião judaica transformado em mito e que no máximo poderia ser considerado profeta, caso não se entenda que as profecias terminaram com Esdras ou Malaquias.
Só que na verdade Jesus ressuscitou! Aleluia! E podemos ter a esperança de alcançar Nele a vida eterna. Pois, como ele venceu a morte, nós também viveremos, de modo que podemos ter forças para não nos apegarmos às coisas deste mundo e poderemos dar a própria vida pelo Reino.
Gresder, sem o amparo da vida eterna, a prática do amor ao próximo torna-se limitada e o homem acaba se tornando cada vez mais amante de si mesmo sabendo que a cada dia lhe resta menos tempo. Sem vida eterna, o homem se torna frustrado.
Só o Cristo ressurreto pode nos dar esperança!
Baruch ha ba b'shem Adonai!
Francisco como você passa por aqui e finge que não entendeu o texto, acho que seu comentário não esta no nível de merecimento da temática do post. E nem no nível de um professor como você.
O texto é claro: a influencia do cristianismo é moral e não sobrenatural, se ele ressuscitou ou não, isso não altera o resultado presente.
O Noredinha eu não estava no facebook, eu estava namorando muitooo! beijando muito, fazendo muito amor rsrs não com aquela com outra rsrs já dei um fim naquela historia coma graça de Deus rsr
Jesus conforme o relato apareceu somente aos cristãos, não ao judeus e romanos, ou seja o testemunho da ressurreição é subjetivo e não histórico.
O império romano se beneficia dos ensinos de Jesus exatamente porque Jesus estrategicamente não se levanta em nem um momento contra ele, para ter um pé pra se lançar com toda a sua força contra a religião judaica contemporânea.
Veja que os romanos gostavam de Jesus e queriam solta-lo, Jesus tinha amigos entre eles e os mais importantes cidadões, Jesus nunca se opôs ao império por sabedoria astuciosa mesmo.
Pilatos não queria matá-lo, e por isso retirou ele rapidamente, seu corpo foi preparado por gente ligado ao governo, o que possibilita muito a tese de que Jesus não morreu na cruz, sendo que ele não ficou como todos, e nem foi quebrado suas pernas, e provavelmente tenha desmaiado. E Pilatos para não dar o gosto para aqueles filhos da puta que o estavam pressionando, e por pedido de sua esposa fez de tudo para forjar sua morte sem que ele mesmo estive morto.
Levi não estou altura de dialogar contigo nestes níveis rsrs me contento eu ouvir agradavelmente e aprender.
“Segundo Jung, na cruz, a missão O abandonou a própria sorte. Mas porque tinha vivido de forma plena e devotada, ganhou o “corpo de ressurreição”. “Corpo da ressurreição” corresponde ao “corpo celestial” de Paulo, e significa àquilo que está além de nossa percepção consciente.”
Assim como uma pessoa muito marcante deixa seu espírito pessoal impregnado nos amigos e parentes próximos, Jesus permaneceu absolutamente vivo para os discípulos.
Mas sabendo que as pessoas distantes não sentiram o mesmo, eles o ressuscitaram para nós através dos evangelhos.
Rodrigo não concordo com Paulo, e acho ele um idiota nisso ao afirmar que seriamos os mais miseráveis dos mortais, isso é uma anulação de todo beneficio da fé na vida presente, já ouviu de cristãos sinceros que mesmo que se não tivesse céu, já valeria seguir a Jesus e ser crente, ou seja Paulo é um “fracassado” que reduz o cristianismo a uma fé de negação da vida, agora entendo Nietzsche.
Tal consciência de cristianismo só é atraente para quem esta na bosta mesmo, para quem é perseguido, para quem não esta bem na vida, para quem esta fudido, sofrido, e insatisfeito na vida. Mas quem dos cristãos feliz espera ressurreição dos mortos, me mostre um meu caro!
Falo sobre isso perfeitamente sobre tudo isso nos textos “ O Deus dos evangélicos” e “Minha amiga morte” que vou deixar aqui só para você ler.
SÁBADO, 3 DE JULHO DE 2010
O Deus dos evangélicos
Ou o Deus dos evangélicos sofre de crise de identidade assumindo cada hora uma personalidade diferente ou realmente tratasse de dois deuses diferentes, conforme a circunstância e o coração do adorador.
Um é o Deus retirado dos salmos, que cumpre seus juramentos de fidelidade aos fieis aqui na terra, que faz felizes os que esperam em Deus, e a qual não deixa morrer os crentes antes que todas as promessas se cumpram em suas vidas.
O outro é o Deus revelado no apocalipse que virá em breve livrar os crentes de suas aflições e tentações neste mundo de pecado e dor. Que não promete felicidade aqui na terra, mas que recomenda os crentes olharem sempre para cima.
Mas tudo depende do estado de espírito do fiel aqui em baixo, pois se ele estiver feliz e satisfeito aqui na terra, o seus Deus será aquele que o faz prosperar, que lhe da a terra por recompensa, e que o faz reinar entre os príncipes deste mundo realizado seus sonhos aqui mesmo nesta vida.
Entretanto se o crente não estiver bem aqui embaixo a sua perspectiva e esperança será outra, pois não se encontrando neste lugar, os seus olhos irão se virar para cima de onde ele esperará seu Senhor para vir levá-lo para um mundo melhor. Mas tudo depende da economia e da realização pessoal de cada um.
Os dois não são o mesmo Deus, pois é nítida a diferença, um é formado por quem esta no topo, por quem esta feliz, por quem tem todas as suas reais esperanças aqui nesta terra. Enquanto o outro é a visão daqueles que não cabem mais neste mundo que os rejeita, que os empurra para uma esperança celestial visto não ter sobrado espaço nesta sociedade para eles serem felizes.
Realmente são Deuses diferentes, pois o mesmo que quer dar vida abundante e a terra como herança aos fieis não pode ser o mesmo que em breve, breve, vai a destruir em um apocalipse. Para quem acredita no Deus de promessas, a sua fé esta baseada em casos, contos e testemunhos de bênçãos e milagres realizados por este Deus tribalista que só tem olhos para proteger os obedientes e remanescentes cristãos fieis da terra.
Já aqueles que melancolicamente esperam o fim deste mundo que lhes é estranho, suas crenças se apóiam em evidencias de tragédias e acontecimentos econômicos mundiais. Para eles quanto mais acidentes naturais, melhor, quanto mais carnificina, melhor ainda, pois é sinal de que o seu Deus esta voltando para salvar eles e deixar para traz os que não aceitaram suas mensagens e exortações a serem iguaiszinhos a eles.
De qualquer forma estes dois Deuses, recompensa aqueles que o serve direitinho, quer seja aqui na terá ou lá no céu. Um sendo o dono da prata e do ouro repreende o devorador e abre as janelas do céu para o cristão enquanto o outro fará os seus sofridos seguidores depois de terem enfrentado muita prova aqui em baixa, a andar em ruas de ouro lá no paraíso. Ou seja, o “ouro” é um dos prêmios principais, aqui ou lá.
Um destes deuses esta baseado na teologia dos salmistas, e que foi idealizado quando os judeus estavam bombando e triturando as nações ao redor, e quando tudo de bom acontecia para eles, enquanto o outro é construção escatológica dos sofridos cristãos perseguidos na palestina e no império romano.
Os dois podem ser cridos simultaneamente na mesma pessoa, tudo depende do seu estado de espírito, das suas fases da vida, das suas necessidades, os dois podem ser pregados na mesma igreja por gente e motivações diferente, e até mesmo no mesmo culto, neste caso depende se for antes ou depois da oferta.
E qual é o verdadeiro? Nem um é claro!Visto Deus não ter personalidade, temperamento e raciocínios semelhantes ao dos homens e seus projetos. Pois Deus não faz barganha com os seres humanos ou planos cósmicos elitistas, Deus simplesmente flui... e esta muito além de tudo o que se pode imaginar e conceber neste mundo, mas é materializado na relatividade dá fé de cada um que o concebe conforme a fraqueza ou mesquinhez de seu coração.
Por conseguinte para aqueles a qual tiveram a grande sorte aleatória da vida de nascer com uma alma nobre e um coração forte. E que não precisam de uma esperança a qual os faça fugir da dura realidade que a vida o impôs, ou para aqueles que sendo ricos por dentro, e que não se apegam ou desejam a obtenção fácil das coisas e bens exteriores, o seu Deus será um Deus melhor, um Deus muito mais Deus. E não um Deus feito com o produto da baixa qualidade, das ansiedades e fraquezas humanas.
TERÇA-FEIRA, 10 DE AGOSTO DE 2010
Minha amiga Morte
Como ponto culminante que fecha e sela o ciclo da vida, a morte só pode ser vista como uma inimiga no âmbito religioso aonde a religião priva os seres de se saciarem com a vida. Nem inimiga e muito menos a pior delas, mas o elemento que se faltava para se completar e concluir o sentido absoluto da vida.
Uma vez que se encontra nas coisas da vida o sentido inerente a elas próprias, não mais se busca o significa das coisas fora da arena da história da vida. Isto porque estando em cada coisa e experiência o seu próprio sentido de ser, e não em um sentido ou propósito externo, as vivencias humanas serão plenas e satisfatórias por si mesmas.
