quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SACRIFÍCIO ETERNO



Será que no mais profundo da nossa fé precisamos dos eventos históricos que envolvem a vida daquele que foi ungido para ser a face de Deus entre os homens. A sua vida não foi tão singular entre as pessoas que talvez elas o envolvessem em um manto mitológico de eventos e fatos que assegurariam para o futuro a sua natureza Divina imune ao processo (“impuro” e deteriorável) comum de nascimento, vida e morte dos mortais.

Desde o seu nascimento e partida, ha aparições e eventos relatados um tanto quanto para causar deslumbramento, e assegurar a fé em sustentações não humanas. Não que o que aconteceu com ele não possa ser de fato histórico, antes muito mais do que isso, pois são supra-histórico, como repetição na existência o que se foi feito na essência e na eternidade do cordeiro imolado desde a consumação de todos os séculos.

Todo detalhe que porventura não foi um acontecimento histórico, foi como um símbolo de um ato eterno da redenção ministrada no cordeiro desde a fundação de todas as eras, não só para esse mundo, mas para todos os mundos e criaturas de Deus neste universo infinito sem começo e sem fim de dias e limites de espaços. Uma vez que o Criador seja ilimitado em sua capacidade de criar reinos e seres morais, livres e autoconscientes, ele haveria de providenciar um cordeiro eternamente sacrificado, para todos os mundos e universos que existiram, existem e existirão para todo o sempre.

Não que essa obra seja um ato físico envolvendo ação e movimento em algum lugar espacial fora deste nosso mundo, mas sim um estado existencial na disposição do Ser do Criador para com as suas criaturas; pois de fato Deus sendo Espírito não precisa de um sacrifício concreto de sangue para que seja aplacada a sua Ira e Justiça, mas criou a mais linda história como símbolo eterno de redenção para todos os mundos, representado aqui no palco desta terra, na Vida e Paixão do seu Servo Jesus.

Gresder Sil (Esdras Gregório)

Post dedicado ao Eduardo Medeiros mestre dos Sinbolos


13 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

Gresder,

O que nós temos de sagrado não são coisas, objetos, ritos, livros, pessoas consagradas. Não é Jerusalém em si que é sagrada, mas os eventos históricos que ali produziram a meta-história, que foi/é gestada no mais íntimo interior de todos eles/nós e que se alastrou por todo império romano com a mensagem do cordeiro morto e ressurgido.

O frio historiador verá no Carpinteiro Nazareno apenas um pobre camponês nascido na esquecida Galiléia e que inconformado com a miséria do seu povo, movido por uma missão messiânica, levanta-se como arauto do Reino de Deus que chegaria logo.

Basicamente, todos os historiadores que estudam o tema "Jesus" poderiam concordar com o parágrafo acima. Mas muitos deles não são capazes de interiorizar o símbolo do cordeiro morto. Suas existências não são tocadas pelo sagrado da existência que flui de dentro de nós, que temos fé, e que buscamos transcender o mundo, a história.

Que importa se o Cordeiro morto desde sempre por todos os universos é símbolo? Como poderíamos perceber tal realidade se não fosse simbolicamente? Como falar do sagrado da existência interior de todos nós em termos puramente "históricos"?

A história nos mostra como a mensagem de Jesus foi capaz de conquistar um império sem armas (não entrando aqui nos detalhes políticos de Constantino), mas não é capaz de entender o que a mensagem do Cordeiro pode produzir no interior de quem crê.

Nossa fé é histórica sim, pois Jesus foi histórico, foi gente de carne e osso. Se agora o vemos como Deus, como Cordeiro morto e ressurreto, foi tão somente pelo impacto devastador que a sua mensagem, seus atos e sua existência provocaram em nossas interioridades, território sagrado que ansiosamente busca a meta-história.

Abraços, meu amigo.

André disse...

Gregório,

sintese: Sendo Deus de tudo, foi Deus até no nosso mundo existencial, tornando obsoleto qualquer tentativa de separação entre nós e Ele.

Abraço


André Luiz

Marcio Alves disse...

Fé da Fé está residida em sua essenciabilidade do essencial do crer pelo crer na crença essencial da fé.
Somos o que acreditamos ser o crer da crença da fé.
Pois se não crermos ou se deixarmos de crer no que cremos pelo que cremos do jeito em que cremos, não estamos crendo em nossa crença do crer.


