quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Teologia de Rua



Não só não acreditamos como também não queremos outra teologia que não seja feita no mais baixo chão desta terra. Nenhum conhecimento frio e sistemático que vem do gabinete protegido de um “ancião” nos atrai mais. Mas somente esse evangelho feito na realidade do asfalto quente deste trânsito furioso das grandes cidades e na agressividade destas ruas perigosas em que vivemos. Sim! Pois é teologia feita com Vida no meio da vida em meio à certeza de não estarmos imunes a morte trágica e repentina. Porque nenhuma verdade que não seja a verdade de cada dia vivido na poluição da estrada de nossa existência nos seduz mais.

Pois não vemos mais nos olhos de ninguém essa doutrina de super revestidos que estão imunes as tragédias humanas e vícios morais que atingem todos os que conosco estão no mesmo barco da existência e esperança de viver neste mundão de Deus. Só a realidade que é vivida e sentida em cada um que crê, mas sem se apoiar ou se servir de Deus, é de fato verdade e não teologia de espiritualidade que diz como deveria ser, e não como realmente é de verdade na experiência. Pois se não é verdade em mim e na vida do meu irmão que comigo caminha, é porque de fato realmente não acontece mais a ninguém.

Mas também, não só não vemos como nos recusamos a crer em meio as tragédias humanas nessas promessas que nos livram do mal, enquanto mil caem ao nosso lado e dez mil a nossa direita. Pois nos sentimos irmanados com todos nesta existência e voluntariamente nos dispomos a viver como todos que tem que enfrentar a vida de peito aberto e não egoísta covardemente acreditar numa teologia tribal privilegiada que acredita se refugiar embaixo das assas do Altíssimo enquanto o resto do mundo que se dane. Pois estamos cientes que o mal do mundo a que estamos livres, é mal moral de estarmos alienados da Vida em Deus e não o mundo com todos os seus desastres humanos, defeitos morais e crises existenciais.

Tornamos-nos marginais da religiosidade, e para poder sobreviver temos que criar a nossa própria teologia. Teologia que é feita de baixa para cima, conforme a certeza de uma realidade humana que não da para mudar com receitas espirituais, por mais que tente nos impor uma lei de moralidade a qual mais degrada o ser do que o liberta. Pois aqui, na realidade crua de nossa existência só é verdade o que é verdade em nos, e o que vemos na impotência revelada na sinceridade dos olhos dos outros. Pois não adianta dizer mil vezes que devemos ser assim, e que deveria ser assado. Quando todo nosso ser sente que não é como deveria ser conforme o ideal escrito da doutrina, mas como esta sendo dito na realidade gritante da teologia clandestina de rua feita nas experiências do chão desta existência, onde entendemos que os excluídos é que são prioridades do Reino daquEle que veio não somente para um povo escolhido e protegido, mas para ser da humanidade inteira pela qual se identificou e se irmanou sofrendo junto as sua dores, na sua trágica morte de Cruz.

Gresder Sil

Uma descrição da teologia feita por Marcio e Edson

39 comentários:

Marcio Alves disse...

Obrigado pela maravilhosa homenagem e pela beleza da descritiva que fizeste da nossa teologia de rua, que nada mais que a teoria fundamentada na pratica da vida.

Abraços

Kadu disse...

Mais uma vez um ótimo texto...
Abraço!

Bruno disse...

Gresder, que brilhante descrição da "nossa teologia" , parabéns !!

Unknown disse...

Forte abraço menino dourado.

Durante algum tempo da minha vida ministerial, eu procurei me aprofundar na teologia, mas a que é oferecida em nossas igrejas é muito emgessada, denota um deus frustrado, decadente, e que para manter os seu fiéis sempre fiéis, lança sobre eles inumeras amaeaças a mais temida é perder a salvação.

Perdi o interesse por esta teologia, pois ao ter um encontro com Deus imaginei que me tornaria feliz, que me tornaria livre e não foi isso que aconteceu.

Prá finalizar, hoje vivo livre sem culpas nem a paranóica ideia de morrer sem salvação. Estou vivendo um periodo especial da minha vida, onde percebo Deus nas pessoas independente de sua religião, não julgo não condeno, ninguém pelos seus defeito, não tenho este direito.

Lembro que também tenho defeitos e não são poucos.

Quero melhorarar aquela conhecida frase de caminhão: "Deus deu uma vida prá cada um cuidar da sua".

A Minha versão é: Deus nos deu a vida para vivermos juntos em armonia, não se tem culpa, ninguém é o dono da verdade, a verdade é viver a vida em abundância, pois pecado é não viver, pecado é ignorância.