A morte só pode ser temida aonde a vida não foi vivida, aonde o ser não viu e não se satisfez com a vida. Somente no ambiente religioso onde os sentidos das coisas não estão em i mesmas, onde os olhos estão postos para cima, e aonde as expressões espontâneas e geradoras da vida são podadas com olhos limitadores, a morte é tida como a ultima inimiga.
Quando encontramos no amor, na dor, na ação, no movimento, na busca, na fé, na esperança e no existir o seu próprio sentido aonde amor significa unicamente um sentimento maravilhoso de afeição, dor simplesmente sofrimento e privação da alegria, e fé puramente confiança em Deus, a morte como a ultima experiência constitui unicamente: conclusão, fim e descanso.
Quem amou alguém de verdade, sua família com generosidade, seus amigos com lealdade; quem perdeu seu tempo e brincando se sujou com crianças, quem parou para se embebedar do cheiro das flores e do canto dos pássaros; e quem foi grato a Deus pela vida, e com fé na justiça lutou por uma sobrevivência digna, esta pleno da vida, não precisa desejar as coisas de cima, e não somente pode receber a morte de bom grado como uma boa amiga, como também pode a esperar tranquilamente como a ultima experiência indispensavelmente necessária da vida.
Esdras Gregório
Nascido em 10 de agosto de 1981
Prezado Gresder,
Antes de mais nada, um feliz Natal, o qual, neste ano, é comemorado justamente no Shabat.
Embora eu tenha sido de certa maneira radical em minha resposta anterior, como se estivesse vestindo a máscara de um apologista, não me removo do meu entendimento, mas quero compartilhar com outras palavras a razão de minha fé no Cristo que venceu a morte.
Sei que não vou provar para ninguém que Jesus ressuscitou. Ainda mais nos tempos de hoje em que a mente humana está cada vez mais científica, racionalista, extremamente crítica e sempre a procura de evidências para acreditar em algo. E, apesar de algumas pessoas nos dias de hoje terem visto Jesus,, seja em sonhos ou visões, assim como parece ter sido com Paulo e com o João do Apocalipse, quem acreditará nas experiências delas?
Eu nunca vi Jesus, mas creio que Ele está vivo. Porém, o Senhor quer que nós O conheçamos com o coração. Quer o meu desejo de beijar seus pés e abraçá-lo com afeto também se volte para o meu próximo, obviamente que sem a adoração que só é devida ao Eterno.
Mano, creio que a nossa relação com Deus e seus filhos não pode se resumir apenas a esta vida, pois, com a morte, tudo continua e de uma maneira muito melhor. Em sua resposta, você escreveu: "Tal consciência de cristianismo só é atraente para quem esta na bosta mesmo, para quem é perseguido, para quem não esta bem na vida, para quem esta fudido, sofrido, e insatisfeito na vida."
Gresder, você não está longe de compreender que a vitória sobre a morte (conquistada aqui) é o que pode realmente capacitar o crente a suportar as mais incríveis dificuldades pelo Evangelho de Cristo. É quando cremos que já vivemos eternamente com Deus que perdemos o medo da cruz e aí seguimos a Jesus inconsequentemente afim de que muitos possam também crer e compreenderem qual o significado das Boas Novas.
Talvez um dos motivos pelos quais a ressurreição não é mais crida é porque causa do apego egoísta dos cristãos às coisas desta vida. E, sendo o cristianismo comparado a um grão de trigo que se recusa a morrer, tem ficado cada vez mais só de maneira que o mundo de hoje está se tornando pós-cristão.
Continuando...
Jesus não quer que pessoas morram por Ele só porque estão na pior ou frustradas com a vida.
Quando Jesus deu a própria vida para nos salvar, ele estava no auge da maturidade aos 33 anos. Estava transbordando de vida, pregando, curando, abraçando crianças, pescando com seus discípulos no lago da Galileia. Não tinha problemas, nem dívidas para pagar e muito menos alguma enfermidade grave. Porém, ele voluntariamente deixou que os soldados que vieram com Judas O levassem para o sumo sacerdote e, sem se defender, encarou aqueles injustos julgamentos permitindo que fosse dolorosamente cricificado.
Entretanto, o profeta nos diz que o Messias iria ter satisfação com o resultado do sofrimento de sua alma (Is 53.11), de modo que Jesus, depois de toda aquela dor, alegrou-se por ter enfrentado o castigo que nos trás a paz a ponto de ser eliminado da terra dos viventes pela transgressão do seu povo.
Gresder, quando Jesus morreu, ele mostrou para todas as gerações que vieram depois que o Caminho está na cruz. É através dela que encontramos a verdadeira vida, que podemos vencer os medos do presente. Aí podemos de fato amar alguém de verdade, a família com generosidade e os amigos com lealdade. Aí podemos passar tempo brincando nos sujando como crianças, embriagando-nos do cheiro das flores e com canto dos pássaros. Poderemos ser verdadeiramente gratos a Deus pela vida, buscar a justiça, lutar por uma sobrevivência digna e ficarmos plenos da vida.
Mano, Jesus quer que nos envolvamos com a Vida no presente de maneira que não precisemos realmente limitar a felicidade a algo futuro. Entao, quando compreendemos o que de fato é a Vida, o que é a morte? Podemos passar por ela de bom grado, igual a Jesus, como a ultima experiência indispensavelmente necessária aqui na terra porque, em seguida, acordamos para a eternidade com o doce beijo do Messias.
Desculpe ter roubado suas palavras neste parágrafo final. Mas saiba que fiz isto propositalmente.
Caro Rodrigo
Como compreender que “Temos todos de ser crucificados com Cristo”, se não pela interpretação metafórico-simbólica?!
Para isso temos de nos ater ao quadro da crucificação. Ora, Cristo foi crucificado entre dois ladrões. O que representa para nós, hoje, esses dois ladrões. Um deles na narração mítica vai para o céu e outro para o inferno. De um lado temos a sadia instintividade, ou requisito para a consciência superior; do outro lado temos a deplorável e condenável fragilidade do “mau ladrão”
Esse grande símbolo indica, que por intermédio de Cristo, crucificado entre dois ladrões o homem alcançou pouco a pouco, o conhecimento de sua própria SOMBRA ( Com muito bem diz o autor de memorável hino – “ Deus está nas Sombras”).
Cristo reconhece enfim a dualidade da natureza humana em si mesmo. Da mesma forma que a SERPENTE representa a um só tempo o poder que cura e o poder que corrompe, assim também um dos ladrões se acha orientado para cima e o outro para baixo. E esses opostos se reúnem em torno da CRUZ.
Quanto a essa tríplice crucificação, concebemos em nossos dias, como o simbolismo profundo de nossa psique, onde Cristo se uniu a si mesmo, com o seu oposto: “o anticristo”. Esse “se unir” é reconhecer a dualidade de nossa natureza.
Cristo reconciliou os nossos dois lados aparentemente opostos e inimigos. Na Teologia primitiva, a cruz de Cristo era considerada como instrumento e unificação do universo, que incluía a aceitação do “estrangeiro”, e não a sua separação ou negação. Mas esta unificação deve primordialmente ser entendida como aceitação dos “pólos opostos” do nosso universo mental interno.
Então, de ambos os povos (judeus e gentios), Ele fez um só, e mostrou ( enfim, o mais importante), é que para que eu possa reconhecer o “estrangeiro” que está lá fora e não reza pela minha cartilha, eu tenho primeiro , que reconhecer que ele habita em mim.
“Acho então essa lei em mim: que quando quero fazer o “bem”, o “mal” está comigo” (Romanos 7: 21) — Essa frase atribuída a Paulo resume bem todo o mistério da CRUZ.
Aqui, se entenda que, “bem” e “mal” não devem ser interpretado de forma pejorativa, e sim ser assimilados como os dois lados intrínsecos da moeda (ser humano). Em Cristo, esses dois lados que no mito do Gênesis tinham sido separados, foram finalmente reintegrados. Por isso que se diz, que Ele veio buscar o que se havia perdido (lá na história de nossas origens).
Abraços
Shalon, Levi!
Não podemos nos esquecer também da árvore da vida que estava no paraíso, a qual representa Jesus, a graça, o Evangelho, a vida, a eternidade.
No sacrifícil pascal, Jesus, o descendente da mulher, esmaga a cabeça da serpente e esta lhe morde o calcanhar. O Messias morre, o veneno do pecado perde o efeito, mas a morte não segura o Ungido no Sheol porque não tinha pecado. Satanás sai derrotado e a humanidade redimida.
Os dois ladrões representam toda a humanidade. Ambos eram pecadores. Um aceitou a graça, pedindo para que Jesus se lembrasse dele em seu reino, enquanto o outro preferiu morrer no seu próprio pecado porque não aceitava que o Messias pudesse ser crucificado como ele e seu companheiro.
É pelo prisma da graça que eu compreendo todas essas narrativas e não sei se num certo nível estaríamos falando ou não a mesma coisa. Entretanto, a mensagem da cruz é bem mais profunda do que as doutrinas pregadas nas igrejas cristãs. Estas, aliás, acabam esvaziando o conteúdo da Palavra, tornando a história de Jesus uma lenda, um mito, não uma realidade libertadora como de fato é.