A simbologia simbólica dos simbolos dos mitos mitologizada da Fé em um Deus humano de divino de tão humano, encontra no Cristo histórico o mesmo significado da significância dos significados do Cristo da fé, sem precisar ser ou deixar de ser o que era ou o que é, pois foi o que foi, para ser o que é, da maneira como se vive em nossa fé.


Seu nascimento do nascer, sua vida do viver e sua morte do morrer, encontram-se na fé, sem precisar ser real, si sendo real na fé, pois na fé o torna real na realidade da fé do que crer sem perceber que a historia pode ser diferente do que de fato está em sua fé.


O significado da essência dos significados signficantes do cordeiro morto, está em sua morte como morte da fé, pelo fato de entender e aceitar por fé, a fé do cordeiro imolado pela fé dos crêem sem de fato poderem provar que sua fé na fé do cordeiro morto, precise de evidencias da evidenciação sendo evidenciado pela historia como fato consumado.


A sagradação do sagrado do filho do homem ser o homem mais divino de homem encontra-se na sua historia contada e recontada pelas falas e escritas humanas que o descreve sendo o que foi e o que fez, fazendo-nos crer que sua vida só foi vida vivida de maneira tão impactante, pois encontra na historia ao mesmo tempo, em seu simbolismo simbólico sem precisar ter ocorrido de fato os fatos que marcaram e constituem a nossa fé, pois fé da fé está em crer sem precisar ver os fatos que aconteceram no palco do acontecimento histórico literário, pois a fé transcende os fatos terrestriais, sendo expandida a consciência do crer pela fé da fé na fé que nos faz crer e ver para além da história.

Eduardo Medeiros disse...

Putz, mêu...como dizem os paulistas!!! Marcinho, você vai se tornar o teólgo confrade mais simbolico de todos, eu perto de você virei fichinha...

J.Lima disse...

Muito bem meu amigo Gresder!
Agora sim!

Depois me acusa de universalista! Hahahahahaha
Veja o que está nas entrelinhas da sua fala:

"Todo detalhe que porventura não foi um acontecimento histórico, foi como um símbolo de um ato eterno da redenção ministrada no cordeiro desde a fundação de todas as eras, não só para esse mundo, mas para todos os mundos e criaturas de Deus neste universo infinito sem começo e sem fim de dias e limites de espaços".

“Redenção não só para esse mundo, mas para todos os mundos!”. O que isso quer dizer: O mundo habitado pelos humanos e outras dimensões cósmicas que desconhecemos, isso incluindo outras galáxias?

Se alguém lhe perguntar que mundos são esses? Você dirá que será redimido até os planetas mais novos do universo? E serão redimidos todos os homens criados a imagem e semelhança de Deus ou somente os que aceitarem "o Evangelho?”

Se forem redimidos todos os que aceitam o “Evangelho” você está dizendo que evangelho é somente o que é narrado no novo testamento? O que dizer então se Paulo diz que o Evangelho foi primeiro pregado a Abraão? Hahahahahaha.

Se o Evangelho vai além da escrita, é uma meta-escrita, algo que está na consciência do homem, fazendo-o ser capaz de criar lei para si mesmo condenando ou se defendendo...então o evangelho escrito é a revelação mais perfeita de Deus mas não a única, e onde não chegou esse evangelho de forma escrita, haverá um evangelho supremo implantado na consciência do homem criado a imagem e semelhança do criador?

Bom para terminar, quero lhe dizer que até pensei estar lendo os pensamentos do LEONARDO BOFF nesse texto que ao meu ver é universalista! Hahahahahaahahha.

Não Esquenta é assim mesmo, o excesso de filosofia Nietschiana te faz delirar...Hahahahahaha.

Gresder...Na sua consciência você é Neo-ortodoxo, mas é universalista inconsciente!

Abraço!

Esdras Gregório disse...

José lima Barth era universalista seu burro.

Marcio seu incorporador de teologia alheias.

Eduardo vocé é o culpado de dar o ultimo golpe no meu literalismo.

Levi B. Santos disse...

Sobre o “cordeiro imolado”


O cordeiro imolado remete ao que Freud no seu livro “Totem e Tabu” dissertou pormenorizadamente. Não há como deixar de recorrer à explicação psicoanalítica que ele executou nessa sua obra.

Em primeiro lugar, diz Freud, “o pai primevo sacrificado passa a ter o seu caráter totêmico, onde os clãs passam agora a herdar o espírito do pai representado pelo animal totêmico (sagrado)”.