Eduardo Medeiros disse...

Gresder, que texto lindo, profundo, atual,maravilhoso...(tô elogiando, tá vendo??) heeeee

Mas é sério, belo texto. Sintetiza quase perfeitamente o que estamos construindo e que o Marcinho batizou de "teologia de rua", feita de estradas, carros, trabalho, relacionamentos, dia-a-dia...!

Cada época teve a sua teologia. Em cada momento histórico, o homem de fé construiu para si arcabouços de pensamentos religiosos que pusesse um pouco de ordem à sua interpretação do mundo e às suas indagações espirituais.

Muitas questões que nos afligem hoje não afligiam o povo do NT. Logo, precisamos de novas respostas para novas perguntas.

A nossa espiritualidade tem que ser uma espiritualidade com raízes "lá", no evento salvífico da fé cristã, mas voltadas para o "hoje", para os desafios de um mundo que apesar de tecnologicamente avançado, continua se questionando para onde vai e de onde veio.

Ainda que sejamos mal compreendidos; ainda que sejamos chamados de hereges; ainda que nos chame de falsos livres pensadores...

Parafraseando o grande Chico Buarque, o que será que será que iremos construir como contribuição para que a nossa espiritualidade hoje seja relevante para os outros e principalmente, para nós mesmos?

Anônimo disse...

Gresder,

Parabenizo-o pela escrita, que sempre de forma objetiva, tenta transferir para nós (leitores) a sua principal idelogia.

Na realidade, você não foi egocêntrico nas entrelinhas, pois percebemos que você se preocupa com o público-alvo (nós - pessoas) e destaca os principais problemas que vivenciamos em nossas vidas!

Mas não sei se estarei entrando numa idéia contrária a sua, mas acontece o seguinte...

Quando nos aprofundamos à Teologia de Deus, tentamos exergar um mundo sem dor, pois temos ali, no livro sagrado, a promessa da solução para nossas dores. Temos a certeza de um Deus, que nos prometeu a volta, que nos garante que tudo isto é passageiro, e mesmo que esta vida seja uma vida de tribulação, sabemos que ela é passageira...que tudo isto que vivenciamos, serve apenas como um "estágio" para uma vida eterna prometida.

Esperar em um Espírito santo de Deus, que sabemos que existe, embora não podemos vê-lo com os nossos próprios olhos, como vemos uma pessoa normal, não é perca de tempo. Nós somos o que Ele deseja, nós temos o que Ele quer...nós vivemos de acordo com a sua vontade....

Basear na relidade que vemos em nosso cotidiano, é como exigir demais. Se fôssemos para viver em um paraíso aqui, Deus não teria garantido a glória da segunda casa.....
E é impossível, viver num paraíso, neste mundo sujo e cheio de impurezas, onde o diabo faz a "festa" na casa de muitos por aí, e além de fazer a festa, se infarta de tanto rir da ignorância de tantos que existem, e que não insistem em buscar o caminho correto.....que é o caminho do Senhor....

Deixarmos a teologia de Deus, para vivermos uma teologia, com base às nossas próprias experiências vivenciadas...é pingar uma gota de água no oceano.

O seu texto ficou ótimo, mas interpretei à minha maneira.....mas se ver que realmente está tudo ao contrário....é porque realmente nossas idéias são contrárias...rs... Mas "todo ponto de vista é à vista de um ponto". :D

Beijos.
A paz do Senhor!!

Esdras Gregório disse...

Marcio que negocio é esse, eu fico um mês para fazer um post para vocês e você vem e faz esse comentário mixuruca! Que negocio é esse, volta aqui...

Há estava esquecendo, para a gente continuar brigando e os outros não interpretarem errado, a gente tem que voltar a usar o: RS. Ta bom seu idiota rsrs seu imbecil rsrsrs seu Ontário rsrsrs seu bosta rsrsrs seu vacilão rsrsrs seu Mané rsrsr seu merda rsrsrs seu c, deixa quieto se não o Nureba aparece por aqui para repreender a gente.

O sujeitinho tosco. Quer dizer que só por que o cara é casado ele não pode homenagear a vizinha no banheiro, o único problema que pode acontecer é o cara engravidar o ralo ou a bacia do banheiro kkkkkkkkkkkkkkkk

Esdras Gregório disse...

Kadu você ainda lembra-se de mim, olha que você foi ao cerne da questão, pois nem comentou o texto, mas fez um elogio, afinal sou movido por elogios, pois eu não vou mudar o mundo mesmo.