Tenha um feliz Natal, amigo!
Olha eu aqui, dando uma escapulida...rssss
valeu pelas palavras lá no botequim.
concordo com você que a maior influência de jesus é moral, visto que até mesmo os que não são cristãos o consideram como um grande profeta moral.
o levi "complica" toda a questão dos mitos e da história com suas espetaculares visões psicanalísticas do cristianismo, bebido muito bem bebido das fontes de jung do qual ainda estou lendo as primeiras linhas.
levi, portanto, tenho uma pergunta para você.
quando os escritores dos evangelhos estavam escrevendo, eles não pensavam em psicanálise junguiana ou freudiana, mas você diz que o que eles escreviam era exatamente isso, como é possível? será que quando o evangelista põs jesus entre dois ladrões o símbolo que ele queria criar era o citado por você?
não é na verdade freud e jung que interpretaram os evangelhos segundo suas descobertas da psiqué? não deveríamos primariamente buscar no próprio caldo cultural judaico e grego as chaves paras os símbolos cristãos? ou você realmente acredita que freud e jung explicaram tudo e seus pensamentos devem ser a referência para qualquer posterior interpretação dos evangelhos?
até.
Prezados GRESDER e LEVI,
Talvez lhe interessem o texto "E Ele veio para morrer...", o qual escrevi na presente data. Acho que tem a ver com o que estamos debatendo.
Um forte abraço!
EDUARDO,
Sinceramente vejo Jesus bem livre do cárcere da moral. Foi o cristianismo e a religião que criaram a imagem de um cristo moral.
No entanto, Jesus resume todos os mandamentos à prática do amor - o fruto do Espírito - que só pode ser cultivado dentro de um viver gracioso sem as amarras da moral.
Já parou para analisar que os moralistas tornam-se incapazes de amar? Porém, se eu consigo romper com a moral, fico livre para aceitar meu próximo incondicionalmente, sem nenhuma exigência a fazer, sem vergonha, sem limites, sem barganhas e sem prestar nenhumt ipo de satisfação à sociedade.
Jesus é o cara que amou as putas, os publicanos, os ladrões, os leprosos, seus discípulos trapalhões e até os próprios religiosos. Estes, no entanto, foram capazes de rejeitar o beberrão de vinho amigo de pecadores.
Boas festas, mano!
Rodrigo é segunda vez que você vem aqui interpreta a palavra moral ou influência moral errado. Isso por que é você que esta preso ao conceito de moralidade, pois o blog é a-religioso, não é contra moralismo como você, antes o ignora, caga e anda para questões de moralidade e moralismo.
Quando eu falo de influencia moral esqueça tudo sobre moralismo e moralidade, pois eu estou falando de influencia pessoal versos influência espiritual e sobrenatural. Ou seja eu falo que as transformações das pessoas não são causadas por questões e fatores espirituais ou sobrenaturais, mas por forças morais, ou seja pela influencia da pessoa, ensino e historia poderosa de Jesus.
O exemplo de uma influencia moral e quando um pai ou avo muito honrado e digno morre e seus filhos ou netos são transformados em homens de bem pela influência moral da vida deste homem. Pois aqui não teve nem um fator sobrenatural, mas a vida digna e justa deste homem influenciou a transformação dos outros.
Ou seja, Jesus transforma as vidas, não por estar vivo e ter poder divino, mas por que suas historia é maravilhosa, seu caráter é poderoso, suas palavras apaixonantes e seus ensinos extraordinários, isso é influencia moral e não tem nada ver com moralismo e moralidade, isso é influencia pessoal. Você nunca leu nada sobre Abelardo, ele falava algo semelhante sobre isso em relação a morte de Jesus, vou colar aqui um trecho da Wikipédia.
A visão de influência moral da expiação é uma doutrina na teologia cristã, que explica o efeito da morte de Jesus Cristo como um ato de obediência exemplar que afeta as intenções daqueles que vêm a saber sobre ele.[1] Este entendimento remonta aos primeiros Pais, e pode ser encontrado em fontes bíblicas como bem como nos ensinamentos de St. Agostinho. Seu proponente mais famoso é o lógico medieval Pedro Abelardo
Mas analisando por outro ponto de vista, Jesus não poderia beneficiar o império romano, uma vez que, ele mesmo se proclamava o rei dos Judeus, e para os romanos, Rei era César, logo, os ensinamentos de Jesus iam de encontro, e não, ao encontro do império.
Gresder, você está enganado ao dizer:
"...Veja que os romanos gostavam de Jesus e queriam solta-lo, Jesus tinha amigos entre eles e os mais importantes cidadões, Jesus nunca se opôs ao império por sabedoria astuciosa mesmo."
Segundo os historiadores, Filon e Flávio Josefo, o relacionamento dos romanos com os judeus não era bom. Na opinião do historiador de Josefo, os anos em que Pilatos esteve como prefeito foram anos violentos na Palestina, e Filon descreve o governador Pilatos, como um homem violento, belicoso, que roubava, matava, abusava de seu poder, e freqüêntemente executava os prisioneiros Judeus, sem um julgamento. Pilatos era um homem feroz e não hesitou em momento algum para assassinar Jesus, que era considerado um rebelde sublevado.
Houve ocasiões em que, o sangue de judeus se misturou ao dos sacrifícios, por ordem de quem?
Pilatos é claro!
Portanto, sua afirmação de que Pilatos não queria matá-lo, demonstra sua falta de conhecimento na história dos Hebreus.
Abraços!
"
Jesus não só morreu crucificado, como também, os açoites não foram uma maneira de tentar libertá-lo da cruz. Açoitar um prisioneiro condenado à cruz, era uma maneira de deixá-lo mais fraco, para que não reagisse quando fosse pregado ao madeiro.
Procure ler "A História dos Hebreus de Flavio Josefo.
Abraços!
Rodrigo, não sei se choro ou se rio dos seus comentários mano. Se eu te dissesse que existe homens que podem voar, ou outros que sabem ler mentes (exceto os psicanalistas é claro), ou pesoas que tenham super-poderes, certamente você me chamaria de idiota. E com razão.
Mas, acreditar realmente que, Jesus foi sacrificado para nos redimir de nossos pecados e nos salvar do fogo eterno. Enquanto a Bíblia nos diz que se não acreditarmos nesta fábula, queimaremos no fogo eterno. Não é um pouco de idiotice também? Esta afirmação não lhe sôa um tanto quanto paradoxal? (sem ofensas pelo...idiotice, eu me considero um idiota por ter acreditado por tanto tempo nesta besteira.
Abraços Rodrigo!
Eu já li Flavio e conforme os relatos dos evangelhos Pilatos mandou crucificar Jesus a contra gosto. Em questões de política Jesus era neutro e seu reino era anunciado de como sendo espiritual, portanto não causava nem uma ameaça aos romanos.
Pilatos não gostava dos judeus religiosos e políticos e Jesus não tinha nada a ver com isso, antes se levantava também contra tudo isso, e não fale em falta de conhecimento de historia, pois fontes e teorias sobre Jesus eu vejo não somente nos livros, mas em documentários toda semana na net.
Eduardo
“...quando os escritores dos evangelhos estavam escrevendo, eles não pensavam em psicanálise junguiana ou freudiana”
Os escritores dos evangelhos pensavam num Deus que habitava no “andar de cima”.
Foi através da leitura metafórica dos dogmas religiosos e particularmente dos evangelhos que Freud, Jung e outros chegaram a descoberta do inconsciente. Tanto Freud como Jung chegaram aonde chegaram por que estudaram por décadas a fio as Escrituras Sagradas, e viram que anjos, demônios e deuses são fenômenos psíquicos que estão no âmago do mistério da vida.
Então Javé se cansou de guerrear com os inimigos dele, lá de fora, e veio um Homem dizendo-se filho desse Deus, afirmando que o inimigo a ser combatido estava dentro do próprio homem. Daí se dizer que, se Freud foi o pai da psicanálise, Cristo foi o avô, pois já fazia muito bem a ausculta dos paradoxos da alma humana(rsrs)
Por entender que nada existe fora da psique, é que o homem moderno preocupa-se em resgatar os tesouros espirituais que a religião tradicional já não pode veicular.
As teorias psicológicas atuais nos fazem perceber que Cristo compreendia profundamente as pessoas. Aliás, a maioria dos psicólogos são fascinados pelos ensinamentos de Jesus, porque os mesmos são irretocáveis do ponto de vista psicanalítico. O médico e psicólogo Augusto Cury, disse certa feita, que depois de estudar muitos anos é que descobriu que se compreendêssemos psicologicamente os ensinamentos de Jesus, poderíamos entender por que suas palavras exerceram um impacto tão marcante nos seus seguidores.
Graças à psicologia é que hoje entendemos que o confronto de Jó com a imagem de Deus do bem e do mal, ocorreu dentro de sua própria psique. O escritor do mito de Jó não compreendia as forças paradoxais do seu inconsciente, por isso projetava o duplo aspecto da imagem de Deus num poder divino fora do homem.
Os inimigos do Deus do V.T. eram os estrangeiros que adoravam outros deuses; com Cristo, esse inimigo passou por uma releitura psicanalítica: ele agora mora dentro de nossa psique. O Reino de Deus não está no espaço sideral e sim dentro de nós.