Ao comer da sua carne e a beber do seu sangue (caso da santa ceia cristã) os homens cristãos estão recebendo o espírito guardião e a proteção advinda do deus-pai sacrificado e presente na figura daquela ceia (refeição totêmica do homem primitivo)

“Nos tempos primitivos, o “totem sagrado” do clã era reverenciado pela corporação de homens que chamavam a si próprio pelo nome do Totem.

"Em seu aspecto religioso, o totemismo consiste nas relações de respeito e proteção mútua entre a comunidade e o pai morto", simbolizado no caso cristão pelo Cristo que foi imolado.

Mas como você bem frisou, Gresder, este cordeiro imolado (que para nós é Cristo) já existia no inconsciente do homem primitivo.

No cristianismo, o Pai vétero testamentário, morre na figura do seu único Filho para que doravante os homens possam por sua vez participar da redenção inaugurada pelo Filho.

A fraternidade (amor entre os irmãos), é quem fala agora para nós dizendo que só podemos ir ao Pai, através do seu Filho, feito nosso irmão de fé.

Segundo Freud, o cristianismo começa com o luto pela morte do Pai todo poderoso (Vétero Testamentário).

Unknown disse...

Belo texto.

Parabens!!!

Marcio Alves disse...

EDUARDO é muito difícil o discípulo conseguir ser maior do que o seu mestre, eu aprendi com você, portanto, te reverencio mestre dos símbolos e mitos.


GRESDER você pago um pau, fala a verdade, eu peguei a sua subjetividade, o simbolismo dos mitos do Eduardo, e a minha compulsividade pelos pleonasmos, juntei tudo e bati no liquidificador, ai, saiu essa obra de arte!!!!!


Desculpe por mais uma vez, ter ofuscado o brilho de sua postagem, com meu enigmático e subjetivo comentário, mas não resisti. Hahahahahahahah

Esdras Gregório disse...

Márcio seu v....você é mesmo um b...não adiante pois aqueles seus textos de m ... nunca vão chegar ao pés dos meus, seu i...

O V e de vaidoso

O B é de brincalhão

O M é de menino

E o I é de idiota mesmo.

Esdras Gregório disse...

Levi você disse que "este cordeiro imolado (que para nós é Cristo) já existia no inconsciente do homem primitivo" sim! acho que foi o que eu queria dizer.

Acredito que a queda e redenção estão já dentro de todo ser moral livre e auto-consciente, e não são actos físicos e históricos fora do corpo e espaço, mas disposições do ser, não somente inconsciente como, também pré-consciente, como possibilidades existenciais intrínsecos a condição de criaturas e agentes morais.

Não me pesam para explicar isso, pois nem Freud explica.

Eduardo Medeiros disse...

JL está certo, Gresder, teu texto é mesmo universalista, ainda que partindo da particularidade teológica cristã do cordeiro morto desde a fundação do mundo.

Eu sou universalista no sentido de ter como válida toda e qualquer experiência do homem com deus, seja lá a que religião ele pertença.

Mas posso aceitar o Cordeiro morto por todos os universos e o conceito freudiano da morte do Pai, como bem explicou Levi, pois isso satisfaz nossa necessidade de dar sentido, da necessidade da "ilusão" (ilusão como explicado por Freud), não necessariamente algo falso, mas como algo capaz de satisfazer os desejos daquele que tem fé, e por isso mesmo, não precisam ser literais ou provadas pela ciência.

Ô Gresderrrr, que negócio é esse de chamar o Marcinho de idiota, seu idiota????? heeeeeee

Marcio Alves disse...

Não liga não EDUARDINHO!!!!

O GRESDERZINHO, embora o seu consciente tenha me ofendido, no seu mais profundo inconsciente, ele estava me elogiando, pois o GRESDER paga o maior pau pra mim!!!!!
Como ele é ele e eu sou eu, não podendo ele ser eu e nem eu ser ele, ele me ofende, mas sua ofensa é um desabafo por ele não ser eu e nem eu ser ele!!!!!

Passamos a observar como ficaria as palavras que foram ditas pelo consciente, através do inconsciente Gresderiano:

O V é de VALENTE

O B é de BONITO

O M é de MARAVILHOSO MARCINHO

E o I é de INCRIVELMENTE INCRIVEL!!!!

Resumindo o Gresder é apaixonado por mim!!!!!
Sai fora Gresder!!!! Eu gosto é de mulher, e ainda por cima eu sou um cara casado!!!! Vê se me respeita seu moleque molequeiro!!!!!!!

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“todo ponto de vista é à vista de
um ponto, nos sempre vemos de um
ponto, somente Deus tem todos os
pontos de vista e tem a vista de
todos os pontos.”
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