Porque meu, por mim, e para mim são todas as coisas rsrsrsr

Brincadeira Kadu, é que todo mundo fica escrevendo como se quisesse salvar a religião quando na verdade no fundo no fundo escrevemos por prazer e vaidade mesmo, dai eu fico indiretamente jogando na cara deles essa terrível verdade.

Mas mesmo assim, eu sei que nossa escrita pode fazer um bem imenso a quem lê.

Esdras Gregório disse...

Bruno que prazer em ter você aqui, e pode tirar as aspas do: nossa teologia de rua, pois você como muitos não só aqui, mas no mundo estão fazendo parte daqueles fazem a sua própria teologia de vida a partir da realidade inevitável de cada um.

E eu acho que esta na hora der você começar a rabiscar algumas coisas na internet, pois escrever faz um bem acima de tudo a nos mesmo. Pois sintetiza os nossos pensamentos soltos e indefiníveis que temos. ale de descarregar a mente deixando a livre para abordar novos conceitos.

Por isso independente do “sucesso” de seus textos, tente escrever sobre um assunto por semana.

Esdras Gregório disse...

É isso mesmo Jair, e sabia que muitos dos pastores percebem as coisas como nos, mas não mudam para não perder o lugar, pois eles pensam que não tem mais para onde correr.

Ainda bem que assim como nos você esta se desvencilhando disso tudo, e fazendo a sua teologia a partir da verdade que você vê, e não dos conceitos que nos ensinaram por que foram úteis a eles no passado.

Pois nos não vivemos das experiências dos outros, antes estamos escrevendo a nossa própria historia sagrada a partir da leitura da Palavras viva que não se prende ao tempo e a interpretação dos homens.

E que negocio é esse de menino dourado, daqui a pouco vão pensar que eu sou filho do nosso doutor Bronzeado, a cá entre nos aqui, ele deve ser um paizão em!!!

Esdras Gregório disse...

Como assim Eduardo o Marcio batizou o nome do que eles encimam de: Teologia de rua.
O Marcio é um burro, pois eu é que tive que alem de sintetizar o que eles escrevem também dar o nome, foi eu que batizei.

Eles são tão desorganizados que ensinam uma teologia que não sabem nem como resumi-la num compendio. Daí que tem que vir um Ferinha como eu para fazer a “biografia” de suas escritas.
Ta vendo Eduardo, eu não elogio os post de vocês, mas faço homenagem que valem muito mais do que aqueles selinho mixuruca que andam distribuindo por ai. Eu não escrevi um post para você, ou você acha que se eu não te conhecesse eu ia escrever aquelas coisas. Falar nisso vocês bagunçaram tudo minha idéias, pois eu ia manter o blog na linha a-religiosa e acabei virando sei lá o que, por causa de tanta incorporação que vocês fizeram na minha teologia.

Anônimo disse...

Gresder meu menino prodígio! Fiquei sem palavras agora!

Quanta sabedoria ainda tem nessa cabecinha privilegiada ainda hein? "Seu texto" é exatamente aquilo que diz! Não é necessário fazer desconstrução...exegese, "demolição ...nada! Matei o autor e absorvi totalmente o texto!

Este potencial que tens ainda vai te levar longe menino!


O menino não estudou muito
O menino não herdou posses
O menino observou tudo
O menino escapou de algozes

O prodígio tomou seu ser
O prodígio provou à todos
O prodígio ama escrever
O progígio experimentará os louros


Abraços meu amado irmão!

Edson Moura Santos

Esdras Gregório disse...

Opa opa opa tanto homem aqui e uma mulher é que vem me enfrentar?

Vamos lá então...por onde eu começo, por onde eu começo... você me pegou em menina.

Bom.. a única coisa que eu posso dizer no momento é que eu acredito que no fundo no fundo talves não é Deus que nos diz uma palavra mas é sempre nos que dizemos de nos mesmo para Deus uma palavra de como o vemos e sentimos.

E isso esta bastante claro no livro dos Salmos dos quais eu retirei os conceitos de um Deus protetor para contradizer, pois no salmos nunca Deus fala ao homem mas é sempre o homem que fala a Deus.

É nos que queremos uma superproteçao é um paraíso, Deus simplesmente quer que nos sejamos humanos e vivemos segundo a nossa melhor e mais justa condição de existencia que podemos dar a nos mesmos.

Esdras Gregório disse...

Edson obrigado, tentei falar com voce esse dias mas nao consegui, mas depois eu ligo de novo, para falar pelo menos uma hora com voce ao telefone.

Anônimo disse...