A grandeza e beleza dos evangelhos e das parábolas de Cristo, estão nas figuras de linguagens que simbolizam os afetos mais profundos e paradoxais de nosso inconsciente.
Aprendemos muito sobre nós mesmos quando fazemos uma leitura psicológica das incontáveis metáforas e parábolas bíblicas.
Mas aqui pra nós, tanto o J. Lima como você, Eduardo, são estudiosos do assunto, e eu estou simplesmente chovendo em chão molhado (rsrsss)
NOREDA: "Mas, acreditar realmente que, Jesus foi sacrificado para nos redimir de nossos pecados e nos salvar do fogo eterno. Enquanto a Bíblia nos diz que se não acreditarmos nesta fábula, queimaremos no fogo eterno. Não é um pouco de idiotice também? Esta afirmação não lhe sôa um tanto quanto paradoxal? (sem ofensas pelo...idiotice, eu me considero um idiota por ter acreditado por tanto tempo nesta besteira."
A questão não é acreditar, mas crer, confiar, entregar-se.
Para quem não experimenta Jesus em seu íntimo, seguindo seus passos e estabelecendo um relacionamento com Ele, tudo o que diz a Bíblia lhe parecerá uma fábula.
Mano, não sei qual teria sido a sua experiência dentro com a Igreja, mas está me parecendo que te apresentaram uma cosmovisão muçulmana, como se Deus fosse cheio de punições, pronto para condenar as pessoas ao fogo do inferno.
Mas eu te digo que o inferno existe para aqueles que rejeitam sua graça, seu perdão e sua oportunidade para ser nova criatura. Para quem se tranca dentro de si, confiando em sua própria justiça e amando o mundo, para este o inferno já está aqui e, quando morrer, já não poderá tomar mais nenhuma escolha pois os mortos nada podem decidir.
"O temor de YHWH é o princípio da sabedoria"! Logo, se quer conhecer a Verdade, apenas tema a Deus, aproximando-se do Altíssimo com a devida reverência. Aceite a graça que Ele está te oferecendo no dia que se chama hoje e se converta. Busque-O a cada dia. Medite na Palavra. Pratique sem duvidar. Aí você irá compreender sem precisar primeiramente acreditar. Basta que descanse em sua graça e deixar que o Espírito Santo te guie.
Não importa se o homem acredita ou duvida em sua mente. Importa qual a resposta que se dá a Deus.
Rodrigo, o que você está me dizendo, é que Deus é bom, e nos deu o livre arbítrio para que pudessemos escolher nossos caminhos. Mas, este livre arbítrio é mais ou menos assim:
Filho, você pode seguir qualquer caminho que quiser. Mas, se o caminho que escolher não for o que eu proponho (entenda-se, ordeno), certamente irás para o inferno e lá "viverá" pela eternidade em prantos e ranger de dentes.
Pelo que você me diz, Deus só seria bom mesmo, se Ele salvasse a todos, indiferente de servímo-lo ou não. Se o amor de Deus é incondicional, como muitos tentam provar, a salvação da "alma" jamais poderia estar condicionada ao crer ou não crer, servir ou não servir, e pior, amar ou não amar ao Pai celestial.
Isto é incondicionalidade, ou seja, não haver condições para que sejamos salvos ou amados por Deus.
Quem ama, não manda para o inferno, por pior que seja o objeto de seu amor.
Não estou atacando diretamente a pessoa de Deus, até porque não creio que ele exista. Estou tentando fazê-lo refletir sobre o que a Bíblia diz sobre o amor Ágape.
Meu irmão Rodrigo, você é um dos caras mais simpáticos que já encontrei por estas bandas da blogosfera. Espero que nossas convicções não maculem nossa recente amizade. De minha parte está tudo numa boa.rss
Abraços!
Falar em salvação de almas, se você Rodrigo ler e discutir junto com a gente por um ano, sua visão será totalmente mudada, pois aqui do outro lado tem gente igual você, com experiências do tipo “ encontrar com Deus verdadeiramente” iguais a sua, e com sentimentos de “ amar Jesus de todo coração e se entregar a ele” coisas que todos nos vivemos.
Você não esta falando com gente estranha, mas com gente de verdade, com experiências reais na religião, com pessoas sinceras e sua descrença, com pessoas que se libertou da culpa religiosa e que não tem nem um medo de blasfemar contra Deus e a bíblia. Por que um dia amou este deus profundamente e que depois descobriu que isso era mais uma paixão da juventude da alma humana inexperiente com o todo da vida e do conhecimento humanos dos homens.
Então não deixe a entender que nos precisamos de uma experiência real de amor, pois é a partir destas experiências vidas que dizemos com coragem o que dizemos, e no mais aqui é blog de macho, e se existir um inferno (não existe) iremos para ele de cabeça erguida sem se humilhar dando o pior para deus depois de tanta arrogância contra religião.
Gresder, na boa mano:
Não sei nem o que dizer diante deste teu ultimo comentário.
Foi a coisa mais linda que já ouvi de sua boca mano. Confesso que não conseguiria me expressar desta forma ao Rodrigo, nem em mil anos. Parabéns! De verdade.
Ai fofo kkkkkk quase você se declara por mim agora rsrs
Antes que o Rodrigo responda eu esqueci de dizer que o Rodrigo está atrasado em relação a nós, pois enquanto ele estáva curtindo o mundão ai fora a gente estava orando, lendo a bíblia, evangelizando, pregando ensinando em escola do dominical e tudo isso sem fanatismo, moralismo e legalismo, antes nossa devoção era fundada na doutrina da graça e nosso motivo era o nosso amor e temor a Deus, portanto não somos desviados que estamos fora da igreja, mas gente que não crê na igreja por que já viveu e absorveu dela o maximo e o melhor que ela tinha a nos oferecer, somos homens honestos e sincero e não queremos tirar o chão de ninguém mas o ganha pão dos filhos da puta.
É verdade Gresder, lembro que, minha intenção ao criar um blog, era justamente difundir uma fé que não fosse interesseira, mas, totalmente fundamentada na observação das maravilhas que Deus criara, e no amor que poderíamos desprender a Ele sem que fosse necessário uma barganha.
Felizmente, ao longo do percurso, deparei-me com pessoas que se encontravam na mesma situação que eu, mas que ousavam questionar as "vacas sagradas" da fé, (você foi um deles), então sofri uma metanóia e mudei drasticamente minha visão, endureci? Sim! Mas não perdi a ternura.
O Rodrigo pode estar correndo um sério risco ao insistir em não relativizar tudo que lhe fora ensinado, mas também corre riscos ao ao fazê-lo, pois o final..nós conhecemos bem.
Abraços!
GRESDER e NOREDA,
Vocês continuam sem compreender a mensagem que tenho falado sobre a graça e nem o que há semanas venho compartilhado aqui sobre o que é salvação, céu, inferno e a escatologia já realizada muito bem colocada no Evangelho de João, apesar de todas as modificações que o texto sofreu em vários momentos.
A graça de Deus é tão imensurável que Ele nem obriga as pessoas a serem salvas.
“O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (Ap 22.17; ARA)
Quem quiser, vem, e beberá de graça da água da vida. Este não provará a segunda morte porque já passou da morte para vida. Mas quem preferir ficar de cabeça erguida e não aceitar a reconciliação e o perdão propostos por Deus, colherá aquilo que plantou. Aí, quando o fio de prata se romper, não poderá mais fazer nenhuma escolha e a alma continuará no mesmo inferno onde já se encontrava.
O céu e o inferno começam aqui! Dentro de nós! São nossas escolhas existenciais e permanecem com o homem depois de sua morte.
Todavia, não estou aí para pregar o inferno, mas sim o céu. Prego a possibilidade de que vc nesta terra, mesmo passando por aflições, perdas e privações, possa encontrar em seu íntimo a paz, desenvolvero amor, fazendo os outros felizes e ser uma pessoa alegre no meio de tantas tempestades.
Prego, inclusive poeticamente e com todo o meu romantismo, que tudo não terminará com a morte. Que se você escolhe a Vida, esta irá sorrir eternamente para você. A morte lhe será como um sono e Deus te fará viver novamente com um novo sopro de amor. Ouvirá sua voz chamá-lo docemente para que suba aos céus, entre no paraíso e esteja para sempre com Ele. Suas lágrimas serão enchugadas de todas as dores do presente e com o fruto da árvore da Vida poderá se curar de todos os traumas. Então, nada daquilo que existe aqui será comparado com a glória do porvir.
Se Deus colocou em nós o desejo da eternidade é porque há um propósito. Portanto, deve o homem lembrar-se de seu Criador e se voltar para Ele. E basta arrepender-se e crer no Evangelho.
Rodrigo meu amigo, você escreve bonito, mas não entende que, eu, e possivelmente o Gresder, assim como outros milhões de pessoas, não temos em nosso íntimo o desejo de vida eterna. Pelo menos não esse que você tem.
A vida eterna que quero, seria mais aceitável de se comparar com uma "imortalidade", sendo esta, não factual. Quero ser lembrado numa mesa de refeição, ou de debates filosóficos, por meus netos e bisnetos. Morto estarei, e obviamente não poderei desfrutar deste momento, e isto, podemos encarar como a "tragédia" do existencialista, mas não a minha.