É uma sintese da teologia que Márcio e Edson praticam, mas que também é seguida por mim e por tantos outros "foras da gaiola" mundo afora.

Do seu texto destaco o seguinte trecho:

"Só a realidade que é vivida e sentida em cada um que crê, mas sem se apoiar ou se servir de Deus, é de fato verdade e não teologia de espiritualidade que diz como deveria ser, e não como realmente é de verdade na experiência".

A idéia é mesmo procurar mais entender o que é antes de procurar o "como deveria ser".

Forte abraço.

Anônimo disse...

Querido Gresder,

Eu já desconfiava que meu comentário ia ser contrário às suas idelogias, e nem é de se espantar, que você acaba de "dizer" que de tantos homens aqui, a única a enfrentá-lo fui eu, uma mulher.....

A verdade, não é que eu estou lhe enfrentando....mas nossas opiniões não são homogêneas.....

Concordo com você (neste ponto), quando disse: "não é Deus que nos diz uma palavra mas é sempre nós que dizemos de nós mesmo para Deus"...

Certamente nem precisa de seguir os salmos para chegar nesta síntese, propriamente, nunca ouviremos Deus nos dizer uma única palavra, pois na verdade, a palavra dEle já está escrita. Cabe a nós seguí-las à risca ou não.

E dizermos de nós mesmo para Deus, é assim o papel de um filho. Quando algo está sob descontrole, o papel do filho é pedir auxílio ao pai.
Exemplo: Se uma criança é ameaçada na escola. Em nossa realidade, qual a primeira coisa que esta criança irá fazer, se ela tiver um pai super-protetor?! Esta criança, aos prantos, vai contar ao pai ...e pedir que lhe ajude, e que lhe proteja!!

E assim somos nós, quando nos sentimos ameaçados, neste "paraíso" mundano, resta nos pedir ajuda e proteção de nosso amado Pai. Que nos deixou uma promessa, que nos deixou uma escritura....

Bom, acho que já dei a réplica para seu comentário direcionado à mim....mas chega por enquanto...porque o calor está me matando...

Ahh...volta no mANAncial, tem dois comentários lá para você menino prodígio, parece que o debate aumentou lá...kkkkkkkkkkkk

Beijos pitagóricos!!!!

Levi B. Santos disse...

Prezado Teólogo de Rua


A teologia de rua não anda de avião

Não navega em trasantlânticos

Nao está nos megatemplos

Não anda de carro importado

Ela está naqueles que andam de pés descalços, sentindo as asperezas do caminho cheio de pedregulhos e espinhos.

Os Téologos que passam em seus portentosos automóveis por esse caminho não têm os pés esfolados pela dureza do solo.

Uma coisa que temos e eles infelizmente não têm: o privilégio de caminhar devagar sem correria participando dessa bela sinfonia que é o apreciar da natureza bem de pertinho, sentindo o cheiro das flores, o odor da terra molhada, o cantar dos passarinhos,e a sombra acolhedora das árvores.

Deixamos a Teologia que andava em luxuosos ônibus, e abraçamos a Teologia de pé no chão

Lembrei-me agora de uma música junina que começa assim:

"O forró daqui é melhor que o seu"
O sanfoneiro é muito melhor...

Unknown disse...

Concordo com vc Gresder, até eu queria ser filho do Bronzeado.

Eduardo Medeiros disse...

Ah..vai tomar banho, Gresder!! agora vai querer patenterar a "teologia de rua"???? E o ferinha aí não escreveu nenhum compêdio ainda, isto aí é apenas a introdução da introdução...

Uma palavra para a Paulinha: Você vai ser o nosso contra-ponto, nossa voz discordante, a que vai botar água no chope ...rsssssss

Que bom que seja assim, pois você fará isso com bem mais graça e "graça" do que, por exemplo, o Calvinus.

Estou de novo com o meu PC fu...quebrado, desculpem, é que pc travando toda hora consegue até me deixar furioso, logo eu, que sou uma calmaria só!!

Estou grudado na Lan e na Hause, mas as duas são por demais interesseiras e cobram caro a hora em suas presenças!! Acham são o top das tops....

Eduardo Medeiros disse...

onde se lê "patenterar", leia-se, evidentemente, patentear. O teclado da Lan e da Hause é uma droga e eu ainda tenho que digitar mais rápido que o Marcinho para não perder muito tempo...

Esdras Gregório disse...

Meu Deus ela quer mesmo acabar com a minha reputação, me envergonhar diante dos meus amigos, me humilhar publicamente diante de todos em rede nacional e tirar a minha credibilidade na frente dos meus súdit... quer dizer: leitores.

Logo eu, o machista dos machistas, o orgulhoso dos orgulhosos, não vou perder jogando em casa, e por isso vou fazer como todos em um debate: se alto enganar e trabalhar conceitos habilmente como sofista para vencer a disputa.

Vamos lá então: Paula lembra que você disse no blog do Wagner que em comparação a nos você inda esta na primeira lição, pois é, enquanto você esta fazendo conta de subtrair para saber quantas maças sobraram na cesta do Joãozinho, nos estamos fazendo cálculo avançado de probabilidade para prever o futuro da humanidade kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Quanto a questão é o seguinte do ponto de vista da teologia de um cristianismo a-religioso que vive a fé de forma independente e adulta, nos não mais dependemos de nossa mãe (igreja) e nem mais vivemos as custas de nosso Pai (Deus). E por isso o que você falou só é verdade para quem ainda é iniciante ou criança na fé. Todos nos passamos por essa fase de cuidados e proteção indispensaveis, mas com o tempo crescermos e temos que ganhar a vida lá fora, a não ser que desejemos permanecer pelo resto da vida nas barras da saia de nossa mãe, vivendo sustentados pelos nosso pai, ao invés de ser independentes e correr mundo a fora.

Anônimo disse...

Hahahahahahahahaahahhhha.....

Um momento, deixe-me parar de dar risadas para escrever....
Ás vezes Gresderzinho, eu acho que tu tem um dom pra ser comediante.....olha, é uma pena que não tem mais sonhos, mas trabalhar em um programa de comédias ia ser o café com leite, ou o leite com café, depende da preferência de cada um ...kkkkkkkkkk....

Mas então, realmente disse que estou mesmo na lição 1, porque antes começar da base, ainda mais vivendo num mundo com tantas serpentes ás soltas, do que pular para a lição 10, só para ganhar fama de "prodígio"...

As estrelas não brilham para chamar a atenção dos outros astros no céu, elas brilham, porque têm brilho próprio....rsrs..

Que bom saber que você também está criando uma nova "teologia do futuro" em termos de probabilidade, mas tome cuidado, porque até mesmo Pierre Simon Laplace, o fundador da teoria das probabilidades, disse que em muitas ocasiões a probabilidade é inexplicável.
Depois não vem correndo pedir ajuda à professora aqui, porque o que é inexplicável é inexplicável...kkkkkkkkk...se vira nos 30.

Quanto ao comentário, continuo com minha réplica, através de uma frase de Bertrand Russell:

"Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar".

Não insisto na debate! Fique com sua Teologia de Rua...rs...

Baixo as armas, porque está para nascer o homem que vai me fazer descer do salto!! Haha..

Agora quanto ao DU, EDU e DUDU, olha que traíra, vai no meu blog, atiça o Gresder....e vem aqui nesta sala de pensamento (eu disse sala?!) ... pois bem, mas vem aqui e puxa-saco do dono....affff...larga de ser puxa-saco e vai dar uma réplica ao comentário do Gresder lá no mANAncial....

Mas quanto ao que disse: "Você vai ser o nosso contra-ponto, nossa voz discordante, a que vai botar água no chope ...rsssssss"

Opaaaaaaaaaaaaa então teremos mais volume e quantidade em nosso chope, que beleza....assim dá pra dividir com a turma toda.....

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Fui....vou começar a cobrar cachê por esses comentários...rs

Beijoss....

Marcio Alves disse...

Deixa eu tentar voltar para o tema central.........


Lembrei-me do que disse o Dallas Willard que, para ele meditar e escreve seus bons livros, ele caminha todo dia em um bosque nos Estados Unidos, perto de sua mansão, contemplando esquilos e passaros........


Já eu, que gosto mesmo é de uma boa teologia de rua, para meditar, saio de minha casa e ando pelas vielas sujas, e esgotos ao céu aberto nas favelas de são paulo, contemplando o trafico de drogas, e vendo a garrotada se divertindo ao se drogarem até os ossos, e vendo os barracos e um monte de crianças brincando todas bem sujas, com o narriz escorrendo, as familias em uma total miseria, ai eu fiquei pensando.....................


É por isso que rompi paradigmas, descontrui teologias, pois é facil falar do sofrimento e mal no mundo, do ponto de vista de uma torre de marfim, bem seguro, em um escritorio luxoso, com ar condicionado, ou andando pelos bosques em um bela visão nos Estados Unidos, agora eu quero ver, e fazer teologia de rua, sofrendo com as enchetes, vendo e convivendo com assassinatos e roubos bem pertinhos de você, lado a lado com a miseria humana.