Não entendo como uma pessoa tão esclarecida como você, pode literalizar tanto as escrituras Judaicas.
Rodrigo, não posso demovê-lo de sua fé, aliás, contra fé, nada que eu diga pode surtir efeito, pois, você optou em crer, e por mais evidências que a vida lhe ofereça contra a veracidade da obra redentora de Jesus, seu cérebro se encarregará de rejeitá-las.
Já eu, optei por não crer, baseando-me na observação contínua, e por conseguinte, fui libertando-me do que outrora, assim como você, aceitava de olhos fechados.
Rodrigo, não podes dizer que esta vida é o início do inferno, dizer isso é ir contra o que você julga obra das mãos de Deus. Esta vida é maravilhosa, e justamente por ser efêmera, nos apegamos a ela com todas as forças de nosso ser.
Não quero o paraíso, pois nele estou desde que nasci.
Abraços Rodrigo!
A eternidade é o despreso pela vida, e a negaçao de de tudo que foi criado.
E nao temos desejo de eternidade,mas um instinto sego de desejo de vida, é como o instinto de procriaçao que nos mantem vivos e nos perpetua no planeta, só os filosofos e profetas que nao tinham filhos, nao fasiam amor,e nao tinham boas amisades e nao eram felizes na terra desejavam a etrnidade.
Alias a aternidade só foi desejada quando o povo começou a ser perseguido, antes disso o judaismo nao tinha esta doutrina.
Madonna Gresder, você acabou e falar exatamente o que escrevi no meu novo texto, de fato, assim como Schopenhauer, eu considero que a eternidade caracterize um certo desprezo pela vida, já, pensar na morte, é uma maneira de dar valor à rápida passagem que fazemos por ela.
"Olhar a vida com os olhos da morte é de certa forma, viver sem medo de não ser eterno". (Edson Moura)
Abraços!
YHWH é Deus de vivos, não de mortos.
Por acaso poderão os mortos louvá-Lo?
De fato, Gresder, os judeus não tinham no começo uma revelação sobre a vida eterna e este era um debate que ocorrida nos tempos de Jesus entre os céticos sacerdotes saduceus e os fariseus, visto que a Torah não fala explicitamente da ressurreição, sendo isto um mistério.
Entretanto, antes que a ideia da ressurreição surgisse na Tanak, através do livro do profeta Daniel, o assunto já estava se evidenciando nos salmos de David.
A oração do Salmo 90, atribuída a Moisés, fala sobre a transitoriedade do homem e a eternidade de Deus, a qual é a sua assinatura pois o "Eu Sou" é a expressão de sua incondicional existência porque Ele simplesmente "é".
Ora, será que Deus iria nos criar para que morramos e sejamos esquecidos?
Pois eu digo ao Noreda que, depois de seus netos e bisnetos, dificilmente o nome de alguém é lembrado. Bastam algumas décadas ou séculos para que os homens mudem nomes de ruas e de praças homenageando outros que vêm depois. E aí voltamos todos ao pó.
Gresder e Noreda, vejam o quão miserável seremos se colocarmos as nossas esperanças somente nesta vida? Mas o que Deus quer é ter para sempre a nossa companhia e eu creio que Ele "não deixará a minha alma na morte" (Sl 16.10a).
Sugiro que sigam o exemplo de Davi e se envolvam com Deus. Não fiquem pensando em respostas para as dúvidas de vocês. Apenas adorem YHWH de todo o coração. Procurem o bem e sigam o amor. Então vocês entenderão o verdadeiro significado da vida e não mais se importarão com as dúvidas.
Duvidas? Acaso você sentiu alguma duvida aqui, acaso você sentiu algum texto carregado de teor universalmente pessimista como os seus comentários fazem parecer o que você é e sente, duvido que alguém com uma mentalidade de salvação e condenação possa ser Feliz sabendo que milhões não vão encontrar a sua verdade. A não ser que não leve sua religião a serio,como todos fazem, pois se levar isso a serio, isso sim que uma vida miserável, acreditar que existe salvação e condenação, mentira e verdade,Deus cristão e diabo medieval. É depressão e melancolia na certa. E mais, é um estado doentio masoquista que gosta disto como meio de resignação religiosa.
O que cremos, cremos o que não sabemos, não nos importamos, simplesmente ignoramos, duvidas é coisa para cristão e não para quem recebe a vida como presente, ao invés de negá-la em uma fuga para eternidade.
Não sou nem criacionista e nem evolucionista e ( a vida mágica de mais para tanta idiotice religiosa e cientifica)não sei de onde vim e isso não me importa na pratica, não me aflijo com isso, não sei de onde vim e não sei para onde vou, só sei o que eu sou: eu sou foda; sou um animal predador, instintivo, valente, racional, justo, reto e satisfeito com a vida.
Não me escondo atrás de ministérios, não deixo mais a religião se aproveitar de minha fraqueza p ara me escravizar psicologicamente. Não tenho temperamento melancólico para ser submisso a uma vontade divina. Nasci forte por natureza e como animal que esta na escala da cadeia alimentar, não nego minha vontade poderosa de vida, da pelo Criador.
Deus que me perde, ainda bem que você não é capas de entender e me aceitar. Pelo bem de sua alma (religiosidade) não fique por aqui. Salve-se, pois com tanta inteligência poderosa te massacrando, se você não se des-converter vai ficar um cínico, dúbio e sonso igual ao Hubner Braz nosso coleguinha virtual.
Rodrigo, meu comentário, embora não deixe explícito, está justamente reconhecendo atransitoriedade da memória póstuma também.
Você diz:
"Pois eu digo ao Noreda que, depois de seus netos e bisnetos, dificilmente o nome de alguém é lembrado. Bastam algumas décadas ou séculos para que os homens mudem nomes de ruas e de praças homenageando outros que vêm depois. E aí voltamos todos ao pó."
Eu sei disto, e por isso disse que este fato constitui a "tragédia" de muitos existencialistas, mas não minha.
Mas não é preferível ser esquecido e ter vivido, do quer viver sempre e não lembrar? Pois este é o viver que as Escrituras nos oferece.
Mas se for diferente, e nos lembrarmos de tudo, não será demasiado doloroso, lembrar-mo-nos dos que amamos e não podê-los "amar", uma vez que teremos que amar somente ao Deus todo poderoso?
Já escrevi sobre o assunto, e se quiser, pode ler e refletir sobre o tema.
http://outroevangelho.blogspot.com/2010/01/lembrancas-de-minha-vida-eterna.html
Abraços Rodrigo!
Gresder, sei que o Rodrigo está por aqui porque tem interesse em saber como pensam os que já foram fiéis a Deus. Não o culpo, não tenho mais acessos de raiva com quem pensa desta forma. Lamento por eles, pois, você foi esplêndido em sua comparação com Hubner, é justamente nisto que a fé "inquestionável" transforma um homem de conhecimento apurado.
Rodrigo, você consegue negar o mundo que o rodeia, apenas porque as Escrituras lhe ordenaram que o fizesse. Amigo, pare pare pensar. Olhe para a vida através da sua janela e não através deste mantra que lhe ensinaram a recitar.
Continuo afirmando: Por mim, está tudo numa boa!
Nossa GRESDER,
Como você dá conta de ficar o dia inteiro ONLINE no facebook, comentar na Blogosfera inteirinha, me dar bronca pelo bate-papo, me atormentar nos comentários do facebook...e ainda postar uma mega-hiper postagem desta, com um milhão de comentários?!
Tá rapidinho no teclado hein, o que anda acontecendo? eu não te treinei mais no MSN..hehehe...
Beijos...Não vou cobrar a tua presença, pois nem comentei a tua postagem, só passei aqui pra te atormentar mesmo. haha...
Não foi elogios, fiquei apenas surpresa!! teu ego está explodindo, chega de elogiosss...rss
Paulinha eu fiquei em casa hoje por que estou contundido, mas amanhã trabalho dia inteiro, você não precisa me elogiar eu me elogio a mim mesmo kkkkk realmente eu vou explodir rsrs
Edson faz lá o facebook, é simples, aproveita que você esta de férias. E cadê o Marcio, sumiu totalmente?