Uma vez que se conhece as realidades do mundo, não dá mais para pensar em um deus super protetor, que livra um crente de um assalto, mais que deixa bilhões na mais absurda miseria.


A nossa teologia so podia ser mesmo:


TEOLOGIA DE RUA!!!!

Esdras Gregório disse...

Paulinha eu vou parar pois você esta terivel igual ao Marcinho que não quer perder uma.
Anda até citando filosofo ateu da pesada para me derrubar.
E ainda fica insinuando que eu fico colando só para passar fácil nas provas, e ser o cara mais popular da escola.

Agora para responder lá no mANAncial eu tenho que ter mais tempo pois não é só você que eu tenho enfrentar mas você chamou outra mulher poderosa para te ajudar: a Clarice.

Esdras Gregório disse...

Márcio você tocou no mesmo ponto de que o Levi, abordando a teologia feita de um gabinete protegido ou caro blindado, o que muda tudo.

Prestem atenção: a lei que rege a sociedade e a natureza é a lei da celeçao natural onde os mais fortes e mais aptos sobrevivem nos melhores lugares.

O Pulpito das igreja é um lugar que para se chegar até ele tem que se passar por uma triagem onde os que mais se adaptam ao sistema e são mais poderosos no financeiro ou na eloquência é que dão a palavra da vez.

Portanto eles pregam a sua filosofia e exemplo de vidas, pois de fato humana e aparentemente eles são os vencedores, os top de linha.

Mas a verdade deles não é a verdade da maioria, pois na corrida pela vida os membros no geral sempre estão ficando para traz... e deixa eu parar por aqui que isso já da um post no futuro.

Noreda Somu disse...

Encontramos uma mulher que tem coragem de desfilar de Salto Alto em meio um monte de homens pretensos teólogos (Paulinha Pítagórica).

Mas o que não se descobriu ainda é que a “teologia de rua” que praticam, está mais inclinada a se chamar...”filosofia de rua”.

A Filosofia é um detetive de idéias: mais do que respostas prontas ele formula questões. E estas questões, em Filosofia, não têm uma única resposta provada ou considerada como única verdadeira. A Filosofia é um modo de pensar anti-dogmático, ou melhor, ela é contra verdades estabelecidas e inquestionáveis ou indiscutíveis. Por isso, os filósofos encontram muita dificuldade para respondê-las e ter certeza absoluta de que as respostas achadas são as verdadeiras. Essa dificuldade não é pela incompetência filosófica, mas pela natureza do objeto de estudo, a VIDA, por exemplo!

"Quando o conhecimento se dilata, o infinito recua". Vale dizer, racionalmente não alcançamos a certeza absoluta, por mais que consigamos obter conhecimento, o universo, Fé, Deus, vida são sempre mais vastos e mais enigmáticos ainda do que a razão supõe.

O filósofo pensa a partir de sua razão e nada mais. Sem autoridades reveladas, sem livros sagrados ou inspirações divinas. Lembro do Raul: "Eu queria ser uma metamorfose ambulante - Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".

Na realidade os filósofos , como que bóiam num mar de dúvidas e questões racionais e são predominantemente humildes diante da existência do universo inescrutável. Mas, existem doutrinas não filosóficas que propõem respostas absolutas para essas questões metafísicas. São as doutrinas teológicas.

A Teologia questiona e responde, com certeza absoluta, sobre a existência de Deus, seus atributos e a sua relação com os homens e os outros seres do cosmos. Essas respostas diferem de acordo com a doutrina de cada religião. A primeira pergunta teológica é:

"Deus existe?"; "Como é Deus?"; "Deus criou o Universo?"; "Se o Universo não foi criado, qual é a participação de Deus no Cosmos?"; "É possível saber a vontade de Deus?" As respostas diferem de teologia para teologia ou de religião para religião.

Podemos perceber, então, que as abordagens diferem num ponto importante: qualquer Filosofia parte do raciocínio humano sobre alguma coisa e qualquer Teologia parte de alguma concepção de Deus. Portanto, se estamos (Eu me incluo aqui também), praticando teologia a partir de nós homens, existe aí uma contradição de termos, não é verdade?!

Obrigado!

Noreda Somu Tossan

Anônimo disse...

RSRS..

E aí Gresderzinhoo Gasparzinhooo....baixou as armas no mANAncial....hahah...

Agora vim anunciar aqui para a Confraria, que eis uma mulher vencedora aqui....

Se todas as mulheres seguissem o meu exemplo, elas dariam a última palavra em casa, e o marido ia dormir desconsolado...kkkkkkkkkkk

Qualquer coisa estou na área...