O Marcio viajou para o Mato Grosso, para ver como anda a fazenda, dizem-se à boca pequena que ele já está com mais de cinco mil cabeças... de formiga.rsss
Cara, facebook não é minha praia, mas agradeço o convite.
levi, queria ler algo assim sobre o que eu questionei. esse é um bom caminho para "dentro" pois o que está "fora" ali foi gestado com grandes cargas simbólicas. sei que muitos escritos bíblicos foi propositalmente escrito em formas simbólicas, então você está certo em dizer que jung apenas puxou o "fio de ariadne" reconstruindo os significados simbólicos ocultos nas escrituras.
agora para com isso, véio, eu estou apenas no primeiro parágrafo dos escritos de jung...rs
rodrigo.
sua "luta" aqui será inglória...rsssss mas tudo vale a pena se alma não for pequena, já escreveu o poeta e filósofo.
eu já pensei exatamente como você, inclusive tendo uma simpatia pela escatologia realizada visto ser menos "viagem na maionese".
mas a verdade é que se confundirmos fatos com símbolos, a crença cristã sempre estará envolta em pressupostos muitos embaraçosos para uma cabeça pensante de verdade, que não anula a realidade pela crença. (veja que disse crença e não fé).
fui cristão evangélico minha vida toda, um ávido estudante de teologia bíblica, inclusive formado em seminário.
como disse o gresder, todos nós por aqui cremos com todo coração e fomos sinceros na nossa ignorância (não me interprete mal aqui).
apesar de não crer mais nas doutrinas centrais da fé cristã, continuo me considerando um cristão por herança espiritual; mas hoje meu cristianismo é bem "a-religioso", "a-teológico", "a-doutrinário", "a-institucionalizado", e por ai vai.
prefiro hoje ler os evangelhos por outras óticas. mas não sou um ateu clássico. claro que não creio nos deuses das religiões pois todos são representações mal-feitas do inominável.
o que eu sinto(sem querer dogmatizar) é uma presença que permeia o universo e tudo o que nele há. creio que uma consciência move o universo assim como nossas próprias consciências movem nosso mundo.
isso é deus? chamem do que quiser, só não quero criar teologia em cima disso.
gresder respondeu muito bem em que sentido eu disse que jesus foi um profeta moral. com certeza, moralismo passava longe do carpinteiro de nazaré.
em breve vou visitá-lo no seu blog. aliás, você seria uma boa aquisição para a confraria dos pensadores, nosso blog coletivo do qual o gresder e o noreda são filhos pródigos mas que em breve levantarão a cabeça e dirão: pequei contra o meu capitão. voltarei para casa e me farei apenas um jornaleiro...rssss
quando der, visita meu botequimdoedu.blogspot.com
gresder, fiz um fecebook para mim mas não o uso por que simplesmente não sei como fazê-lo. aquilo parece travado!!!!
me manda umas dicas
Nãooooooo Edu, por favor, não caia nas garras do Facebook, esse monstro devorador de amigos blogosféricos. Não caía no laço do "facebuqueiro" Gresder, nem se assente na roda dos "facebucadores". Antes, permanece nos blogs noite e dia, e neles comente sempre que possível.
Então você será como blogueiro plantado em meio ao blogspot, e no tempo certo terá milhares de comentários para responder. E seus cabelos não cairão. (este comentário que soou tão familiar, mas não sei porque)
Falando sério agora:
Será que o Rodrigo resistirá às investidas que o membros da Confraria dos Pensadores Fora da Gaiola darão?
Gresder, o que você acha de voltarmos para aquela jossa? Pois, depois que nós dois saímos, as moscas tomaram conta e nunca mais se postou um texto legal.
Abraços Edu e Gresder
Caras,
Olhar o mundo só pela nossa própria janela pode nos levar a equívocos. Porém, é pela nossa janela que podemos contemplar o ambiente. Mas sempre é bom ficarmos atentos com os nossos próprios erros.
Cada um, inclusive aquele que vos escreve, tem sua própria experiência. Desde os 10 anos (1986), eu era um assíduo leitor da Bíblia e devorava os 4 Evangelhos que a madre da escola mandou que a turma de catecismo adquirisse. Naquele mesmo ano, por contatos com o evangelicalismo, passei a questionar o catolicismo. Ainda assim, fiz minha "primeira comunhão".
Não consegui me tornar um católico praticante e só me confessei uma única vez antes de comer a óstia. Em poucas semanas, deixei de frequentar as missas, mas tinha um interesse especial pela Bíblia, sobretudo pelo Apocalipse.
Aos 14 anos (1990), meu coração estava sedento por Jesus. Escondido de minha família, eu assistia programas evangélicos quando ninguém estava em casa e comecei a frequentar ocultamente a igreja de minha avó materna, na IURD, onde me batizei. Quando minha família descobriu já não podia mais me impedir, mas entramos em acordo sobre minha restrita frequência aos cultos.
(continuando)
No começo do ano seguinte, uns parentes meus apresentaram-me à igreja deles - a PIB de S. Fco. Xavier, no Rio. Através desses primos, da nova igreja e do pastor Paulo, recebi uma sólida formação bíblica de modo que assimilei rapidamente parte da doutrina batista graças ao bom conhecimento que já tinha da Bíblia por meio das assíduas leituras. Batizei-me novamente porque os batistas não costumam aceitar o batismo de outra denominação. Nesta época, tive uma experiência com a visita da então missionária Valnice Milhomes em que caí no chão sentindo uma força quando, na certa, ela deve ter imposto as mãos sobre mim. Alguns oraram comigo para que eu falasse em línguas, mas não consegui. E depois fiquei questionando se alguém que estava do meu lado não teria me rodado. Curiosamente, não muito depois desta experiência, tive minha primeira relação sexual com 16 anos procurando sem a ajuda de ninguém uma prostituta. Meus colegas do Colégio Batista ficaram perplexos.
Deixei o Rio e fui para Minas onde, com dificuldades, aceitaram-me como membro sem a imposição de novo batismo porque a igreja carioca tinha se tornado independente da convenção brasileira e estava aderindo à convenção nacional. Só que o pastor gostou de mim e logo me colocou para ajudar na escola dominical dos jovens e passei a integrar um grupo de visitas.
Para decepção do pastor, não demorou muito para que eu me desviasse. Passei por duas fortes tentações. Uma delas foi na área sexual e a outra porque envolvi-me com política estudantil e política. Então, quando lia a Bíblia, já não fazia muito sentido pra mim. Não suportava mais ir à igreja, a qual estava bem distante do que lia em Atos. Mas, por outro lado, eu era incapaz de procurar ajuda. Fechava-me dentro de mim mesmo. Não pedia aconselhamento pastoral e fingia estar tudo bem como na verdade não estava. E não era capaz de admitir para mim mesmo que minha fé estava em crise.
Nos 12 anos que fiquei aparentemente desviado, um dos livros da Bíblia que mais li foi Eclesiastes e, raramente, lia a Palavra e muito menos orava. Pequei deliberadamente, zelando apenas por minha confissão de modo que fugia mais era da aparência dos pecados de idolatria, feitiçaria, astrologia, espiritismo, os quais considerava ameaçadores para a salvação ou descaracterizadores da minha conversão. Só que, no fundo, idolatrava dinheiro, era compulsivo pelo sexo, magoava as pessoas a minha volta, agia com intolerância, não amava meu próximo, viciei-me na internet e ficava constantemente alcoolizado. No meu íntimo, eu queria ficar milionário até os 40 anos de modo que, aos 20 anos, tinha uma poupança chegando aos 12 mil reais com investimentos da própria mesada. Mas quanto aos pobres, tinha raiva deles e fiquei muito feliz quando soube pelos jornais que uma grande favela de São Paulo tinha ardido em chamas num incêndio. E, poucos meses após o hediondo assassinato do índio em Brasília (março/1997), eu pregava na internet o extermínio em massa de homossexuais, ensinando técnicas de torturas e o que fazer com o cadáver da vítima. E me divertia com a reação dos defensores dos direitos humanos, os quais eu considerava uns hipócritas e seguidores da nova era. Além disso, descobri a corrupção. Tive uma certa proximidade com os políticos e considerei normal a podridão daqueles homens, bem como o abuso policial, pois o que eu idealizava era o super homem, o ser implacável, multimilionário, inteligente e manipulador. O fraco eu desprezava.
Em algum momento, nesses 12 anos desviado da Igreja, tive que tomar jeito. Depois de quase ter ido parar na cadeia, senti a necessidade de rever minha conduta. A moral da sociedade então serviu-me de freio e resolvi aproveitar a vida sem alimentar aquelas compulsões doentias que poderiam me prejudicar. Consegui sair fora do alcoolismo. E, graças a Deus, conheci minha esposa, a qual foi muito importante no meu processo de humanização. Com ela, aprendi a compreender a dor do outro, seja do pobre, do portador de doença crônica, do trabalhador, do idoso e dos animais. Até em relação aos gays eu fui mudando. Descobri o amor pela natureza e, quando menos imaginava, tinha me tornado um ambientalista. Ainda assim, eu era um cara bem intolerante, amargo, difícil, com reações violentas e egoísta.
Só em 2005, consegui voltar para a Igreja. Foi quando contratei um cara para instalar a tomada do computador em minha casa e ele trouxe consigo seu primo. Este, repentinamente, começou a profetizar a meu respeito. Por educação eu o ouvi e achei que não teria proveito debater com um sujeito fanático. E do que ele dizia falando na minha pobreza, eu pensava que estivesse se baseando numa observação dos poucos objetos da minha casa (talvez desconhecendo a conta bancária que tinha na época), ainda assim fui tocado porque meu interior estava se sentindo pobre. Então eu vi que estava na hora de retornar e tomei a iniciativa de visitar a igreja dele.
Não foi fácil ter frequentado por praticamente 5 anos uma igreja que tinha uma concepção doutrinária diferente dos batistas, com práticas pentecostais das quais não concordava muito e cheia de contradições. Mas resolvi não me firmar nessas coisas. Já conhecia a corrupção pastoral e a minha própria corrupção de modo que nada poderia me surpreender mais. Decido a princípio que me interessava mesmo era congregar-me numa igreja, louvar a Deus junto com outras pessoas e não ficar só. Se bem que eu pensava como batista e agia muito parecido com um batista.