Fuiiiiiiii....rs

Beijos pitagóricos!!

Esdras Gregório disse...

Nao! não existe contradição nenhuma senhor doutor Nureda. Pois teologia é apenas a filosofia de um crente.

Filosofia e teologia são inseparáveis, misturando-se, apropriando-se uma da outra. Uma presume questionar e formular a partir do conhecimento revelado na natureza, a outra a partir do conhecimento revelado na intervenção sobrenatural da Palavra.

Mas nem uma é a Revelação em si, portanto todas são subjectivas, partindo apenas de ângulos diferentes. Nem uma pode dizer toda verdade de uma forma objetiva, pois Deus é espírito é a sua verdades só pode ser entendida de forma indecritivel no coração e na alma humana particular de cada um.

Pensar diferente e dar um ar de autoridade a teologia pela sua suposta objtividade, objetividade que não existe, pois ela é feita por homens, cada um no seu contesto historio/cultural particular, sendo nomeada pelo momento ou direção em que, e para qual ela é feita. E e se pensamos Deus a partir de nos mesmo, de forma clandestina não dogmática tradicional, podemos então chama-la de Teologia de Rua.

Esdras Gregório disse...

Pauliha não é que eu perdi, é que eu sou um homem muito delicado e cavaleiro que jamais contesta ou discorda da mulher, afinal de contas Adão sabendo que ia si ferrar disse para a Eva: tá bom bensinho, eu sei que essa fruta vai nos fazer uma bem imenso, e dai tascou o dente na Maldita da fruta e cá estamos nos nesta m...

brincadeira Paulinha, o:M e de maravilhoso mundo(apezar de tudo), bendita seja a mulher!!!!

Eduardo Medeiros disse...

Não se iluda, Paulinha, você não ganhou nada. O que acontece é que nós, da Confraria, não batemos em mulher, por isso, você pode dizer o que quiser, que vai estar dito!! rssssss

Ô Noreda, resolveu voltar? Que bom...

Você tem alguma razão no que diz. Mas a teologia de rua não parte de nenhum pressuposto dogmático sobre deus.

É uma teologia a-dogmática, pois não estamos querendo dizer: "deus é isso". Deus não é isso ou aquilo, deus é o deus que habita em cada consciência, e que "fala" a cada um de nós, conforme as nossas consciências.

É um deus quântico que às vezes se comporta como onda e às vezes como partícula...

Será que isso pode ser chamada classicamente de "teologia"? Ou seria uma filosofia-teológica a-dogmática?

Mas dizer que deus fala somente subjetivamente em cada consciência já não é um dogma...??!!

Anônimo disse...

Sim Eduardo, dizer que Deus fala somente subjetivamente em cada consciência é um dogma, pois creio ser difícil não viver sem absolutos, pois a propia negação do absolutojá é um dogma.

O importante não é não ter dogmas, mas não acreditar que eles não devem ser revisados, ou colocados cheque.

Para assim perceber a Verdade de Deus conforme ela esta sendo pronunciada hoje em cada conciencia.

E de fato para mim esse é um bom dogma, o de que as VERDADES absolutas, são percebidas apenas SUBJECTIVAMENTE.

Marcio Alves disse...

Antes de tudo, gostaria de dizer que concordo com o Nureda – alias, que bela aula heim?!

Acabo de me ver a minha pretensa mente pensante desnudada, vejo-me mais como um “filosofo de rua” do que teólogo, pois para mim as questões nunca se fecham, e se eu consegui fechar, eu abro de novo, pois não podemos petrificar os pensamentos pensados, devemos antes deixar que os mesmos fluam, seguindo o fluxo da vida, universo e Deus que não são e não podem ser estáticos.

Acredito que antes de transformarmos nossas “verdades” em dogmas, temos que construir parcialmente percepções subjetivas que vão mudando a cada situação, subjetividade, percepção e movimento de pessoas para pessoas, de lugares para lugares, de subjetividades para subjetividades, sendo que as mesmas andam constantemente em movimento.

Anônimo disse...

DUDU e Gresder,

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

Friedrich Nietzsche.

Levi B. Santos disse...

Prezado Noreda

Gostaria de fazer pequenos questionamentos, com o devido respeito, pois sei que você é o nosso ALTEREGO.

Como a religião pode fechar os olhos ao mais consciente orgulho da filosofia, que é o seu compromisso essencial de tratar da ligação original(relacionamento) entre o parceiro/interlocutor, entre o Eu e o Tu?