O retorno à fé desta vez não foi tão espontâneo como na época de adolescente. Faltou-me força para ler a Bíblia. Eu já conhecia quase todos aqueles livros e a maioria das pregações não eram novidade. Por outro lado, o risco de tornar-me um religioso era muito. E às vezes eu estava em pecado e fingia estar tudo bem, mas preferi não encarar os altos e baixos da mesma maneira como havia feito na adolescência. Fiquei novamente tentado a trocar Deus pelo dinheiro, trabalhava compulsivamente e um dos meus piores momento foi quando, menos de um ano de casado (no papel) bati na minha esposa a ponto de ela quase desmaiar. Meses depois, em agosto de 2007, ela tentou o suicídio enquanto eu estava na igreja assistindo o culto e me encontrava lá mais por uma obrigação de levar o dízimo. Aí uma amiga que também estava no culto recebeu um telefonema, avisou o pastor auxiliar e este me chamou indo até minha casa com outro irmão que é bombeiro, levando-a a seguir para o hospital onde ficou internada por alguns dias.
Posso dizer que só em 2008 mesmo foi que a fé parece ter renascido no meu coração. E isto aconteceu numa época em que estava me sentindo bem frustrado, desanimado e em crise. Desta vez, já não tinha nada na poupança e o meu sonho de ficar milionário aos 40 tinha ido para o espaço há muito tempo. Eu estava indo mal na profissão, matava-me de trabalhar sem ter um retorno e nem dedicava tempo pra esposa. Foi aí que resolvi voltar a ler a Bíblia. Todos os dias, antes de ligar o computador para trabalhar, eu abria as Escrituras e dava seguimento à leitura sequencial de algum livro. Ali, eu sentia Deus falando comigo porque as mensagens tinham a ver com o meu estado interior, minha falta de fé, meu apego às coisas deste mundo e o fato de ter tratado Deus como alguém comum e não como o Senhor.
Tinha vezes que eu lia a Bíblia sem vontade nenhuma e estava ansioso para começar a trabalhar. Só que mesmo assim, eu me submetia à leitura como um compromisso, nem que eu lesse só alguns versos ou uma seção. Porém, com o tempo, percebi que se ficasse um dia sem ler as Escrituras, era como se algo estivesse faltando no meu dia. Aí percebo que já não conseguia ficar mais sem me alimentar da Palavra. E grandes coisas Deus foi fazendo.
Olha, irmãos. Com poucos meses de leitura da Bíblia, eu já estava bem diferente. Não tinha superado todos os conflitos, mas tomei atitudes positivas. Comecei a colocar um tempo limite na atividade laborar para assistir TV de noite ao lado da esposa. Procurei agradá-la de várias maneiras, dar-lhe mais atenção e afeto, mesmo ela passando por um processo depressivo e que em breve iria desencadear problemas mais graves de saúde. Na igreja, senti vontade de fazer a obra de Deus e com maior espontaneidade. Com pouco tempo já estava ensinando e convocando os homens parar orarem nas terças-feiras enquanto suas esposas participavam do culto de mulheres de modo que, poucos meses depois, reconstruímos a rede dos homens cujos cultos foram reinaugurados no 2º semestre de 2009.
Não me considero hoje um ser pronto e acabado, mas alguém em permanente reconstrução. Sei o que Deus em feito na minha vida e também conheço os enganos do meu coração em querer negar as obras do Eterno, pois é muito fácil esquecermos de um benefício passado afim de reinterpretarmos nossas vidas como se certas coisas tivessem sido fatos do acaso, ou atribuirmos determinados eventos bem sucedidos a nós mesmos ou a outro que não seja Deus. Só que hoje sei que o Espírito se move em mim. E não é por doutrina ou exegese de textos que sou transformado, mas pelo agir sobrenatural do Ruah Kadoshi, o Espírito Santo.
Este ano, precisei ter coragem para mudar novamente de igreja. Estou me reunindo com alguns irmãos batistas que não os considero nem “tradicionais” e nem “renovados”, apesar da instituição estar ligada à convenção brasileira. E troquei uma grande igreja de quase 1000 membros por uma congregação de umas poucas dezenas de frequentadores e que está situada em outro bairro, Porém, descobri que já nem sou tão batista e que estou me reunindo com aqueles irmãos porque temos uma identidade de propósito e rola entre nós mais espontaneidade, bem como há uma abertura maior para uma permanente desconstrução. Mesmo limitados (eu também sou um cara limitado), buscamos reconsiderar o odre e pretendo ficar com eles enquanto Deus quiser.
Rodrigo, lí seu depoimento calmamente, e acho que não perdi nenhum fragmento. Sua história é semelhante à de tantos outros que conheço, excetuando-se a parte em que você agride sua esposa.
A favela que pegou fogo aqui em são Paulo, era a favela em que eu morava (Heliópolis), não me restou nada, a não ser a roupa que eu tinha no corpo, e coincidentemente uma bíblia que estava debtro de uma maleta de couro que meu padrasto possuía..
Lí a Bíblia de capa a capa, pelo menos 6 vezes, para ter uma visão panorâmica do que os crentes chamavam de palavra de Deus aos homens. Dormia com ela embaixo do travesseiro, cheguei a comprar 12 publicações diferentes...da apologética a Genebra, de Escofield, a Alfaliti, de aplicação pessoal a NVI, foram necessários 20 anos para que eu entendesse que estas escrituras não eram a palavra de Deus aos homens e sim, a palavra dos homens a deus (frase esta que aprendi com o administrador deste blog).
Sua história realmente é surpreendente, mas o que vejo, é uma constante luta interna, que você trava consigo mesmo, para tentar agradar a Deus.
Rodrigo, aparentemente você é uma pessoa de bom caráter, e lamentaria muito que este caráter pio estivesse atrelado às suas convicções religiosas. Seja bom por que o ser humano é bom, e não porque Jesus quer que você seja.
Pouco adiantará estas palavras que lhe escrevo, mas fico tranqüilo pois já fui exatamente como você, fui diácono por 7 anos, e não aceitei o pastorado, simplesmente porque não concordava com 90% do que me mandavam pregar.
Um dia seus olhos se abrirão Rodrigo, e frequantando esta sala, este momento apenas se tornará mais rápido.
Costumava dizer ao meu pastoer que minha fé era inabalável, pois ela não estava condicionada à milagres, bençãos financeiras, ou à veracidade de Jesus ter ressuscitado (era um escândalo dizer isso ao meu pastor). Ainda assim, perdi a fé em Deus, no momento em que comecei a debater com Gresder, Eduardo, Leví e Marcio.
Não estranhe se dentro em pouco, você estiver nas mesmas condições em que nós estamos.
Abraços!
Caramba eu nunca fui tão mau assim Rodrigo,ninguém aqui foi, sempre pequei com moderação. Cara a religião fudeu com você, bom seria se você nunca tivesse lido um versículo da bíblia, seu coração seria bom, e sua conduta normal. O texto que eu escrevi ontem e vou postar agora se encaixa perfeitamente em você! Vá lá vê.
Pôxa Greser, que negócio é este de "pecar com moderação"?rsss
Mas manda aí o novo texto que eu estou com a faca entre os dentes para comentá-lo. como é bom as férias!
Caramba, já tô quase colando em mim mesmo nos comentários.
Mas acho que o Edson Moura não vai deixar eu passar dele.rss
Ass. Noreda Somu tossan
Noreda: Quem pode transformar o home é o Espírito de Deus. É ele quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Convicções religiosas não transformam o caráter de ninguém, antes o deformam. Isto porque quanto mais se conhece acerca dos mandamentos, mais o pecado cresce por causa da força da proibição. A graça, contudo, nos liberta. E onde abundou o pecado, a graça superabundou. E isto agente não vai compreender lendo inúmeras versões da Bíblia que eu também tenho colecionado. Acrescento que não podemos agradar a Deus por obras. Ele nos aceita pelo que somos, não pelo que fazemos.
Gresder: A Bíblia fez-me o grande bem de transformar o meu coração e se você ler novamente o que escrevi acima, verá que não foi a Bíblia que me fez mal, mas eu, pelas minhas escolhas, por não ter buscado ajuda, por nãot er me relacionado com Deus, que me afastei. Aliás, é lendo a Bíblia que tenho me fortalecido.
Noreda: Peço-te perdão que na época eu tivesse me alegrado com o lamentável incêndio na favela de Heliópolis. Eu de certa forma nutria o pensamento de que a polícia e o exército tinham que jogar bombas nessas comunidades para acabar com o crime organizado. Não deixava de ser o pensamento de muitos alienados da classe média brasileira que sonham um dia ser elite.
Gresder: Não existe este lance de "pecar com moderação". Tudo é pecado, inclusive nossa cobiças e pensamentos que não manifestamos. Aliás, não me lembro de ter falado com qualquer pessoa na época que estava comemorando o incêndio que destruiu Heliópolis e, consequentemente, a casa onde o Noreda residia. Hoje louvo a Deus pela obra que Ele tem feito na minha vida e sei que preciso mudar muita coisa ainda.
Rodrigo, você diz que convicções religiosas não mudam o caráter do homem, mas sim, o Espírito Santo.
Mas, logo em seguida você faz esta declaração ao Gresder:
"...Gresder: A Bíblia fez-me o grande bem de transformar o meu coração e se você ler novamente o que escrevi acima, verá que não foi a Bíblia que me fez mal, mas eu, pelas minhas escolhas, por não ter buscado ajuda, por não ter me relacionado com Deus, que me afastei. Aliás, é lendo a Bíblia que tenho me fortalecido."
Não lhe paree um tanto contraditória esta sua afirmação.
Se, não precisamos da Bíblia para fortalecer nossas convicções religiosas, apenas precisamos do espírito, descartemos a Bíblia então.
Se precisamos da Bíblia pois nela está o segredo para alcançarmos o espírito de Deus e nos tornarmos pessoas melhores, logo, convicções religiosas mudam sim, o caráter do homem, ou pelo menos é o que se imagina.
"Tirem-me a fé e conhecerão meu verdadeiro caráter" é um dos meus artigos prediletos, se puder, dê uma lida, nem precisa comentar, só leia e reflita. Ele é baseado em acontecimentos do meu cotidiano.
http://noreda.blogspot.com/2010/07/tirem-me-feentao-conhecerao-o-meu.html
Abraços Rodrigão!
Prezado Noreda,
Não faz muito tempo um suposto teólogo causou perplexidades no mundo evangélico quando afirmou que a Bíblia não seria a Palavra de Deus. Num outro blog, não me recordo de uma só alma que o tenha apoiado. Eu, apesar de achá-lo um tanto sensacionalista, também tenho minhas razões para afirmar também que a Bíblia não seria a Palavra.
O que é a Bíblia?
A Bíblia antes de mais nda é um conjunto de livros antigos e que contém escritos de profetas e homens sábios, os quais tiveram revelações da Palavra.
Só que a Palavra não está restrita a um livro. Ela está livre e se faz ouvir de muitas maneiras, nas mais diversas expressões, línguas e costumes.
Pode uma pessoa sem nunca ter lido a Bíblia ouvir a Palavra de Deus?
Sim! E não me refiro apenas aos patriarcas que anecederam Moisés, mas também aos próprios autores. E creio também que até entre os gentios houve revelação da Palavra como escreveu Paulo em Romanos 1.18-20.
Ainda assim, leio a Bíblia. Estudo os textos, questiono-os, busco identificar as modificações e anseio por ouvi aquilo que o Espírito está dizendo ao coração. E, com isto, procuro ficar atento quanto à letra pois esta mata enquanto o Espírito vivifica, pois o que importa da Bíblia é extrair edificação.
Assim como o diabo usou o Salmo 91 para tentar Jesus, não podemos nos esquecer que muitos homens usaram também a Bíblia para promover suas cruzadas, o ódio contra judeus, racismos e as campanhas extorsivas que tanto assistimos por muitos desses pregadores midiáticos.
Contudo, mesmo o texto bíblico ter sido corrompido (principalmente os do Novo Testamento), digo que até os versos modificados e acrescentados ganham um sentido benéfico pelo pregador/leitor inspirado pelo Espírito. ALiás, veja que Jesus ao citar um trecho de Isaías na sinagoga de Nazaré não se importou se aquele era o acréscimo feito na época do exílio por outra mão cerca de aproximadamente dois séculos após o verdadeiro Isaías. Ali interessou ao Senhor transmitir a mensagem sobre a chegada do Reino.
Rodrigo, o que você faz é: Usar a Bíblia para justificar a própria Bíblia. esses argumentos não são válidos.
Você diz:"Ainda assim, leio a Bíblia. Estudo os textos, questiono-os, busco identificar as modificações e anseio por ouvi aquilo que o Espírito está dizendo ao coração. E, com isto, procuro ficar atento quanto à letra pois esta mata enquanto o Espírito vivifica, pois o que importa da Bíblia é extrair edificação."
Eu também leio a Bíblia, o Corão, o livro de Mormôm, o Evangelho segundo Alan Kardek, Os Vedas, a Sentinela, e tudo mais que diga respeito à religião. Em todos eles se encontra afirmações de um Criador, ou de uma força Criadora.
Todas as religiões defendem suas histórias como verdadeiras, e quem pode dizer que apenas o Cristianismo detém a verdade?
Todos somos ateus Rodrigo, inclusive você. Todos somos ateus com a religião dos outros. Eu creio em um Deus a menos que você meu amigo.
O maior problema que encontro hoje, é que: Afirmar que se é ateu, é pior do que dizer que é pedófilo, ladrão, Gay (sem preconceitos), ou Satanista. Dizer que é ateu é o mesmo que dizer: "Eu não pertenço à sociedade".
É preciso se crer em algo, mesmo que este algo seja um unicórnio cor-de-rosa invisível.
Abraços Rodrigo.
Ps. Não culpe o inconsciente pelos seus erros Edu. Eu não culpo o "meu", nem por brincadeira.
Abraços e aguardo sua retratação.
Ops, falha minha, este comentário deveria ser na outra postagem, favor ignorar.
É, o Rodrigo sumiu mesmo. Mancada sua hein Gresder?
Rodrigo, eu sei que você está lendo a todos esses comentários, mas não quer manifestar-se por causa da grosseria do Gresder.
Gostaria de dizer que você está cometendo um erro, pois vai suplantar toda capacidade argumentativa que "deus lhe deu". (se bem que se eu disser que deus lhe deu, estarei tirando o mérito que é só seu)
Aparece Rodrigo!
Olá, Noreda!
Tudo bem?
Não estou com raiva de ninguém. Só tirei minhas férias de internet, preferindo passar uns dias comunicando-me com a vida de uma outra forma.
Desculpe, mas não estou afim de contra-argumentar. Neste momento estou bem. Acabei de digitar e publicar na internet um dos textos reflexivos que escrevi por esses em meu caderninho cujo tema compartilhei ontem na minha igreja.
Estou contente, apesar de já começar mais um mês com contas para pagar e compromissos para resolver. Mas viver um dia de cada vez é que importa. E falo em viver com graça, saboreando os momentos e contemplando a beleza que ha em minha volta.
Feliz 2011! Ou, como dizem os judeus: Shanah Tovah Umetukah!
Ufa! O Rodrigão tá bem!rss
Depois passo lá na sua sala para comentar seu texto. Pode? rss
Oi, Noreda.
Claro que pode coemntar. Pode ficar tranquilo que não vou apagar seus comentários, caso venha a discordar deles (rsrsrsrs). Só acho que será inútil um debate sobre a existência de Deus ou sobre a ressurreição de Cristo na qual eu creio, mas o Gresder demonstrou não acreditar ao publicar este artigo.
Eu simplesmente creio e vivo. Prossigo nesta graça, mesmo caindo e levantando, rindo e chorando, saudável e às vezes enfermo, com fé e em algumas ocasiões paralizado, ministrando e sendo ministrado, amparando e sendo confortado. Em todas estas coisas sei que Jesus está comigo, bem ao meu lado, compreendendo-me melhor do que eu a mim mesmo.
Quando deito na cama, meu coração bate, a tempestade cai ou um pássaro canta, sei que Deus está comigo. Pode estourar uma guerra e continuarei a me abrirgar debaixo das asas do Altíssimo e à sombra do Onipotente.
É viver com Deus que importa! Dourinas, filosofias e conhecimento um dia eu poderei esquecer. Até as passagens das Escrituras, caso amanhã a idade me alcance ou passe por algo semelhante a um Mal de Alzheimer como sofreu meu avô (se bem que o diagnóstico dele foi outro). Então, só restará o mais simples relacionamento com o Eterno e com a vida. Nada mais importará. Nem as preocupações, as dívidas, a reputação ou a confissão religiosa de alguém, mas apenas o ser.
Mais uma vez um feliz 2011, Noreda!
Rodrigo se deus existe ou não se Jesus está vivo ou não, na pratica não vivo como se fosse verdade, não sei as respostas, e não me aflijo por isso, estou vivendo, caminhado...
Olha seu comentário deu a entender que eu apaguei algum comentário seu, coisa que eu nunca faço.
Quanto a Deus, não o sinto, mas sinto uma poderosa convicção de propósito e sentido para minha vida.
Gresder,
Não afirmei que algum comentário meu tenha sido apagado neste blogue por você. Tenho temor de Deus e sei que Ele abomina mentira.
O que disse tratou-se de uma resposta ao Noreda porque ele perguntou se poderia comentar os textos do meu blogue.
Rodrigo, todo debate é bom, e por mais que queiramnos negar, nos fazem rever conceitos, mudar de opinião, aprender um pouco mais e às vezes..criar inimigos. rsss
Talvez você não queira debater a inexistência de Deus, porque lá no fundo, bem lá no fundo, tem medo de perder a fé, não e?
Estou meio atarefado com uma catalogação de livros, mas ireio sim comentar lá no seu espaço.
Abraços Rodrigo!
1 Coríntios 15:14-17 “E, se Cristo não foi ressuscitado, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não são ressuscitados. Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados.”
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“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
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