Recorrendo ao antropomorfismo: Deus não foi primeiro filósofo, para depois ser Criador?

Abraços ao Noreda (ou a nós mesmos) - rsrsrs


Levi B.Santos

Esdras Gregório disse...

Marcio e Eduardo como vocês são fracotes para ter medo desse Nureda, pois só poderia ser um personagem mesmo para dender tal coisa ridícula como a objetividade da teologia, como se ela fosse feita por anjos e não por homens na relatividade da suas individualidades, ou como se os escritos teológicos tivesem um "que" de canónico.

Meu Deus não há nada de verdadeiro no que ele disse, mas apenas confunde grosseiramene teologia aberta e liberal com filosofia, como se a teologia pretensamente ortodoxa não tivesse sido formada no movimento dos embates doutrinários durante a historia.

Eu vou parar por aqui pois não me sinto bem em desperdiçar meu tempo em defender coisas tão óbvias.

Unknown disse...

Belo texto Gresder! Acho que é a hora de algo palpável e que diga respeito à nossa realidade, nossa cultura. Seja lá o que aconteceu com o povo de Israel no passado, e que serve de lição para nós, é hora de vivermos o Hoje, nossa história com Deus, e não apenas nos basearmos no que já passou.

Cansamos dos engravatados presos em suas bolhas, que querem nos dizer o que é certo e o que é errado! Eles não vivem o que vivemos: Não pecam como nós, não se contaminam com os do mundo, não andam em ônibus lotados de perdidos, não sentem o cheiro do vômito de um bêbado, não ouvem as músicas que ouvimos, não ficam deprimidos com o salário que não dá, não se atraem pelo que não podem ter, não fraquejam perante o impossível, não sentem dor, não perdem nunca. Ou pelo menos, fingem não viver nada disso, e nos ensinam como se tudo isso fosse mentira.

Fodam-se! Vão viver suas vidinhas medíocres e mentirosas! Só não joguem em nós suas neuras e frustações! Não seremos perfeitos, não nessa vida!

Fiquem na paz.

Esdras Gregório disse...

Gabriel adorei seu comentário mesmo, principalmente na hora do f...rsrsrs pode desabafar aqui neste Blodi espiatorio.

Ontem mesmo eu estava pensando que eu não consigo mais olhar para as pessoas no onibos, nas ruas cheias dos centros das cidades e nas multidões que lotam estádios e pensar que elas estão perdidas enquanto os evangélicos estão salvos.

Não! não sinto mais como eles, eu creio que Deus é o Deus deste mundo todo e não somente dos crentes e que não são os que não acreditam conforme a regra que não entraram no Reino, mas somente os vountariamente perversos, pois neste mundo a muita gente boa de Deus, independente da religião ou descrença.

Mais para frente eu desenvolvo melhor isso, e o seu comentário só veio para reforçar meus sentimentos.

Unknown disse...

Gresder, aprendemos desde crianças a sentir desprezo pelos mendigos. A primeira coisa que vêm à cabeça quando vejo um é: "vagabundo". Não minto, de primeiro dificilmente sinto compaixão. Mas isso está mudando, tem que mudar! Após a reação natural, começo a pensar sobre a vida daquela pessoa, e vejo que as coisas não são assim, tão preto-no-branco.

Senti na pele estes dias o que é ficar com fome, quando fiquei sem dinheiro e não pude almoçar. A fome tem um efeito terrível. Imaginei como seria a vida de quem a anos não almoça direito, não toma banho, não tem onde dormir. A fossa é profunda, e não dá para sair dela sozinho! A cabeça simplesmente não funciona!

Talvez falte-nos mais jejuns, mais choro, mais sofrimento. O costume com o que há de melhor nos faz achar que somos merecedores. Enquanto tomava meu sorvete domingo à noite, um mendigo estava revirando o lixo em busca de sua janta.

Que teologia é essa que nos fez assim? Por quê nos alimentamos por tanto tempo de joio, ao invés de trigo? Está na hora de plantar só trigo! Deixarmos o joio para lá, deixem que plantem, mas não aqui, não em mim. Eu quero trigo. Quero a semente do Evangelho.

Eduardo Medeiros disse...

Medo do Nureda??!! tá louco Ô meu?? Eu só tenho medo mesmo é do deus dos calvinistas, pois de repente ele não me predestinou para o céu e aí eu tô...perdido!

Eu não concordo e nem comentei o que o nureda disse em relação à teologia, dela ser absoluta e objetiva. De certo que não é asssim. Cada teologia é absoluta para quem dela se serve como absoluta, como matéria de fé.

Postar um comentário

.
“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...